HBO Max remove mais 36 títulos e gera protestos
A HBO Max vai remover 36 títulos de seu serviço ainda nesta semana. Um porta-voz da HBO Max afirmou que a decisão se deve à vindoura fusão do serviço com o Discovery+, que também é de propriedade da Warner Bros. Discovery. “À medida que trabalhamos para reunir nossos catálogos de conteúdo em uma plataforma, faremos alterações na oferta de conteúdo disponível na HBO Max e no Discovery+”, disse a empresa em comunicado. “Isso incluirá a remoção de alguns conteúdos de ambas as plataformas.” Embora a HBO Max tenha removido vários títulos nas últimas semanas, nenhuma exclusão anterior foi tão grande quanto essa. Só que a notícia da exclusão dos títulos não foi bem recebida. Julia Pott, criadora da animação “Summer Camp Island”, uma das atrações que vai sumir do catálogo, expressou a sua indignação no Twitter. “Trabalhamos por cinco anos para fazer 100 episódios de animação”, ela reclamou. “Trabalhamos até tarde da noite, nos deixamos levar, éramos uma família de artistas que trabalhavam duro porque queriam fazer algo bonito, e a HBO Max apenas excluiu todos eles como se não fôssemos nada. Animação não é nada!” and we worked through the pandemic to make 20 linear episodes that are our most beautiful work yet. I cannot wait for you to see them. YOU WILL SEE THEM! I will not rest! — Julia Pott (@juliapott) August 18, 2022 Pott também falou sobre a temporada final de “Summer Camp Island”, originalmente prevista para ser lançada em 2023 e que agora está no limbo. “Ralamos durante a pandemia para fazer 20 episódios que são nosso mais belo trabalho até agora”, disse ela. “Eu mal posso esperar para vocês vê-los. VOCÊS VÃO VÊ-LOS! Eu não vou descansar!” A afirmação de Pott levanta um questionamento até então sem resposta: o que vai acontecer com essas atrações excluídas? Até o momento, a HBO Max não informou qual será o futuro dessas atrações. Não se sabe se elas serão disponibilizados no novo serviço com a Discovery+ ou se a remoção delas da plataforma vai torná-los inacessíveis. Os conteúdos excluídos são, em sua maioria, animações e reality shows originais da HBO Max, como “Aquaman: King of Atlantis”, “Ellen’s Next Great Designer”, “My Mom, Your Dad”, entre outros. Mas a plataforma também vai excluir títulos da HBO, do Cartoon Netword e alguns títulos adquiridos. Essa mudança reflete uma recente onda de demissões dentro da empresa, que afetou desproporcionalmente a divisão de não-ficção (reality shows) e de produções originais internacionais. Confira a lista dos conteúdos excluídos. Além dos listados abaixo, a HBO Max também vai excluir “um grupo seleto de especiais da ‘Vila Sésamo'”, mas não especificou quais. HBO Max Originais “12 Dates of Christmas” “About Last Night” “Aquaman: King of Atlantis” “Close Enough” “Ellen’s Next Great Designer” “Esme & Roy” “The Fungies!” “Generation Hustle” “Generation” “Infinity Train” “Little Ellen” “My Mom, Your Dad” “Odo” “Ravi Patel’s Pursuit of Happiness” “Summer Camp Island” “The Not-Too-Late Show with Elmo” “The Runaway Bunny” “Theodosia” “Tig n’ Seek” “Yabba Dabba Dinosaurs” HBO Originais “My Dinner with Herve” “Share” Cartoon Network “Dodo” “Elliott From Earth” “Mao Mao, Heroes of Pure Heart” “Mighty Magiswords” “OK K.O.! – Let’s Be Heroes” “Uncle Grandpa” “Victor and Valentino” Títulos adquiridos “Detention Adventure” “Messy Goes to Okido” “Mia’s Magic Playground” “The Ollie & Moon Show” “Pac-Man and the Ghostly Adventures” “Make It Big, Make It Small” “Squish”
“Generation” é cancelada na 1ª temporada
A HBO Max cancelou a série “Generation” após uma única temporada de 16 episódios. “Não seguiremos com uma 2ª temporada de ‘Generation'”, disse a plataforma em um comunicado. “Estamos muito orgulhosos de ter parceria com Zelda e Daniel Barnz para representar fiel e autenticamente a juventude LGBTQIAP+ com um grupo tão diversificado de personagens e histórias. Agradecemos a eles e ao nosso elenco maravilhosamente talentoso por todo o trabalho duro e colaboração.” Criada por Zelda Barnz, de 19 anos, em parceria com seu pai, Daniel Barnz (de “A Fera” e “Cake: Uma Razão para Viver”), a série era produzida por Lena Dunham (“Girls”) e mostrava um retrato mais realista que “Gossip Girl” sobre as obsessões sexuais da nova geração, embora tenha ido ao extremo de transformar heterossexuais em minoria. A séria tinha closes explícitos de nudes, usava a palavra “cringe” e destacava Justice Smith (de “Pokémon: Detetive Pikachu) em seu elenco, que ainda incluía Nathanya Alexander (“Oito Mulheres e um Segredo”), Chloe East (“Kevin (Probably) Saves the World”), Lukita Maxwell (“Speechless”), Uly Schlesinger (“Sombras do Terror”), Chase Sui Wonders (“On the Rocks”), a estreante Haley Sanchez e os adultos Martha Plimpton (“Raising Hope”), Nathan Stewart-Jarrett (“Misfits”) e Sam Trammell (“True Blood”).
