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    Se a Rua Beale Falasse usa a beleza do amor para enfrentar a feiura do racismo

    20 de fevereiro de 2019 /

    O cinema poucas vezes neste século soube traduzir o amor em imagens tão belas. Na adaptação do livro “Se a Rua Beale Falasse”, o cineasta Barry Jenkins (de “Moonlight”) faz com imagens o que o autor James Baldwin faz com palavras: pura poesia. Mas há uma razão para o filme ser tão belo. Jenkins quer que o amor vença a dureza da realidade, os preconceitos e o racismo nojento que destrói sonhos. Como os do jovem casal Tish (a estreante KiKi Layne) e Fonny (Stephan James), que cresceram juntos e se apaixonaram nos anos dourados da juventude. Mas antes de entrarem na complexidade da vida adulta e em entre as quatro paredes que testam a força de qualquer relacionamento, ela engravida e Fonny é preso injustamente. A acusação é estupro, mas estamos falando de uma sentença decretada pela cor da pele. Se hoje seria missão impossível para um inocente sair da cadeia com esse peso nas costas, imagine para um homem negro em plena década de 1970. É natural pensar que, a partir deste ponto, “Se a Rua Beale Falasse” ganhará status de novelão, mas Barry Jenkins não quer saber de melodrama. Também não quer transformar a prisão de Fonny em busca de justiça a qualquer preço ou fazer do personagem um mártir. O diretor e roteirista está interessado em contrastes, embora deixe clara sua intenção de preferir o amor ao discurso político e social, tarefa que cabe a quem assistir ao filme. Para cada sorriso, uma lágrima. Para cada cena feliz, uma tristeza chega repentinamente para equilibrar o tom. Por exemplo, repare na cena em que os pais de Tish convidam a família de Fonny para o anúncio da gravidez da menina. A alegria logo dá lugar a um estressante desentendimento, carregado de mágoa, como uma reviravolta que acontece no meio de encontros casuais nas melhores famílias. Em outra cena, Fonny e um amigo tem um papo descontraído, pouco a pouco substituído pela melancolia e o medo causado pelo racismo. Existem outras cenas que revelam essa dualidade, como a abertura do filme, com Tish e Fonny caminhando juntos para Barry Jenkins mostrá-los logo depois separados por um vidro. Mas não pense que o choro sempre interrompe um sorriso, porque Barry Jenkins se recusa a abraçar a tragédia mesmo nos momentos mais difíceis para o casal. O cineasta nunca esconde a existência do ódio e a ameaça dos brancos racistas, mas não é panfletário, e coloca o amor acima de tudo. Quando não há mais esperança, ele tem a ousadia de entregar uma cena de parto natural, que representa um novo começo e é uma das coisas mais maravilhosas do cinema recente. Onde Barry Jenkins e o diretor de fotografia James Laxton colocaram a maldita câmera nesta cena? Teria sido um truque de CGI e edição imperceptível como fez Alejandro González Iñárritu ao longo de “Birdman”? Provavelmente, apenas a magia do cinema. Jenkins ainda é jovem e tem muito para dar à sétima arte. Mas ele está no controle de seu ofício em “Se a Rua Beale Falasse”. Só um diretor experiente deixaria a trama fluir sem ruídos na narrativa ao entrelaçar seu filme com idas e vindas entre passado e presente. A montagem se confunde na linha temporal, mas se organiza facilmente na mente do espectador embriagado com tanta beleza. Sua sintonia profunda com a música belíssima de Nicholas Britell é o cinema dizendo que a vida tem trilha sonora. E é curioso que Jenkins abra o filme contando o elo do jazz e Louis Armstrong com a Rua Beale, em New Orleans, mas jamais mostre músicos exercendo suas profissões. Ele mostra discos tocando e é só. É como se a música tocasse para valer apenas nas mentes de Tish e Fonny. Para completar, é preciso destacar ainda a bravura de Regina King como a mãe de Tish, que coloca o amor pela filha acima de sua própria vida. É tudo muito honesto e direto, com personagens excessivamente em closes, olhando para dentro de nossos olhos. O racismo é real e você precisa ver que ele está lá. Mas também precisa ter esperança e se agarrar ao que te faz feliz.

