Steven Seagal diz que acusação de estupro é mentira financiada por uma conspiração mundial
O ator Steven Seagal diz que a mulher que o acusa de estupro é mentirosa e foi paga para mentir, sugerindo existir uma conspiração mundial por trás da onda de denúncias de assédio sexual. “Ela mentiu e foi paga para mentir sobre mim, sem evidências, provas ou testemunhas”, disse Seagal em entrevista em vídeo ao podcast de extrema-direita InfoWars. “Isso é uma tragédia. Não só para mim, como para centenas de pessoas ao redor do mundo”, continuou o ator, acrescentando que “muitas dessas pessoas [acusadas de assédio e estupro] são inocentes. As pessoas estão sendo pagas para mentir e as pessoas que estão pagando os mentirosos serão expostas”. Veja a íntegra da entrevista abaixo. Na semana passada, Regina Simons denunciou Seagal por estupro em 1993, quando tinha 18 anos de idade. Hoje com 43 anos e mãe de dois filhos, ela relatou ao site The Wrap que foi figurante do filme “Em Terreno Selvagem” e, algumas semanas depois, recebeu um telefonema convidando-a para uma festa de encerramento das filmagens na casa de Seagal. Quando chegou, o lugar estava vazio e sem sinais de que aconteceria uma celebração. “Eu perguntei a ele onde estava todo mundo e ele falou que todos já tinham ido embora”, lembrou a mulher. Ela conta que em seguida o ator a levou até seu quarto “e então começou a me beijar”. “Ele tirou minhas roupas e antes que eu percebesse estava em cima de mim, me estuprando… eu ainda não era ativa sexualmente na época”, contou. “A única forma que consigo descrever a situação é que eu literalmente senti que eu deixei meu corpo. Eu estava completamente indefesa. Lágrimas desciam do meu rosto e sei que doeu, ele era três vezes maior que eu”. Simmons ainda disse ao The Wrap que não denunciou o ator e nem falou nada para ninguém, porque sua família “não permitia nem que eu namorasse, então para mim era uma situação vergonhosa”. “Eu pensava, ‘meu Deus, como isso aconteceu?’, então acabei me culpando e fingindo que nada tinha acontecido”. Ela aponta que o trauma a afastou da atuação. Ela trabalha agora como advogada para famílias nativas norte-americanas. Após a denúncia, a polícia de Los Angeles abriu uma investigação criminal contra o ator. Essa é a primeira vez que Steven Seagal é acusado de estupro, mas o astro já foi alvo de mais de uma dúzia de denúncias de assédio sexual. Algumas das acusadoras são atrizes conhecidas. Eva LaRue, que estrelou a série “CSI: Miami” por oito temporadas, disse ao site Deadline que o ator a trancou em uma sala durante um teste em sua casa em 1990 e depois abriu seu quimono, ficando de pé diante dela, apenas de cueca. E Portia de Rossi, da série “Arrested Development” e casada com a apresentadora Ellen DeGeneres, relatou no Twitter que, durante outro suposto teste, Seagal desceu o zíper da sua calça de couro, o que a fez sair correndo.
Liam Neeson compara denúncia de assédios em Hollywood com “caça às bruxas”
O ator Liam Neeson comparou a campanha #Metoo, que denuncia assédios sexuais em Hollywood, a uma “caça às bruxas”. Durante uma entrevista ao programa irlandês “The Late Late Show”, apresentado por Ryan Tubridy, ele defendeu o colega Dustin Hoffman que, recentemente, foi acusado de abuso. Neeson falou sobre o tema quando Tubridy perguntou sobre o movimento em Hollywood. “Há um pouco de caça às bruxas acontecendo também. Algumas pessoas, pessoas famosas, estão sendo acusadas repentinamente de tocar o joelho de algumas garotas ou algo do tipo. Então, de repente, eles são cortados de seus programas ou coisa assim”. Ele contou a história de um radialista que foi demitido por abraçar uma amiga e emendou um comentário sobre Hoffman. “Sobre Dustin Hoffman, eu estou em cima do muro. Quando você está interpretando uma peça, quando você está entre sua ‘família’, que são outros atores, você faz coisas imbecis”, ele comentou. “E vira uma superstição. Você acredita que, se não fizer todas as noites, vai azarar a apresentação. Eu acho que o Dustin Hoffman… eu não estou dizendo que eu fiz coisas similares, aparentemente ele tocou os seios de uma garota, coisas infantis”. Por outro lado, o ator disse que as acusações contra Harvey Weinstein e Kevin Spacey foram graves e suas denúncias importantes. Ele também concordou que o movimento é saudável. “Há um movimento acontecendo. É saudável e tem que ter em todas as indústrias. O foco parece ser Hollywood, mas tem que acontecer em todas as indústrias”. Veja a entrevista abaixo.
