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    Sense8: Elenco agradece ao Brasil pela boa recepção durante as gravações da 2ª temporada

    15 de junho de 2016 /

    O serviço de streaming Netflix divulgou um vídeo em que o elenco de “Sense8” agradece ao público do Brasil por sua acolhida durante as gravações da 2ª temporada, especialmente aos fãs brasileiros da série, que deixaram ótima impressão. A produção americana gravou cenas durante o desfile da Parada de Orgulho LGBT em São Paulo, com direito a um beijo encenado no alto de um carro alegórico, protagonizado pelos personagens Lito (Miguel Ángel Silvestre) e Hernando (Alfonso Herrera). Além deles, todo o elenco central (Jamie Clayton, Brian J Smith, Max Riemelt, Freema Agyeman, Doona Bae, Tina Desai e novato Toby Onwumere) e a diretora Lana Wachowski estiveram presentes na viagem da trama para a capital paulista.

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    Diretor de Procurando Dory não vê importância na sexualidade de casal figurante

    10 de junho de 2016 /

    Os diretores de “Procurando Dory” se pronunciaram à respeito da polêmica aparição de um suposto casal de lésbicas no trailer da animação. E sua reação foi de indiferença, sem se engajar no entusiasmo de organizações LGBT ou reagir à ameaça de boicote por parte de conservadores. Isto porque a participação do casal se resume à cena mostrada no trailer, sem maior repercussão na trama, e nem a pequena interação vista deixa clara qual é realmente a sexualidade das duas mulheres. “Elas podem ser o que você quiser que elas sejam”, disse o cineasta Andrew Stanton, que dividiu a direção com Angus MacLane, ao jornal USA Today. “Não há resposta certa ou errada”. A produtora Lindsey Collins reforçou: “Nunca perguntamos a elas”. Nem o estúdio Pixar, que produziu o filme, nem a Disney, dona da Pixar, comentaram a respeito da sexualidade das figurantes, que de uma hora para outra se tornaram mais importantes que os protagonistas da animação. Mas sempre vale lembrar que a dubladora americana de Dory, a apresentadora Ellen DeGeneres, é uma lésbica assumida, além de uma das mulheres mais populares dos EUA. Sua sexualidade não impediu os pais de levarem seus filhos para assistirem ao primeiro filme, “Procurando Nemo” (2003), que se tornou um dos maiores sucessos da Pixar. Recentemente, a própria Disney liderou uma ameaça de boicote ao estado da Geórgia, nos EUA, contra a aprovação de uma lei que discriminaria os homossexuais, e fãs de “Frozen – Uma Aventura Congelante” iniciaram um petição para que a rainha Elsa ganhasse uma namorada no próximo filme da franquia. A hashtag promovendo a ideia, #GiveElsaAGirlfriend (Dê uma namorada a Elsa), chegou a ficar em primeiro lugar nos trending topics, a lista de assuntos mais comentados no Twitter. Mas isso gerou uma reação: mais de 240 mil pessoas assinaram uma petição pedindo que Elsa ganhasse um “príncipe encantado”. Vale observar que o trailer brasileiro, dublado, de “Procurando Dory” não mostra o casal. Ambas as versões podem ser conferidas aqui.

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    Procurando Dory: Conservadores organizam boicote após suposta aparição de lésbicas no trailer

    1 de junho de 2016 /

    Nem todas as reações à aparição de um suposto casal de lésbicas no trailer da animação “Procurando Dory” foram positivas. Conservadores planejam um boicote ao filme se a suposição for confirmada, aparentemente ignorando que, independente das lésbicas da ficção, a obra é estrelada por uma lésbica de verdade, a apresentadora Ellen DeGeneres, que dubla a protagonista Dory. “Viram o novo trailer de ‘Procurando Dory’? Acho que é o primeiro casal de lésbicas em um filme da Disney Pixar”, postou um usuário no Twitter. “Se os boatos de que vai ter um casal de lésbicas no filme forem verdade, vou boicotar a Disney”, disse outro. Nem o estúdio Pixar, que produziu o filme, nem a Disney, dona da Pixar, comentaram. Recentemente, a Disney liderou uma ameaça de boicote ao estado da Geórgia, nos EUA, contra a aprovação de uma lei que discriminaria os homossexuais, e fãs de “Frozen – Uma Aventura Congelante” iniciaram um petição para que a rainha Elsa ganhasse uma namorada no próximo filme da franquia. A hashtag promovendo a ideia, #GiveElsaAGirlfriend (Dê uma namorada a Elsa), chegou a ficar em primeiro lugar nos trending topics, a lista de assuntos mais comentados no Twitter. Mas isso gerou uma reação: mais de 240 mil pessoas assinaram uma petição pedindo que Elsa ganhasse um “príncipe encantado”. Vale observar que o trailer brasileiro, dublado, de “Procurando Dory” não mostra o casal. Ambas as versões podem ser conferidas aqui.