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    Se a Rua Beale Falasse: Prêmios e elogios da crítica acompanham trailer do novo drama do diretor de Moonlight

    1 de dezembro de 2018 /

    A Annapurna divulgou o pôster e o segundo trailer de “Se a Rua Beale Falasse”, novo drama indie do diretor Barry Jenkins, que venceu o Oscar de Melhor Filme por “Moonlight” (2016). Desta vez, a divulgação enfatiza os aspectos românticos da história, além de destacar os elogios da crítica para a adaptação da obra homônima do ativista e escritor James Baldwin. O filme gira em torno de um casal de jovens negros no Harlem dos anos 1970. Quando o rapaz (Stephan James, de “Raça”) é preso por um crime que não cometeu, a jovem Tish (Kiki Layne, de “Chicago Med”) descobre que está grávida de seu primeiro filho. O elenco ainda conta com Regina King (“American Crime”), Brian Tyree Henry (“Atlanta”), Pedro Pascal (“Narcos”), Ed Skrein (“Deadpool”), Dave Franco (“Artista do Desastre”), Finn Wittrock (“American Horror Story”) e Diego Luna (“Rogue One: Uma História Star Wars”). A estreia aconteceu na sexta-feira (30/11) nos Estados Unidos, acompanhado por premiações da crítica para o Roteiro de Jenkins – dos críticos de Nova York e do National Board of Review. Cotadíssimo para o Oscar, o filme tem lançamento marcado apenas para 24 de janeiro no Brasil.

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    Gotham Awards: A Favorita e First Reformed lideram indicações ao primeiro grande prêmio de cinema do ano

    18 de outubro de 2018 /

    A primeira grande premiação americana da temporada, o Gotham Awards 2018, anunciou seus indicados. O troféu, dedicado aos melhores do cinema independente, tradicionalmente abre a temporada de premiações da indústria cinematográfica americana e serve para apontar os primeiros favoritos aos prêmios mais cobiçados, entre eles o Oscar. Nos últimos anos, os vencedores do Gotham foram “Birdman” (2014), “Spotlight” (2015), “Moonlight” (2016) e “Me Chame pelo Seu Nome” (2017) – três deles também venceram o Oscar de Melhor Filme. A lista de indicados deste ano destaca “First Reformed”, inédito no Brasil, e “A Favorita”, exibido pela primeira vez no país na noite de quarta (17/10), durante a abertura da Mostra de São Paulo. Em “First Reformed”, do veterano Paul Schrader (roteirista de “Taxi Driver”), o ator Ethan Hawke interpreta um padre em crise com sua própria fé, enquanto “A Favorita”, do grego Yorgos Lanthimos (“O Sacrifício do Cervo Sagrado”), acompanha a luta de duas confidentes (Emma Stone e Rachel Weisz) pela atenção de uma fragilizada Rainha Ana (Olivia Colman). Por sinal, a organização do Gotham Awards resolveu premiar as três atrizes desse filme com um troféu especial, em reconhecimento ao seu desempenho. Mas isso também as tirou da competição do prêmio de Melhor Atriz. Os