PIPOCAMODERNA
Pipoca Moderna
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc
  • Filme
  • Série
  • Reality
  • TV
  • Música
  • Etc

Nenhum widget encontrado na barra lateral Alt!

  • Etc

    Bia Miranda volta a morar sozinha após término com Gato Preto

    30 de setembro de 2024 /

    A influenciadora estava vivendo no apartamento do rapaz, em São Paulo

    Leia mais
  • Filme

    Ray Liotta (1954–2022)

    26 de maio de 2022 /

    O ator Ray Liotta, que estrelou o clássico “Os Bons Companheiros”, morreu nesta quinta (26/5) aos 67 anos. Ele faleceu enquanto dormia, na República Dominicana, onde estava filmando o longa “Dangerous Waters”. Vindo da TV, onde participou de novela e séries, Liotta chamou atenção ao aparecer em seu primeiro papel importante no cinema, no filme “Totalmente Selvagem” (1986), de Jonathan Demme, como um psicopata que mudava o tom da trama na parte final da projeção. O papel lhe rendeu uma indicação ao Globo de Ouro. Apesar da repercussão, o ator levou mais três anos para emplacar outro coadjuvante importante: o espírito do jogador de beisebol “Shoeless” Joe Jackson em “Campo dos Sonhos” (1989), de Phil Alden Robinson. Sucesso de bilheteria e cultuado por americanos fãs de esportes, “Campo dos Sonhos” colocou Liotta no radar de Martin Scorsese, que o escalou em “Os Bons Companheiros” (1990), ao lado de Robert De Niro e Joe Pesci. Estrelar “Os Bons Companheiros” mudou a trajetória do ator. A interpretação do gângster acuado Henry Hill, que aceita entregar os parceiros, deu a Liotta mais que o esperado protagonismo. Ao integrar um dos melhores filmes de um dos melhores diretores de todos os tempos, ele conquistou a admiração da crítica e da indústria, e todas as portas se abriram. As ofertas começaram a se acumular. De ator que coadjuvava um longa a cada dois anos, ele passou a estrelar três por ano, com seu nome em destaque nos cartazes. Mas a quantidade não refletiu qualidade, o que o levou a produções cada vez menos indicadas pela crítica, como o thriller “Obsessão Fatal” (1992), a sci-fi de baixo orçamento “Fuga de Absolom” (1994), a comédia “Corina, uma Babá Perfeita” (1994), a aventura da Disney “Operação Dumbo” (1995) e vários filmes pouco recomendáveis. Entretanto, no meio de produções descartáveis, ele voltou a lembrar que era capaz de muito mais com sua participação em “Cop Land: A Cidade dos Tiras” (1997), que estabeleceu a carreira do diretor James Mangold. Foi um lembrete de seu talento, que o reaproximou dos grandes cineastas, como Paul Schrader, velho parceiro de Scorsese, que o escalou em “Marcas da Vingança” (1999), e Ridley Scott, que o incluiu em “Hannibal” (2000), a continuação de “O Silêncio dos Inocentes” (1991). Neste período, Liotta se especializou em produções criminais, atuando em obras consagradas pela crítica como “Profissão de Risco” (2001), último filme do diretor Ted Demme, e “Narc” (2002), responsável por colocar o diretor-roteirista Joe Carnahan no radar. Ele acertou o rumo e contracenou com Denzel Washington em “Um Ato de