Mike Tyson detona minissérie sobre sua vida e diz que foi roubado
Mike Tyson usou seu perfil no Instagram para criticar “Mike: Além de Tyson”, minissérie biográfica sobre sua vida. O ex-campeão dos pesos-pesados disse que não foi consultado e nem foi compensado financeiramente pelo projeto, e acusou a plataforma de streaming Hulu de “roubar sua história de vida”. Numa postagem feita no sábado (6/8), Tyson comparou a produção a atitude dos escravagistas no passado. “Não seja enganado pelo Hulu. Não aprovo a história deles sobre a minha vida. Não estamos em 1822, é 2022. Eles roubaram a minha história de vida e não me pagaram. Para os executivos do Hulu, eu sou só um negão (ele usa propositalmente uma expressão racista) que eles podem vender num leilão de escravos”. A postagem recebeu o apoio de personalidades como o ator Jamie Foxx, o rapper B-Real, líder do Cypress Hill, e o lutador de MMA Francis Ngannou. Quando a série foi anunciada, em fevereiro de 2021, o ex-boxeador já havia chamado o projeto de “apropriação cultural indébita”. Um dos motivos da raiva de Tyson é que ele queria fazer uma minissérie chapa-branca sobre sua vida, que seria estrelada por Jamie Foxx. Por conta disso, tentou impedir a produção rival. Quando não conseguiu, passou a atacar a série com muitos xingamentos nas redes sociais. “Mike: Além de Tyson” foi escrita por Steven Rogers, dirigida por Craig Gillespie e produzida por Margot Robbie – que são, respectivamente, o roteirista, o diretor e a protagonista-produtora de “Eu, Tonya”, filme premiado sobre outra estrela violenta dos esportes norte-americanos, Tonya Harding. Além deles, Karin Gist (produtora-roteirista de “Star” e “Mixed-ish”) integra a equipe como showrunner. O elenco destaca Trevante Rhodes (“Moonlight”) como a versão adulta do esportista e também inclui o veterano Harvey Keitel (“Cães de Aluguel”) na pele do técnico de boxe Cus D’Amato, Laura Harrier (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”) como a atriz Robin Givens, que foi a primeira mulher do boxeador, e Li Eubanks (“All Rise”) como Desiree Washington, a modelo que acusou Tyson de estupro. A produção chega ao Brasil pela plataforma Star+ em 25 de agosto, mesmo dia do lançamento nos EUA. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Mike Tyson (@miketyson)
Minissérie biográfica de Mike Tyson ganha trailer completo
A plataforma americana Hulu divulgou um novo pôster e o trailer completo de “Mike: Além de Tyson”, minissérie biográfica sobre a vida e a carreira do campeão mundial do boxe Mike Tyson. A prévia mostra flashes de diversos momentos da vida do lutador, destacando o temperamento violento que o tornou campeão, mas também o faz passar um tempo na prisão. Por conta disso, Mike Tyson tentou impedir a produção. Quando não conseguiu, atacou a série com muitos xingamentos nas redes sociais. Na verdade, ele pretendia fazer sua própria minissérie chapa branca, com Jamie Foxx no papel principal. O elenco destaca Trevante Rhodes (“Moonlight”) como a versão adulta do esportista e também inclui o veterano Harvey Keitel (“Cães de Aluguel”) na pele do técnico de boxe Cus D’Amato, Laura Harrier (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”) como a atriz Robin Givens, que foi a primeira mulher do boxeador, e Li Eubanks (“All Rise”) como Desiree Washington, a modelo que acusou Tyson de estupro. A produção foi escrita por Steven Rogers, dirigida por Craig Gillespie e produzida por Margot Robbie – que são, respectivamente, o roteirista, o diretor e a protagonista-produtora de “Eu, Tonya”, filme premiado sobre outra estrela malvada dos esportes norte-americanos, Tonya Harding. Além deles, Karin Gist (produtora-roteirista de “Star” e “Mixed-ish”) integra a equipe como showrunner. A estreia chega ao Brasil pela plataforma Star+ em 25 de agosto, mesmo dia do lançamento nos EUA.
