Gérard Depardieu é condenado por assédio sexual na França
Ator recebeu pena de 18 meses em liberdade condicional por abusos durante filmagens em 2021 e ainda vai enfrentar novo julgamento por estupro
Frases ofensivas de Depardieu marcam julgamento por agressão sexual: “Apologia do sexismo”
Alegações finais em Paris destacam linguagem e comportamento misógino da defesa do ator francês
Gérard Depardieu admite contato físico com assistente de set em julgamento tenso
Ator francês negou intenção sexual, mas confirmou que segurou mulher pela cintura durante filmagem em 2021
Gena Rowlands, estrela de “Gloria” e “Diário de uma Paixão”, morre aos 94 anos
A atriz ficou conhecida por suas colaborações com o marido John Cassavetes, que lhe renderam duas indicações ao Oscar
Fotógrafo acusa ator francês Gérard Depardieu de agressão em Roma
Veterano paparazzo italiano alega ter sido atacado após fotografar o ator em restaurante famoso na Via Veneto
Gérard Depardieu é preso em Paris após denúncias de agressão sexual
O famoso astro francês foi acusado de ter disparado comentários obscenos e tocado no corpo de duas mulheres nos bastidores de duas produções
Gérard Depardieu enfrenta nova acusação de agressão sexual
O ator e cineasta francês, já sob investigação por um suposto estupro, é agora acusado de assédio sexual e agressão
Diretor francês consagrado é acusado de assédio por cinco atrizes
O famoso francês Philippe Garrel, de 75 anos, enfrenta acusações de assédio sexual formuladas por cinco atrizes, segundo reportagem divulgada pelo site Mediapart. A notícia teve ampla repercussão na mídia francesa. De acordo com as alegações, Garrel teria oferecido papéis em seus filmes em troca de favores sexuais. O cineasta nega todas as acusações, atribuindo-as a “sentimentos mal interpretados”. Detalhes das denúncias Anna Mouglalis, atriz que colaborou com Garrel no filme “O Ciúme” de 2013, declarou ao Mediapart que o diretor a convidou para discutir um roteiro sobre “desejo feminino”. Em um encontro subsequente na residência da atriz, Garrel teria se deitado em sua cama sem permissão. Em sua defesa, Garrel disse que passou mal durante a visita e pediu para deitar. Outras mulheres compartilharam experiências similares de tentativas de beijos forçados. Uma atriz, que optou por manter seu nome em anonimato, recordou um encontro em 2018, em que Garrel teria alisado sua perna e tentado beijá-la. Segundo o diretor, foi “apenas um beijo na bochecha”. Laurence Cordier, ex-aluna do Conservatório de Paris onde Garrel lecionava, relatou que, após uma conversa sobre um papel em 2003, o diretor teria a agarrado pela cintura. Marie Vialle, outra ex-aluna, contou que o diretor lhe propôs escrever um filme para ela em 1994 e tentou beijá-la, dizendo: “Não posso fazer o filme se não dormir com você”. Em resposta ao Mediapart, Garrel disse: “Lembro de ter explicado a ela que, como muitos diretores da Nouvelle Vague, gostava de filmar com a mulher por quem estava apaixonado. Se magoei Marie Vialle, por quem tenho muito respeito, sinto muito”. #MeToo francês As acusações ocorrem em um período em que o movimento #MeToo ganha força na França, exemplificado pelas recentes denúncias contra o ator Gérard Depardieu. Philippe Garrel, pai do igualmente famoso ator Louis Garrel (“Adoráveis Mulheres”), possui uma carreira premiada, com obras aclamadas em festivais de Cannes, Veneza e Berlim. O diretor começou a carreira nos anos 1960, durante o movimento Nouvelle Vague, e é conhecido por filmes como “A Cicatriz Interior” (1972), “A Criança Secreta” (1979), “Amantes Constantes” (2005) e “À Sombra de Duas Mulheres” (2015). Bastante premiado, este ano ele acrescentou no currículo o troféu de Melhor Diretor no Festival de Berlim por seu novo filme, “Le Grand Chariot”.
