Regina Duarte faz postagem homofóbica no Instagram
Regina Duarte radicalizou seu comportamento extremista nesta segunda (13/2), ao publicar uma postagem homofóbica em seu Instagram. A aposentada de 76 anos caçoou da sigla LGBTQIAP+ e das identidades sexuais, ao publicar uma cartaz assumidamente preconceituoso. O texto afirma que, independentemente de ser “LGBTQQICAPF2K+”, a pessoa “só tem duas opções” quando precisa de cuidados sexuais, que seriam o “ginecologista e o urologista”. “É possível que este meu post possa ‘estar sendo’ desrespeitoso com os – as ‘todes’ do nosso Brasil?!”, acrescentou, debochando de pessoas não binárias. “A intenção é puramente: científica!”, ironizou. Essa não é a primeira vez que Regina Duarte faz postagem preconceituosa com o termo todes no Instagram. No mês passado, ela criticou o uso do termo neutro em cerimônias oficiais do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dizendo que a expressão é uma “bobagem”. O uso do termo “todes” é uma forma de promover a inclusão identitária de pessoas não-binária, ou seja, que não se identificam com o gênero masculino nem com o feminino. A linguagem não binária era criticada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), de quem Regina Duarte é defensora e foi secretária de Cultura em 2021.
Bella Ramsey avisa homofóbicos que “The Last of Us” vai ficar cada vez mais queer
A atriz Bella Ramsey, intérprete da personagem Ellie na série “The Last of Us”, mandou um recado para os trolls da internet que têm reclamado das temáticas LGBTQIA+ apresentadas na série: “Acostumem-se com isso”. A fala de Ramsey foi uma resposta a um caso recente, quando um grupo de ditos “fãs” do game, que originou a atração, bombardeou o site IMDb com avaliações negativas do 3º episódio da série, sobre a relação homossexual entre os personagens Bill (Nick Offerman) e Frank (Murray Bartlett). Em entrevista à revista GQ UK, a atriz afirmou que as pessoas precisam se acostumar a ver esse tipo de conteúdo, ou não vão aproveitar a série. Ela disse que visitou a sala dos roteiristas da 2ª temporada de “The Last of Us” e afirmou que a série deve continuar a “seguir de perto o enredo dos jogos”. Isso significa que sua personagem, Ellie, provavelmente terá um relacionamento com uma mulher chamada Dina (conforme acontece no jogo). “Existem algumas partes com Ellie sozinha, provavelmente, mas eu gosto do fato de que ela também tem [Dina] agora”, disse Ramsey sobre a sequência do videogame, “The Last of Us Part II”, que servirá como base para a 2ª temporada da série. A sequência também apresenta um adolescente transgênero chamado Lev. Antecipando uma reação negativa dos trolls, Ramsey disse que não está “particularmente ansiosa com isso”. “Eu sei que as pessoas vão pensar o que quiserem pensar. Mas eles vão ter que se acostumar com isso. Se você não quer assistir à série porque tem histórias gays, porque tem um personagem trans, isso é com você e é você que está perdendo. Não vai me deixar com medo. Eu acho que isso vem de um lugar de desafio”. Ramsey anunciou em uma entrevista ao The New York Times em janeiro passado que se identifica como uma pessoa não-binária. Durante a conversa com a GQ, ela revelou que seu colega de elenco, Pedro Pascal, foi “super favorável” à sua decisão. A irmã de Pascal é transgênero. Ramsey disse que, nos intervalos das filmagens, os dois frequentemente discutiam a identidade sexual. “E nem sempre eram [conversas] profundas”, contou ela. “Elas podem ser engraçadas e bem-humoradas, todo o espectro. Nós éramos muito honestos e abertos um com o outro.” Ramsey acrescentou que aceita todos os pronomes, como “ela” ou “elu”, mas há certas descrições que não suporta. “Isso é o que me incomoda mais do que os pronomes: ser chamada de ‘mulherzinha’ ou ‘jovem poderosa’, ‘jovem mulher’, mas eu não sou [isso]”, disse ela. “[Em] ‘Catarina, a Menina Chamada Passarinha’, eu usava vestidos. [Em] ‘Becoming Elizabeth’, eu estava em um espartilho. E eu me senti superpoderosa nisso. Interpretar essas personagens mais femininas é uma chance de ser algo tão oposto a mim, e é muito divertido.” “The Last of Us” está sendo exibida na HBO e na HBO Max. Veja abaixo o trailer do próximo episódio, que irá ao ar no domingo (19/2).
