Produtora The Weinstein Company é investigada pela promotoria de Nova York
A produtora The Weinstein Company (TWC) está sob investigação e foi intimada pela promotoria de Nova York a entregar documentos confidenciais, após o escândalo sexual que envolveu seu fundador Harvey Weinstein. O foco são as reclamações de assédio sexual no ambiente de trabalho. A justiça quer averiguar se a empresa acobertou ou mesmo se facilitou o assédio do magnata contra suas funcionárias. O promotor de Nova York, Eric T. Schneiderman, pediu que a companhia entregasse todos os documentos relacionados a queixas oficiais ou não oficiais contra o executivo. Ele também afirmou que está analisando como a produtora lidou com as denúncias, se houve acordos com vítimas e quais eram os critérios de contratação. O objetivo é verificar se houve violação de leis trabalhistas ou de direitos humanos na forma como a TWC lidou com as denúncias de assédio contra Weinstein. “Nenhum nova-iorquino deveria ser forçado a entrar em um local de trabalho dominado por intimidação sexual, assédio ou medo. Se assédio sexual e discriminação estão entranhados em uma empresa, nós queremos saber”, declarou o promotor em comunicado. Mais de 50 mulheres já declararam terem sido abusadas pelo produtor desde que a atriz Ashley Judd tomou coragem para ser a primeira a denunciar publicamente o comportamento do magnata, numa reportagem do jornal The New York Times, publicada em 5 de outubro. Em pouco mais de uma semana, diversas estrelas famosas compartilharam suas experiências de terror com Weinstein, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan, Léa Seydoux e Cara Delevingne. Uma reportagem ainda mais polêmica, da revista New Yorker, apresentou as primeiras denúncias de estupro, inclusive da atriz Asia Argento. E nesta semana o jornal Los Angeles Times desnudou a conexão de Weinstein com o mundo da moda, com denúncias de modelos. Após o escândalo ser revelado, Weinstein foi demitido da própria produtora, The Weinsten Company, teve os créditos de produtor retirado de todos os projetos em andamento de que participa e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, e também pelo BAFTA, a Academia britânica, e o Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (PGA). Sua esposa, Georgina Chapman, estilista da grife Marchesa, pediu divórcio e ele ainda deve enfrentar um processo criminal.
Modelo brasileira revela ter quebrado um copo para usar como arma contra Harvey Weinstein
A modelo brasileira Juliana de Paula se juntou à lista cada vez maior de mulheres que acusam o produtor Harvey Weinstein de abuso sexual. Em depoimento ao jornal Los Angeles Times, Juliana contou que ele a obrigou a beijar outras mulheres em seu apartamento em Nova York – “forçando, tipo empurrando duas cabeças em direção uma da outra” – , e quando ela tentou escapar, ele a teria perseguido pelado. A situação chegou ao ponto dela quebrar um copo de vinho para usar como arma, apontado-o contra ele para poder sair. “Me deixe sair agora ou isto terá sérias consequências”, ela revelou ter dito. “Ele olhou para mim e começou a rir. Eu fiquei chocada, completamente incrédula”. Weinstein já coleciona mais de 50 acusações de assédio sexual e até estupro por parte de atrizes, funcionárias e modelos. Além de Juliana de Paula, as tops Samantha Panagrosso e Zoe Brock também denunciaram o produtor, compartilhando histórias de terror. A australiana Brock diz ter se trancado no banheiro de um hotel para escapar a um ataque. Segundo a reportagem, Weinstein usava os contatos de sua esposa, a estilista Georgina Chapman da grife Marchesa, e seu status de produtor do “Project Runway” para atrair jovens modelos para suas armadilhas sexuais. Uma modelo italiana denunciou o produtor por estupro, que está sendo investigado pela polícia de Los Angeles.