Gérard Depardieu recebe 14ª acusação de importunação sexual
Uma profissional da indústria do cinema revelou ter sido assediada pelo ator Gérard Depardieu, que já enfrenta processos por outros 13 casos semelhantes. Segundo o canal francês FranceInfo, a nova vítima preferiu não prestar queixas por medo de represálias trabalhistas. De acordo com o depoimento, a assistente de produção trabalhou duas vezes com Depardieu, que teria feito comentários impróprios na frente da equipe, além de propostas sexuais e toques indesejados. A vítima também acrescentou ter visto os órgãos genitais do ator e disse ter sido bloqueada em um corredor. Membros da equipe confirmaram que a funcionária teria feito relatos dos ataques no final das filmagens. “Ele abaixou as calças e me mostrou o pênis. Fiquei com medo e saí da sala o mais rápido que pude. Ele me alcançou no corredor, me prendeu contra a parede com a sua barriga, me bloqueando, então, eu não pude não fazer nada”, disse a vítima. Denúncias graves Desde 2018, Gérard Depardieu recebe acusações de importunação sexual nos bastidores de diferentes produções. Ao todo, o ator teria assediado 14 mulheres entre 2004 e 2022. As denúncias surgiram através no portal Médiapart, em abril do ano passado. Segundo os relatos, os casos teriam acontecido nas filmagens de títulos franceses como “Piaf – Um Hino ao Amor” (2007), “Hello Goodbye” (2008), “L’Autre Dumas” (2010) e da série “Marseille” (2016-2018). A primeira acusação partiu de Charlotte Arnould, uma atriz na casa dos 20 anos, que teria sido estuprada em duas ocasiões distintas por Depardieu. As situações teriam ocorrido em uma das residências do ator, dentro de um contexto de “ensaio informal” de uma peça. Em 2020, Depardieu foi indiciado por estupro e agressão sexual após um longo período de investigação sobre a denúncia da atriz. Ele sempre negou todas as acusações. O artista voltou a ser alvo de denúncias em abril deste ano, quando outras vítimas decidiram acusá-lo de importunação sexual em sets de filmagens. Apenas três delas prestaram depoimento à polícia, pois não teriam sido levadas a sério pelos diretores das produções.
Atriz famosa acusa cinema francês de acobertar agressores sexuais
A atriz francesa Adèle Haenel, vencedora do César (o Oscar francês) pelo longa “Amor à Primeira Briga” (2015) e indicada pelo aclamado “Retrato de Uma Jovem em Chamas” (2019), publicou uma carta aberta explicando porque anunciou sua aposentadoria aos 33 anos no ano passado. Veiculada pela revista francesa Télérama nesta terça (9/5), a carta de Haenel acusou a indústria cinematográfica do país de acobertar agressores sexuais. A atriz se ausentou do mundo do cinema após a cerimônia do Prêmio César de 2020. Naquele ano, Roman Polanski (“O Oficial e o Espião”) ganhou o prêmio de Melhor Diretor. No ano de 1977, o diretor foi preso nos Estados Unidos por estuprar a escritora Samantha Geimer, que tinha 13 anos na época. Embora a vítima tenha declarado não haver remorsos contra o diretor, ele ainda é impedido de retornar aos EUA até hoje. Na premiação de 2020, Adèle Haenel estava na plateia, concorrendo por “Retrato de Uma Jovem em Chamas”, e saiu da cerimônia indignada após ouvir o nome de Polanski. “Bravo pedofilia!”, gritou em ironia. Meses antes do evento, Haenel havia acusado o diretor francês Christophe Ruggia (“Les Diables”) de tê-la assediado sexualmente durante anos – uma denúncia que alimentou o movimento #MeToo na França. Desde então, Haenel se desligou do cinema para se dedicar ao ativismo político, além de teatro e dança com a artista Gisèle Vienne. Sua aparição mais recente foi na TV francesa, para apoiar a greve e protestar contra a impopular reforma previdenciária do país. A atriz chegou a ser incluída na produção do longa “L’Empire”, do diretor Bruno Dumont, mas logo em seguida saiu do projeto – que agora é estrelado por Lily Rose-Depp (“The Idol”). Em sua carta, a atriz mantém sua aposentadoria e declara que a sua saída da indústria cinematográfica foi um ato político para denunciar a complacência generalizada em relação a agressores sexuais. Ainda na publicação, ela referenciou a recente investigação conduzida pelo site francês Mediapart sobre o ator Gerard Depardieu (“Maigret”), que continuou recebendo papéis apesar de ser acusado de violência sexual por 13 mulheres. Haenel também menciona Dominique Boutonnat, o presidente do Centro Nacional de Cinema que, apesar de ter sido indiciado por agressão sexual, foi reconduzido para um segundo mandato à frente da maior instituição cinematográfica da França em julho do ano passado. Ela aponta que a indústria prefere que as vítimas continuem a “desaparecer e morrer em silêncio”. “Eles estão prontos para fazer qualquer coisa para defender seus chefes estupradores, aqueles que são tão ricos que acreditam pertencer a uma espécie superior, aqueles que fazem uma demonstração dessa superioridade… objetificando mulheres e subordinados”, declarou. “Por que o mundo do cinema – reunido colegialmente no César para promover seus filmes – está obsessivamente ansioso para ficar ‘alegre’? Para garantir que eles falem sobre ‘nada'”, questionou. Ela disse que querem que o cinema francês seja “apolítico”, enquanto o mundo enfrenta grandes tragédias. Haenel citou a biodiversidade desmoronando, a crescente militarização no Europa e a fome e a miséria que continuam aumentando. A atriz também criticou que grande parte da indústria cinematográfica está mais preocupada em desculpar acusados como Depardieu, Polanski e Boutonnat, do que em suas vítimas. Ela finalizou a carta declarando que não possui outra arma além de seu corpo e da sua integridade, por isso permanecerá afastada do cinema. “Não tenho outra arma além do meu corpo e da minha integridade. A cultura do cancelamento no sentido mais primário: Vocês tem o dinheiro, a força e o dinheiro, vocês se deleitam com isso, mas não me terão como sua espectadora. Eu os cancelo do meu mundo. Parto, faço greve, junto-me aos meus camaradas, cuja busca de sentido e dignidade prevalece sobre o dinheiro e o poder”, concluiu.
