Anna Muylaert prepara filme sobre inversão de gêneros
A diretora Anna Muylaert, responsável pelos dramas premiados “Que Horas Ela Volta?” e “Mãe Só Há Uma”, além do documentário “Alvorada”, que integra o Festival É Tudo Verdade 2021, já começou a preparar seu novo filme. Intitulado “O Clube das Mulheres de Negócios”, o longa será produzido pela Glaz Entretenimento (“Cabras da Peste”), em coprodução com África Filmes (“Que Horas Ela Vvolta?”) e Globo Filmes. O projeto veio à tona durante a Berlinale Co-Production Market, seção do Festival de Berlim dedicada a obras em fase de desenvolvimento (ainda não-filmadas) com potencial comercial e abertas a coproduções internacionais. Informações sobre a produção indicam que o filme será uma alegoria sobre a crise do “patriarcado”, ambientada em um mundo imaginário onde os estereótipos de gênero estão invertidos – ou seja, as mulheres ocupam as posições de poder enquanto os homens são criados para serem socialmente submissos. Fellini fez algo parecido, como delírio onírico/fantasia revanchista, em “Cidade das Mulheres” (1980). Em comunicado sobre o projeto, a Vitrine Filmes, responsável pela distribuição, informou que Muylaert trabalha há mais de cinco anos no roteiro, mas os acontecimentos de 2020 a fizeram reescrever o filme. “Durante a pandemia, homens como o presidente do Brasil e o ex-presidente dos EUA, tiveram uma posição negacionista e irresponsável sobre os acontecimentos. Enquanto isso, em outros países, as mulheres tomaram a dianteira das mesmas questões de forma mais realista e efetiva. A partir desse fato, mudei o tom do filme, tornando-o mais distópico em consonância com os tempos atuais”, disse a diretora e roteirista, na nota à imprensa. Ainda não há previsão para o lançamento.
O Jantar vai ganhar remake brasileiro de Andrucha Waddington
O best seller holandês “O Jantar”, de Herman Koch, vai ganhar adaptação brasileira. Ou seria um remake? Afinal, o livro já foi filmado por Hollywood em 2017. A versão brasileira vai se chamar “Precisamos Falar Sobre Nossos Filhos” e terá roteiro de Sergio Goldenberg (da novela “Onde Nascem os Fortes”) e direção de Andrucha Waddington (“Sob Pressão”). A trama gira em torno de dois casais, durante um jantar num restaurante chique, que discutem o que fazer com seus filhos adolescentes que foram flagrados cometendo um crime. Um dos pais é candidato nas próximas eleições. O projeto é uma co-produção da Conspiração e da Globo Filmes e, segundo a coluna de Lauro Jardim, no jornal O Globo, pretende discutir o conflito entre a ética privada e pública no Brasil. Mas vale observar: a versão americana, “O Jantar” (The Dinner), dirigida por Oren Moverman (“O Mensageiro”), foi estrelada por Richard Gere (“O Exótico Hotel Marigold 2”), Steve Coogan (“Philomena”), Laura Linney (“Sr. Sherlock Holmes”), Rebecca Hall (“Vicky Christina Barcelona”), Chloë Sevigny (“Os Mortos Não Morrem”) e Charlie Plummer (“Todo o Dinheiro do Mundo”), e mesmo com esse elenco fracassou nas bilheterias e foi considerada medíocre (46% de aprovação no Rotten Tomatoes). Veja abaixo o trailer legendado do filme americano, que também passou batido pelos cinemas brasileiros há três anos.
Minha Mãe É um Peça 3 supera Os Dez Mandamentos e vira 2º filme brasileiro mais visto de todos os tempos
“Minha Mãe É uma Peça 3” continua lotando os cinemas e no fim de semana passado atingiu 11,4 milhões de espectadores, superando os 11,3 milhões de ingressos vendidos de “Os Dez Mandamentos” (2016) para se tornar o segundo filme brasileiro mais visto de todos os tempos. A comédia de Paulo Gustavo só vendeu menos ingressos que “Nada a Perder” (2018), cinebiografia do bispo Edir Macedo, que comercializou 12,1 milhões de tickets, mas tem seu público questionado, por conta da estratégia da Igreja Universal de comprar as sessões sem preencher todos os assentos dos cinemas com espectadores. Lançado em 26 de dezembro, o terceiro filme da Dona Hermínia já tem um faturamento de R$ 180 milhões, que representa a maior bilheteria do cinema brasileiro em todos os tempos – recorde superado em janeiro passado, cerca de 45 milhões atrás. O valor se tornou, inclusive, maior que a soma da arrecadação conjunta dos dois primeiros filmes da franquia. A franquia “Minha Mãe É Uma Peça” é baseada na peça homônima, criada e estrelada por Paulo Gustavo como Dona Hermínia. Os dois primeiros filmes, lançados em 2013 e 2016, atingiram juntos o público de 13 milhões de espectadores e uma arrecadação total de R$ 173,7 milhões. O imenso sucesso e alcance de “Minha Mãe É Uma Peça 3” também coloca em cheque a definição do presidente Jair Bolsonaro sobre filmes que só agradam “uma minoria”, já que se trata de uma produção assumidamente LGBTQIA+. Sua trama é estrelada por um homem vestido de mulher (que na vida real é casado com outro homem), tem como tema um casamento homossexual e gira em torno de uma família que lida com a sexualidade de forma natural e bem-humorada.
