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    Máquinas Mortais: Nova saga fantástica de Peter Jackson ganha primeiro teaser

    18 de dezembro de 2017 /

    A Universal divulgou o primeiro teaser legendado de “Máquinas Mortais” (Mortal Engines), que revela como a premissa absurda se materializa nas telas. O nonsense surreal pode ser conferido quando as personagens olham incrédulas para uma aparato gigantesco, que avança sobre o seu veículo steampunk na vastidão de um deserto pós-“Mad Max”, com a garganta metálica escancarada para engoli-las. “O que é aquilo?”, uma delas quer saber. “Aquilo é Londres”, vem como resposta. E com direito a prédios, torres, parques e a Catedral de Saint Paul em seu topo. A trama é ambientada em um mundo futurista devastado, onde cidades inteiras foram transformadas em veículos – as Cidades Tração, que exploram os recursos naturais e consomem umas as outras. Londres é a principal Cidade-Tração e caça uma cidadezinha aterrorizada através das terras devastadas. Durante o ataque, o jovem protagonista Tom Natsworthy cai fora da cidade, juntamente com uma assassina com cicatrizes no rosto. Eles devem correr para salvar suas vidas em meio aos destroços – e encarar uma nova arma terrível que ameaça o futuro do mundo. O teaser apresenta parte crucial desta sinopse, além de closes da protagonista Hester Shaw com um lenço sobre suas cicatrizes. Ela é vivida por Hera Hilmar (série “Da Vinci’s Demons”). Já Tom Natsworthy será interpretado por Robert Sheehan (“Os Instrumentos Mortais: Cidade dos Ossos”). Não são exatamente astros de blockbusters. Por isso, outro detalhe que chama atenção na prévia é o destaque dado ao cineasta Peter Jackson. O nome do responsável pelas trilogias “O Senhor dos Anéis” e “O Hobbit” aparece três vezes. Ele assina o roteiro e a produção, mas não dirige o filme. Já o nome do diretor é exibido apenas uma vez e quase passa quase batido, de tão acelerado. É preciso pausar o vídeo para conseguir lê-lo. Trata-se de Christian Rivers, que estreia na função, mas foi assistente de Jackson nos filmes do “Hobbit” e trabalhou nos efeitos visuais das duas trilogias da Terra Média. Jackson, por sua vez, compartilha o roteiro e a produção com sua esposa Fran Walsh e a parceira criativa Philippa Boyens. O trio foi mentor dos seis filmes baseados nas obras de J.R.R. Tolkien. O vídeo também apresenta a produção como “uma nova saga épica”, e realmente se trata de uma franquia em potencial. “Maquinas Mortais” é a adaptação do primeiro volume das “Crônicas das Cidades Famintas” do escritor britânico Philip Reeve. São, ao todo, quatro volumes, publicados desde 2001. O elenco ainda inclui Hugo Weaving (“O Hobbit”), Stephen Lang (“Avatar”), Jihae (série “Mars”), Joel Tobeck (série “Ash vs Evil Dead”), Colin Salmon (série “Limitless”), Frankie Adams (série “The Expanse”), Caren Pistorius (“A Luz entre Oceanos”) e Leila George (“Minha Namorada É uma Vampira”). A estreia está marcada para dezembro de 2018.

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  • Série

    Benedict Cumberbatch estampa primeira foto da minissérie Patrick Melrose

    22 de novembro de 2017 /

    Os canais pagos Sky Atlantic e Showtime divulgaram a primeira foto de “Patrick Melrose”, que traz o ator Benedict Cumberbatch (“Doutor Estranho”) como o personagem-título. A minissérie é baseada na coleção de romances de Edward St. Aubyn sobre o personagem, um aristocrata decadente, que teve uma infância profundamente traumática e que, enquanto luta para superar os danos infligidos por um pai abusivo, vira um playboy escandaloso. A adaptação vai transformar cada livro da coleção num episódio diferente. As histórias se concentrarão na exibição de poucos dias importantes na vida do protagonista, mudando de década a cada capítulo. Serão, ao todo, cinco episódios escritos pelo roteirista David Nicholls (“Um Dia”, “Longe Deste Insensato Mundo”), que chamou Cumberbatch de “o Patrick Melrose perfeito”. Por sinal, o ator já tinha dito, numa entrevista de 2013 no Reddit, que Patrick Melrose era o personagem literário que ele mais gostaria de interpretar. O elenco também inclui Hugo Weaving (“Até o Último Homem”) como o pai de Melrose, Jennifer Jason Leigh (“Os Oito Odiados”) como sua mãe, Anna Madeley (“Na Mira do Chefe”) como sua mulher, Allison Williams (série “Girls”) como uma conhecida, e Blythe Danner (“Entrando numa Fria”) como uma tia rica. Ainda não há previsão para a estreia.