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    Sense8: Equipe grava vídeo de agradecimento ao Brasil

    30 de maio de 2016 /

    O elenco e a diretora da série “Sense8” publicaram um vídeo na página do Facebook da série em que registram um “Obrigado, Brasil” coletivo. A produção americana “Sense 8” gravou cenas de sua 2ª temporada durante o desfile da Parada de Orgulho LGBT no domingo (29/5), em São Paulo, com direito a um beijo encenado no alto de um carro alegórico, protagonizado pelos personagens Lito (Miguel Ángel Silvestre) e Hernando (Alfonso Herrera). Além deles, todo o elenco (Jamie Clayton, Brian J Smith, Max Riemelt, Freema Agyeman, Doona Bae, Tina Desai e novato Toby Onwumere) se pegou durante o desfile, como se pode conferir pelos vídeos gravados pelos fãs.

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    Sense8: Veja fotos e vídeos da gravação da série na Parada de Orgulho LGBT de São Paulo

    29 de maio de 2016 /

    Conforme programado, a série americana “Sense 8” gravou cenas de sua 2ª temporada durante o desfile da Parada de Orgulho LGBT neste domingo (29/5), em São Paulo. O momento que mais chamou atenção foi um beijo encenado no alto de um carro alegórico, protagonizado pelos personagens Lito (Miguel Ángel Silvestre) e Hernando (Alfonso Herrera), mas todo o elenco se pegou durante o desfile, como se pode conferir pelos vídeos abaixo. Por sinal, nunca é demais lembrar que há 10 anos Herrera arrancava suspiro das meninas como integrante da novela – e banda – mexicana “Rebelde”. Além dos dois, também marcaram presença no trio elétrico a diretora-produtora Lana Wachowsky e outros integrantes do elenco, como Jamie Clayton, Brian J Smith, Max Riemelt, Freema Agyeman, Doona Bae, Tina Desai e novato Toby Onwumere (substituto de Aml Ameen no papel de Capheus). O grupo distribuiu acenos e sorrisos para o público, e também cantou “What’s Up”, da banda 4Non Blondes, que virou uma espécie de hino da série, após embalar uma cena da 1ª temporada que envolvia todos os protagonistas. VÍDEO (12):Cena #Herlito na Parada Gay de São Paulo – #Sense8InBrazil. pic.twitter.com/nZrh2MIQh2 — AH Universal Brasil (@AHUniversalBR) May 29, 2016 SOCORRO! BRIAN BEIJANDO MIGUEL E TUPPENCE NO TRIO ELÉTRICO (via @SitePORTALFAMA) #Sense8NaParada pic.twitter.com/tmxdDuer87 — Sense8 Brasil (@Sense8BR) May 29, 2016

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    Procurando Dory pode mostrar o primeiro casal gay da Pixar

    26 de maio de 2016 /

    “Procurando Dory” pode mostrar o primeiro casal gay de uma animação da Disney, ainda que numa produção do estúdio Pixar. Um pequeno trecho do novo trailer, divulgado nos EUA na terça (24/5), mostrou a protagonista sendo carregada num aquário por seu novo amigo, o polvo Hank, quando os dois esbarram num carrinho de bebê diante de duas mulheres que parecem ser um casal. A insinuação foi o suficiente para tirar do tédio os usuários do Twitter. “Elas são tão fofas. Isso é ótimo” e “Fiquei com os olhos cheios de lágrimas” foram algumas das reações positivas à breve aparição da dupla, que pode ou não ser um casal de lésbicas. Vale lembrar que a dubladora original de Dory, a comediante Ellen DeGeneres, é lésbica assumidíssima. Recentemente, a Disney liderou uma ameaça de boicote ao estado da Geórgia, nos EUA, contra a aprovação de uma lei que discriminaria os homossexuais, e fãs de “Frozen – Uma Aventura Congelante” iniciaram um petição para que a rainha Elsa ganhasse uma namorada no próximo filme da franquia. A hashtag promovendo a ideia, #GiveElsaAGirlfriend (Dê uma namorada a Elsa), chegou a ficar em primeiro lugar nos trending topics, a lista de assuntos mais comentados no Twitter. O trailer brasileiro, dublado, de “Procurando Dory” não mostra o casal. Ambas as versões podem ser conferidas aqui. A estreia está marcada para 30 de junho no Brasil, duas semanas após o lançamento nos EUA.