Filme de Nossa Senhora de Fátima com Sônia Braga ganha trailer
A Diamond Films revelou o pôster e o primeiro trailer de “Fátima – A História de um Milagre” (Fatima), produção religiosa que traz Sônia Braga (“Bacurau”) e o americano Harvey Keitel (“O Irlandês”) em participações especiais. Para fazer a divulgação, a distribuidora escolheu o dia de Nossa Senhora do Rosário de Fátima, comemorado neste 13 de maio pela Igreja Católica. A obra é um coprodução dos Estados Unidos, Itália e Portugal, e se passa no ano de 1917 quando os pastores Lúcia (Stephanie Gil), Francisco (Jorge Lamelas) e Jacinta (Alejandra Howard) contaram ter visto Nossa Senhora enquanto trabalhavam nos arredores de sua aldeia. Muitos duvidavam da veracidade de seus testemunhos, mas outros partiram em peregrinação ao local na esperança de presenciar um milagre, num mundo que era assombrado pela 1ª Guerra Mundial e ansiava pela paz. Sônia Braga vive a versão mais velha de Lúcia, que se tornou uma freira e relembra sua história no filme. O mais curioso desse projeto é que sua direção é assinada pelo italiano Marco Pontecorvo, diretor de fotografia de “Game of Thrones” e filho do famoso cineasta Gillo Pontecorvo (1919–2006), que chegou a ser taxado de comunista pela ditadura militar brasileira – graças a filmes célebres como “A Batalha de Argel” (1966), “Queimada” (1969) e “Ogro” (1979). Ainda não há previsão para a estreia.
Scorsese pede que assinantes da Netflix não vejam O Irlandês no celular
O diretor Martin Scorsese fez um apelo encarecido ao público interessado em ver seu novo filme, “O Irlandês”, que foi disponibilizado na sexta-feira (27/11) pela Netflix: “Não vejam em um celular”. “Eu sugeriria, se algum dia quiserem assistir algum filme meu, ou a maioria dos filmes, por favor, por favor, não vejam em um celular, por favor. Um iPad, um grande iPad, talvez”. A declaração foi feita durante entrevista ao crítico Peter Travers em seu programa do YouTube, “Popcorn With Peter Travers”, na qual o diretor insistiu que a melhor maneira de assistir a “O Irlandês” é nas telas do cinema. “Idealmente, eu gostaria que você fosse no cinema, assistisse do começo ao fim”, apontou. “Eu sei, é longo. Você precisa levantar, ir no banheiro, esse tipo de coisa. Eu entendo. Mas, até em casa, se você conseguir tirar uma noite, uma tarde, e não atender o seu telefone, não levantar muitas vezes, pode funcionar”. O Irlandês entrou em cartaz por um breve período e número limitado de salas de cinema antes de ser lançado na plataforma de streaming. A estratégia visou agradar a Scorsese, com quem a Netflix pretende desenvolver outros projetos, e cumprir uma regra da Academia para poder disputar o Oscar 2020. Devido aos efeitos especiais de rejuvenescimento de seu elenco, que inclui Robert De Niro, Al Pacino e Joe Pesci, “O Irlandês” é o filme mais caro já feito por Scorsese, a um custo estimado de US$ 160 milhões. Devido a esse orçamento, nenhum estúdio tradicional de cinema se arriscou a produzi-lo. Assim, a Netflix, em busca de credibilidade, assumiu as despesas com o objetivo de trazer o celebrado diretor para o streaming.