Leonardo DiCaprio é confirmado no próximo filme de Tarantino
Leonardo DiCaprio disse sim a Quentin Tarantino, segundo o site Deadline. Ele vai estrelar o próximo filme do diretor, retomando a parceria de “Django Livre” (2012). A trama está sendo mantida em sigilo, mas o papel de DiCaprio seria o de um ator envelhecido e desempregado. Além dele, outros atores famosos estão na mira do cineasta. Informações anteriores revelaram sondagens de Margot Robbie (“Esquadrão Suicida”) e Tom Cruise (“Missão Impossível”), além de Brad Pitt e Samuel L. Jackson, que Tarantino também já dirigiu – Pitt em “Bastardos Inglórios” (2009) e Jackson em praticamente todos os seus filmes, inclusive no último, “Os Oito Odiados” (2015). O filme vai se passar no verão de 1969 e será lançado em 9 de agosto de 2019, dia em que se completará 50 anos do assassinato da atriz Sharon Tate pelos seguidores de Charles Manson. Apesar da trama abordar Manson, Tarantino já disse que o longa não é sobre o psicopata, mas sobre o ano de 1969. A produção está a cargo da Sony, após décadas de parceria entre Tarantino e as empresas de Harvey Weinstein.
Polícia de Los Angeles abre investigação contra Steven Seagal por agressão sexual
A polícia de Los Angeles abriu uma investigação criminal contra o ator de filmes de ação Steven Seagal por agressão sexual, informou nesta sexta-feira (12/1) a revista The Hollywood Reporter. Como a investigação acontece sob sigilo, não há detalhes sobre as denúncias, mas nos últimos meses Seagal foi acusado de abuso e assédio sexual por várias mulheres, e na quinta-feira uma figurante do filme “Em Terreno Selvagem” (1993) afirmou ter sido estuprada por ele. Algumas das acusadoras são atrizes conhecidas. Eva LaRue, que estrelou a série “CSI: Miami” por oito temporadas, disse ao site Deadline que o ator a trancou em uma sala durante um teste em sua casa em 1990 e depois abriu seu quimono, ficando de pé diante dela, apenas de cueca. E Portia de Rossi, da série “Arrested Development” e casada com a apresentadora Ellen DeGeneres, relatou no Twitter que, durante outro suposto teste, Seagal desceu o zíper da sua calça de couro, o que a fez sair correndo. Outras atrizes que revelaram assédios de Seagal foram Julianna Margulies, Jenny McCarthy e Katherine Heigl. Desde que o produtor Harvey Weinstein foi acusado de assédio sexual numa reportagem de outubro, do jornal New York Times, e poucos dias depois denunciado por estupro na revista New Yorker, dezenas de casos de agressão sexual em Hollywood vieram à tona, revelando como predadores prosperaram por décadas, graças à pressão e ameaças, utilizando status e poder para abusar de jovens atrizes, atores, roteiristas e outros integrantes de equipes de produção, tanto no cinema quanto na televisão. Quando as vítimas começaram a compartilhar suas histórias nas redes sociais, utilizando a hashtag #Metoo, um movimento para expor todos os abusadores tomou forma, e artistas tão diferentes quanto Kevin Spacey, Dustin Hoffman, James Franco, Brett Ratner, John Lasseter, Louis C.K. e Bryan Singer tiveram seus nomes envolvidos em escândalos.