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    Grupo de pressão faz campanha por personagem gay em Star Wars

    2 de maio de 2016 /

    A GLAAD, uma ONG que surgiu em defesa dos direitos homossexuais nos EUA e que virou um dos maiores lobistas da causa LGBT em Hollywood, iniciou uma campanha para a inclusão de personagens gays na franquia “Star Wars”. A pressão teve origem na divulgação do novo relatório anual da ONG, conhecido como Índice da Responsabilidade, sobre a quantidade de personagens gays nos filmes de Hollywood. O mais recente concluiu que nem a Disney nem a Paramount lançaram filmes com gays, lésbicas ou transgêneros em 2015. É um alerta importante para a mudança de atitude da indústria cinematográfica em relação à diversidade sexual. Entretanto, em vez de buscar enquadrar a Disney e a Paramount, a conclusão do relatório foi bizarra: um pedido específico sobre uma franquia já existente. Ou seja, que sejam incluídos gays em “Star Wars”. “Como os projetos de ficção científica têm a oportunidade especial para criar mundos únicos cujas sociedades avançadas podem servir como um comentário sobre o nosso próprio mundo, o lugar mais óbvio em que a Disney poderia incluir personagens LGBT seria o próximo filme ‘Star Wars'”, diz o relatório, lembrando que “Star Wars: O Despertar da Força” “introduziu um novo e diversificado trio central, que dá oportunidade aos criadores para contarem histórias frescas”. O texto concluiu conclamando: “Livros oficiais da franquia já contam com personagens gays e lésbicas que também poderiam ser facilmente incluídos nas histórias dos filmes”. Vale lembrar que no início desse ano, o cineasta J.J. Abrams, responsável por “Star Wars: O Despertar da Força”, afirmou que os próximos episódios de “Star Wars” poderiam contar com personagens gays. Além disso, o ator Mark Hamill, intérprete de Luke Skywalker, afirmou que seu próprio personagem tinha uma sexualidade aberta à interpretação. Em entrevista ao jornal The Sun, o ator ponderou a preferência sexual do herói da franquia. “Me perguntam: ‘Luke poderia ser gay?’ Eu diria que isso deve ser interpretado pelos fãs. Se você acha que Luke é gay, é claro que ele é. Você não deve ter vergonha dele. Julgue Luke pelo seu caráter, não por quem ele ama”, Hamill explicou. Uma discussão também se levantou acerca da relação entre o piloto Poe Dameron (Oscar Isaac) e o desertor Finn (John Boyega). Para algumas pessoas, os dois teriam um romance. Na época, J.J. Abrams não desmentiu e nem confirmou a teoria. Atualmente sendo filmado, “Star Wars: Episódio VIII” tem estreia marcada para dezembro de 2017, com roteiro e direção de Rian Johnson (“Looper”). Antes disso, a franquia ganhará o seu primeiro spin-off, “Rogue One: Uma História Star Wars”, que chega aos cinemas em 15 de dezembro deste ano.

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    Carol é eleito melhor filme LGBT de todos os tempos em festival londrino