Cassia Kis se diz desempregada para evitar indenização alta em ação por homofobia
A atriz Cassia Kis, atualmente no ar na novela “Travessia”, alegou que está desempregada para tentar diminuir o valor de uma ação civil pública movida pelo Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT. A associação acusa a atriz de ter proferido declarações homofóbicas durante uma live com a jornalista Leda Nagle em outubro passado e entrou com um pedido de danos morais coletivos no valor de R$ 250 mil contra a atriz. A defesa de Cassia afirmou que ela estaria passando por problemas financeiros e, por isso, pediu para que o valor da possível indenização fosse reduzido. Seu advogado afirma que o valor pedido é muito elevado e, caso a atriz perca a causa, a sentença estaria “impossibilitando sua subsistência e o sustento da sua família”. Revelado pelo Metrópoles, o texto da defesa diz: “Em caso de procedência do pedido elaborado na exordial, que o valor arbitrado com indenização por danos morais seja substancialmente reduzido, pelo fato da ré ser uma pessoa física e por estar desempregada no momento.” Apesar dessa alegação, ela segue atuando na novela “Travessia” e, segundo informações na imprensa, teve seu contrato renovado recentemente com a Globo até 2025. O Grupo Arco Íris de Cidadania LGBT considera que as declarações de Cassia Kis são prejudiciais à comunidade LGBT e pede que a atriz seja responsabilizada pelos danos causados. Na entrevista polêmica, ela afirmou que casais LGBTQIAP+ estão causando a “destruição das famílias”. A defesa da atriz contesta a ação, afirmando que a fala “não traz qualquer agressão, preconceito, incitação ao ódio, ou discriminação em relação às famílias homoafetivas”. Segundo os advogados de Cassia, “a ré é apenas uma cristã que acredita nos conceitos e dogmas da religião católica e quer viver sua vida segundo a doutrina cristã”. Além das falas homofóbicas, Cassia Kis participou de uma manifestação antidemocrática em um acampamento bolsonarista, no Rio de Janeiro.
Globo não vai renovar contrato com Cássia Kis
A Globo teria decidido se distanciar de Cássia Kis. Segundo informações da revista Veja, após o fim da novela “Travessia”, de Gloria Perez, a emissora dará “um tempo” na imagem da atriz, que se queimou entre funcionários e grande parcela dos telespectadores por seu engajamento nos atos antidemocráticos de bolsonaristas, embriões do ataque terrorista em Brasília no domingo passado (8/1). Antes disso, ela já tinha causado polêmica ao dar declarações homofóbicas numa live. Há relatos de que Cássia Kis acumula uma série de reclamações por parte de funcionários no compliance da emissora, que a acusam de intolerância política, religiosa e homofobia. Entre outros apelidos, ela teria se tornado conhecida como Perpétua nos bastidores da Globo, numa referência à personagem de Joana Fomm, em “Tieta” (1989). Na novela clássica, a vilã era uma beata reacionária que defendia valores ultrapassados, embora ela própria não se comportasse assim. A intérprete de Cidália teria retaliado, denunciando integrantes do elenco de “Travessia” por assédio moral. Como a Globo adotou uma política de contratos por obra, a ideia é não chamá-la para novos projetos. De todo modo, Cássia já tinha anunciada que “Travessia” seria sua última novela. Ela só aceitou participar porque o texto era de Gloria Perez, que também demonstra simpatia por Jair Bolsonaro. Vale lembrar que a atriz ainda faz parte do elenco da série “Desalma”, exibida na Globoplay, que deveria ganhar uma 3ª temporada, mas parece ter ido parar no limbo. O grupo Globo nunca se manifestou oficialmente a respeito da atriz. Mesmo durante o questionamento das declarações homofóbicas de Cássia, soltou uma nota genérica, afirmando apenas: “A Globo tem um firme compromisso com a diversidade e a inclusão e repudia qualquer forma de discriminação”.