dois títulos também disputam o prêmio de Melhor Filme com “If Beale Street Could Talk”, de Barry Jenkins (o diretor de “Moonlight”), “Madeline’s Madeline”, de Josephine Decker (diretora de dramas indies inéditos no Brasil) e “Domando o Destino” (The Rider), da chinesa Chloé Zhao, que curiosamente foi lançado em 2017, indicado ao Spirits Award do ano passado – a premiação rival do Gotham – e saiu direto em VOD no Brasil. Quem notou a ausência do badalado “Roma”, de Alfonso Cuarón, talvez não tenha reparado que o filme da Netflix é uma produção mexicana, falada em espanhol, e, portanto, não se qualifica para premiações de melhores filmes dos Estados Unidos. Mas sua intérprete, Yalitza Aparicio, foi lembrada na categoria de Revelação. Os responsáveis pela seleção do Gotham Awards são críticos de cinema, organizadores de festivais e curadores. Por isso, supostamente, não deveria haver muita relação entre o troféu e as consagrações seguintes, feitas por profissionais da indústria. Mas, como revela a coincidência de prêmios, os vencedores do primeiro grande prêmio da temporada acabam chamando atenção para si e passam a aparecer no radar das demais premiações. A entrega do Gotham Awards acontece em 26 de novembro, dando o pontapé inicial para a enxurrada de prêmios que fecha 2018 e abre 2019. Confira abaixo a lista completa de indicados. Melhor Filme “A Favorita” “First Reformed” “If Beale Street Could Talk” “Madeline’s Madeline” “Domando o Destino” Melhor Documentário “Bisbee ’17” “Hale County This Morning, This Evening” “Minding the Gap” “Shirkers” “Won’t You Be My Neighbor?” Melhor Ator Adam Driver, por “Infiltrado na Klan” Ben Foster, por “Leave No Trace” Richard E. Grant, por “Can You Ever Forgive Me?” Ethan Hawke, por “First Reformed” Lakeith Stanfield, por “Sorry to Bother You” Melhor Atriz Glenn Close, por “The Wife” Toni Collette, por “Hereditário” Kathryn Hahn, por “Mais Uma Chance” Regina Hall, por “Support the Girls” Michelle Pfeiffer, por “Where is Kyra?” Ator/Atriz Revelação Yalitza Aparicio, por “Roma” Elsie Fisher, por “Eighth Grade” (A24) Helena Howard, por “Madeline’s Madeline” KiKi Layne, por “If Beale Street Could Talk” Thomasin Harcourt McKenzie, por “Leave No Trace” Diretor Revelação Ari Aster, por “Hereditário” Bo Burnham, por “Eighth Grade” Jennifer Fox, por “O Conto” Crystal Moselle, por “Skate Kitchen” Boots Riley, por “Sorry to Bother You” Melhor Roteiro “A Favorita”, de Deborah Davis e Tony McNamara “First Reformed”, de Paul Schrader “Mais Uma Chance”, de Tamara Jenkins “Support the Girls”, de Andrew Bujalski “Thoroughbreds”, de Cory Finley Melhor Série Estreante “Alias Grace” (Netflix) “The End of the F***ing World” (Netflix) “Killing Eve” (BBC America) “Pose” (FX) “Sharp Objects” (HBO) Prêmio Especial de Melhor Elenco Olivia Colman, Emma Stone e Rachel Weisz, por “A Favorita”.