Diretor de Guardiões da Galáxia diz que alertava sobre James Toback há 20 anos
O diretor James Gunn (“Guardiões da Galáxia”) veio a público afirmar que conhecia a reputação de James Toback, acusado neste domingo (22/10) de assédio sexual por quase 40 mulheres. Num post de seu Facebook, o cineasta da Marvel afirmou que, durante 20 anos, alertou outras pessoas sobre o comportamento do cineasta. Gunn contou que conheceu pessoalmente “pelo menos 15 mulheres” assediadas pelo diretor, que foi denunciado pelas vítimas em uma reportagem publicada pelo jornal Los Angeles Times. Uma, inclusive, era de sua família. “É importante dizer que não testemunhei nada disso”, escreveu Gunn. “Mas as histórias são tão estranhamente semelhantes, e as escutei repetidas vezes de algumas das pessoas em quem eu mais confio no mundo, e sei que as chances delas serem falsas … bem, seria simplesmente impossível”. “Quando eu morava em Nova York, na década de 1990, esse cara estava em todos os lugares”, relata Gunn. “Eu pessoalmente conheci pelo menos 15 mulheres, provavelmente mais, que dizem terem sido abordadas por ele em Nova York. Ele basicamente chegava e dizia: ‘Oi, sou James Toback e sou um diretor famoso, e sinto que existe uma conexão entre nós’. Então ele lhes mostra algum artigo sobre ele mesmo ou algum documento para provar que era quem dizia, e então tentava as convidava para ir a outro lugar com ele”. O cineasta revelou sua proximidade com as vítimas. “Ele fez isso com três garotas que eu namorei, duas das minhas melhores amigas e uma mulher da minha família… duas vezes. Sim, ele a abordou duas vezes com a mesma cantada idiota, sem perceber que era a mesma pessoa. Isso sem falar nas muitas outras mulheres com quem conversei em festas ou jantares sobre as interações delas com Toback”, escreveu. Sabendo disso, Gunn então começou a alertar outras pessoas a respeito do colega. “Eu fiz o que podia fazer no meu estado impotente: há 20 anos, venho falando de James Toback sempre que posso quando estou em um grupo de pessoas. Não podia impedi-lo, mas podia alertar as pessoas sobre ele”. Segundo as denúncias do Los Angeles Times, Toback atraía jovens atrizes que sonhavam em trabalhar em Hollywood e começava a usar uma linguagem de conotação sexual sob a desculpa de ser para um papel em um de seus filmes. Em seguida, ele começava a se masturbar na frente delas. Depois de publicar a mensagem no Facebook, Gunn respondeu a alguns comentários. E revelou conhecer outros assediadores. “Sim, conheço mais uns dois. Mas não tenho tanta informação sobre eles como tinha em relação a Toback, então não posso colocar as coisas aqui no Facebook (alguém me lembrou que eu postei sobre o Toback anos atrás, quando eu estava um pouco menos susceptível a processos do que estou agora). Mas me encontre em qualquer lugar e eu vou te dizer quem são”. Veja a íntegra do post original abaixo. When I lived in New York, in the 'nineties, this dude was EVERYWHERE. I have personally met at least FIFTEEN WOMEN,… Publicado por James Gunn em Domingo, 22 de outubro de 2017
Cineasta James Toback é acusado de abuso sexual por quase 40 aspirantes a atriz
O diretor e roteirista James Toback, indicado ao Oscar pelo roteiro de “Bugsy” (1991), segue o produtor Harvey Weinstein num novo escândalo de abuso sexual em Hollywood. Quase 40 mulheres o denunciaram numa reportagem do jornal Los Angeles Times, relatando assédios desde a década de 1980. Segundo o Los Angeles Times, algumas das mulheres procuravam trabalho na indústria do entretenimento no momento dos incidentes, mas também houve relatos de mulheres que Toback se aproximava. 