Minha Mãe É uma Peça 3 já é terceiro filme brasileiro mais visto em todos os tempos
O público do filme “Minha Mãe É uma Peça 3” não pára de crescer. Nesta quinta (13/2), a comédia de Paulo Gustavo atingiu 11,2 milhões de espectadores, superando os 11,1 milhões de ingressos vendidos de “Tropa de Elite 2”. Com isso, transformou-se no terceiro filme mais visto da história da indústria cinematográfica nacional, atrás apenas dos dramas “Nada a Perder” (2018) e “Os Dez Mandamentos” (2016), justamente os filmes que têm seu público questionado, por conta de uma estratégia da Igreja Universal, que esgotou os ingressos das sessões sem preencher os assentos dos cinemas com espectadores. Como a diferença é pequena, os números polêmicos do 2º colocado devem ser superados em breve. A diferença para “Os Dez Mandamentos” é de apenas 100 mil ingressos, enquanto “Nada a Perder” tem cerca de 900 mil de vantagem. Atualmente em 3º lugar no ranking nacional, “Minha Mãe É uma Peça 3” ainda continua lotando suas sessões. No fim de semana passado, levou 209 mil espectadores aos cinemas. Basta atingir metade desse número até domingo para superar o recorde de “Os Dez Mandamentos”. Há oito semanas em cartaz, a comédia da Dona Hermínia já tem um faturamento de R$ 175 milhões, que representa a maior bilheteria do cinema brasileiro em todos os tempos – recorde superado em janeiro passado, cerca de 40 milhões atrás. O valor se tornou, inclusive, maior que a soma da arrecadação conjunta dos dois primeiros filmes da franquia. A franquia “Minha Mãe É Uma Peça” é baseada na peça homônima, criada e estrelada por Paulo Gustavo como Dona Hermínia. Os dois primeiros filmes, lançados em 2013 e 2016, atingiram juntos o público de 13 milhões de espectadores e uma arrecadação total de R$ 173,7 milhões. O imenso sucesso e alcance de “Minha Mãe É Uma Peça 3” também coloca em cheque a definição do presidente Jair Bolsonaro sobre filmes que só agradam “uma minoria”, já que se trata de uma produção assumidamente LGBTQIA+. Sua trama é estrelada por um homem vestido de mulher (que na vida real é casado com outro homem), tem como tema um casamento homossexual e gira em torno de uma família que lida com a sexualidade de forma natural e bem-humorada.