Coragem” (2002), de Nick Cassavetes, voltou a trabalhar com Mangold no cultuado suspense “Identidade” (2003), fez o thriller “Revólver” (2005), de Guy Ritchie, e uma nova parceria com Carnahan em “A Última Cartada” (2006), antes de zoar a sua fama de durão na comédia blockbuster “Motoqueiros Selvagens” (2007). Daí pra frente, ficou mais difícil manter a seletividade, porque Liotta fez mais filmes nos últimos 15 anos que em todos os 25 anos anteriores de sua carreira, incluindo nesse período duas séries de TV, o suspense “Smith” (2006-2007) e o policial “Shades of Blue” (2016-2018), além de ter se destacado numa participação especial de “Plantão Médico” (E.R.), que lhe rendeu um troféu Emmy. Depois do policial “Território Restrito” (2009), com Harrison Ford, e a comédia “O Segurança Fora de Controle” (2009), com Seth Rogen, ele passou a acumular thrillers para o mercado de vídeo. Fez dezenas num período muito curto, mas ainda assim conseguiu encaixar bons projetos na agenda, como “O Lugar Onde Tudo Termina” (2012), com Ryan Gosling, “O Homem da Máfia” (2012), com Brad Pitt, a adaptação de quadrinhos “Sin City: A Dama Fatal” (2014), “O Mensageiro” (2014), com Jeremy Renner, e o premiado “História de um Casamento” (2019), com Adam Driver e Scarlett Johansson. No ano passado, ele lançou mais dois filmes elogiados: “Os Muitos Santos de Newark”, que serviu de prólogo para a série “Família Soprano”, e “Nem um Passo em Falso”, trama noir de Steven Soderbergh. Ele ainda apareceu na temporada final da série de ação “Hanna” e gravou todos os episódios do drama prisional “Black Bird”, produção ainda inédita da Apple TV+, além de ter finalizado dois filmes: a comédia “El Tonto”, primeiro longa dirigido pelo comediante Charlie Day, e o suspense “Cocaine Bear”, dirigido por Elizabeth Banks – ambos sem previsão de estreia. Por se manter extremamente ativo e em demanda, a morte do ator surpreendeu Hollywood, gerando várias manifestações nas redes sociais. Lorraine Bracco, que atuou com Liotta em “Os Bons Companheiros”, foi uma das mais comovidas. “Estou totalmente destroçada ao ouvir esta terrível notícia sobre o meu Ray. Eu posso estar em qualquer lugar do mundo e as pessoas vêm e me dizem que seu filme favorito é ‘Os Bons Companheiros’. Então eles sempre perguntam qual foi a melhor parte de fazer aquele filme. Minha resposta sempre foi a mesma… Ray Liotta”, ela escreveu. O cineasta James Mangold, que o comandou em longas que impulsionaram sua carreira, escreveu: “Chocado e triste ao saber da morte de Ray Liotta. Além do exterior durão e das emoções fortemente feridas de seus personagens, ele era um colaborador doce, brincalhão e apaixonado e um ator brilhante”. Alessandro Nivola, que trabalhou com o ator no recente “Os Muitos Santos de Newark”, também lamentou. “Eu me sinto tão sortudo por ter enfrentado essa lenda em um de seus papéis finais. As cenas que fizemos juntos estão entre os destaques de todos os tempos da minha carreira de ator. Ele era perigoso, imprevisível, hilário e generoso com seus elogios a outros atores.”