PSDB acusa José de Abreu de homofobia contra governador do Rio Grande do Sul
O ator José de Abreu foi acusado de homofobia pelo PSDB por comentar no Twitter a posse do governador Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul, mencionando sua orientação sexual. O artista escreveu: “Não consigo entender gay de direita. Parece um contrasenso” (sic). Gay assumido, o governador gaúcho foi à posse acompanhado pelo companheiro Thalis Bolzan, mencionando-o com carinho e admiração. “O Rio Grande do Sul não tem uma primeira-dama. Mas tem alguém que é de verdade”, disse o político do PSDB em seu discurso, no domingo (1/1). Abreu disparou seu post em resposta a um vídeo republicado pela atriz Minka Lins, sobre o momento em que Leite mencionou o namorado durante a posse. Ela havia dito que a menção era “muito importante”. O PSDB, partido do governador, também reagiu pelas redes sociais, escrevendo em seu perfil oficial: “Homofobia é crime”. Em nota à imprensa, o partido afirmou que não pretende tomar medidas jurídicas “por enquanto”. Ironicamente, o ator está processando a colega Cássia Kis na Justiça por conta de falas homofóbicas proferidas numa live da jornalista Leda Nagle no final de outubro. Na ocasião, Cássia disse quando há uma relação entre duas pessoas de sexo igual há uma “destruição à vida humana”. José de Abreu tem uma filha transexual, Bia. Não consigo entender gay de direita. Parece um contrasenso. https://t.co/PT2oWSVW98 — José de Abreu (@zehdeabreu) January 1, 2023 Homofobia é crime. https://t.co/CjRFQa96Sp — PSDB 🇧🇷 (@PSDBoficial) January 2, 2023
Paulo Vieira vira alvo de ataques racistas após piadas políticas
O humorista Paulo Vieira virou alvo de ataques de ódio após ter feito piadas políticas no prêmio Melhores do Ano da Globo. Na noite de quarta-feira (28/12), o ator expôs algumas das mensagens de cunho racista que tem recebido. “Vagabundo, filho da put*, macaco”, teria dito um perfil de notícias policiais, que se autodenomina como um “jornalismo pautado com ética e sabedoria”. “Bicha preta, você tinha que morrer igual a Marielle”, declarou outro. “São centenas de comentários assim, fora as ligações pra mim, pra minha equipe, minha família”, desabafou Vieira na publicação. “E eu tô bem, tá? Sei que isso é só reação ao poder incontestável do humor. Tô forte e cada vez mais certo do meu papel.” Paulo Vieira cutucou bolsonaristas com piadas sobre Luciano Hang, vulgo “Véio da Havan”, e o movimento antidemocrático, o que bastou para trazer à tona todo o racismo e preconceito dos extremistas. Colegas e seguidores prestaram solidariedade ao humorista. “Larga os advogados em cima desses racistas covardes!!!”, pontuou o ator e diretor Caíto Mainier (“Choque de Cultura”). O comediante Fábio Porchat, que também polemizou com piada no Melhores do Ano (sobre Gkay), foi outro a se manifestar. “Minha gente, um monte de racista escroto resolveu atacar o Paulo Vieira de forma orquestrada. Vamos encher a timeline dele de coisa boa pra esses imbecis serem soterrados? Quem começa?”, sugeriu. Embora esteja “recebendo ameaças de morte o tempo todo”, o comediante explicou à coluna de Monica Bergamo, no jornal Folha de S. Paulo, que não deixará de comparecer a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Eu estarei dia 1º em Brasília, ao lado dos meus amigos Janja e Lula, com muita alegria e coragem. Ninguém vai roubar a nossa alegria”, reforçou Paulo Vieira. e eu tô bem, tá? sei que isso é só reação ao poder incontestável do humor tô forte e cada vez mais certo do meu papel 🫶🏾 — PAULO VIEIRA (@PauloVieiraReal) December 29, 2022
Ex-ator da Record detona Edir Macedo após discurso homofóbico