31 das vítimas se identificaram na reportagem, detalhando diversas ocasiões em que Toback lhes fez sugestões obscenas, conduziu conversas em território sexualmente explícito ou esfregou-se contra elas até ejacular em suas calças ou em seus corpos. “Do jeito que ele apresentou a situação, era como: ‘É assim que as coisas são feitas'”, disse a atriz Adrienne LaValley sobre um encontro no quarto de hotel de 2008 que terminou com Toback tentando esfregar sua virilha contra sua perna. Quando ela recuou, ele se levantou e ejaculou em suas calças. “Eu me senti como uma prostituta, um enorme desapontamento para mim, meus pais, meus amigos. E eu merecia não contar a ninguém “. Embora Toback não seja um nome amplamente reconhecido fora da comunidade de cinema, ele produziu, dirigiu e escreveu muitos filmes com atores proeminentes como James Caan, Robert Downey Jr. e Mark Wahlberg, e conseguia impressionar as mulheres que pensavam estar fazendo uma boa conexão na indústria. Terri Conn tinha 23 anos e atuou na telenovela “As the World Turns” quando, segundo ela, Toback se aproximou dela na rua. Querendo atuar em um filme independente, Conn concordou em se encontrar com o Toback no Central Park para discutir um projeto. Uma vez lá, Conn informa que Toback disse a ela que a melhor maneira de conhecer alguém é ver sua alma, o que é melhor alcançado ao olhar para os olhos enquanto experimentavam orgasmo. Nesse ponto, Conn disse que se ajoelhou na frente dela e começou a se esfregar em sua perna enquanto olhava nos olhos dela. “Fiquei chocada e congelada e não sabia o que fazer”, disse Conn. “Eu pensei que, se eu resistisse, poderia piorar. Ele poderia me dominar”. Ele rapidamente ejaculou, levantou-se e pediu-lhe para se encontrar para um jantar mais tarde para continuar a falar do projeto. Conn nunca mais o viu. Outras mulheres nomeadas na matéria do Times incluem Starr Rinaldi, Louise Post, Karen Sklaire, Anna Scott, Echo Danon, Sari Kamin e Chantal Cousineau. Todos relataram incidentes em que experimentaram alguma forma de assédio de Toback. Kamin compartilhou sua experiência nas redes sociais, revelando que tinha 23 anos em 2003 quando conheceu o diretor em um Kinko’s. Ele mostrou seu cartão da Academia e falou sobre o filme “Uma Paixão Para Duas” (1997). Intrigada, ela o encontrou várias vezes para o jantar. Cada vez, ele aludia a um “tipo de conexão que precisaria experimentar com suas atrizes”. Ela elaborou: “Ele nunca definiu exatamente o que era essa conexão, mas meu medo do que isso poderia significar fazia meu estômago doer”. Eventualmente, Toback pediu-lhe para acompanhá-lo para um quarto de hotel. Kamin concordou, pensando que se “pudesse passar por essa parte, então iria estar em um filme e seria uma atriz bem-sucedida”. No hotel, Toback teria pedido que ela tirasse suas roupas, dizendo que precisava saber se ela poderia lidar com cenas sexuais. Apesar de sentir-se desconfortável, Kamin começou a se despir, mas de repente Toback começou a se esfregar na virilha dela. Ela perguntou se ele estava tentando gozar e ao ter confirmação, pegou as roupas e saiu correndo. Este relato veio à tona antes da publicação da reportagem do Los Angeles Times, o que levou a revista Variety a procurar o cineasta. Antes do surgimento de novas denúncias, ele negou que tivesse se comportado de forma inapropriada, se disse vítima de calúnia e ainda afirmou que nem sequer conhecia sua acusadora. “Isso é totalmente angustiante para mim”, disse ele. “Nunca ouvi falar dessa mulher e é totalmente difamatório inventar essa acusação. Tenho 72 anos, mas não tenho Alzheimer e não tenho dificuldade em lembrar as coisas com grande detalhe”. Ele descreveu as acusações como “grotescas”, acrescentando: “Eu condeno totalmente o comportamento que ela retrata e nunca sonharia com a substância ou as especificidades das ações que ela descreveu”. “É um momento ruim para dizer essas coisas, porque se espera que acusações como esta gerem simpatia, mas não se deve ter simpatia por difamação, calúnia e mentiras. Embora seja simpatizante do conceito de ‘#metoo’, receio que isso não seja usado apenas para expressar raiva e queixa legítimas, mas também calúnias inventadas”. As alegações acontecem na sequência do escândalo de Harvey Weinstein, em que um número semelhante de mulheres denunciou um padrão de assédio sexual de décadas. A diferença é que as atrizes assediadas por Weinstein eram famosas. A maioria das que agora denunciam Toback não conseguiram seguir na carreira. Entre as atrizes famosas que Toback dirigiu, encontram-se Sienna Miller, Heather Graham, Molly Ringwald, Sarah Michelle Gellar, Neve Campbell, Joey Lauren Adams, Ornella Muti, Nastassja Kinski e a top model Claudia Schiffer. Nenhuma ainda se manifestou a respeito do escândalo.