Séries online: “Cruel Summer”, “Generation” e mais estreias para maratonar
Com várias estreias focadas no universo adolescente, a opção mais maratonável da semana é “Cruel Summer”, uma das melhores atrações desse segmento em 2021 – e já renovada para mais uma temporada. A série transcorre durante verões diferentes – de 1993 a 1995 – em uma pequena cidade do Texas e aborda o desaparecimento misterioso de uma adolescente bonita e popular, ao mesmo tempo em que a garota excluída do colégio se torna a mais popular. O detalhe é que essa recente popularidade dura só dois verões. Em 1995, ela vira a pessoa mais odiada de todo o país. Olivia Holt (A Adaga de “Manto e Adaga”) vive a popular e Chiara Aurelia (“Tell Me Your Secrets”) a excluída, e cada episódio é contado a partir do ponto de vista de uma das duas. As mudanças de perspectivas são o grande diferencial, por testar a formação de opinião dos espectadores, conforme mais informações são reveladas. Na mesma linha de mistério teen, a Netflix disponibiliza a 2ª temporada da mexicana “Control Z”, que segue a cartilha de “Pretty Little Liars”. Para os maiores de 16 anos, “Generation” oferece um retrato mais realista que “Gossip Girl” sobre as obsessões sexuais da nova geração, embora vá ao extremo de transformar heterossexuais em minoria. Há closes explícitos de nudes, a palavra “cringe” é dita logo nos primeiros capítulos e Justice Smith (de “Pokémon: Detetive Pikachu) lidera o elenco, mas o que mais chama atenção é a normalização dos atentados contra escolas, que tem até protocolo conhecido entre os estudantes americanos. Ex-adolescentes também são lembrados com o lançamento nostálgico do revival de “iCarly”, agora como sitcom para jovens adultos. Entre as demais opções, a mais curiosa é “Wellington Paranormal”, série neozelandesa de Taika Waititi (diretor de “Thor: Ragnarok”) derivada da comédia premiada “O que Fazemos nas Sombras” (What We Do in the Shadows). Diferente da atração americana também baseada no filme (e que tem o título do longa-metragem), a trama não é centrada em vampiros, mas em dois coadjuvantes da comédia original, os policiais Karen (vivida por Karen O’Leary) e Mike (Mike Minogue), que tentam manter os humanos a salvo de todos as atividades sobrenaturais que ocorrem na capital da Nova Zelândia. Já a maior maratona fica por conta da canadense “O Peso da Verdade” (Burden of Truth), que chega com suas quatro temporadas completas. Criada por Bradley Simpson (roteirista de “Rookie Blue”), traz Kristin Kreuk (a eterna Lana Lang de “Smallville”) como uma advogada corporativa que retorna à sua cidade natal para representar uma grande empresa em um caso contra adolescentes que ficaram doentes. Ela despacha seu caso de forma rápida e eficiente, esmagando as meninas e o advogado delas – seu ex-colega de escola Billy Crawford (Peter Mooney, de “Rookie Blue”). Mas, depois da vitória, descobre que as meninas estão mais doentes do que pensava e que havia algo sério por trás daquele caso. Assim, de forma relutante, redescobre sua paixão pelo Direito, muda de lado e passa a atuar em casos com poucas probabilidades de vitória. Confira abaixo os trailers destas e outras opções selecionadas entre as 10 melhores séries disponibilizados em streaming nesta semana. Cruel Summer | EUA | 1ª Temporada (Amazon Prime Video) Generation | EUA | 1ª Temporada (HBO Max) iCarly | EUA | 1ª Temporada (Paramount+) Mr. Corman | EUA | 1ª Temporada (Apple TV+) Hit & Run | Israel, EUA | 1ª Temporada (Netflix) Control Z | México | 2ª Temporada (Netflix) Charmed | EUA | 3ª Temporada (Globoplay) Krypton | EUA | 1ª e 2ª Temporadas (HBO Max) Wellington Paranormal | Nova Zelândia | 1ª à 3ª Temporada (HBO Max) O Peso da Verdade | Canadá | 1ª à 4ª Temporada (Globoplay)