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    Mistura de fé e carnificina de Até o Último Homem é a cara de Mel Gibson

    26 de janeiro de 2017 /

    Nos filmes de “Mad Max” (1979-1985), “Máquina Mortífera” (1987-1998), “Coração Valente” (1995) e “Sinais” (2002), Mel Gibson incorporava o herói enfrentando desafios impossíveis. E ainda que ele não esteja em nenhuma cena de “Até o Último Homem”, sua presença atrás das câmeras confere a esse drama de guerra a sua cara. Truculento, reacionário e movido por uma contraditória fé religiosa. Hollywood adora emoldurar histórias de reabilitação, e depois de todos os revezes que o velho Mad Max passou, porque não abraçá-lo novamente? E “Até o Último Homem” funciona perfeitamente como peça de redenção. O filme está longe de ser ótimo, mas é feito por um sujeito que entende como poucos a ala conservadora da meca do cinema norte-americano (o que explica, e muito, as seis indicações ao Oscar – inclusive de Melhor Filme e Direção – que acaba de conquistar). Em cena, há uma história verídica, a proeza de um certo Desmond T. Doss, um pacifista americano temente a Deus, que serviu como um médico de combate durante a 2ª Guerra Mundial e, pessoalmente, salvou 75 soldados feridos da batalha de Okinawa, tornando-se finalmente o primeiro adventista do sétimo dia a receber a Medalha de Honra do Exército. Como fez em “Coração Valente” e “A Paixão do Cristo” (2004), Mel Gibson equipara virtude espiritual com um infernal teste de resistência corpórea. Seu assunto favorito é o teste e a purificação do temperamento moral de um homem – uma meta que só pode ser alcançada através do sofrimento e de uma brutalidade repugnante e intransigente. O que difere esse herói de outros que Gibson promoveu, é o fato de Desmond entrar na guerra de mãos limpas. Ele não pega em armas, nem mesmo quando seu pelotão é vencido e centenas de soldados japoneses ameaçam acuá-lo. O filme sugere que os buracos mágicos que nessas horas aparecem para o personagem se esconder, talvez tenham mais a ver com uma benção divina do que propriamente com sorte. O melhor em cena é a ironia que o diretor enxerga no compromisso de não-violência de Doss. Tudo começa depois que o ainda jovem e animado religioso (interpretado na infância pelo estreante Darcy Bryce) quase mata o irmão com um tijolo. Esse acidente leva Desmond a um momento messiânico, que Gibson dramatiza com close angustiados, música inchada e uma referência pesada a Caim e Abel. Então a ação salta uma década e vemos um Doss crescido em 1942, com o esforço de guerra americano em pleno andamento. Ele é um homem mudado – literalmente, interpretado por aquele bom moço que já foi “O Espetacular Homem Aranha”, Andrew Garfield. Um adventista do sétimo dia que se recusa a carregar armas, Doss, no entanto, anseia por servir ao seu país e se alista no exército – embora não antes de se apaixonar por uma bela enfermeira, Dorothy (Teresa Palmer, de “Meu Namorado É um Zumbi”), que ele persegue com a mesma alegre teimosia que caracteriza cada uma de suas decisões. Sem dúvida, ele herdou parte da vontade de ferro de seu pai, Tom (Hugo Weaving, da trilogia “O Hobbit”), um veterano da 1ª Guerra Mundial, com cicatrizes e amarguras, que irrompe regularmente em ataques de abuso de bebedeiras. Uma vez levantado o esqueleto da trama, Gibson não ousa pisar fora das fronteiras do maniqueísmo. É tudo muito preto ou muito branco. Os homens que Doss encontra no campo de treinamento são uma mistura previsível de caras duros e de arquétipos cômicos, mas todos eles, num momento, ou em outro, são malvados com o recruta. Entre eles estão Vince Vaughn (“Os Estagiários”), como um sargento bonachão, e Sam Worthington (“Evereste”) como um capitão intransigente. Depois, na segunda parte, transfere-se a malvadeza para os japoneses. Nenhum inimigo é tratado com profundidade. São todos caricatos. E então, na hora de mostrar a batalha, Gibson mal se segura. Dá pra sentir o prazer com que ele encena a carnificina. Não há nenhuma eficiência limpa e cauterizada que caracterize as cenas de guerra. É um festival de balas rasgando a carne, de corpos sendo explodidos em dois, de membros sendo arrancados ou sendo queimados. Em nome de mais realismo, o diretor exerce seu gosto pelo virtuosismo sádico. Mas não é o que mais incomoda em “Até o Último Homem”. Há algo mais desconfortável no centro desse projeto. Uma ênfase de que foi a pureza da fé de Doss que salvou o dia, o que implica em dizer que os mortos e os derrotados não eram suficientemente puros. O Doss real, que morreu em 2006, aparece em uma breve e emocionante entrevista pouco antes do rolo de créditos, acrescentando mais um pouco de veracidade à interpretação de Gibson dos eventos. E uma das coisas mais ressonantes que ele diz é que ele ainda acredita que “ninguém deve ser forçado a agir contra suas convicções”. Mas esse conto de heroísmo na vida real parece menos uma celebração das convicções humanistas e mais uma declaração da superioridade moral dos fiéis sobre os infiéis.