    15 de março de 2016 /

    O drama de época “Carol” (2015) foi eleito o melhor filme LGBT de todos os tempos por críticos e artistas, durante as comemorações do 30º aniversário do Festival de Cinema Gay e Lésbico de Londres, também conhecido como BFI Flare. O filme dirigido por Todd Haynes se passa nos anos 1950 e acompanha o relacionamento lésbico entre uma mulher casada, vivida por Cate Blanchett, que não duvida de sua sexualidade, e uma jovem inexperiente que descobre a sua, interpretada por Rooney Mara. Adaptado de um romance de Patricia Highsmith, publicado em 1952 sob pseudônimo, após ser rejeitado pela editora dos livros de suspense da escritora, “Carol” rendeu o prêmio de Melhor Atriz para Rooney Mara no Festival de Cannes do ano passado, mas perdeu todos os seis Oscars a que foi indicado. Também não emplacou no BAFTA, Globo de Ouro e prêmios dos sindicatos, vencendo apenas o troféu de Melhor Direção de Fotografia no Independent Spirit Awards, entre as seis categorias que disputou. “Carol” é seguido por “Weekend” (2011), de Andrew Haigh, e “Felizes Juntos” (1997), de Kar Wai Wong, respectivamente em 2º e 3º lugares. Já o longa mais premiado de todos, o clássico “O Segredo de Brokeback Mountain” (2005), dirigido por Ang Lee, ficou em 4º na lista, que cita ao todo 30 filmes. Outras produções populares citadas no TOP 10 foram “Minha Adorável Lavanderia” (1985), de Stephen Frears, em 7º, “Tudo Sobre Minha Mãe” (1999), de Pedro Almodóvar, em 8º, e “Garotos de Programa” (1991), de Gus Van Sant, na 10ª posição. Os sucessos mais recentes surgem logo em seguida, com o francês “Azul É a Cor Mais Quente” (2013) empatado com “Tangerine” (2015) em 11º lugar. Há ainda dois outros franceses recentes, o explícito “Um Estranho no Lago” (2013), em 22º, e o sensível “Tomboy” (2011), em 27º, além do drama indie americano “Pariah” (2011). O cinema europeu tem ainda maior destaque entre os clássicos, com o curta “Canção de Amor” (1950), do francês Jean Genet, seguido por “As Lágrimas Amargas de Petra von Kant” (1972), do alemão Rainer Werner Fassbinder, o suspense “Meu Passado me Condena” (1961), do inglês Basil Dearden, “Je, Tu, Il, Elle” (1974), da belga Chantal Akerman, e as obras-primas italianas “Teorema” (1968), de Pier Paolo Pasolini, e “Morte em Veneza” (1971), de Luchino Visconti. Mas também há citações aos americanos “Domingo Maldito” (1971), de John Schlesinger, e “Um Dia de Cão” (1971), de Syney Lumet – curiosamente preferidos sobre o excelente “Infâmia” (1961), de William Wyler. O filme mais antigo presente na lista é o drama alemão “Senhoritas de Uniforme”, de 1931, em 14º lugar, sobre um internato de adolescentes. Baseado numa peça de Christa Winsloe, a história já teve, desde então, diversas versões, incluindo uma produção estrelada por Romi Schneider em 1958, que também deu o que falar em sua época. Top 10: Os melhores filmes LGBT de todos os tempos 1 Carol (2015), de Todd Hayes 2 Weekend (2011), de Andrew Haigh 3 Felizes Juntos (1997), de Wong Kar-wai 4 O Segredo de Brokeback Mountain (2005), de Ang Lee 5 Paris Is Burning (1990), de Jennie Livingston 6 Mal dos Trópicos (2004), de Apichatpong Weerasethakul 7 Minha Adorável Lavanderia (1985), de Stephen Frears 8 Tudo Sobre Minha Mãe (1999), de Pedro Almodóvar 9 Canção de Amor (1950), de Jean Genet 10 Garotos de Programa (1991), de Gus Van Sant

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    Assista: Reação à intolerância, documentário Bichas vira fenômeno nas redes sociais

    25 de fevereiro de 2016 /

    Fenômeno nas redes sociais brasileiras, o documentário “Bichas” já teve mais de 200 mil visualizações no YouTube desde que foi disponibilizado em 20 de fevereiro. O filme consiste de depoimentos de seis gays, com histórias e perfis diversos, e foi inspirado por uma violência sofrida pelo diretor, após um desconhecido lhe apontar uma arma por rdyst num grupo em que dois homens andavam de mãos dadas. “Suas bichas, vou atirar em você”, teria dito o valente heterossexual. Publicitário, o jovem pernambucano Marlon Parente decidiu se defender tirando o poder ofensivo da palavra “Bichas”. Pegou uma câmera emprestada, comprou um microfone de R$ 10 e filmou seis amigos com luz natural – sem verba para iluminador. Depois, editou todo o material sozinho e lançou na internet. Foi o que bastou. Políticos, atores e músicos começaram a compartilhar o filme nas redes sociais. E, em três dias, “Bichas” atingiu 100 mil visualizações. A repercussão também rendeu, nesta semana, diversas matérias na imprensa do eixo Rio-SP, além de um convite para Marlon exibir “Bichas” no festival de cinema O Cubo, no Rio de Janeiro. Confira, abaixo, seus 39 minutos na íntegra.