Lupita Nyong’o revela ter sido assediada por Harvey Weinstein
Mais um dia, mais um relato de assédio contra Harvey Weinstein. Agora foi a vez da vencedora do Oscar Lupita Nyong’o (por “12 Anos de Escravidão”) contar seus encontros com o produtor, alvo de um escândalo em Hollywood. Em um longo relato publicado pelo jornal The New York Times, ela dá detalhes do assédio e diz ter se sentido “doente até o fundo do estômago” depois que acusações de dezenas de mulheres se tornaram públicas. “Senti uma explosão de fúria ao perceber que minha experiência não foi um incidente único, mas sim parte de um padrão de comportamento sinistro”, escreveu. A atriz conta ter conhecido o produtor durante o Festival de Berlim, quando ainda era uma estudante. Pouco depois, ele a teria convidado para assistir a um filme em sua casa, em Westport, Connecticut (EUA). Na ocasião, segundo Lupita, Weinstein pediu para massagear suas costas, e ela achou mais seguro se oferecer para massageá-lo. “Isso me permitiria ter controle físico e saber exatamente onde suas mãos estavam”. “Em pouco tempo, ele disse que queria tirar suas calças. Eu lhe pedi para não fazer isso e disse que me deixaria extremamente desconfortável. Ele se levantou e fui para a porta, dizendo que não estava confortável com isso”. Em outro encontro, em um jantar em Nova York, o produtor teria lhe feito propostas sexuais. “Se eu quisesse ser uma atriz, então eu tinha que estar disposta a fazer esse tipo de coisa”, escreveu ela, revelando o que ele sugeriu. “Ele disse que namorou a famosa atriz X e Y e olha onde isso as levou.” Mesmo depois de vencer o Oscar por “12 Anos de Escravidão” em 2014, Lupita continuou a ser perseguida por Weinstein, de acordo com seu relato, a ponto de recusar convites para participar de produções chefiadas por ele. “Eu tinha arquivado minha experiência com Harvey longe da minha mente, juntando-me à conspiração de silêncio que permitiu que esse predador vagasse por tantos anos”, disse a atriz. “Me senti muito sozinha quando essas coisas aconteceram, e me culpei por muito disso, bem como muitas das outras mulheres que compartilhavam suas histórias”. Mais de 40 mulheres já declararam terem sido abusadas pelo produtor desde que a atriz Ashley Judd tomou coragem para ser a primeira a denunciar publicamente o comportamento do magnata, numa reportagem do jornal The New York Times, publicada em 5 de outubro. Em pouco mais de uma semana, diversas estrelas famosas compartilharam suas experiências de terror com Weinstein, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan, Léa Seydoux e Cara Delevingne. Uma reportagem ainda mais polêmica, da revista New Yorker, apresentou as primeiras denúncias de estupro, inclusive da atriz Asia Argento. Após o escândalo ser revelado, Weinstein foi demitido da própria produtora, The Weinsten Company, teve os créditos de produtor retirado de todos os projetos em andamento de que participa e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, e pelo BAFTA, a Academia britânica, além do Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (PGA). Ele também deve enfrentar um processo criminal.
Polícia de Los Angeles abre investigação contra Harvey Weinstein por estupro
A Polícia de Los Angeles anunciou na quinta-feira (19/10) ter aberto uma investigação por estupro contra Harvey Weinstein. O departamento de polícia tinha pedido para as atrizes que estão acusando o produtor nas redes sociais formalizarem uma denúncia e isto acabou acontecendo. “A divisão de roubo e homicídio do departamento de Polícia de Los Angeles entrevistou uma potencial vítima de agressão sexual de Harvey Weinstein, que teria ocorrido em 2013. O caso está sendo investigado”, declarou o porta-voz do departamento Drake Madison, sem revelar a identidade da vítima. O jornal Los Angeles Times informou que se trata de uma atriz e modelo italiana, que prestou depoimento por cerca de duas horas na quinta-feira. Ela não quis ter o nome revelado por medo de represálias, mas o jornal revelou que ela tem 38 anos. Em entrevista à publicação, a italiana contou que o abuso aconteceu no hotel Mr. C, em Beverly Hills, após Weinstein participar da 8ª edição do festival Italia Film, Fashion and Art, em fevereiro de 2013. Segundo ela, os dois se conheciam, embora não tivessem qualquer relação – foram apresentados em Roma por um amigo em comum. “Ele começou a fazer perguntas sobre mim, mas logo ficou muito agressivo e começou a me pedir para que ficasse nua. Me puxou pelos cabelos e me obrigou a fazer algo que não queria. Depois me arrastou pelo quarto e me estuprou”, relatou a mulher. Ela é a sexta mulher que acusa Weinstein de estupro nos últimos dias. A polícia de Nova York investiga outros dois possíveis casos, e em Londres são analisadas acusações apresentadas por outras três mulheres. Além da nova acusação ser a primeira em Los Angeles, também é a primeira sobre um suposto estupro cometido nos últimos dez anos, o que deve fazer com que o produtor enfrente um processo criminal. Mais de 40 mulheres já declararam terem sido abusadas pelo produtor desde que a atriz Ashley Judd tomou coragem para ser a primeira a denunciar publicamente o comportamento do magnata, numa reportagem do jornal The New York Times, publicada em 5 de outubro. Em pouco mais de uma semana, diversas estrelas famosas compartilharam suas experiências de terror com Weinstein, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan, Léa Seydoux e Cara Delevingne. Uma reportagem ainda mais polêmica, da revista New Yorker, apresentou as primeiras denúncias de estupro, inclusive da atriz Asia Argento. Após o escândalo ser revelado, Weinstein foi demitido da própria produtora, The Weinsten Company, teve os créditos de produtor retirado de todos os projetos em andamento de que participa e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, e pelo BAFTA, a Academia britânica, além do Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (PGA). Mas o pior será enfrentar um processo criminal.
