O Fio Invisível: Suspense de Claudia Llosa ganha trailer legendado
A Netflix divulgou o pôster e o trailer legendado de “O Fio Invisível”, suspense psicológico da premiada cineasta peruana Claudia Llosa, vencedora do Festival de Berlim por “A Teta Assustada” (2010). A trama que lida com traumas e maternidade acompanha Amanda, uma mãe solteira que acaba de se mudar com sua filha Nina para uma cabana rural isolada. Ao chegar lá, elas conhecem Carola e logo descobrem que a nova amiga guarda segredos sombrios, relacionados a seu passado e à existência de um garoto chamado David, que parece possuir dons sobrenaturais. A prévia não revela muito sobre o desenrolar da trama, mas apontam um clima perturbador construído entre descobertas e pesadelos. “O Fio Invisível” é uma adaptação do romance de mistério da argentina Samanta Schweblin, que foi lançado no Brasil com o título de “Distância de Resgate”. O elenco destaca a espanhola María Valverde (“Êxodo: Deuses e Reis”) e os argentinos Dolores Fonzi (“Truman”), Guillermo Pfening (“O Médico Alemão”) e Germán Palacios (“Impuros”). A estreia está marcada para o dia 13 de outubro.
Filme argentino Ninguém Está Olhando vence o festival Cine Ceará
O filme argentino “Ninguém Está Olhando” foi o grande vencedor do 27° Cine Ceará – Festival Ibero-americano de Cinema. É a segunda vez que a diretora Julia Solomonoff vence o festival. Ela já tinha conquistado o prêmio de Melhor Filme com “O Último Verão de La Boyita” em 2009. Além do troféu de Melhor Filme, “Ninguém Está Olhando” também rendeu a Guillermo Pfening o troféu de Melhor Ator, ironicamente por interpretar um ator. Na trama, ele é um astro latino que resolve tentar carreira nos Estados Unidos e não consegue deslanchar – muito loiro para viver latino, com sotaque para interpretar americano – , espelhando trajetórias que costumam se repetir. A produção também recebeu o prêmio de Melhor Montagem e o Prêmio da Crítica, em cerimônia realizada na noite desta sexta-feira, no cinema São Luiz, em Fortaleza. Curiosamente, os outros dois filmes que se destacaram na premiação são produções passadas em Cuba, que revelam um país bem diferente dos cartões postais castristas. O prêmio de Melhor Direção ficou com o cubano Fernando Pérez, por “Últimos Dias em Havana”, também premiado por sua Fotografia, que retrata a condição miserável de vida de dois amigos, um morrendo de Aids, outro de vontade de ir para os Estados Unidos. Se a sexualidade parece enrustida nesta produção, em “Santa e Andrés”, de Carlos Lechuga, premiado com o troféu de Melhor Roteiro, é o ponto de partida para explicar porque um escritor talentoso se torna mal-visto pelos “revolucionários” e acaba exilado num local ermo, com uma mulher rústica (Lola Amores, Melhor Atriz) como carcereira de sua liberdade. Confira abaixo os demais premiados. Vencedores do Cine Ceará 2017 Mostra Competitiva Ibero-americana Melhor Filme “Ninguém Está Olhando”, de Julia Solomonoff Melhor Direção Fernando Pérez (“Últimos Dias em Havana”) Melhor Ator Guillermo Pfening (“Ninguém Está Olhando”) Melhor Atriz Lola Amores (“Santa e Andrés”) Melhor Roteiro Carlos Lechuga (“Santa e Andrés”) Melhor Fotografia Raúl Pérez Ureta (“Últimos Dias em Havana”) Melhor Montagem Andrés Tamborino, Karen Sztanjberg e Pablo Barbieri (“Ninguém Está Olhando”) Melhor Som Isaac Moreno (“Uma Mulher Fantástica”) Melhor Trilha Sonora Matthew Herbert (“Uma Mulher Fantástica”) Melhor Direção de Arte Tulé Peake (“Malasartes e o Duelo com a Morte”) Prêmio da Crítica (Abraccine) Ninguém Está Olhando, de Julia Solomonoff Mostra Competitiva Brasileira de Curtas Melhor Curta “Festejo Muito Pessoal”, de Carlos Adriano Melhor Direção Estevão Meneguzzo e André Félix (“Valentina”) Melhor Roteiro Felipe Camilo (“Memórias do Subsolo ou o Homem que Cavou até Encontrar uma Redoma”) Melhor Produção Cearense “Caleidoscópio”, de Natal Portela Prêmio da Crítica (Abraccine) “Filó, a Fadinha Lésbica”, de Sávio Leite Mostra Olhar do Ceará Melhor Curta “A Lenda Cotidiana”, de Bárbara Moura e S. de Sousa Prêmio Olhar Universitário Melhor Longa “Últimos Dias em Havana”, de Fernando Pérez Melhor Curta “Simbiose”, de Júlia Morim