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    Entrevista: Equipe de Antes o Tempo Não Acabava revela o Brasil amazônico ao mundo

    23 de fevereiro de 2016 /

    A dupla de diretores Sérgio Andrade e Fábio Baldo foi um dos destaques do Festival de Berlim com seu “Antes o Tempo Não Acabava”, que retrata a vida de um índio (interpretado por Anderson Tikuna) vivendo nas fronteiras entre o mundo urbano e a antiga tribo – para a qual tem de prestar contas, submetendo-se às suas práticas rituais. O sincretismo leva à materialização de situações inusitadas, como Anderson cantando e dançando Beyoncé, além de lidar com a homossexualidade, que não existia antes do contato com os brancos. Exibido na seção Panorama, o filme teve boa resposta do público e da crítica, e garantiu distribuição em alguns países da Europa. À espera da estreia oficial, os diretores e o protagonista conversaram com a Pipoca Moderna sobre este singular amálgama entre dois mundos… Este é um filme com vários elementos: existe a cultura indígena, a vida na periferia de uma grande cidade, rock e música eletrônica e uma abordagem estética com semelhanças com o cinema de autor europeu. Como foi a conjugação disto tudo? SÉRGIO: Tudo começa com a zona intermediária. No Brasil, temos várias vertentes de raça, seja o negro, o europeu, o imigrante, o índio. No caso deste filme, quando o indígena vem da sua aldeia do interior da Amazônia para a periferia da cidade, cria-se aí uma zona limítrofe na qual eles são indígenas mas também são habitantes de uma metrópole e tem de viver sob as normas e desejos da vida urbana. O próprio Anderson, o ator principal, veio de uma aldeia com oito anos e tem algumas semelhanças com a personagem. Ele foi criado no ambiente da cidade e vão se confundindo os preceitos da cultura, tradições e rituais indígenas com as novidades da vida urbana em todos os seus aspetos, sejam religiosos, sexuais e de vida pratica. Foi isso que sempre me impressionou. Nos meus filmes anteriores eu tive uma grande aproximação com os índios e gostei muito de trabalhar com eles – caso da curta “Cachoeira” e do meu primeiro longa, “A Floresta de Jonathas”. Sempre fui muito fascinado com o lendário indígena, que usamos como mola de criatividade, e tive o encontro com o Fábio que foi o montador do “Floresta” e também cuidou do som – especialidade dele. A gente se uniu e as nossas cabeças combinam muito em criatividade e inventividade. FÁBIO: Eu gosto de personagens em zonas de transição, que tem a ver com a relação que o Sérgio tem com os índios e a floresta e eu entre as pessoas da zona rural. O meu primeiro filme (o curta “Caos”) era sobre agricultores… O nosso esforço vem no sentido de entender questões de funções e desejos dentro da vida urbana, de trazer esses conflitos, trazer essas dicotomias para o personagem do Anderson. A música tem uma presença importante. FÁBIO: A música veio também desta necessidade. Uma das fontes de inspiração foi um CD de músicas indígenas que o Sérgio arranjou há uns anos no museu de arte etnográfica de Berlim – que um pesquisador alemão, Koch-Grünberg, gravou no Brasil. É uma música etérea, espiritual, que lembra o passado, tradições, quase gramofônica, e jogamos com esses sons em algumas passagens do filme e vimos como soava. Mas depois pensamos que tínhamos que criar uma dicotomia. Fomos buscar música eletrônica… E aí trouxemos a música do Kraftwerk, que também é uma crítica do homem moderno, da tecnologia… Na conversa com o público do Festival de Berlim vocês fizeram algumas piadas e demonstraram afinidade com a Alemanha. SÉRGIO: Essa “conspiração alemã” já vem de antes, o meu primeiro filme estreou aqui em 17 cidades, em salas de filmes autorais. Depois há uma curiosidade: a primeira vez que desejei entrar no mundo do cinema foi quando fui figurante nas filmagens de “Fitzcarraldo” (obra do alemão Werner Herzog), quando tinha 13 anos. Lembro bem do Klaus Kinski e do José