Estrela de Vicky Cristina Barcelona anuncia que não trabalhará mais com Woody Allen
A atriz Rebecca Hall, estrela de um dos maiores sucessos da carreira de Woody Allen, “Vicky Cristina Barcelona” (2008), anunciou que não trabalhará mais com o diretor. Ela acaba de filmar novamente com o cineasta, num papel em seu próximo filme, “A Rainy Day in New York”. A estrela britânica fez o anúncio em seu Instagram, um mês depois de Dylan Farrow, filha do diretor, escrever que sentia raiva de Hollywood e especialmente das atrizes que continuavam a apoiar seu pai, que ela acusa de abuso sexual. “Depois de ler e reler as declarações de Dylan Farrow alguns dias atrás e voltar e ler as mais antigas, eu vejo que este assunto não só é muito complicado, mas que minhas ações fizeram outra mulher se sentir silenciada e subestimada”, Hall escreveu. “Isso não é algo com o qual eu possa ficar bem no momento atual ou mesmo em qualquer momento, e estou profundamente arrependida”. Ela comentou a sensação surreal de trabalhar com Allen em meio à explosão do escândalo de Weinstein. “No dia seguinte em que a acusação contra Weinstein explodiu, eu estava filmando o último filme de Woody Allen em Nova York. Eu não podia imaginar estar num lugar mais estranho naquele dia. Quando me convidaram a filmá-lo, há cerca de sete meses, eu rapidamente disse que sim. Ele me deu um dos meus primeiros papéis significativos no cinema, pelo qual sempre fui grata, e era um dia de trabalho na minha cidade natal – fácil. Agora, porém, percebemos que não havia nada fácil nisso”. Ela conclui: “Lamento esta decisão e não farei mais isso”. Além de anunciar que não voltará a trabalhar com Woody Allen, ela declarou que doará o que recebeu para filmar “A Rainy Day in New York” para o fundo do movimento Time’s Up, criado para pagar despesas jurídicas de processos de assédio sexual. Hall é a terceira atriz a declarar que não trabalhará mais com Woody Allen, após Greta Gerwig, que participou de “Para Roma, Com Amor” (2012), e Mira Sorvino, que venceu o Oscar por seu trabalho em “Poderosa Afrodite” (1995), do diretor. O novo filme de Allen traz em seu elenco Timothée Chalamet (“Me Chame pelo Seu Nome”), Selena Gomez (“Spring Breakers”), Jude Law (“Rei Arthur: A Lenda da Espada”), Elle Fanning (“Demônio de Neon”), Liev Schreiber (série “Ray Donovan”) e Diego Luna (“Rogue One”). Ainda não há previsão para a estreia. The day after the Weinstein accusation broke in full force I was shooting a day of work on Woody Allen’s latest movie in New York. I couldn’t have imagined somewhere stranger to be that day. When asked to do so, some seven months ago, I quickly said yes. He gave me one of my first significant roles in film for which I have always been grateful, it was one day in my hometown – easy. I have, however subsequently realized there is nothing easy about any of this. In the weeks following I have thought very deeply about this decision, and remain conflicted and saddened. After reading and re-reading Dylan Farrow’s statements of a few days ago and going back and reading the older ones – I see, not only how complicated this matter is, but that my actions have made another woman feel silenced and dismissed. That is not something that sits easily with me in the current or indeed any moment, and I am profoundly sorry. I regret this decision and wouldn’t make the same one today. It’s a small gesture and not one intended as close to compensation but I’ve donated my wage to @timesup. I’ve also signed up, will continue to donate, and look forward to working with and being part of this positive movement towards change not just in Hollywood but hopefully everywhere. #timesup Uma publicação compartilhada por Rebecca Hall (@rebeccahall) em 12 de Jan, 2018 às 2:08 PST
Leonardo DiCaprio negocia estrelar novo filme de Quentin Tarantino
Quentin Tarantino está perto de anunciar o primeiro ator de seu próximo filme. Leonardo DiCaprio, que já trabalhou com o diretor em “Django Livre” (2012), está em negociações para estrelar a produção. Segundo o site Deadline, o papel de DiCaprio seria um ator envelhecido. Além dele, outros atores famosos estão na mira de Tarantino. Informações anteriores revelaram sondagens de Margot Robbie (“Esquadrão Suicida”) e Tom Cruise (“Missão Impossível”), além de Brad Pitt e Samuel L. Jackson, que Tarantino também já dirigiu – Pitt em “Bastardos Inglórios” (2009) e Jackson em praticamente todos os seus filmes, inclusive no último, “Os Oito Odiados” (2015). O filme vai se passar no verão de 1969 e será lançado em 9 de agosto de 2019, dia em que se completará 50 anos do assassinato da atriz Sharon Tate pelos seguidores de Charles Manson. Apesar da trama abordar Manson, Tarantino já disse que o longa não é sobre o psicopata, mas sobre o ano de 1969. A produção está a cargo da Sony, após décadas de parceria entre Tarantino e as empresas de Harvey Weinstein.