Minha Mãe É uma Peça 3 ultrapassa R$ 150 milhões nas bilheterias
Recordista de bilheteria do cinema brasileiro desde a semana passada, “Minha Mãe É uma Peça 3” aumentou ainda mais o volume de sua arrecadação, mantendo-se como o segundo filme mais visto pelo público do Brasil no último fim de semana. De quinta a domingo (27/1), a comédia exibida em 487 salas arrecadou R$ 9,1 milhões, levando mais 530 mil pessoas aos cinemas. Desde que estreou há cinco semanas, “Minha Mãe é uma Peça 3” já foi vista por 9,8 milhões de espectadores, segundo levantamento da Comscore, e acumula R$ 156 milhões, a maior arrecadação de um filme brasileiro em todos os tempos. Lançado na última semana de dezembro, “Minha Mãe É uma Peça 3” já tinha impressionado na estreia, arrecadando mais de R$ 30 milhões no fim de semana inaugural. Com isso, bateu o blockbuster “Star Wars: A Ascensão Skywalker” nas bilheterias nacionais. E, nas semanas seguintes, nem tomou conhecimento da concorrência de “Frozen 2”, tornando-se um pesadelo para a Disney no Brasil. Mas, apesar do recorde de bilheteria, o longa estrelado por Paulo Gustavo ainda não é o que mais vendeu ingressos. Com distribuição de ingressos para fiéis da Igreja Universal, “Nada a Perder” fez circular 11,5 milhões de ingressos, segundo informações da produtora Paris Filmes. A diferença em reais fica, portanto, por conta da inflação. Na verdade, o terceiro “Minha Mãe É uma Peça” é o quinto filme com maior público do cinema nacional. Os demais filmes que completam o ranking são “Os Dez Mandamentos” (11,3M de ingressos), “Tropa de Elite 2” (11,1M) e “Dona Flor e seus Dois Maridos” (10,7M). Por curiosidade, “Minha Mãe É uma Peça 2” agora é o sexto, com 9,3 milhões de espectadores superados pela venda da continuação. O detalhe é que “Minha Mãe É uma Peça 3” continua lotando cinemas. O longa só perde, nas bilheterias atuais, para “Jumanji: Próxima Fase”, que estreou há duas semanas. Ou seja, ainda tem muitos ingressos para vender. A popularidade do filme também representa uma contraste gritante em relação ao modelo conservador de cinema que o governo Bolsonaro tenta implantar no país, já que sua trama é estrelada por um homem vestido de mulher (que na vida real é casado com outro homem), inclui uma trama de casamento homossexual e gira em torno de uma família que lida com a sexualidade de forma natural e bem-humorada. Veja abaixo o Top 10 do fim de semana no Brasil, segundo levantamento da consultoria Comscore. TOP 10 #bilheteria #cinema Final Semana 23 a 26 JAN: 1. Jumanji – Próxima Fase2. Minha Mãe É Uma Peça 33. 19174. Frozen 25. Um Espião Animal6. Adoráveis Mulheres7. O Escândalo8. Parasita9. A Possessão de Mary10. O Melhor Verão de Nossas Vidas — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) January 27, 2020
Minha Mãe É uma Peça 3 bate recorde e vira maior bilheteria do cinema brasileiro
“Minha Mãe É uma Peça 3” tornou-se o filme de maior arrecadação na história do cinema brasileiro. Com os R$ 13,7 milhões registrados neste final de semana, a comédia da Downtown Filmes somou R$ 137,9 milhões nas bilheterias, superando o recorde de “Nada a Perder”, primeira parte da cinebiografia do bispo Edir Macedo, que faturou R$ 120 milhões em 2018. A produtora do longa comemorou a façanha no Instagram, dizendo que “a mãe mais amada do Brasil tá tendo um troço aqui!”. Lançado na última semana de dezembro, “Minha Mãe É uma Peça 3” já tinha impressionado na estreia, arrecadando mais de R$ 30 milhões em seu primeiro fim de semana em cartaz. Com isso, bateu o blockbuster “Star Wars: A Ascensão Skywalker” nas bilheterias nacionais. E, nas semanas seguintes, nem tomou conhecimento da concorrência de “Frozen 2”, tornando-se um pesadelo para a Disney no Brasil. Mas, apesar da grande bilheteria, em número de ingressos vendidos o longa estrelado por Paulo Gustavo ainda está longe da produção da Igreja Universal. “Minha Mãe É uma Peça 3” foi visto por cerca de 8 milhões de espectadores, enquanto “Nada a Perder” teve vendagem de 12,1 