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    Astro mirim de Peter Pan tenta desvendar um crime em trailer e imagens de suspense australiano

    21 de dezembro de 2016 /

    A Madman Films divulgou o pôster, as fotos e o trailer do suspense australiano “Jasper Jones”, que gira em torno do desaparecimento de uma garota e os esforços de um menino (Levi Miller, de “Peter Pan”) para ajudar o principal suspeito, seu amigo aborígene (Aaron L. McGrath, de “Around the Block”) que dá título à produção. Para isto, os dois terão que encontrar sozinhos o responsável pelo crime. E o velho recluso interpretado por Hugo Weaving (“A Vingança Está na Moda”) surge como principal candidato a psicopata. O elenco ainda inclui Toni Collette (“Uma Longa Queda”), Angourie Rice (“Dois Caras Legais”), Myles Pollard (“Mergulhando Fundo”) e Matt Nable (série “Arrow”). A direção é de Rachel Perkins, que já filmou uma história real de garota desaparecida no outback australiano, “One Night the Moon” (2001). Seu novo filme, porém, é uma obra de ficção, adaptada do best-seller homônimo de Craig Silvey, que também já foi transformado numa peça de sucesso. Ainda não há previsão de estreia.

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    Até o Último Homem: Volta triunfal de Mel Gibson à direção ganha trailer legendado

    12 de dezembro de 2016 /

    A Diamond Films divulgou o trailer legendado de “Até o Último Homem”, volta consagradora de Mel Gibson à direção, dez anos após seu último longa-metragem e depois de muitas polêmicas em sua vida pessoal. A prévia traz as marcas do diretor, vencedor do Oscar por “Coração Valente” (1995). Com explosões, tiros, abusos e carnificina, o vídeo é um espetáculo apocalíptico de guerra, com direito a cenas brutais, que ilustram o contraste entre a desumanização e o idealismo. A trama é baseada na história real do soldado Desmond T. Doss, que ganhou a Medalha de Honra do Congresso dos EUA depois de se recusar a pegar numa arma durante toda a 2ª Guerra Mundial. Vivido por Andrew Garfield (“O Espetacular Homem-Aranha 2”), Doss é visto sofrendo bullying e humilhação de seus colegas recrutas, mas não abre mão de suas convicções, conquistando o direito e ir a combate desarmado. Taxado de covarde, ele se torna uma lenda ao salvar, sozinho, a vida de 75 homens durante a Batalha de Okinawa, resgatando feridos e ajudando a evacuar as linhas inimigas, mesmo atingido por uma granada e um franco-atirador japonês. Além de Garfield, o elenco inclui Sam Worthington (“Fúria de Titãs”), Luke Bracey (“Caçadores de Emoção”), Teresa Palmer (“Quando as Luzes se Apagam”), Hugo Weaving (“Matrix”), Rachel Griffiths (“Profissão de Risco”) e Vince Vaughn (“Os Estagiários”). A première mundial no Festival de Veneza foi aplaudida de pé por 10 minutos. Além disso, “Até o Último Homem” venceu dois prêmios no Critics Choice Awards e está indicado a Melhor Filme de Drama no Globo de Ouro 2017. A estreia no Brasil está prevista para 26 de janeiro.