    Leia mais
  • Filme

    Spirit Awards: “A Filha Perdida” vence o Oscar do cinema independente

    7 de março de 2022 /

    A produção da Netflix “A Filha Perdida” foi a grande vencedora da 37ª edição do Film Independent Spirit Awards, considerado o Oscar do cinema independente. Realizada na noite de domingo (6/3) em Santa Mônica, Califórnia, a premiação teve os comediantes Nick Offerman (“Parks and Recreation”) e Megan Mullally (“Will & Grace”) como apresentadores e foi uma noite de gala para o streaming. Além de Melhor Filme, o longa de estreia da atriz Maggie Gyllenhaal como diretor e roteirista ainda venceu os troféus de Melhor Direção e Roteiro. Adaptação do romance homônimo de Elena Ferrante, a obra protagonizada por Olivia Colman apresenta a maternidade como um experiência de vida sufocante e frustrante, e também está na disputa de três Oscars – mas não de Melhor Filme. Curiosamente, “Ataque dos Cães”, favorito ao Oscar, não foi indicado ao Spirit Awards deste ano. O que diferencia as duas produções da Netflix é apenas o orçamento – a organização Film Independent estabelece um teto de US$ 22,5 milhões para que um filme seja considerado elegível. Afinal, a gigante do streaming não é de forma alguma um estúdio indie. Entre os vencedores da noite, ainda houve destaque para Troy Kotsur, Melhor Ator Coadjuvante por “No Ritmo do Coração”, que fez história como o primeiro ator surdo a ganhar um Spirit Award. Detalhe: “No Ritmo do Coração” também representa uma vitória do streaming. A Apple TV+ exibiu o longa com exclusividade nos EUA. Já o filme “Zola”, que abriu vantagem na largada com sete indicações, venceu dois prêmios: Melhor Atriz (Taylour Paige) e Edição. O prêmio de Melhor Ator ficou com Simon Rex por “Red Rocket”, novo filme de Sean Baker (“Projeto Flórida”), e o de Melhor Atriz Coadjuvante com Ruth Negga por “Identidade”, mais uma produção da Netflix. De todos os intérpretes premiados, apenas Troy Kotsur está indicado ao Oscar – e é favorito em sua categoria. A edição de 2022 do Spirit Awards foi realmente uma das que mais se distanciou das indicações da Academia. Mas mesmo com poucos títulos em comum, consolidou o favoritismo de mais dois candidatos ao Oscar: o registro musical “Summer of Soul” como Melhor Documentário e o drama japonês “Drive My Car” como Melhor Filme Internacional. A premiação ainda inclui categorias televisivas, que consagraram a série “Reservoir Dogs”, a atriz Thuso Mbedu, de “The Underground Railroad”, e Lee Jung-jae, de “Round 6”, que se tornou o primeiro ator sul-coreano de série a vencer o troféu indie. Seu agradecimento pelo troféu pode ser conferido após a lista completa dos vencedores abaixo. Melhor Filme “A Filha Perdida” Melhor Direção Maggie Gyllenhaal, “A Filha Perdida” Melhor Filme de Estreia “7 Days” Melhor Atriz Taylour Paige, “Zola” Melhor Ator Simon Rex, “Red Rocket” Melhor Atriz Coadjuvante Ruth Negga, “Identidade” Melhor Ator Coadjuvante Troy Kotsur, “No Ritmo do Coração” Melhor Roteiro Maggie Gyllenhaal, “A Filha Perdida” Melhor Roteiro de Estreia Vanessa Block e Michael Sarnoski, “Pig” Melhor Fotografia “Identidade” Melhor Edição “Zola” Prêmio Robert Altman (Combo de direção e elenco) “Mass” Melhor Documentário “Summer of Soul” Melhor Filme Internacional “Drive My Car” Prêmio Alguém para Acompanhar (Diretor revelação) Alex Camilleri, “Luzzu” Prêmio Mais Verdadeiro que Ficção (Revelação em documentários) “Faya Dayi” Prêmio John Cassavetes (Filmes de baixíssimo orçamento) “Shiva Baby” Prêmio de Produtores Lizzie Shapiro Melhor Série Nova “Reservation Dogs” Melhor Série Nova Documental “Black and Missing” Melhor Atriz em Série Thuso Mbedu, “The Underground Railroad” Melhor Ator em Série Lee Jung-jae, “Round 6”