Gérard Depardieu é acusado de importunação sexual por 13 atrizes
Treze mulheres acusaram o ator Gérard Depardieu de importunação sexual em sets de filmagens, de acordo com reportagem do site francês Mediapart, publicada nesta terça-feira (11/4). Os supostos abusos teriam ocorrido entre 2004 e 2022. Em 2020, Depardieu, de 74 anos, já havia sido indiciado por estupro e agressão sexual, após uma denúncia da atriz Charlotte Arnould, que afirmou ter sido estuprada pelo ator em sua mansão na capital francesa. As mulheres que relataram as supostas agressões são atrizes que trabalharam com Depardieu. Elas afirmam que ele teria introduzido a mão em suas partes íntimas. Além disso, o ator teria o costume de xingar as colegas nos sets. A maioria das vítimas não apresentou queixa formal à Justiça, apesar de três terem prestado depoimento. Em geral, as mulheres afirmam que não foram levadas a sério pelos diretores das produções. Os relatos das vítimas denunciam um padrão de comportamento do ator. A reportagem reacende as acusações contra Depardieu, após as acusações de 2018 serem arquivadas por falta de provas. O caso acabou reaberto no ano passado após insistência da vítima e, com as novas denúncias, o futuro de Depardieu na indústria do entretenimento se torna incerto. A importunação sexual é considerada crime na França e, caso condenado, Depardieu pode enfrentar até sete anos de prisão e multa de 100 mil euros. O ator, que é um dos mais conhecidos da França, sempre negou acusações de abuso. Até o momento, porém, seus representantes não comentaram as novas denúncias.
Justiça francesa confirma investigação de Gérard Depardieu por estupro
Com o último recurso negado, a Justiça francesa confirmou nesta quinta-feira (10/3) a acusação de Gérard Depardieu por “estupro” e “agressão sexual” contra a atriz Charlotte Arnould em agosto de 2018. “A câmara de inquérito [do tribunal de recurso] considera que existem, nesta fase, indícios graves ou concordantes que justifiquem que Gérard Depardieu continue sendo investigado”, disse um comunicado do Ministério Público sobre a recusa do recurso tentado pelos advogados do ator para encerrar as investigações. Arnould denunciou Depardieu em 2018, ocasião em que a polícia abriu investigações. Os fatos teriam ocorrido nos dias 7 e 13 de agosto em uma das residências parisienses do ator, durante o que foi descrito como uma “colaboração profissional”. Em sua queixa, a jovem afirmou ter sido abusada durante o ensaio informal de uma peça. Amigo de seu pai, Depardieu a teria convidado a visitá-lo para ouvir dicas e auxiliar sua carreira de atriz, já que ela é iniciante e só trabalhou em curtas. A polícia francesa chegou a arquivar a denúncia por falta de provas em 2019, mas Arnould pediu que o caso fosse reconsiderado, o que acabou acontecendo em dezembro de 2020, com a reabertura das investigações. Mas desde então o processo vem transcorrendo sem novidades. Um dos astros de cinema mais famosos da França, Depardieu nega as acusações. Nos últimos anos, ele vem acumulando escândalos. Foi surpreendido dirigindo embriagado, agrediu um paparazzi e quase foi preso ao urinar dentro da cabine de um avião em um voo entre Paris e Dublin em 2011. Depardieu também ameaçou abrir mão do passaporte francês para adotar a nacionalidade russa, visando escapar dos impostos de seu país.