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    Até o Último Homem: Volta de Mel Gibson à direção ganha 22 fotos e comerciais com elogios rasgados

    29 de outubro de 2016 /

    A Lionsgate divulgou 22 fotos e dois novos comerciais de “Até o Último Homem”, que marca a volta de Mel Gibson à direção, dez anos após seu último longa-metragem e depois de muitas polêmicas em sua vida pessoal. A prévia mostra cenas de ação intensa, em meio a combates da 2ª Guerra Mundial, acompanhadas por elogios rasgados da crítica. E, de fato, o filme teve exibição aclamada no Festival de Veneza, onde sua première foi aplaudida de pé por 10 minutos. Para completar, é a produção com o maior número de indicações ao AACTA Awards, premiação da Academia Australiana de Cinema e Televisão, considerado o Oscar da Austrália. A trama é baseada na história real do soldado Desmond T. Doss, que ganhou a Medalha de Honra do Congresso dos EUA depois de se recusar a pegar numa arma durante toda a 2ª Guerra Mundial. Vivido por Andrew Garfield (“O Espetacular Homem-Aranha 2”), Doss sofreu bullying e humilhação de seus colegas recrutas, mas não abriu mão de suas convicções religiosas, conquistando o direito e ir a combate desarmado. Taxado de covarde, ele se torna uma lenda ao salvar, sozinho, a vida de 75 homens durante a Batalha de Okinawa, resgatando feridos e ajudando a evacuar as linhas inimigas, mesmo atingido por uma granada e um tiro de um franco-atirador japonês. Além de Garfield, o elenco inclui Teresa Palmer (“Quando as Luzes se Apagam”), Hugo Weaving (“Matrix”), Rachel Griffiths (“Profissão de Risco”), Sam Worthington (“Fúria de Titãs”), Luke Bracey (“Caçadores de Emoção”) e Vince Vaughn (“Os Estagiários”). A estreia comercial está marcada para 4 de novembro nos EUA e apenas dois meses depois, em 12 de janeiro, no Brasil.

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    Até o Último Homem: Volta de Mel Gibson à direção lidera indicações ao “Oscar australiano”

    29 de outubro de 2016 /

    O filme que marca a volta de Mel Gibson à direção, “Até o Último Homem” (Hacksaw Ridge), conquistou 13 indicações ao AACTA Awards, premiação da Academia Australiana de Cinema e Televisão, considerado o Oscar da Austrália. O drama de guerra estrelado por Andrew Garfield liderou a lista de indicados ao prêmios em categorias de atuação, técnicas e também na disputa do prêmio máximo, de Melhor Filme do ano. Entre os atores indicados pela produção estão Andrew Garfield, Teresa Palmer, Hugo Weaving e Rachel Griffiths. Gibson, claro, também concorre como Melhor Diretor. Seu principal rival será “The Daughter”, do estreante Simon Stone, estrelado por Sam Neill, Geoffrey Rush, Miranda Otto e Anna Torv, que teve 10 indicações. No ano passado, o vencedor do AACTA foi “Mad Max: Estrada da Fúria”, que, além de conquistar o troféu de Melhor Filme, também rendeu o prêmio de Melhor Direção para o veterano George Miller. Os vencedores da edição 2016 da premiação serão anunciados no dia 7 de dezembro, em cerimônia realizada em Sydney. “Até o Último Homem” teve sua première mundial no Festival de Veneza, onde foi recebido com 10 minutos de aplausos. A estreia comercial acontece na próxima sexta (4/11) nos EUA, mas apenas em 12 de janeiro no Brasil.

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    Até o Último Homem: Veja duas cenas da volta aclamada de Mel Gibson à direção