O Irlandês: Vídeos de bastidores destacam efeitos, astros e a história do filme de Martin Scorsese
A Netflix divulgou três vídeos de bastidores de “O Irlandês”, de Martin Scorsese (“O Lobo de Wall Street”). As prévias destacam a origem da produção, os efeitos utilizados para rejuvenescer o elenco, numa trama verídica que atravessa décadas, e a interpretação dos dois protagonistas, Robert De Niro e Al Pacino. “O Irlandês” conta com roteiro de Steve Zaillian, que adapta o livro de Charles Brandt “I Heard You Paint Houses”, sobre a vida de Frank “O Irlandês” Sheeran, o maior assassino da máfia americana. No filme, Sheeran (De Niro) conta o que sabe sobre todos os crimes que ele cometeu ou testemunhou enquanto trabalhava para a máfia. A trama mostra o envolvimento da máfia na política e no sindicalismo, e ainda aborda um dos grandes mistérios criminais dos Estados Unidos: que fim levou Jimmy Hoffa (interpretado por Pacino), líder sindicalista e do crime organizado, que sumiu inesperadamente e até hoje ninguém sabe como morreu. Robert De Niro e Scorsese não filmavam juntos há mais de duas décadas, desde “Cassino” (1995). O mesmo filme também marcou a última parceria do ator e do diretor com Joe Pesci, que foi convencido a abandonar a aposentadoria para também integrar a nova produção. O elenco ainda conta com Anna Paquin (“X-Men”), Jesse Plemons (“Fargo”), Harvey Keitel (“Cães de Aluguel”) e Bobby Cannavale (“Homem-Formiga”). Coberto de elogios – está com 96% de aprovação no site Rotten Tomatoes – , o filme chegou em streaming nesta quarta-feira (27/11), após um curto período nos cinemas.
O Irlandês traz elenco sublime em obra-prima de Martin Scorsese
Cineastas católicos costumam lidar com a culpa de maneira muito intensa. Alfred Hitchcock, Abel Ferrara, Clint Eastwood, Robert Bresson, Éric Rohmer são alguns desses exemplos. Basta citar seus nomes para lembrar da temática da culpa em alguns de seus trabalhos mais marcantes. Mas Martin Scorsese, que vem tratando do peso dos atos de seus personagens, e possivelmente dele mesmo como espelho desses alter-egos, conseguiu chegar a um desses exemplares definitivos em que o remorso acompanha também o espectador, até pela duração e pelo andamento mais pausado – e de certa forma pesado – de “O Irlandês”. Se os filmes de máfia do diretor trazem momentos de euforia e alegria entre suas muitas mortes, Scorsese também sempre foi mestre em mostrar o fundo do poço, a descida aos infernos de seus personagens. Isso aconteceu em “Caminhos Perigosos” (1973), “Os Bons Companheiros” (1990), “Cassino” (1995) e até em “O Lobo de Wall Street” (2013), uma espécie de atualização do gênero. Porém, “O Irlandês” oferece algo de natureza distinta, feita com carta branca da Netflix, que investiu os US$ 159 milhões necessários para a realização deste projeto acalentado há mais de dez anos. O projeto nasceu quando Robert De Niro leu o livro de Charles Brandt, “I Heard You Paint Houses”, e ficou fascinado. Comentou com Scorsese, que percebeu o entusiasmo do amigo. Isso foi na época em que De Niro dirigiu “O Bom Pastor” (2006). Importante lembrar que Scorsese não se reunia com De Niro – e Joe Pesci – nas telas desde “Cassino” (1995). Qualquer reencontro seria cercado de expectativas. Ao incluir Al Pacino, então, a expectativa atingiu o infinito. O livro de Brandt, adaptado pelo roteirista Steve Zaillian (“A Lista de Schindler”, “O Gângster”), gira em torno de Frank Sheeran, um hitman da máfia que foi guarda-costas do líder sindical Jimmy Hoffa, e que conta sua própria versão dos fatos envolvendo a misteriosa morte do sindicalista, desaparecido em 30 de julho de 1975, e declarado morto 10 anos depois. É importante não saber detalhes dessa história – bem popular nos EUA, mas menos conhecida no Brasil – para não estragar as surpresas e principalmente o impacto que o filme provoca. A narrativa atravessa seis décadas e, para viver os personagens na fase mais jovem da vida, Scorsese recorreu a uma tecnologia de rejuvenescimento digital. A decisão encareceu bastante o projeto, mas decorreu da visão do diretor, que acreditava que colocar atores jovens para interpretar os mesmos papéis de De Niro e Pesci seria algo inconcebível, ainda mais que eles viveram na época retratada