milhões de ingressos, segundo apuração da Ancine. A diferença em reais fica, portanto, por conta da inflação. Na verdade, o terceiro “Minha Mãe É uma Peça” nem aparece no Top 5 dos maiores públicos do cinema nacional. Os demais filmes que completam o ranking são “Os Dez Mandamentos” (11,3M de ingressos), “Tropa de Elite 2” (11,1M), “Dona Flor e seus Dois Maridos” (10,7M) e “Minha Mãe É uma Peça 2” (9,3M). Ou seja, o segundo filme da franquia da Dona Hermínia ainda está à frente da continuação mais recente em número de espectadores. Mas “Minha Mãe É uma Peça 3” continua lotando cinemas. O longa ocupa atualmente o 2ª lugar entre os filmes mais vistos do país, perdendo apenas para “Jumanji: Próxima Fase”, que estreou no último fim de semana. Ou seja, ainda tem muitos ingressos para vender. A popularidade do filme também representa uma contraste gritante em relação ao modelo de cinema que o governo Bolsonaro tenta impor no país, em nome de uma suposta maioria da população. A verdade incontestável é que a maioria da população brasileira prestigia um filme que celebra casamento homossexual e uma família sem preconceitos, que lida com a sexualidade de forma natural e bem-humorada. Veja a seguir a comemoração do recorde de bilheteria e, logo abaixo, o Top 10 do fim de semana no Brasil, segundo levantamento da consultoria Comscore. Ver essa foto no Instagram É oficial!! @minhamaeeumapeca3oficial é o filme com maior arrecadação da história do cinema brasileiro!! 💰 ⠀ A mãe mais amada do Brasil tá tendo um troço aqui! Não poderia ser diferente, né? 😂 ⠀ Obrigado, Brasil!! 🙏🏻 ⠀ #downtownfilmes #dtfilmes #cinemanacional #minhamaeeumapeca3 #minhamaeeumapeca #donaherminia #paulogustavo #recorde #bilheteria #arrecadacao Uma publicação compartilhada por Downtown Filmes (@dtfilmes) em 21 de Jan, 2020 às 1:08 PST TOP 10 #bilheteria #cinema SEGUNDA 20 JAN: 1. Jumanji – Próxima Fase2. Minha Mãe É Uma Peça 33. Frozen 24. O Escândalo5. Adoráveis Mulheres6. Star Wars – A Ascensão de Skywalker7. Parasita8. Ameaça Profunda9. Miseráveis, Os10. O Farol — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) January 21, 2020
Paulo Gustavo faz aparição surpresa em cinema para comemorar bilheteria de Minha Mãe É uma Peça 3
De férias em Santa Catarina, Paulo Gustavo aproveitou para fazer uma surpresa para os fãs. Ele apareceu sem avisar num cinema de um shopping de Camburiú para comemorar 2 milhões de espectadores de “Minha Mãe É Uma Peça 3”. “Vim aqui só dar um beijo em vocês e comemorar algo muito especial: acabamos de chegar a 2 milhões de pessoas em apenas quatro dias”, disse ao público, aproveitando para fazer um vídeo para registrar o momento. Veja abaixo. “Minha Mãe É uma Peça 3” arrecadou mais de R$ 30 milhões em seu primeiro fim de semana em cartaz, batendo “Star Wars: A Ascensão Skywalker” nas bilheterias nacionais. O blockbuster americano ficou muito atrás, com R$ 10,4 milhões em sua segunda semana, caindo para o 2º lugar. O sucesso da comédia estrelada por Paulo Gustavo é a prova definitiva de que igualdades de condições, como o acesso à distribuição ampla, fazem muita diferença para o cinema nacional. “Minha Mãe É uma Peça 3” teve o maior lançamento já visto no cinema brasileiro, chegando em 1,4 mil salas em 26 de dezembro – 200 a mais que o antigo recordista, “Nada a Perder”, em 2018. Apesar disso, o número de telas ocupadas pelo filme da Dona Hermínia ainda é muito menor que o do próprio “A Ascensão Skywalker”, lançado em quase 2 mil salas na semana passada, e representa metade da ocupação predatória de “Vingadores: Ultimato”, que só foi possível porque o presidente do Brasil “esqueceu” de assinar a Cota de Tela em 2019 – uma proteção ao cinema brasileiro que Bolsonaro pretende extinguir. Vale até uma comparação financeira, para quem acha que “ninguém vê filme nacional”. Em mais salas, “Star Wars: A Ascensão Skywalker” fez muito menos dinheiro. O lançamento do filme da Disney, na semana passada, não passou dos R$ 21 milhões, cerca de R$ 10 milhões a menos