    Leia mais
  • Filme

    Filmes online: “Shang-Chi” é destaque de semana de grandes estreias em streaming

    12 de novembro de 2021 /

    Tem estreia de filme da Marvel no streaming. “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” chega com exclusividade ao Disney+ nesta sexta (12/11), em que a plataforma celebra dois anos de seu lançamento original (nos EUA) com várias novidades e preço promocional de assinatura. O filme mais bem-sucedido da pandemia na América do Norte gira em torno de um conflito entre pai e filho. Na versão do cinema, Shang-Chi é filho de ninguém menos que o Mandarim, vilão mencionado na franquia do Homem de Ferro e que ainda não tinha aparecido de verdade no MCU (Universo Cinematográfico da Marvel). A produção é estrelada pelo ator canadense Simu Liu (“Kim’s Convenience”) como o herói do título e o astro de ação Tony Leung (“O Grande Mestre”) como o pai antagonista, além de Awkwafina (“A Despedida”) e Michelle Yeoh (“Star Trek: Discovery”), entre outros. Também tem The Rock em dose dupla. Cada vez mais astro de comédias de ação, Dwayne “The Rock” Johnson estrela “Jungle Cruise”, em que contracena com Emily Blunt, e “Alerta Vermelho”, ao lado de Ryan Reynolds e Gal Gadot. O primeiro foi um sucesso e já garantiu sequência, enquanto o segundo, uma das produções mais caras da Netflix, foi considerado “podre” com apenas 40% de aprovação no Rotten Tomatoes. A lista segue com dois bons filmes brasileiros. “7 Prisioneiros” caiu nas graças da crítica internacional, com 97% no Rotten Tomatoes. O segundo longa dirigido por Alexandre Moratto, que estreou com “Sócrates” e foi premiado no Spirit Awards (o Oscar do cinema independente dos EUA) em 2019, conta a história de um jovem do interior (Christian Malheiros), que cai numa cilada e se torna escravo ao buscar uma oportunidade de emprego em São Paulo. Produção da Netflix, também destaca Rodrigo Santoro como vilão. Com estreia no sábado (13/12) na Globoplay, “O Silêncio da Chuva” volta a trazer às telas o universo dos mistérios policiais do escritor Luiz Alfredo Garcia-Roza (“Achados e Perdidos”, “Romance Policial”, “Berenice Procura”). Na trama, ao investigar o assassinato de um empresário, o detetive interpretado por Lázaro Ramos se depara com um submundo de corrupção e femme fatales digno dos melhores filmes noir. A direção é do veterano Daniel Filho (“Boca de Ouro”). Para as crianças, ainda há o novo “Esqueceram de Mim” com Archie Yates, uma das revelações de “Jojo Rabbit”, a animação “O Poderoso Chefinho 2” e um curta da Pixar derivado de “Luca”. Para os cinéfilos, a dica é o drama “Identidade”, produção da Netflix com cinco indicações ao Gotham Awards (a segunda principal premiação indie dos EUA), que dramatiza a história de uma mulher negra que se passa por branca no final dos anos 1920. Vivida por Ruth Negga (“Preacher”), a protagonista tem a segurança de seu relacionamento com um branco rico (Alexander Skarsgard, de “Big Little Lies”) ameaçado por uma amiga (Tessa Thompson, de “Thor: Raganorok”), que também tem a pele clara e a possibilidade de se fingir de branca, mas decide ficar do lado oposto desta divisão, apropriadamente filmada em preto e branco. Confira abaixo mais dicas da programação da semana, com 20 títulos e seus respectivos trailers.     Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis | EUA | Ação (Disney+)     Jungle Cruise | EUA | Comédia de Ação (Disney+)     Alerta Vermelho | EUA | Comédia de Ação (Netflix)     7 Prisioneiros | Brasil | Drama (Netflix)     O Silêncio da Chuva | Brasil | Suspense (Globoplay)     O Closet | Coreia do Sul | Terror (NOW, Vivo Play)     Ao Lado de Um Assassino | EUA | Suspense (Apple TV, Google Play, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes)     Identidade | EUA | Drama (Netflix)     Friends and Strangers | Austrália | Drama (MUBI)     Maya | França, Alemanha | Drama (MUBI)     Mãe e Filha | Israel | Drama (NOW)     Sob as Escadas de Paris | França | Drama (Apple TV, Google Play, Looke, NOW, Vivo Play, YouTube Filmes)     Anatomia de um Julgamento | Áustria | Drama (NOW)     O Projeto Frankenstein | Hungria | Drama (Reserva Imovision)     Entre Irmãos | Turquia | Comédia (NOW)     Esqueceram de Mim no Lar, Doce Lar | EUA | Comédia (Disney+)     Detetive Madeinusa | Brasil | Comédia (Amazon Prime Video)     O Poderoso Chefinho 2 – Negócios da Família | EUA | Animação (Apple TV, Google Play, Looke, NOW, SKY Play, Vivo Play, YouTube Filmes)     Oi, Alberto | EUA | Curta de Animação (Disney+)     Moments Like This Never Last | EUA | Documentário (MUBI)

    Leia mais
  • Filme

    Ruth Negga se passa por branca no trailer de “Identidade”

    21 de setembro de 2021 /

    A Netflix divulgou o pôster e o trailer de “Identidade” (Passing), que conta a história de uma mulher negra que se passa por branca no final dos anos 1920 em Nova York. Vivida por Ruth Negga (“Preacher”), a protagonista tem a segurança de seu relacionamento com um branco rico (Alexander Skarsgard, de “Big Little Lies”) ameaçado por uma amiga (Tessa Thompson, de “Thor: Raganorok”), que também tem a pele clara e a possibilidade de se fingir de branca, mas decide ficar do lado oposto desta divisão, apropriadamente filmada em preto e branco. O elenco também inclui André Holland (“Moonlight”), Bill Camp (“Relatos do Mundo”), Gbenga Akinnagbe (“The Deuce”) e Antoinette Crowe-Legacy (“Godfather of Harlem”). A trama é baseada no romance homônimo de Nella Larsen, publicado em 1929, e a adaptação marca a estreia da atriz Rebecca Hall (“Vicky Cristina Barcelona”) como diretora. Exibido no começo do ano no Festival de Sundance, “Identidade” vai passar a seguir no Festival de Nova York, antes de ganhar lançamento em streaming no dia 10 de novembro.