e conheciam bem demais os nuances da trama, algo importantíssimo para o filme. Scorsese também considerou que utilizar próteses e maquiagem serviria mais para situações de envelhecimento e não ao contrário – o próprio De Niro fez isso em “Era uma Vez na América” (1984), de Sergio Leone, quando teve que envelhecer na base da maquiagem. O resultado do processo digital na tela é o mais bem-sucedido uso dessa tecnologia, embora seja possível notar que os corpos não acompanham a aparência jovial dos personagens – continuam se movimentando como homens septuagenários. No entanto, uma vez que se embarca na história, é fácil ficar não apenas envolvido, mas também muito impressionado com a interpretação das versões mais jovens de De Niro, Pesci e Pacino. Especialmente De Niro e Pesci, sublimes. E pensar que Pesci já estava aposentado e só aceitou voltar a atuar após muita insistência de Scorsese e De Niro… De forma interessante, ele tem um papel bastante distinto de suas parcerias anteriores com Scorsese, geralmente muito elétricas. Em “O Irlandês”, o ator vive um chefão da máfia gentil, doce até. E com uma fala mansa e pacificadora, mesmo quando precisa lidar com situações em que assassinatos são detalhes corriqueiros. Scorsese também elencou atores do porte de Harvey Keitel e Bobby Cannavale e se dá ao luxo de utilizá-los muito pouco. O mesmo poderia ser dito de Anna Paquin, que vive um das filhas de Frank Sheeran, mas sua interpretação, com uma ausência de falas bem explícita, é compensada com o olhar de confronto que ela trava com o pai. Aquilo é forte o suficiente para magoar o coração de um homem velho cheio de remorsos. Um peso que o personagem leva como uma cruz. Velhinho, ele precisa de muletas, cai em uma cena. O filme mostra sua decadência física, seu desaparecimento. Como se ele precisasse daquela trajetória toda para que compensasse, de algum modo, o mal que fez no passado. Do ponto de vista temático, “O Irlandês” ainda coincide com outra reflexão cinematográfica recente sobre a velhice, “Dor e Glória”, de Pedro Amodóvar. Ambos os filmes são trabalhos que lidam com o processamento da dor, com os arrependimentos, com as mudanças provocadas pelo tempo no modo de ver a vida. Saímos deles diferentes de quando entramos. E não apenas por termos acabado de ver uma obra-prima.
Próximo filme de Scorsese vai voltar a juntar Robert De Niro e Joe Pesci
O diretor Martin Scorsese vai voltar a juntar “Os Bons Companheiros” Robert De Niro e Joe Pesci em seu próximo filme. A dupla, que trabalhou em três clássicos do diretor – “Touro Indomável” (1980), “Os Bons Companheiros” (1990) e “Cassino” (1995) – voltará a se encontrar nas telas em “The Irishman”. Segundo o site Deadline, Pesci se recusou várias vezes a aceitar participar do longa. Seu último papel de destaque no cinema foi em “O Bom Pastor” (2006), também com De Niro, e desde então ele só tinha aparecido em “Rancho do Amor” (2010). Estava praticamente aposentado. Com isso, a produção terá um elenco fantástico de filme de gângster. Além da dupla, também estão confirmados Al Pacino (“O Poderoso Chefão”), Harvey Keitel (que estrelou o clássico de Scorsese “Caminhos Perigosos”) e Bobby Cannavale (da série “Boardwalk Empire”, produzida por Scorsese). O filme conta com roteiro de Steve Zaillian (que trabalhou com Scorsese em “Gangues de Nova York”), criado a partir do livro de Charles Brandt “I Heard You Paint Houses”. A trama detalha a vida de Frank “The Irishman” Sheeran, o maior assassino da máfia americana, supostamente envolvido na morte do sindicalista Jimmy Hoffa. De Niro viverá o matador irlandês e Pacino será Hoffa, que desapareceu misteriosamente em 1975. A produção está sendo financiada pela Netflix, após a Paramount desistir do projeto, coincidindo com a crise financeira que levou à mudanças de executivos no estúdio. Estima-se que o orçamento está na cada dos US$ 100 milhões, uma quantia elevada após o último filme de Scorsese, “Silêncio”, ter fracassado nas bilheterias – fez apenas US$ 7 milhões nos EUA. O fato de um diretor da estatura de Scorsese lançar um filme com este elenco diretamente pela Netflix deve alimentar muitas discussões na temporada de premiações de 2018, época em que “The Irishman” chegará em streaming.