que o faturamento inicial da comédia da Paris Filmes. Por isso, foram necessários dois fins de semana para o novo “Star Wars” somar o mesmo que “Minha Mãe É uma Peça 3” conseguiu num fim de semana apenas. Para completar a análise contábil, os números de “Minha Mãe É uma Peça 3” representam a quinta maior abertura do ano – e isto com a concorrência direta de “Star Wars”. Segundo dados do Filme B, o terceiro filme da franquia perdeu apenas para “Vingadores: Ultimato” (R$ 103 milhões), “O Rei Leão” (R$ 69 milhões), “Capitã Marvel” (R$ 51 milhões), e “Toy Story 4” (R$ 35 milhões). Em termos de público, foram quase 2 milhões de espectadores, num crescimento de 61% na venda de ingressos em relação a “Minha Mãe É uma Peça 2”. Por fim, é importante registrar que “Minha Mãe É uma Peça 3” também representa uma síntese daquilo que o governo Bolsonaro mais reprova no cinema brasileiro. O filme celebra um casamento homossexual e uma família sem preconceitos, que lida com a sexualidade de forma natural, além de ser uma coprodução da Globo, empresa que se tornou alvo da fúria do presidente do Brasil. Ver essa foto no Instagram Fizemos 2 milhões em 4 dias! 😱😱😱😱 Invadi um sala de cinema em Balneário Camboriú pra dar um beijo na turma toda! Foi lindo! Muito Obrigado! Obrigado Obrigado Uma publicação compartilhada por paulogustavo31 (@paulogustavo31) em 30 de Dez, 2019 às 4:40 PST
Minha Mãe É uma Peça 3 supera – e muito – Star Wars nas bilheterias do Brasil
“Minha Mãe É uma Peça 3” arrecadou mais de R$ 30 milhões em seu primeiro fim de semana em cartaz, batendo “Star Wars: A Ascensão Skywalker” nas bilheterias nacionais. O blockbuster americano ficou muito atrás, com R$ 10,4 milhões em sua segunda semana, caindo para o 2º lugar. O sucesso da comédia estrelada por Paulo Gustavo é a prova definitiva de que igualdades de condições, como o acesso à distribuição ampla, fazem muita diferença para o cinema nacional. “Minha Mãe É uma Peça 3” teve o maior lançamento já visto no cinema brasileiro, chegando em 1,4 mil salas em 26 de dezembro – 200 a mais que o antigo recordista, “Nada a Perder”, em 2018. Apesar disso, o número de telas ocupadas pelo filme da Dona Hermínia ainda é muito menor que o do próprio “A Ascensão Skywalker”, lançado em quase 2 mil salas na semana passada, e representa metade da ocupação predatória de “Vingadores: Ultimato”, que só foi possível porque o presidente do Brasil “esqueceu” de assinar a Cota de Tela em 2019 – uma proteção ao cinema brasileiro que Bolsonaro pretende extinguir. Vale até uma comparação financeira, para quem acha que “ninguém vê filme nacional”. Em mais salas, “Star Wars: A Ascensão Skywalker” fez muito menos dinheiro. O lançamento do filme da Disney, na semana passada, não passou dos R$ 21 milhões, cerca de R$ 10 milhões a menos que o faturamento inicial da comédia da Paris Filmes. Por isso, foram necessários dois fins de semana para o novo “Star Wars” somar o mesmo que “Minha Mãe É uma Peça 3” conseguiu num fim de semana apenas. Para completar a análise contábil, os números de “Minha Mãe É uma Peça 3” representam a quinta maior abertura do ano – e isto com a concorrência direta de “Star Wars”. Segundo dados do Filme B, o terceiro filme da franquia perdeu apenas para “Vingadores: Ultimato” (R$ 103 milhões), “O Rei Leão” (R$ 69 milhões), “Capitã Marvel” (R$ 51 milhões), e “Toy Story 4” (R$ 35 milhões). Em termos de público, foram quase 2 milhões de espectadores, num crescimento de 61% na venda de ingressos em relação a “Minha Mãe É uma Peça 2”. Por fim, é importante registrar que “Minha Mãe É uma Peça 3” também representa uma síntese daquilo que o governo Bolsonaro mais reprova no cinema brasileiro. O filme celebra um casamento homossexual e uma família sem preconceitos, que lida com a sexualidade de forma natural, além de ser uma coprodução da Globo, empresa que se tornou alvo da fúria do presidente do Brasil. Confira abaixo o Top 10 dos filmes mais vistos do Brasil, no último levantamento de 2019 da auditoria da Comscore. TOP 10 #bilheteria #cinema Final de Semana 26 a 29 DEZ:1. Minha Mãe É Uma Peça 32. Star Wars: A Ascensão de Skywalker3. Entre Facas e Segredos4. Cats5. Playmobil – O Filme6. Malévola7. Brincando com Fogo8. Os Parças 29. A Familia Adams10. Parasita — Comscore Movies BRA (@cSMoviesBrazil) December 30, 2019
