Netflix sai do ar na Rússia
A Netflix tirou sua plataforma do ar na Rússia. Os usuários do serviço não poderão mais acessar as suas contas no país. A decisão foi anunciada na noite de domingo (6/1) em reação à invasão da Ucrânia por tropas militares russas. Segundo o site Deadline, a Netflix tem menos de 1 milhão de inscritos na Rússia, onde foi lançada há menos de um ano. A suspensão do serviço aconteceu quatro dias após a Netflix anunciar a paralisação de todas as suas produções russas, incluindo uma série de suspense que estava no meio das gravações. A empresa também suspendeu a compra de filmes e séries produzidas no país. As decisões se somam à recusa da empresa de streaming de cumprir uma determinação do governo russo para exibir TVs estatais em seu catálogo. No ano passado, o Roskomnadzor, órgão controlador das comunicações na Rússia, classificou a Netflix como um “serviço audiovisual”, uma vez que a plataforma possui mais de cem mil usuários diários no país, e impôs a obrigatoriedade de que o serviço transmita 20 canais de TV estatais para seus assinantes, como se fosse um provedor de canais pagos. Com o boicote, a empresa de streaming se junta aos estúdios de Hollywood, que decidiram não lançar mais filmes na Rússia enquanto persistirem as agressões militares à Ucrânia.
J.K. Rowling promete doar até R$ 6,6 milhões para órfãos da Ucrânia
A escritora britânica J.K. Rowling, criadora da saga literária de “Harry Potter”, entrou em campanha por doações para ajudar as crianças dos orfanatos da Ucrânia e prometeu igualar o montante doado em até 1 milhão de libras (o equivalente a R$ 6,6 milhões). A escritora retuitou um pedido da Fundação Lumos, que ela cofundou em 2005 e que atualmente arrecada fundos para entregar alimentos, materiais de higiene e remédios aos afetados pela crise humanitária na Ucrânia, após o país ser invadido por ataque militar da Rússia. “Eu igualarei pessoalmente as doações que responderem a este apelo, até £ 1 milhão”, prometeu Rowling, que agradeceu às pessoas que já doaram para a fundação. “Vocês estão permitindo que a Lumos faça um trabalho crucial para algumas das crianças mais vulneráveis da Ucrânia”, acrescentou. Em seu site, a Lumos explica que trabalha na região de Zhytomyr – ao oeste da capital Kiev -, uma área onde, antes da invasão russa, mais de 1.500 crianças viviam em orfanatos. Quase 100 mil crianças vivem em instituições em toda a Ucrânia, afirma a fundação. “A invasão das forças russas significa que agora há mais crianças em perigo”, advertiu a Lumos, que com seus esforços pretende ajudar os menores de idade deslocados e traumatizados pelo conflito. I will personally match donations to this appeal, up to £1m. Thank you so, so much to all who’ve already donated, you’re enabling @lumos to do crucial work for some of the most vulnerable children in Ukraine. https://t.co/XK8yTtB1nl — J.K. Rowling (@jk_rowling) March 7, 2022
Mila Kunis e Ashton Kutcher doam US$ 3 milhões para a Ucrânia
O casal de atores Mila Kunis e Ashton Kutcher doaram US$ 3 milhões e lançaram uma campanha que pretende arrecadar dez vezes mais para ajudar refugiados em fuga da guerra da Ucrânia. O casal lançou a campanha no site GoFundMe em parceria com outras instituições. Num vídeo feito para a arrecadação (que pode ser conferido abaixo), eles pedem que os fãs doem o que puderem e assumem o compromisso de contribuir com US$ 3 milhões para ajudar a completar o montante de US$ 30 milhões, meta visada para auxiliar os refugiados. De acordo com a atriz, que foi morar nos EUA com 8 anos de idade, as pessoas na Ucrânia são fortes e corajosas. No entanto, ela destacou que ser forte e corajosa não significa que você não precise de ajuda. “Precisamos apoiar o povo da Ucrânia. Por favor, ajude-nos”, afirmou ela. Segundo Kutcher, o objetivo da campanha é garantir moradias, enviar suprimentos e outros recursos para a região. “Estamos arrecadando fundos para apoiar em um esforço de socorro que terá impacto imediato e fornecerá ajuda humanitária aos refugiados e para as áreas mais necessitadas”, disse o ator. O