O ator Igor Rickli (“Apocalipse”), que anunciou sua saída da Record TV na semana passada, criticou o bispo Edir Macedo após o discurso homofóbico proferido na véspera de Natal para o público do canal. Num culto transmitido no sábado (24/12), o dono da emissora declarou que nenhum cidadão nasceu ladrão, bandido, homossexual ou lésbica, considerando quem não é heterossexual como uma pessoa do mal. “Você não nasceu mau. Ninguém nasce mau. Ninguém nasce ladrão, ninguém nasce bandido, ninguém nasce homossexual ou lésbica… Ninguém nasce mau, todo mundo nasce perfeito com a sua inocência, porém, o mundo faz das pessoas aquilo que elas são quando elas aderem ao mundo”, disse Macedo. O discurso foi considerado criminoso pela comunidade LGBTQIAP+ e, inclusive, já rendeu processo na Justiça. Diante da repercussão, o interprete de Lúcifer em “Genesis” tomou a decisão de rebater a fala polêmica. “Num mundo onde homossexualidade é crime e imperfeição? Obviamente, a extorsão da fé será uma virtude!”, declarou Rickli. Em novembro deste ano, o artista declarou pelo Instagram que é bissexual e que mantém um relacionamento aberto com a atriz e cantora Aline Wirley, do grupo “Rouge”. “Celebramos a diversidade como divina. Entendemos o sexo pelo viés da saúde e não do erótico. Nossa bissexualidade só potencializa nossa relação. Curamos um ao outro na nossa dualidade. Trabalhamos para manifestar o sagrado masculino e feminino em harmonia em cada um de nós”, escreveu o casal. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Igor Rickli (@igorrickli)
Edir Macedo é alvo de queixa criminal por homofobia na TV
O pastor Edir Macedo, fundador da Igreja Universal do Reino de Deus e dono da Record TV, foi denunciado por um discurso de teor homofóbico que proferiu na véspera do Natal (24/12) em seu canal de televisão. “Você não nasceu mau. Ninguém nasce mau. Ninguém nasce ladrão, ninguém nasce bandido, ninguém nasce homossexual ou lésbica… Ninguém nasce mau, todo mundo nasce perfeito com a sua inocência, porém, o mundo faz das pessoas aquilo que elas são quando elas aderem ao mundo”, disse Macedo. A frase, que vai além do desrespeito ao taxar quem não é heterossexual de “mau”, levou a Aliança Nacional LGBT+ e a ABRAFAH (Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas) a protocolarem uma notícia-crime contra o pastor. Coordenadora da área jurídica das instituições denunciantes, Amanda Souto diz que “é especialmente perverso usar um dos maiores canais de TV do país, em horário nobre, durante uma das principais datas comemorativas do país, para propagar o ódio”. O presidente da Aliança Nacional LGBT+, Toni Reis, também se pronunciou contra Macedo. “Comparar homossexualidade a ser bandido é um discurso de ódio e não podemos tolerar isso. Que Macedo responda na forma da lei”, declarou. Dando show de homofobia em plena véspera de Natal, Edir Macedo disse a pouco ao vivo na Record que “ninguém nasce gay ou lésbica, ninguém nasce mau”, além de comparar a comunidade LGBTQIAP+ com ladrões e bandidos. pic.twitter.com/kBHUG7oTie — eplay (@forumeplay) December 24, 2022
Gil do Vigor vira diretor do time Sport Club do Recife
Gil do Vigor é o novo diretor de inclusão e diversidade do Sport Club do Recife, seu time do coração. Ele integrou a chapa do novo presidente do clube de Pernambuco, Yuri Romão, que venceu com 96% dos votos, superando o grupo do bolsonarista arrependido Luciano Bivar. O ex-BBB usou as redes sociais para comemorar a vitória de sua chapa no pleito e sua nova função no clube. “Deu certo! Com mais de 96% dos votos. Me sinto honrado demais e vamos trabalhar! Pelo Sport tudoooo”, escreveu no Twitter. A comemoração contrasta com o preconceito que Gil sofreu de um conselheiro do time, Flávio Koury, no ano passado. Durante uma visita ao estádio do Sport, Gil performou a dancinha “tchaki tchaki” que ficou famosa no BBB, e, após o vídeo viralizar, o conselheiro do clube publicou um áudio num grupo do Sport com ataques homofóbicos. “1,2 milhões de visualizações. Arretado! 1,2 milhões de pessoas achando que o Sport só tem viado, só tem bicha. Vai vender é camisa. A viadagem todinha vai comprar… Vai ser lindo!”, disse o agora ex-executivo em trecho do áudio, que ainda emendou com “Isso é uma desmoralização! Isso é ausência de vergonha na cara. É isso que estamos vivendo. Não tem mais respeito por pai e filho. É a depravação”. Por conta da repercussão negativa dos comentários, o Sport decidiu criar uma secretaria de diversidade, que terá Gil como primeiro executivo.