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    Primeiro drama da carreira do diretor de Debi e Lóide vence o Festival de Toronto

    16 de setembro de 2018 /

    O filme “Green Book”, de Peter Farrelly, foi o vencedor do Festival de Toronto 2018. Drama sobre racismo nos Estados Unidos, “Green Book” foi também um dos longas mais elogiados pela crítica durante a realização do evento, surpreendendo a imprensa americana por não ter integrado nenhuma lista prévia de filmes que mereciam maior atenção nessa arrancada rumo ao Oscar. De subestimado, virou favorito a chegar forte na premiação da Academia. Filmes premiados em Toronto costumam ter reconhecimento no Oscar, como aconteceu com “La La Land”, “12 Anos de Escravidão”, “O Quarto de Jack”, “Quem Quer Ser um Milionário?” e muitos outros. A razão de ter pego a mídia desprevenida reflete a ficha corrida de seu diretor. Peter Ferrelly pautava sua carreira, até então, por besteiróis realizados com seu irmão Bobby Farrelly, uma parceria que durou 20 anos, de “Debi e Lóide” (1994) a “Debi e Lóide 2” (2014). “Green Book” é seu primeiro filme solo. E também seu primeiro drama. Comparado a um “Conduzindo Miss Daisy” (1989) às avessas, traz Viggo Mortensen (“Capitão Fantástico”) como um caipira que arranja emprego como motorista de um pianista erudito negro, vivido por Mahershala Ali (“Moonlight”). Conforme os dois embarcam numa longa viagem pelo sul dos Estados Unidos, cumprindo uma turnê do pianista em apresentações para ricaços brancos nos anos 1960, as diferenças entre os dois se tornam evidentes, mas também os aproximam. O pianista ensina um pouco de refinamento para o grosso motorista, que, por sua vez, apresenta ao patrão alguns dos prazeres simples da vida. Entretanto, essa situação da dupla chama atenção de racistas. Por curiosidade, “Green Book” era o nome de um guia de viagens para negros, vendido nos Estados Unidos do período, com endereços que aceitavam hospedar e alimentar negros. A obra bateu outro drama sobre racismo aguardado com muito mais expectativa, “If Beale Street Could Talk”, de Barry Jenkins (o diretor de “Moonlight”), além do badalado “Roma”, de Alfonso Cuarón (“Gravidade”), vencedor do Festival de Veneza 2018, que também aborda diferenças sociais. Estes acabaram em 2º e 3º lugares, respectivamente. Os principais troféus de Toronto são decididos pelo voto popular. E o público também elegeu “Free Solo” de E. Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin, como Melhor Documentário, e “The Man Who Feels no Pain”, do indiano Vasam Bala, o Melhor Filme da Seção da Meia-noite. Já a crítica internacional preferiu “Skin”, do isralense Guy Nativ, história real de um skinhead arrependido (vivido por Jaime Bell) que faz um acordo com o FBI e oferece provas de crimes de sua antiga gangue em troca de ajuda para remover tatuagens racistas de seu corpo. Além do voto aberto em todos os filmes de sua programação, Toronto também tem uma seção competitiva, incluída em 2015, cujos vencedores são definidos por um júri especializado. E a produção que venceu a seção Plataforma (Platform) neste ano foi “City of Last Things”, uma coprodução entre China, Taiwan, Estados Unidos e França, dirigida pelo malaio Wi Ding Ho. Em sua 43ª edição, o Festival de Toronto exibiu 345 filmes ao todo. Na cerimônia de premiação foram ressaltados os esforços para aumentar a participação feminina na indústria do cinema, apontando que 35% dos longas da programação deste ano foram dirigidos por mulheres.

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    Novo drama indie do diretor de Moonlight ganha trailer emocionante

    3 de agosto de 2018 /

    A Annapurna divulgou o primeiro trailer de “If Beale Street Could Talk”, novo drama indie do diretor Barry Jenkins, que venceu o Oscar de Melhor Filme por “Moonlight”. A divulgação foi feita no aniversário do ativista e escritor James Baldwin, que escreveu o livro no qual a produção é baseada. Falecido em 1987, Balwin faria 94 anos na quinta-feira (2/8). E a prévia é extremamente emocionante. O filme gira em torno de um casal de jovens negros no Harlem dos anos 1970. Quando o rapaz (Stephan James, de “Raça”) é preso por um crime que não cometeu, a jovem Tish (Kiki Layne, de “Chicago Med”) descobre que está grávida de seu primeiro filho. O elenco ainda conta com Regina King (“American Crime”), Brian Tyree Henry (“Atlanta”), Pedro Pascal (“Narcos”), Ed Skrein (“Deadpool”), Dave Franco (“Artista do Desastre”), Finn Wittrock (“American Horror Story”) e Diego Luna (“Rogue One: Uma História Star Wars”). A estreia de “If Beale Street Could Talk” está marcada para 30 de novembro nos Estados Unidos e ainda não há previsão para seu lançamento no Brasil.

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    Diretor de Moonlight vai adaptar romance de James Baldwin

    11 de julho de 2017 /

    Barry Jenkins, o diretor de “Moonlight”, filme vencedor do Oscar 2017, definiu o seu próximo projeto. Segundo o site da revista Variety, ele vai adaptar um romance de James Baldwin. O cineasta vai dirigir e escrever a adaptação de “If Beale Street Could Talk”, publicado em 1974, que segue um casal de noives no Harlem, em Nova York. Quando ele é acusado falsamente de estupro por um policial racista, ela, grávida, vai atrás de provas para inocentar o futuro marido. Baldwin foi um dos maiores nomes da literatura afro-americana. Por coincidência, um documentário sobre o autor, “Eu Não Sou Seu Negro”, foi um dos indicados ao Oscar deste ano. Ainda não há cronograma de produção nem previsão para a estreia de “If Beale Street Could Talk” nos cinemas.

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