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Joe Seiders foi detido na Califórnia após denúncias envolvendo menores e posse de material ilegal. Grupo canadense rompeu vínculo
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Lollapalooza Brasil 2025 confirma atrações para sideshows em São Paulo
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Hoje é dia de pop rock no Rock in Rio
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Steve Albini, produtor de Nirvana e Pixies, morre aos 61 anos
O guitarrista e engenheiro de som, que trabalhou em discos que marcaram o rock alternativo, faleceu de ataque cardíaco
Pavement é confirmado no C6 Fest 2024, em São Paulo
Pavement, banda icônica do indie rock americano, é a primeira atração confirmada para o C6 Fest 2024, evento que ocorrerá nos dias 18 e 19 de maio no Parque Ibirapuera, em São Paulo. Após uma pausa de 12 anos, a banda retorna ao Brasil, onde já marcou presença no extinto festival Planeta Terra em 2010. E retorna com a formação clássica, composta por Stephen Malkmus, Scott Kannberg, Mark Ibold, Bob Nastanovich e Steve West, com o mesmo rock alternativo que marcou os anos 1990. Conhecidos por sua influência no cenário musical com faixas como “Cut Your Hair”, “Spit on a Stranger” e “Stereo”, os californianos inspiraram bandas como Blur, Radiohead e Weezer com sua mistura de sons dissonantes, que desafiavam os padrões comerciais da época. Após sua separação em 1999, a banda teve uma breve reunião em 2010, e agora, com o retorno em 2022, esperam-se apresentações que revisitem seu repertório influente. O que esperar do C6 Fest 2024 O C6 Fest, patrocinado pelo C6 Bank e organizado pela Dueto Produções, busca criar uma experiência diversificada para o público, seguindo o sucesso da edição anterior que contou com artistas bem diversificados como Kraftwerk, Underworld, Samara Joy e Jon Batiste. A segunda edição deve manter o padrão. Portanto, o anúncio de uma banda que se eternizou na história do rock alternativo pode ser acompanhado por artistas de diferentes perfis. Veja abaixo o clipe mais recente do Pavement, lançado no ano passado quando oficializou seu retorno – o vídeo junta imagens clássicas da banda e a atriz Sophie Thatcher (de “Yellowjackets”).
Playlist (Vapour Trail): 15 clipes que inauguraram o indie rock nos anos 1980
Existem várias teorias para explicar como surgiu o rock indie. Há quem prefira apontar os primeiros discos (EPs e singles) independentes, lançados pelas próprias bandas a partir de 1977, durante o auge da estética DIY (Do It Yourself) do punk rock. Em 1980, já havia tantos compactos de gravadoras independentes circulando que o semanário britânico Record Week criou a primeira parada de sucessos voltada apenas para refletir os hits com distribuição alternativa, influenciando outras publicações a seguirem a iniciativa. Mas foi só na metade daquela década que o termo “indie” passou a ser usado como definição musical e não apenas econômica. Em novembro de 1985, o primeiro álbum radicalmente diferente do que havia surgido no pós-punk chegou às lojas: “Psychocandy”, de The Jesus and Mary Chain. Sem saber direito como lidar com a banda, a crítica a rotulou como “o novo Sex Pistols”, tecendo uma analogia entre seu som barulhento e os tumultos que marcavam seus primeiros shows. Mas havia sinais que aquele barulho não era isolado. O empresário do Jesus and Mary Chain, Alan McGee, lotava seu clube londrino, The Living Room, com bandas novas. Ele mesmo era integrante de uma delas (Biff Bang Pow) e dava os primeiros passos com sua própria gravadora, a Creation Records, por onde lançaria a banda paralela do baterista do Jesus, chamada Primal Scream. A verdade é que desde 1984 as bandas se multiplicavam, alimentando, por sua vez, o surgimento de diversas gravadoras pequenas. E foi um movimento tão súbito e intenso que deixou até a imprensa musical perdida, sem conseguir identificar para seus leitores os inúmeros artistas que pareciam surgir de uma só vez. Para cumprir essa tarefa, o semanário NME (New Musical Express) teve a ideia de lançar uma amostragem desses novatos, disponibilizando uma fita K7 junto de uma de suas edições. A iniciativa rendeu a primeira coletânea indie de todos os tempos, a “C86”, assim batizada em homenagem à “classe de 1986”. A “C86”, que completa 30 anos, acabou simbolizando o ponto de virada da música indie. Além de reunir diversos artistas diferentes, ela foi acompanhada por uma longa reportagem da publicação, contextualizando sua representatividade. O objetivo de seus idealizadores era demonstrar como a nova música britânica independente tinha evoluído nos últimos anos, afastando-se do pós-punk, de forma quase desapercebida, enquanto o pop com sintetizadores e influenciado pelo R&B americano dominava as paradas de sucesso. Em contraste, a nova geração priorizava guitarras sobre os sons eletrônicos do período, o que também rendeu a definição genérica “guitar bands” para definir aquela geração no Brasil. O impacto do lançamento do “C86” uniu a imprensa musical britânica em torno da bandeira indie. As publicações rivais da NME, como Melody Maker e Sounds, passaram a incluir novas reflexões sobre a revolução em andamento, nem que fosse para declarar que aquele K7 não era, assim, tão representativo. De fato, se lá havia Primal Scream, The Pastels, Close Lobsters e The Wedding Present, por exemplo, sobravam bandas que não foram a lugar algum, enquanto as ausências de The Jesus and Mary Chain, Spaceman 3 e The Loft, entre outros, gritavam. Aproveitando a discussão, a Creation Records passou a lançar suas próprias coletâneas, revelando My Bloody Valentine, House of Love, Jasmine Minks, The Weather Prophets (sucessor de The Loft) e a geração shoegazer. O fato é que 1986 representou uma grande virada. Ainda havia muitos artistas interessados em levar adiante a sonoridade pós-punk, influenciados por PIL e até Echo and the Bunnymen, por exemplo. Mas os talentos que passaram a monopolizar a atenção da crítica citavam influências mais antigas, incomuns até então, de artistas dos anos 1960: o jangle pop de bandas como The Byrds e outros artistas com guitarras de 12 cordas, o wall of sound dos girl groups como Shangri-Las e The Ronettes e a explosão de microfonia entronizada no clássico “Sister Ray”, do Velvet Underground, banda que também contava com os vocais “frágeis” de Lou Reed e “gélidos” de Nico. Essas sementes, que renderam as primeiras bandas da música indie, acabaram frutificando em novas ramificações musicais na década seguinte, o twee pop e o shoegazer. Em suma, foi assim que tudo começou. Relembre, abaixo, os sons mais distorcidos dessa era, responsáveis por tirar o Velvet Underground da obscuridade para transformá-la na banda mais influente do mundo – como atestam as microfonias, as melodias murmuradas e os kits minimalistas de bateria (tocada em pé) que, desde então, se tornaram indissociáveis da cena indie.