Ator de “Todas as Flores” denuncia homofobia na rede Globo
O ator Daniel Apolloh (de “Todas as Flores”) relatou que sofreu homofobia dentro da rede Globo e que a emissora ignorou a situação. O interprete publicou o desabafo pelo TikTok. A situação constrangedora teria acontecido com Apolloh no dia 12 de novembro, dentro do cenário da novela do Globoplay. “Eu estava fazendo o papel de capataz né, papel não, figuração como capataz na novela. Uma cena totalmente pesada, uma cena que eu devia ficar totalmente sério, e eu fiquei”, começou o relato. “Começaram a debochar de mim falando que eu estava parecendo homem, sendo que eu sou homem e isso não muda por eu ser gay”, ressaltou Apolloh. “Falaram: alá, como ele está firmão. [Eles ficaram] fazendo piadinhas por conta de eu ser gay. [Foi] quando eu comecei a chorar e passar mal, porque eu não tinha acabado a cena.” Após o caso polêmico, o ator decidiu conversar com a produção de “Todas as Flores”, que tratou o assunto apenas como “um mal-entendido”. Apolloh, no entanto, garantiu que o homem estava olhando e apontando para ele, e que todo mundo viu a cena. “Quando eu fui falar com o fiscal da produtora que eu havia sido contratado, o fiscal foi lá, chamou o assistente de direção e o homem que começou com as piadinhas contra mim. E eu só escutei, sabe o quê, gente? ‘[Que] foi um mal-entendido, que você entendeu errado, eu estava falando contra outra pessoa’.” “Todos os figurantes escutaram, os figurantes ficaram do meu lado e falaram com o fiscal. Eu falei com a ouvidoria da Globo, falei com todo mundo e ninguém se posicionou para nada. Nem para perguntar se eu estou bem até hoje. Eu tenho depressão, eu tomo medicação e, até agora, nada de posicionamento da rede Globo”, concluiu o desabafo. A Globo também tem ignorado denúncias de homofobia contra a atriz Cassia Kis, com a desculpa de que os comentários ofensivos ocorreram fora do ambiente de trabalho. A nova queixa demonstra uma escalação do problema, referindo-se a uma situação que aconteceu durante gravações de uma produção da empresa. Confira o vídeo de Daniel Apolloh abaixo: Ator revelou que sofreu homofobia durante uma participação na novela Todas as Flores da Globo#homofobia pic.twitter.com/3tnORS0VgX — Thiago Sodré Jornalista (@focolarizando) November 25, 2022
Globo ignora homofobia e decide manter Cassia Kis em “Travessia”
Apesar de todas as polêmicas, a rede Globo bateu martelo e decidiu não demitir a atriz Cassia Kis da novela “Travessia”. A emissora deve mantê-la até o fim da trama de Gloria Perez e resolver o problema com o fim de suas participações na emissora. De acordo com fontes, a situação teria sido discutida entre os diretores José Luiz Villamarim (de “Redemoinho”) e Ricardo Waddington (de “Caldeirão com Mion”) que, mesmo contra os comentários homofóbicos de Cassia, entenderam que a saída súbita da intérprete de Cidália poderia ser prejudicial à trama da novela e à própria emissora. A alta cúpula da Globo alegou que não pode controlar as manifestações políticas dos contratados, ainda mais se as declarações acontecem fora do ambiente de trabalho. Os executivos acrescentam que, sem um contrato com a emissora, Cassia poderia se sentir “à vontade” para dar mais entrevistas polêmicas. Além disso, a atriz sempre é pontual e, até o momento, não atrapalhou o cronograma das gravações de “Travessia”. Apesar disso, vários colegas de trabalho encaminharam queixas contra seu comportamento ao departamento de compliance da Globo e ela própria denunciou atores da emissora por “assédio moral”. Cassia Kiss virou musa dos bolsonaristas após fazer declarações homofóbicas numa live com a jornalista Leda Nagle em outubro, razão pela qual está até sendo processada por outros atores da Globo, como é o caso do ator José de Abreu. Ela também é criticada por participar de manifestações antidemocráticas no Rio de Janeiro contra o resultado da eleição presidencial de 2022. Os frequentadores dos atos a veem como um grande exemplo para a “luta”. Diante desta situação, não está claro qual será o destino da série “Desalma”, da Globoplay, que inclui Cassia Kis em seu elenco.