Trailer de Tudo por um Pop Star mostra o que Maisa Silva, Klara Castanho e Mel Maia fariam por uma boy band
A Downtown e a Globo Filmes divulgaram fotos, pôster e o trailer de “Tudo por um Pop Star”, que explora o segundo filão mais bem-sucedido dos blockbusters nacionais: os filmes para crianças e pré-adolescentes. A trama também é a terceira adaptação cinematográfica de um livro de Thalita Rebouças, escritora especialista neste nicho – já adaptada em “É Fada!” e “Fala Sério, Mãe!”. E traz Maisa Silva (de “Carrossel”) num de seus melhores papéis, ao lado de Klara Castanho (de “É Fada”) e Mel Maia (“Através da Sombra”). A história é uma versão exagerada de fatos plausíveis e comuns na vida de muitos adolescentes. Gira em torno de três colegas de colégio do interior que surtam quando descobrem que sua boy band favorita vai dar show no Rio e todos os ingressos estão esgotados. Logicamente, elas vão fazer tudo para ver os ídolos assim mesmo, desde participar em concurso até apelar para desmaio na frente do hotel em que eles estão hospedados. E pouco importa que os pais tenham proibido a viagem. Não deixa de ser divertido ver o cinema brasileiro voltar aos anos 1980 para recuperar os filmes musicais adolescentes. Só não precisa chegar ao ponto de incluir música brega da época, cantada por Roberto Carlos, na boca do adolescente que faz as menininhas suspirarem – em vocalização chororó-neja pra piorar. Vale lembrar que o repertório de “Cinema Paradiso” foi pensado para outro tipo de público. Mas a música tema, em estilo Kid Abelha, é muito fofa. Foi criada pela própria Thalita e seu “namorido” Daniel Lopes (de “Angie”), e soa bastante como hits da época em que Pop Star era chamado de “Rock Estrela” (1986). Além das três protagonistas, o elenco destaca Felipe Neto (“Totalmente Inocentes”), que interpreta um youtuber fictício, Giovanna Lancellotti (“Entre Abelhas”) como a tiazinha gente boa que entende as menininhas e João Guilherme (de “Fala Sério, Mãe!”) como o principal Menudo dessa geração. Por sinal, a razão dele cantar como sertanejo vem de berço. Ele é filho do cantor Leonardo. A direção é de Bruno Garotti (“Eu Fico Loko”) e a estreia está marcada para 11 de outubro, véspera do Dia das Crianças.
Crô vai voltar ao cinema acompanhado por Pabllo Vittar e Seu Peru
Um dos filmes brasileiros de pior avaliação crítica neste século vai ganhar continuação. Começaram nesta semana no Rio de Janeiro as filmagens de “Crô – Em Família”, sequência de “Crô – O Filme”, que em 2013 levou para o cinema o personagem mais popular da novela “Fina Estampa” (2011). Segundo a Globo Filmes, o trabalho atravessará o carnaval e seguirá, inicialmente, até o dia 27 de fevereiro. Assim como na comédia anterior, o mordomo gay criado por Aguinaldo Silva e interpretado por Marcelo Serrado voltará a passar por uma crise existencial na nova trama. Dessa vez, porém, o problema não é a realização profissional e a busca por uma nova patroa-diva. Os fãs descobrirão que Crô tornou-se um empresário bem-sucedido ao abrir uma escola de etiqueta e ‘finesse’. A tranquilidade acaba quando ele se vê longe da família. Carente e vulnerável, o ex-mordomo se envolve com uma família suspeita e precisará lidar também com as críticas ácidas da colunista de celebridades Carlota Valdez (Monique Alfradique). O filme também vai contar com participações de Pabllo Vittar e Preta Gil, que viverão elas mesmas, além de Marcus Majella e Marcos Caruso como Ferdinando e Seu Peru, seus personagens nos humorísticos “Vai que Cola”, do Multishow, e “Escolinha do Professor Raimundo – Nova Geração”, da rede Globo. A direção é de Cininha de Paula (“Duas de Mim”) e a estreia está prevista para meados de 2018.