    23 de outubro de 2016 /

    A Lionsgate divulgou um novo pôster e duas cenas de “Até o Último Homem”, que marca a volta de Mel Gibson à direção, dez anos após seu último longa-metragem e depois de muitas polêmicas em sua vida pessoal. O filme teve exibição aclamada no Festival de Veneza, onde sua première foi aplaudida de pé por 10 minutos. A trama é baseada na história real do soldado Desmond T. Doss, que ganhou a Medalha de Honra do Congresso dos EUA depois de se recusar a pegar numa arma durante toda a 2ª Guerra Mundial. Vivido por Andrew Garfield (“O Espetacular Homem-Aranha 2”), Doss é visto numa das prévias sofrendo bullying e humilhação de seus colegas recrutas, mas não abre mão de suas convicções, conquistando o direito e ir a combate desarmado. Taxado de covarde, ele se torna uma lenda ao salvar, sozinho, a vida de 75 homens durante a Batalha de Okinawa, resgatando feridos e ajudando a evacuar as linhas inimigas, mesmo atingido por uma granada e um tiro de um franco-atirador japonês. Além de Garfield, o elenco inclui Sam Worthington (“Fúria de Titãs”), Luke Bracey (“Caçadores de Emoção”), Teresa Palmer (“Quando as Luzes se Apagam”), Hugo Weaving (“Matrix”), Rachel Griffiths (“Profissão de Risco”) e Vince Vaughn (“Os Estagiários”). A estreia comercial está marcada para 4 de novembro nos EUA e apenas dois meses depois, em 12 de janeiro, no Brasil.  

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  • Strangerland
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    Terra Estranha deixa o suspense secar no deserto australiano

    15 de outubro de 2016 /

    Habitada por um calor que não dá trégua, animais peçonhentos bizarros e paisagens desoladoras, a Austrália sempre se mostrou um cenário perfeito para a encenação de histórias que buscam desvendar o instinto humano, as desigualdades de uma sociedade e o quanto a nossa pequenez é capaz de devastar todo um território. Portanto, “Terra Estranha” não é um nome genérico para batizar a estreia de Kim Farrant na direção de um longa-metragem. Temos aqui uma história que se (des)constrói a partir de um desaparecimento, com contornos muito distintos aos de “Um Grito no Escuro” (1988), um aussie drama com Meryl Streep e Sam Neill sempre rememorado quando se fala do que é produzido na terra dos cangurus. Matthew e Catherine Parker (Joseph Fiennes e Nicole Kidman) são os pais de Tommy e Lilly (Nicholas Hamilton e Maddison Brown), ambos às voltas com as descobertas nem sempre agradáveis da adolescência. O histórico dos Parker foi para a lama assim que o relacionamento de Lilly com o seu professor veio à tona, com este quase morrendo pelas mãos de Matthew. Restou a eles a mudança para uma cidade insossa, com fácil acesso a uma série de regiões desérticas e montanhosas. A dinâmica familiar se dissipou e o sentimento, como bem aponta Lilly, é a de que cada um vive encarcerado. Fica evidente que algo está errado com cada membro desta família quando Catherine acorda em um dia como qualquer outro sem que os filhos estejam na cama. Eles não foram à escola e todos os vizinhos afirmam que não os viram durante o período matutino. Matthew viu que ambos pularam a cerca do quintal durante a madrugada, mas nada fez para impedi-los a abandonarem o lar. Vem literalmente a tempestade de areia, um anúncio das tragédias que vão testar o casal. Nem um pouco satisfeito em acompanhar as investigações sobre o desaparecimento pelo detetive David (interpretado por Hugo Weaving), a dupla de roteiristas Fiona Seres e Michael Kinirons insere algumas insinuações sobre o caráter de cada personagem. Se David é capaz de eliminar evidências que podem comprometer Burtie (Meyne Wyatt), o filho de sua namorada (Lisa Flanagan), o que esperar dos Parker? A truculência ou completa passividade de Matthew importunam e alguns comportamentos de Catherine a denunciam como uma versão adulta de Lilly, uma jovem de 15 anos preenchida por uma libido incontrolável. Quase ninguém parece saber exatamente o que está fazendo em “Terra Estranha”, uma vez que Kim Farrant farta a todos com inúmeras sugestões que só tornam penosa uma experiência que quase totaliza duas horas de duração. As belas panorâmicas captadas pelo diretor de fotografia P.J. Dillon não têm qualquer ressonância em uma narrativa que sequer se soluciona entre quatro paredes e há até mesmo flertes com misticismos locais para incrementar a história. Resta o grito desesperador de Nicole Kidman, que ecoa na penumbra da terra estranha, implorando por uma resolução, que infelizmente se desenha do modo mais insatisfatório possível.