dinheiro será enviado para ONGs que possam garantir que a ajuda seja recebida pelas pessoas que mais precisam. A atriz, que nasceu no país do leste europeu, levou recentemente o marido para conhecer a cidade de Chernivtsi, em que viveu na infância. Na semana passada, ela postou em seu Instagram uma foto de um almoço do casal com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky. Além de Mila e Ashton, outro casal famoso de Hollywood também lançou uma campanha de auxílio ao país. Blake Lively e Ryan Reynolds prometeram igualar doações em até US$ 1 milhão, incentivando fãs a contribuir e aumentar a corrente de apoio. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Mila Kunis (@kunismilaonline)
Diretor ucraniano se arma e pede boicote mundial do cinema russo
O cineasta ucraniano Oleg Sentsov, que lançou seu filme mais recente, “Rhino”, no Festival de Veneza do ano passado, emitiu um comunicado e postou um vídeo gravado na frente de combate contra as tropas russas que invadiram a Ucrânia. Armado e em trajes militares, atrás de uma barricada em Kiev, ele demonstrou sua disposição de luta. Em seu comunicado, também conclamou aqueles que o apoiam a tomar a mesma atitude firme. Não com armas, mas com um boicote total do cinema russo. Sentsov, que passou cinco anos em uma prisão russa por acusações de terrorismo que a Anistia Internacional descreveu como fabricadas, chegando a entrar em greve de fome contra a arbitrariedade, fez um apelo por um “boicote à cinematografia russa em todas as dimensões, incluindo cooperação cinematográfica: coprodução, distribuição e festivais”. O mesmo apelo foi feito pela Academia Ucraniana de Cinema, que pediu um boicote mundial da cultura e particularmente do cinema russo, como forma de impedir a proliferação da ideologia de Vladimir Putin, interromper o pagamento de impostos para o governo russo e pressionar os artistas afetados a se envolverem em mudanças em seu próprio país. Apesar da clareza da proposta, a ideia de um boicote divide atualmente a comunidade cinematográfica internacional. Enquanto a Academia Europeia de Cinema e os festivais de Estocolmo, na Suécia, e Glasgow, na Escócia, concordaram com um veto completo ao cinema russo, os festivais de Cannes, Veneza e Toronto buscaram um meio-termo, proibindo filmes incentivados e comissões culturais do governo de Putin, ao mesmo tempo em que defendem a exibição de filmes independentes do país. Isto não atende ao pedido dos cineastas ucranianos. Veja abaixo o comunicado enviado por Sentsov, seguido pelo vídeo do diretor nas trincheiras de Kiev. “Meu nome é Oleg Sentsov. Eu sou um diretor de cinema ucraniano. Em 2014, fui preso ilegalmente na Rússia e condenado a 20 anos de prisão por lutar contra o regime de Putin e a anexação da Crimeia. Naquela época, toda a indústria cinematográfica se levantou para me apoiar. E sou imensamente grato por isso. Agora peço que apoiem o meu país. Exatamente duas semanas atrás, o filme que fiz depois que fui liberdade foi lançado na Ucrânia. Há uma semana, estou nas trincheiras como integrante da Defesa Territorial de Kiev, que faz parte das Forças Armadas da Ucrânia. A vida mudou em um instante com a queda da primeira bomba no território da Ucrânia. Tudo o que sabíamos sobre a invasão de Hitler agora se tornou real novamente. Minha pátria é impiedosamente arrasada da terra, do mar e do ar. Bombas russas estão caindo sobre crianças ucranianas. Milhões estão sentados em abrigos antiaéreos. Milhões estão sofrendo com frio e falta de comida. Meu país está sendo arruinado, mas nosso espírito é forte. Vamos lutar até a nossa vitória. Para isso, precisamos do seu apoio. O apoio de intelectuais e artistas que se opõem ao regime sangrento de Putin. Pessoas que valorizam a vida humana mais do que qualquer coisa. Solicito seu apoio ao boicote à cinematografia russa em todas as dimensões, incluindo a cooperação cinematográfica: coprodução, distribuição e festivais, conforme solicitado pela Academia Ucraniana de Cinema. Por favor, assinem a petição! Fiquem com a Ucrânia! Vamos parar Putin juntos!”