Sonia Braga vai estrelar filme sobre Nossa Senhora de Fátima
A atriz Sonia Braga (“Aquarius”) vai estrelar um longa sobre a aparição de Nossa Senhora de Fátima. Intitulada “Fátima”, a produção foi anunciada durante encontro de mercado no Festival de Cannes. Sonia Braga irá interpretar o papel de Irmã Lúcia, o que significa que a trama deve refletir o legado de Fátima, décadas após as visões originais. Lúcia foi uma das três crianças camponesas (os chamados três pastorinhos) que alegaram ter visto por seis vezes a Virgem Maria, entre maio e outubro de 1917, na cidade portuguesa que dá nome ao longa. Ela foi beatificada em 2008, três anos após sua morte, ao 97 anos de idade. As outras duas crianças, Jacinta e Francisco, que morreram entre 1918 e 1919 durante uma pandemia de gripe, foram canonizados na semana passada pelo papa Francisco. Existem rumores de que a irmã Lúcia foi substituída por uma impostora nos anos 1950 com o objetivo de não pressionar o Vaticano a publicar o terceiro segredo de Fátima, o qual deveria ser revelado após sua morte e que conteria um tema apocalíptico. Anos depois, o segredo foi revelado como sendo a tentativa de assassinato sofrida pelo Papa João Paulo II. Mas dez anos depois, o Papa Bento XVI afirmou que “iludir-se-ia quem pensasse que a missão profética de Fátima esteja concluída”. Além da brasileira, o elenco também tem confirmado o ator americano Harvey Keitel (“Juventude”), em papel não revelado. “Estamos emocionados com a ideia de trabalhar com a incrível equipe por trás de ‘Fátima’, incluindo os memoráveis e talentosos Harvey Keitel e Sonia Braga”, declarou o produtor Gary Hamilton, em comunicado à imprensa. “Cannes é o lugar perfeito para apresentar a potenciais compradores esse projeto comovente, cujos personagens acabaram de ser canonizados pelo papa e que têm uma impressionante quantidade de fiéis ao redor do mundo”, completou. A direção do longa está a cargo do italiano Marco Pontecorvo, diretor de fotografia de longa carreira no cinema e na TV (“Cartas Para Julieta” e filme “Game of Thrones”), e filho do lendário cineasta Gillo Pontecorvo, de “A Batalha de Argel” (1966).