Quentin Tarantino confessa que sabia dos abusos de Harvey Weinstein
Após “um tempo para processar” as acusações de abuso sexual contra Harvey Weinstein, que distribuiu todos os seus filmes desde “Cães de Aluguel” (1992), o cineasta Quentin Tarantino admitiu ao jornal The New York Times que sabia de alguns episódios de assédio envolvendo o produtor e confessou sentir-se envergonhado por não ter feito nada a respeito. “Eu sabia o suficiente para fazer mais do que eu fiz. Existia mais do que apenas rumores ou fofocas normais. Eu não sabia de ouvir falar. Eu sabia que ele tinha feito algumas dessas coisas”, contou Tarantino. “Eu gostaria de ter tomado alguma atitude contra o que ouvi. Se eu tivesse feito o que podia ser feito, não deveria mais trabalhar com ele”. Segundo o cineasta, Mira Sorvino, sua ex-namorada — que foi à público recentemente para acusar Weinstein de assédio —, contou-lhe as atitudes do produtor na época em que aconteceram. Tarantino ouviu ainda uma história semelhante de outra atriz, e sabia o que Weinstein tinha feito com Rose McGowan. Por mais que estivesse ciente do que acontecia, Tarantino disse que não juntou os relatos para perceber que se tratava de um comportamento padrão de Weinstein, e continuou fazendo filmes com ele: “O que eu fiz foi marginalizar os incidentes. Qualquer coisa que eu fale agora vai soar como uma desculpa idiota”. Sobre o caso envolvendo Mira Sorvino, o cineasta disse que diminuiu o peso do incidente por achar que Weinstein tinha um interessa particular na atriz, o que fez ultrapassar os limites. Depois, quando começou a namorar Mira, Tarantino achou que o produtor a deixaria em paz. Mas um segundo relato envolvendo uma atriz não identificada fez finalmente o diretor confrontar o amigo. Segundo ele, Weinstein se desculpou com a atriz após ser cobrado – o que Tarantino considerou um “pedido de desculpas fraco”. Por fim, Tarantino pediu para que Hollywood leve mais a sério histórias como estas, que ele próprio não levou. E fez um chamado para os homens da indústria. “Não façam apenas comunicados de apoio. Reconheçam que há algo de errado no reino da Dinamarca. Façam o melhor para nossas irmãs”. Tarantino era um dos parceiros mais antigos de Weinstein, que começou a distribuir os filmes do diretor a partir de “Cães de Aluguel” (1992), e a produzi-los desde “Pulp Fiction” (1994), um dos primeiros sucessos da Miramax, o estúdio inicial dos irmãos Weinstein. Além disso, “Django Livre” é a maior bilheteria da história da Weinstein Company. Mais que colegas de trabalho, os dois era amigos de verdade, a ponto de Weinstein ter feito uma festa de noivado para Tarantino em setembro – há poucos dias. Mais de 40 mulheres já declararam terem sido abusadas pelo produtor desde que a atriz Ashley Judd tomou coragem para ser a primeira a denunciar publicamente o comportamento do magnata, numa reportagem do jornal The New York Times, publicada em 5 de outubro. Em pouco mais de uma semana, diversas estrelas famosas compartilharam suas experiências de terror com Weinstein, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan, Léa Seydoux e Cara Delevingne. Uma reportagem ainda mais polêmica, da revista New Yorker, apresentou as primeiras denúncias de estupro, inclusive da atriz Asia Argento. Após o escândalo ser revelado, Weinstein foi demitido da própria produtora, The Weinsten Company, teve os créditos de produtor retirado de todos os projetos em andamento de que participa e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, e pelo BAFTA, a Academia britânica, além do Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (PGA). Ele também deve enfrentar um processo criminal.