Steven Seagal é acusado de estupro de figurante nos anos 1990
O ator Steven Seagal voltou a ser acusado de má conduta sexual. Desta vez, é mais sério. Regina Simons diz que foi estuprada por Seagal em 1993, quando tinha 18 anos de idade. Hoje com 43 anos e mãe de dois filhos, ela relatou ao site The Wrap que foi figurante do filme “Em Terreno Selvagem”. Seagal estava escalando norte-americanos com descendência indígena para o filme, e convidou a garota e o irmão dela para passar um teste em seu trailer particular. Algumas semanas depois, Simons recebeu um telefonema convidando-a para uma festa de encerramento das filmagens na casa de Seagal. Quando chegou, o lugar estava vazio e sem sinais de que aconteceria uma celebração. “Eu perguntei a ele onde estava todo mundo e ele falou que todos já tinham ido embora”, lembrou a mulher. Ela conta que em seguida o ator a levou até seu quarto “e então começou a me beijar”. “Ele tirou minhas roupas e antes que eu percebesse estava em cima de mim, me estuprando… eu ainda não era ativa sexualmente na época”, contou. “A única forma que consigo descrever a situação é que eu literalmente senti que eu deixei meu corpo. Eu estava completamente indefesa. Lágrimas desciam do meu rosto e sei que doeu, ele era três vezes maior que eu”. A mulher completa: “Tudo o que me lembro é dele perguntando se eu precisava de dinheiro no final. Eu balancei a cabeça e corri para meu carro. Chorei a volta inteira para casa”. Simmons ainda disse ao The Wrap que não denunciou o ator e nem falou nada para ninguém, porque sua família “não permitia nem que eu namorasse, então para mim era uma situação vergonhosa”. “Eu pensava, ‘meu Deus, como isso aconteceu?’, então acabei me culpando e fingindo que nada tinha acontecido”. Ela aponta que o trauma a afastou da atuação. Ela trabalha agora como advogada para famílias nativas norte-americanas. Essa é a primeira vez que Steven Seagal é acusado de estupro, mas o astro já foi alvo de mais de uma dúzia de denúncias de assédio sexual. Algumas das acusadoras são atrizes conhecidas. Eva LaRue, que estrelou a série “CSI: Miami” por oito temporadas, disse ao site Deadline que o ator a trancou em uma sala durante um teste em sua casa em 1990 e depois abriu seu quimono, ficando de pé diante dela, apenas de cueca. E Portia de Rossi, da série “Arrested Development” e casada com a apresentadora Ellen DeGeneres, relatou no Twitter que, durante outro suposto teste, Seagal desceu o zíper da sua calça de couro, o que a fez sair correndo.
Greta Gerwig diz que não voltará a trabalhar com Woody Allen
Em meio ao clima de denúncias de assédios em Hollywood, a atriz, roteirista e diretora Greta Gerwig, responsável pelo filme indie do ano, “Lady Bird”, anunciou que não voltará mais a trabalhar para Woody Allen. Ela atuou em “Para Roma com amor”, filme de 2012 do diretor, e foi pressionada a se manifestar sobre o cineasta durante as entrevistas que se seguiram ao Globo de Ouro 2018. Woody Allen é acusado de abuso sexual por sua filha adotiva Dylan Farrow. O diretor sempre negou as acusações, alegando que a história foi inventada pela ex-esposa Mia Farrow. O caso dividiu a família, com pelo menos um filho adotivo de Allen e Farrow ficando ao lado do diretor, enquanto o filho biológico do casal, Ronan Farrow, rompeu com o pai e se tornou ativista contra o abuso sexual — foram dele as matérias da revista New Yorker que denunciaram o produtor Harvey Weinstein. Gerwig comentou o caso após uma pergunta sobre o possível efeito de denúncias no legado artístico e futuras oportunidades de trabalho dos acusados, durante uma mesa redonda online do jornal New York Times. “Eu queria falar especificamente sobre Woody Allen, pois me fizeram essa pergunta algumas vezes recentemente. É algo que levo muito a sério e venho pensando muito sobre, então tive tempo de organizar meus pensamentos e dizer o que quero dizer. Só posso falar por mim mesma e cheguei a essa conclusão: Se eu soubesse na época o que sei hoje, não teria atuado no filme.Não trabalhei com ele desde então e não voltarei a trabalhar com ele”. Gerwig mencionou diretamente dois artigos escritos por Dylan Farrow, o de 2014 e outro de outubro de 2017, no qual ela critica o movimento #metoo por poupar Allen e cita especificamente atrizes que trabalharam com ele, como Gerwig, Kate Winslet e Blake Lively. “Os dois artigos de Dylan Farrow me fizeram perceber que eu havia agravado a dor de outra mulher e eu fiquei arrasada com isso”, disse a atriz. “Eu cresci com os filmes dele e eles me formaram enquanto artista, esse é um fato que não posso mudar. Mas posso tomar decisões diferentes de agora em diante.”