José de Abreu diz que radicalismo de Cassia Kis é “deficiência psíquica”
O ator José de Abreu voltou a comentar sobre sua relação estremecida com Cassia Kis, após a colega da Globo fazer declarações homofóbicas e passar a frequentar manifestações antidemocráticas. Em uma live promovida pelo canal MyNews nesta sexta (18/11) no YouTube, Abreu afirmou que a intérprete de Cidália em “Travessia” sofre de transtornos “psíquicos” e que se recusa a tomar a medicação. Isto explicaria sua radicalização e a postura que vem adotando na vida pessoal. Relacionadas “Ela tem uma petulância que me parece ser algo psíquico, como se a maneira que ela pensasse fosse a correta. Essa certeza dela revela uma certa deficiência psíquica – o ser humano é feito de dúvidas”, analisou o ator da novela “Mar do Sertão”. “Ela tem uma deficiência, e o terapeuta medicou, mas ela parou com os remédios”, acrescentou. “É complicada a situação da Cassia, ela nunca foi uma pessoa fácil. Nunca fomos amigos, mas eu estive na casa dela”. Vale lembrar que Cassia Kis realmente anunciou em 2009 que sofria de transtorno bipolar. No entanto, alguns anos mais tarde, em 2016, ela voltou atrás e contou que deixara de se medicar porque o diagnóstico médico havia sido equivocado. Abreu revelou ainda que bloqueou Cássia nas redes sociais. “Senti que ela começou a provocar, mandar mensagens agressivas, uma coisa que passou do bolsonarismo. Eu bloqueei, e soube por amigos que estava impossível de conversar com ela.” No início da semana, o ator entrou com processos contra a atriz por conta das falas homofóbicas proferidas no final de outubro numa live da jornalista Leda Nagle. Por meio da advogada Luanda Pires, especialista em Direito Antidiscriminatório, Abreu entrou com uma notícia-crime no Ministério Público Federal e ingressou na Secretária de Justiça de São Paulo, acusando a atriz de cometer o crime de LGBTfobia. Ele também protocolou uma ação cível coletiva, pleiteando uma indenização a ser revertida em favor da comunicade LGBTQIAP+. A ação é movida em conjunto com a psicóloga Paula Dalaio e instituições como Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos) e o Grupo de Advogados Pela Diversidade Sexual e de Gênero. Os processos são motivados por falas que atacam as relações homossexuais e a “ideologia de gênero” (definição bolsonarista para a sexualidade humana) por destruírem as famílias e a “vida humana”. “Não existe mais o homem e a mulher, mas a mulher com mulher e homem com homem, essa ideologia de gênero que já está nas escolas”, disse a atriz. “Eu recebo as imagens de crianças de 6, 7 anos se beijando, duas meninas se beijando, onde há um espaço chamado beijódromo”, ela disse na live de Leda Nagle, no melhor estilo “kit gay” (famosa fake news bolsonarista da eleição presidencial passada). Segundo Cássia, quando há uma relação entre duas pessoas de sexo igual há uma “destruição à vida humana”. “O que está por trás disso? Destruir a família. Destruir a vida humana, na verdade, porque onde eu saiba homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho. Como a gente vai fazer?”, questionou. Ela também criticou a adoção de crianças por casais homossexuais, porque elas são geradas apenas pelo “útero de uma mulher”. José de Abreu tem uma filha transexual, Bia.