Channing Tatum cancela filme de abuso sexual que seria produzido pela The Weinstein Company
O ator Channing Tatum anunciou ter cancelado o projeto do filme “Forgive Me Leonard Peacock”, sobre um garoto que sofreu abuso sexual, porque ele seria produzido pela Weinstein Company, empresa fundada por Harvey Weinstein. O produtor enfrenta um escândalo gigantesco, acusado de ter assediado, abusado e estuprado atrizes durante décadas. “As mulheres corajosas que tiveram a coragem para falar a verdade sobre Harvey Weinstein são verdadeiras heroínas para nós. Elas estão levantando os tijolos pesados para construir um mundo igual que todos nós merecemos viver”, escreveu o ator em comunicado compartilhado nas redes sociais. “Nosso projeto em desenvolvimento com a produtora The Weinstein Company – o livro brilhante de Matthew Quick, “Forgive Me Leonard Peacock” – é uma história sobre um garoto cuja vida caiu em pedaços após um abuso sexual. Apesar de não desenvolvermos mais qualquer coisa com a TWC, nos lembramos de sua poderosa mensagem de cura na sequência de uma tragédia”, acrescentou. “Esta é uma oportunidade gigante para uma verdadeira mudança positiva, com a qual nos comprometemos orgulhosamente. A verdade está revelada. Vamos terminar o que nossas incríveis colegas começaram e eliminar o abuso da nossa cultura de uma vez por todas”, completou. Mais de 40 mulheres já declararam terem sido abusadas pelo produtor desde que a atriz Ashley Judd tomou coragem para ser a primeira a denunciar publicamente o comportamento do magnata, numa reportagem do jornal The New York Times, publicada em 5 de outubro. Em pouco mais de uma semana, diversas estrelas famosas compartilharam suas experiências de terror com Weinstein, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan, Léa Seydoux e Cara Delevingne. Uma reportagem ainda mais polêmica, da revista New Yorker, apresentou as primeiras denúncias de estupro, inclusive da atriz Asia Argento. Após o escândalo ser revelado, Weinstein foi demitido da própria produtora, The Weinsten Company, teve os créditos de produtor retirado de todos os projetos em andamento de que participa e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, e pelo BAFTA, a Academia britânica, além do Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (PGA). Ele também deve enfrentar um processo criminal.
Asia Argento é chamada de “prostituta” pela imprensa italiana após denunciar estupro de Harvey Weinstein
A atriz italiana Asia Argento, uma das primeiras mulheres a acusar o produtor Harvey Weinstein de estupro, revelou ter precisado deixar seu país após fazer a denúncia. Ela se mudou para Berlim, na Alemanha, após ser atacada por uma avalanche de críticas machistas na imprensa italiana. Basta acompanhar seu Twitter para testemunhar um verdadeiro linchamento moral, em que a atriz é chamada de prostituta, cocainômana e coisas piores. Em entrevista à rede italiana Rai, Argento contou que denunciar o assédio inspirou outro tipo de assédio contra ela. “Não tinha tido coragem de falar até agora porque… viu o que aconteceu, vinte anos depois do ataque?” A atriz revelou o estupro em uma reportagem da revista New Yorker. Em seu relato, ela contou que foi atacada por Weinstein quando tinha apenas 21 anos, após ser convidada para uma festa onde só havia ele em um quarto de hotel. Parte da mídia italiana tem criticado a atriz e outras vítimas de Weinstein pela demora em revelar os abusos cometidos pelo produtor. Um exemplo pode ser visto no título de um artigo publicado no jornal Libero: “Primeiro elas cedem, depois reclamam e fingem lamentar”. O subtítulo completa: “Ceder aos avanços sexuais de seu chefe é prostituição, não estupro”. No Twitter, Argento afirmou que vai processar o jornal por “ofender sua reputação e insultar sua dignidade como mulher”. O jornal respondeu aumentando (ou baixando) o tom, com artigos que tentam “explicar” a diferença entre prostituição e estupro. Asia definiu o posicionamento da imprensa de seu país como medieval, ao falar sobre o caso com a revista Variety. Seria um reflexo da cultura católica do país, que influencia até as leis italianas. “Eu estou sendo criticada pela mídia italiana, o que é medieval”, disse ela, acrescentando que “até os anos 1960 você podia matar sua mulher e isso era chamado de ‘crime de honra’ se ela tivesse traído. Até 1996, o estupro era considerado um crime contra a moral, não contra uma pessoa”. Mais de 40 mulheres já declararam terem sido abusadas pelo produtor desde que a atriz Ashley Judd tomou coragem para ser a primeira a denunciar publicamente o comportamento do magnata, numa reportagem do jornal The New York Times, publicada em 5 de outubro. Em pouco mais de uma semana, diversas estrelas famosas compartilharam suas experiências de terror com Weinstein, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan, Léa Seydoux e Cara Delevingne. Uma reportagem ainda mais polêmica, da revista New Yorker, apresentou as primeiras denúncias de estupro, inclusive da atriz Asia Argento. Após o escândalo ser revelado, Weinstein foi demitido da própria produtora, The Weinsten Company, teve os créditos de produtor retirado de todos os projetos em andamento de que participa e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, e pelo BAFTA, a Academia britânica, além do Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (PGA). Ele também deve enfrentar um processo criminal.