Séries online: A geração de “The O.C.” encontra “Outer Banks” nas maratonas da semana
As maratonas da semana permitem uma comparação curiosa entre duas gerações de juventude caiçara americana, os privilegiados de “The O.C.” e os pobretões de “Outer Banks”. Os primeiros são os herdeiros que moram nas mansões da praia de North Beach, Califórnia (“here we come”), enquanto os outros trabalham para os boas-vidas de uma ilha da Carolina do Norte. Ricos ou pobres, todos parecem modelos, mas enquanto o sol ilumina diferentes tons de peles em “Outer Banks”, “The O.C.” permite vislumbrar o verdadeiro apartheid que existia na TV americana até recentemente, sem espaço para talentos negros ou latinos – até seu menino pobre (“o estranho no paraíso” do subtítulo nacional) era loiro. A TV passou por uma revolução desde que Josh Schwartz transformou o elenco de “The O.C.” (Misha Barton, Ben McKenzie, Adam Brody, Rachel Bilson e até Olivia Wilde!) em celebridades. O próprio Schwartz evoluiu, criando a seguir “Gossip Girl” e um império televiso – Fake Empire, como batizou sua empresa de produção – , pelo qual lançou mais recentemente “Nancy Drew” e o reboot de “Gossip Girl”, ambas com elencos integrados. Enquanto isso, “Outer Banks” vem se transformando no “The O.C.” da era do streaming, com cada integrante de seu elenco de biquíni e calção de banho conquistando seu próprio fã-clube dedicado. A lista também tem despedidas: temporadas finais de “iZombie”, “Blindspot” e, até nova revisão, “The Manifest” – interrompida sem desfecho na TV americana, a série pode voltar após se tornar um fenômeno em streaming. Entre as dicas, destacam-se ainda duas séries documentais interessantíssimas: sobre John DeLorean, criador do carro eternizado em “De Volta para o Futuro”, e uma atração musical em que Mark Ronson explora a tecnologia responsável pela sonoridade de hits dos Beatles aos Beastie Boys, com conversas com artistas que marcaram a história do pop/rock/hip-hop anglo-americano. Confira abaixo a seleção (com os trailers) das 10 melhores séries disponibilizados em streaming nesta semana. The O.C. | EUA | 1ª a 4ª Temporada (Globoplay) Outer Banks | EUA | 2ª Temporada (Netflix) Como Vender Drogas Online (Rápido) | Alemanha | 3ª Temporada (Netflix) Starstruck | Reino Unido | 1ª Temporada (HBO Max) The Manifest | EUA | 3ª Temporada (Globoplay) iZombie | EUA | 5ª Temporada (Globoplay) Blindspot | EUA | 5ª Temporada (Betflix) Transformers: War for Cybertron | EUA | 3ª Temporada (Netflix) Watch the Sound with Mark Ronson | EUA | 1ª Temporada (Apple TV+) Mito e Magnata: John DeLorean | EUA | Minissérie (Netflix)
Generation: Série teen LGBTQIA+ com Justice Smith ganha primeiro trailer