Robert De Niro é comediante decadente em trailer de drama que ele queria filmar há anos
A Sony Pictures Classics divulgou o primeiro trailer de “The Comedian”, um dos projetos mais estimados do ator Robert De Niro (“Um Senhor Estagiário”), que tentava filmá-lo desde 2011. Como tem sido praxe, a prévia conta toda a história, mostrando a queda e a volta por cima de um comediante decadente de stand-up. Condenado a prestar serviços comunitários após atingir um membro de sua plateia com o microfone, ele acaba conhecendo uma mulher (Leslie Mann, de “Mulheres ao Ataque”) que irá mudar sua vida. Em resumo, o amor salva e lhe permite a redenção. O roteiro foi escrito por Art Linson (“Fora de Controle”) e Jeffrey Ross (“Tudo pela Fama”) e traz De Niro no papel principal. A direção está a cargo de Taylor Hackford (“Ray”) e o elenco de coadjuvantes é repleto de velhos amigos do veterano ator, propiciando reencontros que devem deleitar os cinéfilos. Há Harvey Keitel, parceiro de De Niro em “Caminhos Perigosos” (1973), Charles Grodin, de “Fuga à Meia-Noite” (1988) e Billy Crystal, de “A Máfia no Divã” (1999). Além disso, vale lembrar que De Niro quer ser “O Rei da Comédia” desde 1982. Impossível não fazer a ligação entre os dois filmes. “The Comedian”, que ainda inclui Danny DeVito (série “It’s Always Sunny in Philadelphia”), Patti Lupone (série “Penny Dreadful”), Hannibal Buress (“Vizinhos”) e Edie Falco (série “Nurse Jackie”), estreia em 13 de janeiro nos EUA e ainda não tem previsão de lançamento no Brasil.
A Juventude repete a Grande Beleza do cinema de Paolo Sorrentino
Há uma cena de enorme carga poética em “A Grande Beleza” (2013), o filme anterior de Paolo Sorrentino, na qual um melancólico Jep (Tony Servillo) encontra um velho amigo do circo que, enquanto ele olha para o lado, faz desaparecer uma girafa. Diante da surpresa de Jep, ele diz: “É como te disse Jep… é só um truque”. Neste filme, com o fator surpresa, a maestria técnica, a conjugação dos elementos (música, fotografia, artes plásticas etc), os achados vagamente filosóficos e uma tempestade emocional, Sorrentino descobriu a fórmula da magia. Ou, pelo menos, da sua magia. O problema de “A Juventude” é que o italiano parece ter trazido novamente a mesma cartola. “A Grande Beleza” tratava filosoficamente do ocaso de uma era: em “A Juventude” o tema é o fim da vida humana. O filme aborda, com a habitual estrutura fragmentada, a temporada de um maestro aposentado (Michael Caine) num spa, por onde também anda a filha (Rachel Weisz), um velho amigo (Harvey Keitel) e um ator jovem (Paul Dano), entre outros. A elegância continua suprema: câmeras vêm e vão em todas as direções, com cortes suaves marcando o ritmo para mergulhar em imagens oníricas ou mostrar esplendores naturais, enquanto circulam personagens atípicos com suas frases de efeito embalados, claro, por muita música. Longe de pretensioso ou exagerado, consegue os efeitos desejados numa linguagem única. O problema é mesmo o déjà vu em relação ao antecessor. Em “A Juventude”, o modus operandi vai apresentado uma cascata ininterrupta de repetições que vão pondo a olho nu o mecanismo de “A Grande Beleza”. E, como um mágico não pode agradar duas vezes com os mesmos artifícios, o que antes era estimulante, aqui é apenas menos convincente. O filme estreia numa altura pacífica (para o filme, bem esclarecido) no Brasil – quase um ano depois da batalha campal no Festival de Cannes onde adoradores e detratores engalfinharam-se verbalmente como se estivessem defendendo a destituição de Luís XVI. As polarizações na Europa continuaram ao longo do ano à medida que o filme ia ganhando distribuição comercial – com ódios (apareceu em listas de “piores do ano” na imprensa) e prêmios (Melhor Filme no European Awards, da Academia de Cinema Europeu, entre outros). Passada a tempestade, os infiéis continuam com seus argumentos, enquanto os fiéis seguidores passam a torcer para que Sorrentino apresente novos truques, que justifiquem os aplausos em seu próximo filme. No meio de ambos, os espectadores seguem tendo possibilidades de desfrutar de bom cinema.