Estreia de filme em que Benedict Cumberbatch vive Thomas Edison é adiada após escândalo sexual
Em meio ao escândalo sexual que envolve Harvey Weinstein, a produtora The Weinstein Company decidiu adiar a estreia do esperado filme “The Current War”, que traz Benedict Cumberbatch (“Doutor Estranho”) como Thomas Edison. Desde a sua primeira exibição no Festival de Toronto, o longa era considerado um forte candidato a o Oscar, mas a empresa percebeu que não terá a menor chance de disputar o troféu neste ano e o tirou da programação. A mudança aconteceu depois de o roteirista do longa, Michael Mitnik (“O Doador de Memórias”), ter cancelado a sua participação no Festival de Nova York. De acordo com a revista Variety, Mitnik considerou “inapropriado” promover a obra em meio ao escândalo. Sua estreia estava programada para 24 de novembro nos Estados Unidos, mas agora só chegará aos cinemas em 2018, em data a ser determinada. Mais de 40 mulheres já declararam terem sido abusadas pelo produtor desde que a atriz Ashley Judd tomou coragem para ser a primeira a denunciar publicamente o comportamento do magnata, numa reportagem do jornal The New York Times, publicada em 5 de outubro. Em pouco mais de uma semana, diversas estrelas famosas compartilharam suas experiências de terror com Weinstein, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan, Léa Seydoux e Cara Delevingne. Uma reportagem ainda mais polêmica, da revista New Yorker, apresentou as primeiras denúncias de estupro, inclusive da atriz Asia Argento. Após o escândalo ser revelado, Weinstein foi demitido da própria produtora, The Weinsten Company, teve os créditos de produtor retirado de todos os projetos em andamento de que participa e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, e pelo BAFTA, a Academia britânica, além do Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (PGA). Ele também deve enfrentar um processo criminal.
Bob Weinstein, irmão de Harvey, é acusado de assédio sexual
Após condenar publicamento o comportamento do irmão e ex-sócio Harvey Weinstein, envolvido num escândalo de abuso sexual que atravessa décadas, o produtor Bob Weinstein também foi acusado de conduta imprópria. Amanda Segel, showrunner da série “The Mist”, produzida pela The Weinstein Company para o canal pago americano Spike, afirmou que Bob fez diversas investidas contra ela em ambiente de trabalho e a convidou para jantares privados. O assédio começou no meio do ano passado e continuou por três meses até o advogado de Amanda, David Fox, informar aos executivos da TWC que ela deixaria a produção da série se Bob Weinstein não parasse de procurá-la para fins pessoais. A informação foi divulgada na terça-feira (17/10) pela revista Variety, que entrevistou a produtora. “Dizer ‘não’ deveria ser o bastante”, disse Amanda Segel para a publicação. “Depois do ‘não’, qualquer pessoa que te chamou para sair deveria seguir sua vida. Bob continuou a insistir que ele queria ter uma amizade comigo. Ele não queria ter uma amizade. Ele queria mais do que isso. Minha esperança é que ‘não’ seja o suficiente a partir de agora”. Um representante de Bob Weinstein emitiu uma nota negando que ele tenha tido qualquer comportamento inapropriado. “Bob jantou com a senhorita Segel em Los Angeles, em junho de 2016. Ele nega qualquer alegação de que tenha se comportado inapropriadamente durante ou depois do jantar. É muito lamentável que qualquer reclamação do tipo tenha sido feita”, disse a nota. A acusação acontece no momento em que Bob Weinstein tenta salvar o estúdio, que enfrenta adiamento de estreias de cinema e cancelamento de produções de séries, em meio a uma debandada geral de executivos e funcionários, causada pelas acusações diárias feitas por vítimas de Harvey Weinstein nas últimas quatro décadas. Mais de 40 mulheres já declararam terem sido abusadas pelo produtor desde que a atriz Ashley Judd tomou coragem para ser a primeira a denunciar publicamente o comportamento do magnata, numa reportagem do jornal The New York Times, publicada em 5 de outubro. Em pouco mais de uma semana, diversas estrelas famosas compartilharam suas experiências de terror com Weinstein, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan, Léa Seydoux e Cara Delevingne. Uma reportagem ainda mais polêmica, da revista New Yorker, apresentou as primeiras denúncias de estupro, inclusive da atriz Asia Argento. Após o escândalo ser revelado, Weinstein foi demitido da própria produtora, The Weinsten Company, teve os créditos de produtor retirado de todos os projetos em andamento de que participa e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, e pelo BAFTA, a Academia britânica, além do Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (PGA). Ele também deve enfrentar um processo criminal.