Programação dos cinemas privilegia estreias para o Dia das Crianças
Uma dezena de filmes chega aos cinemas no feriadão, mas os shoppings privilegiam os lançamentos infantis para o Dia das Crianças, além de um terror, lembrando ainda que sexta-feira é dia 13. Como é praxe, o circuito limitado fica com as melhores opções. Clique nos títulos em destaque abaixo para ver todos os trailers da programação. A animação da DreamWorks “As Aventuras do Capitão Cueca – O Filme” e o besteirol brasileiro “Como se Tornar o Pior Aluno da Escola” dividem a maioria das salas e tem até coincidência temática. Ambos acompanham dois moleques que aprontam na escola. No desenho, os meninos hipnotizam o diretor do colégio, fazendo-o acreditar que é um super-herói, com resultados divertidos. Adaptação dos livros infantis do escritor americano Dav Pilkey, o filme tem 87% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Já na trama da comédia brasileira, baseada em livro de Danilo Gentili, o próprio autor convence os protagonistas mirins de que não é preciso estudar para se dar bem – e que a vida adulta é só diversão! Essa mensagem “politicamente” incorreta é acompanhada por piadinhas infantis, mas contadas com escatologia e vocabulário impróprio para menores de 14 anos. Destacam-se as participações do cantor Moacyr Franco e do mexicano Carlos Villagrán (o Quico do seriado “Chaves”). O terror “A Morte Te Dá Parabéns” é uma variação do tema do looping temporal, adaptando a premissa de “Feitiço do Tempo” (1993) e “No Limite do Amanhã” (2014) a um contexto de slasher. Numa situação típica do gênero, um serial killer mascarado ataca a protagonista numa república feminina. Mas, após morrer, ela acorda para reviver novamente o mesmo dia, que por acaso é o seu aniversário. E isso acontece sucessivas vezes, até ela se convencer que, para sobreviver, precisará descobrir a identidade do assassino. O filme também estreia neste fim de semana nos Estados Unidos e tem 64% de aprovação no Rotten Tomatoes. A direção é de Christopher Landon (da franquia “Atividade Paranormal” e do terrir “Como Sobreviver a Um Ataque Zumbi”) e foi escrito em parceria com Scott Lobdell, autor de inúmeros quadrinhos dos X-Men e derivados, como “Geração X” e o crossover da “Era de Apocalipse”. Ainda há dois lançamentos para o público infantil no circuito limitado. A animação francesa “Garoto Fantasma” é dos mesmos diretores de “Um Gato em Paris” (2010) e traz um belíssimo visual estilizado, ao estilo dos quadrinhos europeus da chamada “linha branca” (desenhos limpos influenciados por “Tintim”). A história também é típica do gênero, girando em torno de um menino que usa projeção astral para ajudar um detetive numa cadeira de rodas a prender um perigoso criminoso. 87% no Rotten Tomatoes. Por sua vez, “A Menina Índigo” é o “X-Men espírita nacional”. Cheio de situações clichês e personagens estereotipados, tem pais divorciados que só discutem, jornalistas sensacionalistas malvados, professores incapazes e uma criança mutante/espírita/superdotada, que demonstra enorme talento para as artes plásticas, jogando tinta por todo o lado feito um Jackson Pollock do ensino fundamental – além de curar pessoas doentes com seu toque!! Ela é uma das “Crianças Índigos”, uma geração dotada de inteligência e espiritualidade superior, “um novo tipo de evolução humana”, igual aos X-Men da Marvel ou à protagonista mirim da série “Believe” (2014). Só que de verdade. Assim como era “de verdade” a trama passada no plano espiritual de “Nosso Lar” (2010), longa do mesmo diretor, Wagner de Assis. Terceiro longa brasileiro da semana, “Entre Irmãs” se sai melhor, mas também abusa dos clichês. Drama de época passado nos anos 1930, acompanha Luzia (Nanda Costa, de “Gonzaga: De Pai pra Filho”), a irmã aventureira, e Emília (Marjorie Estiano, da série “Sob Pressão”), a romântica, que acabam tendo destinos muito diferentes. Uma se decepciona ao realizar o sonho de se casar e morar na capital, enquanto a outra se junta a bandoleiros e vira cangaceira. Baseada em best-seller, com narrativa episódica e longa duração, a produção parece minissérie da Globo. A direção é de Breno Silveira, do filme/minissérie da Globo “Gonzaga: De Pai para Filho” (2012). Os destaques do circuito limitado são duas produções americanas independentes, “Logan Lucky – Roubo em Família” e “Detroit em Rebelião”, muito bem-avaliadas no Rotten Tomatoes, que marcam as voltas dos diretores Steven Soderbergh (“Onze Homens e um Segredo”) e Kathryn Bigelow (“A Hora Mais Escura”) ao cinema, meia década após seus últimos filmes. Com notáveis 93% de aprovação, a comédia “Logan Lucky” gira em torno de dois irmãos caipiras que planejam