Disney anuncia boicote do mercado de cinema russo
A Walt Disney Pictures se tornou nesta segunda (28/2) a primeira empresa de Hollywood a boicotar o mercado de cinema da Rússia. Numa decisão ousada, considerando os valores envolvidos, o estúdio anunciou que está retirando todos seus filmes em exibição na Rússia e suspendendo a estreia dos demais, em resposta à invasão da Ucrânia pelas tropas de Vladimir Putin. O próximo lançamento da Disney na Rússia seria a animação da Pixar “Red: Crescer é uma Fera”, que chegaria no país em 10 de março. No ano passado, em plena pandemia, os filmes da Disney faturaram mais de US$ 445 milhões nas bilheterias da Rússia. “Dada a invasão não provocada da Ucrânia e a trágica crise humanitária, estamos pausando o lançamento de filmes nos cinemas na Rússia”, disse a Disney em comunicado. “Tomaremos futuras decisões de negócios com base na evolução da situação. Enquanto isso, dada a escala da emergente crise, estamos trabalhando com nossas ONGs parceiras para fornecer ajuda urgente e outra assistência humanitária aos refugiados”, acrescentou a nota. O anúncio sacudiu os demais estúdios, que ainda não tinham se pronunciado sobre o conflito. A Warner Bros., por exemplo, logo em seguida suspendeu a estreia de “Batman”, que aconteceria na quinta-feira (3/3) na Rússia. A invasão da Ucrânia pela Rússia atraiu condenação universal dos EUA e da União Europeia, enquanto o Brasil busca manter uma posição “neutra”, com elogios a Putin por parte de Bolsonaro, que também tem criticado a Ucrânia em declarações polêmicas. Europa e EUA estão a frente de um boicote internacional à economia russa. Além disso, a Academia Ucraniana de Cinema fez apelos para não esquecerem de boicotar a Cultura e principalmente o cinema russo.
Ryan Reynolds e Blake Lively prometem doar US$ 1 milhão a refugiados da Ucrânia
O casal Ryan Reynolds (“Alerta Vermelho”) e Blake Lively (“Um Pequeno Favor”) iniciaram uma campanha de doação para ajudar os refugiados da Ucrânia, que estão fugindo do país devido à invasão militar da Rússia. E para incentivar seus fãs, prometeram doar o mesmo que todos que se dispuserem a contribuir, no limite máximo de US$ 1 milhão, para dobrar os valores arrecadados e fortalecer a corrente de apoio. “Reynolds e eu estamos dobrando cada dólar doado até atingirmos US$ 1 milhão”, explicou Blake Lively no Twitter, junto de uma foto em que uma criança estende a mão para os braços de outra pessoa. “Em 48 horas, inúmeros ucranianos foram forçados a fugir de suas casas para países vizinhos. Eles precisam de proteção. Quando você doar, daremos US$ 1 milhão, criando o dobro do apoio”, acrescentou Reynolds com um link para o site de doação de refugiados das Nações Unidas. O Comissário da Agência da ONU (Organização das Nações Unidas) para Refugiados, Filippo Grandi, disse ontem que mais de 150 mil ucranianos já deixaram seu país em direção aos países vizinhos.