Funcionária de Harvey Weinstein revela bastidores da rotina de abuso sexual do produtor
Uma das assistentes de Harvey Weinstein, usada para acobertar casos de assédio do produtor, contou detalhes de seu trabalho em entrevista ao jornal inglês The Guardian, após várias atrizes revelarem cumplicidade das funcionárias do produtor em atos de abuso. As atrizes denunciaram que as assistentes as convidavam para reuniões e participavam do começo delas, mas logo arranjavam uma desculpa para sair, deixando executivo sozinho para assediá-las. “Ele nos usava para parecer menos predatório”, confirmou a mulher, que não quis se identificar e trabalhou como assistente de Weinstein em Londres nos últimos cinco anos. “Era uma relação abusiva em todos os níveis”. Segundo ela, tudo era “muito mais complicado” do que podia aparecer. “Nós não estávamos seguras também”. A ex-assistente de Weinstein contou que ela e outras ex-colegas também foram vítimas dos abusos do patrão, que as “explorava e manipulava”, deixando algumas “severamente traumatizadas”. Ela alegou que a equipe do produtor era forçada a fazer tarefas degradantes e humilhantes para encobrir os atos dele. “Você acha que vai conseguir essa carreira ilustre. Você realmente quer acreditar que vai ter sucesso. Ele se aproveita disso. Ele se aproveita de pessoas jovens e vulneráveis, a quem ele pode manipular”, disse ela. Embora tenha sido contratada como assistente de negócios, para trabalhar em desenvolvimento e aquisições de projetos, a ex-assistente frequentemente era obrigada a fazer trabalho de assistente pessoal de Weinstein. “Sexo era uma parte diária do meu trabalho para ele. Ela sobre facilitá-lo de muitas maneiras. Era realmente nojento”, disse ela, que foi encarregada de manter mulheres com quem Weinstein dormiu longe da então mulher do produtor, a estilista Gerogina Chapman, da grife Marchesa, em eventos. A mulher tentou justificar sua participação nos casos explicando que muitas das funcionárias de Weinstein, incluindo ela própria, não sabiam que estavam encobrindo casos de abuso sexual e estupro. “Ele manipulou todo mundo em seu caminho com um único propósito: o sexo”, disse ela. “É horrível. Eu deveria ter ido embora. Eu deveria ter dito alguma coisa (…) Aquilo era abuso de poder. Elas (as jovens atrizes em busca de oportunidades de trabalho) achavam que fossem tirar algo daquilo”. Mais de 40 mulheres já declararam terem sido abusadas pelo produtor desde que a atriz Ashley Judd tomou coragem para ser a primeira a denunciar publicamente o comportamento do magnata, numa reportagem do jornal The New York Times, publicada em 5 de outubro. Em pouco mais de uma semana, diversas estrelas famosas compartilharam suas experiências de terror com Weinstein, entre elas Angelina Jolie, Gwyneth Paltrow, Rose McGowan, Léa Seydoux e Cara Delevingne. Uma reportagem ainda mais polêmica, da revista New Yorker, apresentou as primeiras denúncias de estupro, inclusive da atriz Asia Argento. Após o escândalo ser revelado, Weinstein foi demitido da própria produtora, The Weinsten Company, teve os créditos de produtor retirado de todos os projetos em andamento de que participa e foi expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos, responsável pelo Oscar, e pelo BAFTA, a Academia britânica. Ele também deve enfrentar um processo criminal.