    Leia mais
  • Filme

    Mãe Só Há Uma materializa nova provocação de Anna Muylaert

    30 de julho de 2016 /

    É natural que se busque uma associação entre os dois filmes mais recentes de Anna Muylaert, “Que Horas Ela Volta?” (2015) e o novo “Mãe Só Há Uma”. Afinal, ambos tratam do tema da maternidade e da questão da identidade. Mas se havia um pouco de caricatura cômica no drama de “Que Horas Ela Volta?”, desta vez o tom é abertamente dramático, tendo como ponto de partida uma história verídica de criança roubada. O filme acompanha Pierre (o estreante Naomi Nero, sobrinho de Alexandre Nero), um rapaz que costumava ter uma vida tranquila com a mãe (Daniela Nefussi, de “É Proibido Fumar”) e sua irmã pequena (Lais Dias). Até o dia em que descobre ter sido roubado na maternidade, vê sua mãe ser presa, descobre que tem outro nome e precisa se adaptar a um novo lar com seus pais biológicos, vividos por Matheus Nachtergaele (“Trinta”) e novamente por Nefussi, numa estratégia de casting que ajuda a acentuar a confusão mental do rapaz – bem como enfatizar o próprio título “Mãe Só Há Uma”. Interessante o modo como Muyalert constrói sua narrativa, com elipses que fazem a história de convivência de Pierre e sua nova família adquirir duração indeterminada, passando a impressão de abranger semanas no espaço de enxutos 82 minutos de projeção. Aliás, a edição é tão acertada que “Mãe Só Há Uma” é daqueles filmes que não exaurem o espectador, terminando no momento certo. Também muito importante é a construção do personagem Pierre/Felipe. Seu mundo vira de cabeça pra baixo justo quando ele está no processo de descobrir sua identidade sexual, que a trama faz questão de não simplificar. Desde o começo, ele é mostrado como um rapaz que gosta de usar calcinhas e maquiagem, mas que não deixa de transar com garotas por causa disso. Ele até faz muito sucesso com elas. Uma das cenas mais interessantes acontece quando ele vai provar uma roupa com seus pais biológicos, que querem moldá-lo à maneira deles. Em determinado momento, ele fala: “é só uma roupa!”, ao procurar fazê-los entender a bobagem que é discutir sobre aquilo. O que pode incomodar um pouco os espectadores é o modo como Muylaert, mais uma vez, trata alguns personagens quase como caricaturas. Desta vez, são os pais biológicos de Pierre, que lembram um pouco os pais de Fabinho em “Que Horas Ela Volta?” . Ainda assim, esse tipo de representação pode ser encarado como uma provocação da diretora, diante do modelo tradicional da família brasileira, numa continuação do que havia sido visto em seu trabalho anterior. O que importa é que estamos diante de mais uma obra sólida e consistente de uma cineasta que se mostra muito acima da média da atual cinematografia nacional.

    Leia mais
  • Filme

    Mãe Só Há Uma: Novo filme de Anna Muylaert ganha pôster e primeiro trailer

    15 de junho de 2016 /

    A Vitrine Filmes divulgou o cartaz nacional e o primeiro trailer de “Mãe Só Há Uma”, novo filme da diretora Anna Muylaert, que volta a tratar do abismo entre mães e filhos após o sucesso de “Que Horas Ela Volta?”. Desta vez, o pano de fundo do contraste social é substituído por uma história inspirada na crônica policial brasileira, sobre um menino raptado que é reencontrado pela família legítima e tem dificuldades de aceitar a mãe biológica, enquanto ainda nutre afeto pela mulher que o roubou e o criou como filho desde criança. A crise de identidade também se estende à sexualidade do jovem, que pinta as unhas e começa a usar roupas femininas. O filme destaca o estreante Naomi Nero (sobrinho de Alexandre Nero) como protagonista e Daniela Nefussi (“É Proibido Fumar”) em dois papéis, como as mães (de criação e biológica) do menino, num artifício que visa destacar a confusão criada na cabeça do rapaz. Matheus Nachtergaele (“Trinta”), Luciana Paes (“Sinfonia da Necrópole”) e Helena Albergaria (“Que Horas Ela Volta?”) também estão no elenco. Exibido com críticas positivas no Festival de Berlim deste ano, “Mãe Só Há Uma” chega aos cinemas brasileiros no dia 21 de julho.

    Leia mais
@Pipoca Moderna 2025
Privacidade | Cookies | Facebook | X | Bluesky | Flipboard | Anuncie