A HBO Max divulgou o trailer de “Generation”, drama adolescente que tem produção de Lena Dunham, a criadora de “Girls”. Estrelada por Justice Smith (“Pokémon – Detetive Pikachu”), a série foca a descoberta sexual da adolescência nos dias de hoje, com vários personagens LGBTQIA+ e a pressão sofrida por um jovem bissexual para se assumir gay, apesar de jurar amor por uma garota. Essas crianças modernas também tem pais modernos, que igualmente vivem relacionamentos LGBTQIA+. O detalhe principal de “Generation” é que esse ambiente reflete a vida de sua criadora, Zelda Barnz, que tem só 19 anos, pai gay e expressa seu cotidiano por meio dos episódios. “Eu queria ver a mim e as crianças da minha idade representadas na TV de uma maneira que parecesse real, sem julgamento ou nostalgia”, disse Zelda Barnz no comunicado da produção, em que agradece à sua “mentora e alma-gêmea Lena Dunham por todo seu apoio e orientação”, além da HBO Max “por tornar esse sonho louco realidade”. Mas Lena Dunham não foi a única que deu um força para desenvolver os episódios. A jovem também com a ajuda de um veterano da indústria do entretenimento, que é seu próprio pai, o cineasta Daniel Barnz (de “A Fera” e “Cake: Uma Razão para Viver”), responsável por dirigir o piloto e coproduzir a estreia da filha com o marido, o produtor Ben Barnz (que assina as produções de todos os filmes de Daniel). Além de Justice Smith, o elenco da série ainda conta com Nathanya Alexander (“Oito Mulheres e um Segredo”), Chloe East (“Kevin (Probably) Saves the World”), Lukita Maxwell (“Speechless”), Uly Schlesinger (“Sombras do Terror”), Chase Sui Wonders (“On the Rocks”), a estreante Haley Sanchez e os adultos Martha Plimpton (“Raising Hope”), Nathan Stewart-Jarrett (“Misfits”) e Sam Trammell (“True Blood”). A estreia de “Generation” está marcada para 11 de março na HBO Max. Mas os brasileiros terão que aguardar até junho para o lançamento da plataforma no Brasil.
Lena Dunham vai produzir série criada por adolescente de 18 anos
A atriz, roteirista e diretora Lena Dunham, que estourou na televisão com “Girls”, vai produzir uma nova série. Desta vez, porém, trata-se da criação de outra pessoa. Intitulada “Generation”, a atração foi criada pela adolescente Zelda Barnz, de apenas 18 anos, filha do cineasta Daniel Barnz (de “A Fera” e “Cake: Uma Razão para Viver”). Em desenvolvimento para a plataforma HBO Max, “Generation” vai acompanhar um grupo de estudantes do ensino médio, “cuja exploração da sexualidade moderna testa crenças profundamente enraizadas sobre a vida, o amor e a natureza da família em uma comunidade conservadora”, segundo a sinopse divulgada pela plataforma. “Eu queria ver a mim e as crianças da minha idade representadas na TV de uma maneira que parecesse real, sem julgamento ou nostalgia”, disse Zelda Barnz, no comunicado da produção, em que agradece à sua “mentora e alma-gêmea Lena Dunham por todo seu apoio e orientação”, além da HBO Max “por tornar esse sonho louco realidade”. Lena Duham também se manifestou sobre o projeto. “Eu me apaixonei por essa família brilhante, que permitiu que sua filha Zelda, de 18 anos, se expressasse de uma maneira que fosse divertida e sem esforço, e que explora as profundezas da experiência adolescente”, disse a produtora no mesmo comunicado. A equipe de produção também inclui o pai de Zelda, Daniel Barnz, que dirige o piloto da série, e o marido dele, o produtor Ben Barnz (que assina as produções dos filmes de Daniel). O elenco, por sua vez, inclui jovens como Nathanya Alexander (“Nobodies”), Chloe East (“Kevin (Probably) Saves the World”), Michael Johnston (“Teen Wolf”), Lukita Maxwell (“Speachless”), Chase Sui Wonders (“Daniel Isn’t Real”) e Uly Schlesinger (“Divorce”), além dos adultos Sam Trammell (“True Blood”), Martha Plimpton (“The Real O’Neals”) e Justice Smith (“Jurassic World: Reino Ameaçado”). A série já recebeu encomenda de 1ª temporada, mas ainda não tem previsão de estreia.