Harvey Weinstein leva tapa na cara em restaurante nos Estados Unidos
O produtor cinematográfico Harvey Weinstein, denunciado por mais de 100 mulheres por assédio sexual, abuso e até estupro, tomou dois tapas na cara de um desconhecido, na noite de terça-feira (8/1), em um restaurante em Scottsdale, nos Estados Unidos. O site americano TMZ divulgou um vídeo do ataque. As imagens mostram o produtor andando pelo estabelecimento quando um homem o aborda para falar algo e o acerta no rosto, enquanto um segurança de Weinstein tenta impedir que o vídeo seja gravado. De acordo com o TMZ, o homem que dá os tapas se chama Steve, e sua reação aconteceu após ele pedir para tirar uma foto com Weinstein. Como o magnata se recusou, isso teria motivado a agressão. Ainda segundo o site americano, Weinstein preferiu não dar queixa à polícia.
James Franco e Gary Oldman diminuem chances de Oscar após vitórias no Globo de Ouro
James Franco e Gary Oldman usaram preto e broches do movimento Time’s Up no Globo de Ouro 2018, mas não saíram do radar das denúncias de abuso em Hollywood. As acusações de assédio contra Franco e o resgate das agressões físicas de Oldman contra a ex-mulher, que vieram à tona após as vitórias de ambos no Globo de Ouro – respectivamente, como Melhor Ator de Comédia por “Artista do Desastre” e de Drama por “O Destino de uma Nação” – colocam em discussão seus futuros no Oscar 2018. De favoritos à estatueta de Melhor Ator, ambos podem ser preteridos na premiação. Há um ano atrás, isto não faria diferença. O ator Casey Affleck venceu o Oscar 2017 por “Manchete à Beira-Mar”, mesmo sendo acusado de assédio sexual por duas mulheres com quem trabalhou. Na ocasião, a atriz Brie Larson, que entregou o prêmio, fez questão de não aplaudi-lo. “Eu acredito que o que eu fiz no palco falou por si mesmo”, ela afirmou em entrevista para a revista Vanity Fair, enquanto divulgava “Kong: A Ilha da Caveira”. Mas os protestos se intensificaram muito desde então. Após as primeiras acusações contra Harvey Weinstein chegarem na imprensa nova-iorquina em outubro, a lista de escândalos em Hollywood ganhou proporções epidêmicas, gerando a hashtag #metoo, em que atrizes e até alguns atores revelaram casos em que sofreram assédios no ambiente de trabalho. Vários astros e produtores poderosos foram demitidos em consequência da proliferação das denúncias. E a própria Academia fez algo até recentemente impensável: expulsou Harvey Weinstein. Weinstein foi um dos fundadores da Miramax, empresa que dominou a premiação do Oscar nos anos 1990 e acabou absorvida pela Disney. Mais recentemente, ele comandava a empresa que leva seu nome, The Weinstein Company, e, ao todo, suas produções tiveram 303 indicações ao Oscar e renderam 75 estatuetas. Para dar dimensão de sua importância, um levantamento da revista Newsweek observou que o nome de Harvey Weinstein é o segundo mais citado nos discursos de agradecimento dos vencedores do Oscar em todos os tempos, atrás apenas de Steven Spielberg – e na frente de Deus, por exemplo. E ele foi expulso da Academia sem cerimônia e sem direito de poder, nunca mais, participar da premiação. O clima é tão tenso que há até uma campanha online para impedir a participação de Casey Affleck na cerimônia deste ano. Ele teria presença garantida graças a uma tradição antiga da Academia, na qual o vencedor da categoria de Melhor Ator apresenta o prêmio de Melhor Atriz do ano seguinte. Quase 20 mil pessoas assinaram o abaixo-assinado no site Change.org para que ele não seja convidado. Isto dificulta muito as chances de James Franco e Gary Oldman. Apesar do trabalho elogiado de ambos, especialmente de Oldman, pode ser que algum deles fique fora até das indicações, que estão sendo definidas neste momento – entre sexta passada (5/1) e a próxima sexta (12/1). Os escolhidos serão anunciados em 23 