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    A Vingança Está na Moda surpreende com humor negro desconcertante

    26 de agosto de 2016 /

    Casada com P. J. Hogan (“O Casamento de Muriel”), a australiana Jocelyn Moorhouse teve de abdicar de sua carreira como cineasta para cumprir em tempo integral o papel de mãe de dois filhos com autismo. Fez de “Terras Perdidas”, de 1997, a sua última aventura por trás das câmeras. Há 10 anos, ensaiava um retorno com “Eucalyptus”, mas o projeto foi permanentemente engavetado devido às divergências com o astro Russel Crowe, a quem havia revelado em “A Prova”. Todos esses meandros tornam o retorno de Moorhouse em “A Vingança Está na Moda” ainda mais esperado, especialmente pelo peso de um nome que contribuiu, ainda que de forma discreta, para a propagação da produção australiana para o mundo – além Crowe, o esplêndido Hugo Weaving também se beneficiou do sucesso de “A Prova”. Mas vale um adendo: nem todos devem embarcar na história, que mergulha em tons obscuros sem aviso prévio. A princípio, o regresso de Myrtle Dunnage (Kate Winslet, ótima, ainda que velha demais para o papel) a uma cidadezinha no meio do nada sugere uma comédia tradicional com uma protagonista provando que deu a volta por cima, agora pretendendo acertar algumas pendências com pessoas responsáveis por transformar o seu passado em um verdadeiro inferno. A questão é que o peso que Myrtle carrega é o de alguém acusado por cometer um assassinato, cujos detalhes foram nebulosos demais para processar em sua infância. Adulta, tenta reparar o relacionamento com a mãe senil (Judy Davis) enquanto impacta a pequena comunidade com as suas habilidades como estilista. Porém, é a receptividade de dois homens que a fará reconstruir a cena do acontecimento que a traumatizou. O primeiro é Farrat (Weaving), sargento que gosta de experimentar roupas e adereços femininos em segredo, e Teddy McSwiney (Liam Hemsworth), rapaz que amolece aos poucos o coração de pedra de Myrtle. Quando tudo parece caminhar para uma resolução convencional, o texto de Moorhouse e Hogan, com base no romance homônimo de Rosalie Ham, dá novos rumos aos planos de vingança da protagonista. Se antes as suas habilidades em conceber belos figurinos tinha como intenção ocultar a sua motivação em seduzir e desmoralizar todos que a taxaram como uma assassina, os infortúnios do acaso tingem o filme com um humor negro desconcertante. Entre os lançamentos recentes, talvez “A Vingança Está na Moda” seja o que mais se atreveu a sair de uma zona de conforto ao seu final, provocando uma reação de ame-o ou deixe-o.

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    Hacksaw Ridge: Mel Gibson vai à guerra com trailer impactante de sua volta à direção

    28 de julho de 2016 /

    A Lionsgate divulgou o pôster e o primeiro trailer de “Hacksaw Ridge”, que marca a volta de Mel Gibson à direção, dez anos após seu último longa-metragem e depois de muitas polêmicas em sua vida pessoal. A prévia impactante indica que ele não perdeu o talento. Quem pode ter perdido é o público, que se privou por uma década deste excelente diretor, vencedor do Oscar por “Coração Valente” (1995). Com explosões, tiros, abusos e carnificina, o vídeo é um espetáculo apocalíptico de guerra, com direito a cenas brutais, que ilustram o contraste entre a desumanização e o idealismo. A trama é baseada na história real do soldado Desmond T. Doss, que ganhou a Medalha de Honra do Congresso dos EUA depois de se recusar a pegar numa arma durante toda a 2ª Guerra Mundial. Vivido por Andrew Garfield (“O Espetacular Homem-Aranha 2”), Doss é visto sofrendo bullying e humilhação de seus colegas recrutas, mas não abre mão de suas convicções, conquistando o direito e ir a combate desarmado. Taxado de covarde, ele se torna uma lenda ao salvar, sozinho, a vida de 75 homens durante a Batalha de Okinawa, resgatando feridos e ajudando a evacuar as linhas inimigas, mesmo atingido por uma granada e um franco-atirador japonês. Além de Garfield, o elenco inclui Sam Worthington (“Fúria de Titãs”), Luke Bracey (“Caçadores de Emoção”), Teresa Palmer (“Quando as Luzes se Apagam”), Hugo Weaving (“Matrix”), Rachel Griffiths (“Profissão de Risco”) e Vince Vaughn (“Os Estagiários”). A première mundial vai acontecer no Festival de Veneza, onde o longa será exibido fora de competição. A estreia comercial está marcada para 4 de novembro nos EUA.

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