um roubo ambicioso, mas, como são incrivelmente estúpidos, procuram ajuda de um especialista para realizar o golpe. O fato do “ajudante” estar preso é apenas um detalhe de como o plano é pouco esperto. Channing Tatum (“Magic Mike”) e Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) são os irmãos e Daniel Craig (o “007”) vive o presidiário, com os cabelos descoloridos e uma musculatura impressionante. “Detroit em Rebelião” tem 83% de críticas positivas e marca a terceira parceria de Bigelow com o roteirista Mark Boal, após “Guerra ao Terror” (2008) e “A Hora Mais Escura” (2012). Baseado em fatos reais, o longa retrata a devastadora revolta popular que tomou conta de Detroit ao longo de cinco dias em 1967, quando uma operação policial mal-planejada matou três jovens negros, precipitando uma rebelião civil, que cresceu para uma batalha campal com um saldo de 43 mortos, mais de 340 feridos e 7 mil prédios queimados. O elenco inclui John Boyega (“Star Wars: O Despertar da Força”), Will Poulter (“O Regresso”), Jack Reynor (“Transformers: A Era da Extinção”) e Anthony Mackie (“Capitão América: Guerra Civil”). Completam a programação dois dramas premiados, que por coincidência se baseiam em fatos reais, passam-se na mesma época e exploram o mesmo tema: inocentes injustiçados e oprimidos pela suspeita de serem comunistas nos anos 1980. “El Amparo” chega aos cinemas praticamente um ano após vencer a Mostra de São Paulo. Estreia do diretor venezuelano Rober Calzadilla, acompanha dois sobreviventes de um massacre cometido pelo exército, que confundiu pescadores com guerrilheiros na fronteira entre a Colombia e a Venezuela. Presos e forçados a confessar seus crimes, os suspeitos geram comoção em sua comunidade e ganham a solidariedade dos vizinhos, que refutam a história oficial. A obra também foi premiada nos festivais de Biarritz, Havana e Marselha. Por fim, o sul-coreano “O Advogado” conquistou vários prêmios da indústria asiática, mas é uma produção de quatro anos atrás e chapa-branca. O filme e o personagem-título, que começa obcecado em fazer dinheiro, mudam de registro bruscamente quando surge o caso de um jovem espancado pela polícia e preso sem mandato, ao ser considerado, com seus colegas estudantes, simpatizante da Coreia do Norte. Indignado, o advogado contábil Roh Moo-hyun vira militante dos direitos humanos e assume tom exaltado, além de fervor patriótico, ao defender o caso no tribunal. A repercussão lançou sua carreira política. Considerado um grande exemplo de moral e justiça, o verdadeiro Roh Moo-hyun foi eleito presidente da Coreia do Sul em 2003. Mas, ao encerrar o mandato, foi implicado num grande escândalo de corrupção, envolvendo (o equivalente a) seus ministros, parentes e construtoras… Ao contrário de outros, ele não afirmou que era o homem mais honesto da história deste… do seu país. Assumiu o erro, se disse envergonhado, pediu para os seguidores deixarem de idolatrá-lo e morreu após se jogar de um precipício em 2009. Em sua nota de suicídio, ele pediu desculpas por fazer “muitas pessoas sofrerem”. A reviravolta foi que, exatamente como outros, ele saiu da vida para entrar na história, transformando-se em mártir de uma perseguição política injusta. O filme-exaltação faz parte do reboot da narrativa oficial, que visa redimir sua biografia.
Filme da série Os Detetives do Prédio Azul ganha primeiro comercial
A Paris Filmes divulgou um comercial de “DPA – O Filme”, longa derivado da série infantil “Os Detetives do Prédio Azul”. A prévia sugere um episódio estendido da atração do canal pago Gloob, com maior orçamento para efeitos visuais, já que a trama prevê muitas mágicas. Após uma festa de Dona Leocádia, que reúne diversos bruxos, o prédio azul aparece com múltiplas rachaduras e vai precisar ser demolido. A única testemunha da maldade é o quadro falante da Vó Berta, que está desaparecido. Sendo assim, os três detetives mirins, Bento, Sol e Pippo, decidem investigar o mistério e descobrir qual bruxo rogou uma praga contra seu edifício. Além do elenco da série, formado pelos já adolescentes Caio Manhente, Leticia Pedro e Cauê Campos, que viveram as crianças originais das primeiras temporadas, do jovem trio Anderson Lima, Letícia Braga e Pedro Henrique Motta, e de Tamara Taxman, que interpreta Leocádia, a produção da Globo Filmes inclui atores conhecidos da TV, como Mariana Ximenes (novela “Haja Coração”), Otávio Muller (série “Tapas & Beijos”), Aílton Graça (novela “Totalmente Demais”) e Maria Clara Gueiros (novela “Lado a Lado”) como suspeitos pela rachadura azul. Com direção de André Pellenz (“Minha Mãe É uma Peça – O Filme”), a estreia está marcada para 20 de julho.