de janeiro. Caso os dois apareçam na lista, terão contra si o voto feminino, que será muito seletivo no atual momento de Hollywood. Por conta disto, é quase inevitável congratular o jovem Timothée Chalamet por seu Oscar. Ele teve o bom gosto de participar de dois dos melhores filmes do ano, “Lady Bird”, vencedor do Globo de Ouro de Melhor Comédia, e “Me Chame pelo seu Nome”, vencedor do Gotham Awards, e é por este último que disputará o troféu da Academia. Alguns (homens) poderão reclamar, mas não haverá injustiça na consagração do jovem ator de 22 anos. Ele já foi premiado como Revelação do Ano pelo Gotham Awards, além de vencer como Melhor Ator em diversos festivais e listas de associações de críticos dos Estados Unidos. Também está indicado ao SAG Awards, que é o prêmio do Sindicato dos Atores, e ao Spirit Awards, o “Oscar indie”. O fato de interpretar um jovem que desperta para a homo-afetividade é um cutucão final no machismo estabelecido em Hollywood.
Impeachment de Donald Trump será tema da 2ª temporada de The Good Fight
A série “The Good Fight” vai investigar como fazer o Impeachment de Donald Trump. Os produtores Michelle e Robert King revelaram, durante o evento de imprensa semestral da TCA (Television Critics Association), que este será um dos temas das 2ª temporada do spin-off de “The Good Wife” na plataforma de streaming CBS All Access. Na trama, o comitê do Partido Democrata consulta algumas firmas jurídicas sobre a possibilidade de tirar Trump da Casa Branca. Entretanto, a história não será desenvolvida como ficção especulativa. O tema de um Impeachment hipotético renderá debates e análises de situações reais, mas nenhuma paródia de Trump aparecerá num tribunal, tendo que enfrentar Diane Lockhart (a personagem de Christine Baranski). Ainda assim, os absurdos do presidente americano estarão no centro das conversas. Além disto, “The Good Fight” também abordará os escândalos sexuais de Hollywood. Numa história inspirada pelo esforço de Ronan Farrow para denunciar Harvey Weinstein na rede NBC News, a série mostrará um jornalista tentando expor uma estrela famosa na TV e ser repreendido por seus chefes. Na vida real, Farrow pretendia denunciar Weinstein na época em que trabalhava para a NBC News, mas sua reportagem foi vetada. Ele acabou publicando suas descobertas na revista New Yorker, chocando o mundo. A 2ª temporada de “The Good Fight” ainda não tem previsão de estreia.
Ator Paul Sorvino ameaça matar Harvey Weinstein pelo que fez com sua filha, Mira Sorvino
O ator Paul Sorvino canalizou seu personagem mafioso de “Os Bons Companheiros” ao revelar o que pretende fazer com Harvey Weinstein, após saber que o produtor colocou sua filha, a atriz Mira Sorvino, numa lista negra, que a impediu de conseguir bons papéis após vencer o Oscar em 1996 por “Poderosa Afrodite”. “É melhor esperar que ele vá para a cadeia”, disse Paul Sorvino a um repórter do site TMZ, que o abordou na tarde de terça-feira (2/1). “Porque se nos encontrarmos, acho que ele ficará estendido no chão”. Instigado a elaborar, diante da investigação criminal em andamento contra Weinstein, ele foi mais claro. “Bom para ele se for preso”, disse o ator. “Porque se não for, eu vou matar esse filho da p*ta. Simples assim”. Veja o vídeo desta conversa abaixo. Mira Sorvino foi uma das primeiras atrizes a vir a público com acusações de assédio contra Harvey Weinstein – na segunda reportagem sobre o tema e a primeira da revista New Yorker. Ao contrário de outras vítimas, ela confrontou o produtor na época dos casos, prestando queixas junto ao RH da produtora Miramax. Nada aconteceu. Ou melhor, desde então, sua carreira entrou em súbita decadência. No mês passado, os diretores Peter Jackson e Terry Zwigoff revelaram que Weinstein desencorajava cineastas a contratar a atriz, alegando que ela era “difícil”.