Lewgoy… estava entrando num sonho. Há uma curva com a Alemanha interessante e agora o filme é exibido aqui, sendo bem-recebido. FÁBIO: Houve até umas pessoas na rua que nos deram parabéns! A abordagem estética de vocês vai na linha do cinema europeu? FÁBIO: Não, acho que a estética é mais asiática. SÉRGIO: E tem quatro línguas no filme, todas de alguma forma similares a idiomas asiáticos. E aquela cena quando o índio entra no barraca e a mulher está dando comida à menina lembra coisas de Jia Zhangke, Tsai Ming-Liang, Apichatpong Weerasethakul… Situações como a cena do sacrifício de uma criança, mostrada no filme, acontecem realmente? FÁBIO: Em algumas tribos acontecia… SÉRGIO: Bom, algumas etnias indígenas têm uma forma natural de seleção e pensam muito na saúde do guerreiro, que vai ter que trabalhar em prol da aldeia. Crianças que nascem com problemas de saúde podem vir a ser alguém que vai trazer problemas para a sua comunidade. Para eles, isso é perfeitamente natural. Mas são apenas algumas etnias e não existem estimativas que digam que isso continua acontecendo. De qualquer forma, não queríamos fazer um julgamento, embora seja sempre uma questão delicada de abordar. Também houve elogios à fotografia, à sua maneira de filmar a selva… FÁBIO: O Yure César (diretor de fotografia) é de Manaus e é fotógrafo, tem uma empresa produtora de cinema. Ele é muito técnico e busca a perfeição. Sendo ele muito técnico, nós meio que nos confrontamos, pois ele quer a imagem mais bonita, mais perfeita e nós estamos preocupados com a informação, com os planos. Deste conflito surgiu um filme que tem um registro quase documental. É quase todo feito com luz natural – tirando algumas sequência à noite. Uma coisa que nós gostamos muito é que o Yure pensa a luz, ele não é como esses fotógrafos novos com equipamento digital. Ele entende a forma como a luz afeta um personagem. Também há uma abordagem pouco usual, que é associar à questão indígena uma temática LGBT… FÁBIO: A sexualidade é um ponto importante do filme, mas isso está inserido em algo maior, a busca da identidade, dos seus aspetos culturais, filosóficos. Não é apenas um filme gay, é mais que isso. SÉRGIO: Para mim, a questão da sexualidade é tão importante quanto as outras e na cena mais forte de sexo eu vejo um fetiche de um pelo outro, uma experiencia nova, mas também uma miscigenação, duas raças. É uma simbologia de que sexo é prazer. ANDERSON: Entre os índios não havia a homossexualidade, que veio depois do contato com o branco. O povo agora é evangélico, mas em geral respeita essa opção, não há discriminação. Anderson, como acha que vão reagir às cenas de sexo na sua aldeia? ANDERSON: Meu pai e minha mãe me apoiam e é o meu trabalho como ator, isso é um filme de ficção. O que esta achando de Berlim e deste outro tipo de ritual, que é o do grande festival de cinema? ANDERSON: Um sonho, sonho realizado, estou feliz ter ganho a oportunidade de trazer esse filme, essa cultura. Estou ansioso para mostrar o filme ao meu povo. Vão fazer perguntas de como foi. FÁBIO: Berlim é um dos festivais que mais abraça filmes brasileiros depois de Rotterdam. E é o que está dando mais visibilidade. Para além da importância para nós, no Brasil temos grandes eixos de cinema – São Paulo, Rio, Pernambuco e Minas, mas não temos a representação do norte. Agora estamos começando a ser ouvidos, e trazer um filme para cá vai nos tornar mais fortes. Trouxemos um filme de Manaus onde 90% da equipe são pessoas de lá, é algo inédito. SÉRGIO: o festival tem uma orientação para acolher filmes que venham de uma cinematografia em desenvolvimento e com temas provocadores, polémicos, diferentes, que plantam uma semente do bem e do mal, ele acolhe bem esse tipo de filme. Se estamos aqui é porque conseguimos fazer um projeto que deu certo. O que podem adiantar sobre os seus novos projetos? FÁBIO: estou desenvolvendo um argumento com uma produtora em São Paulo, vou passar esse ano escrevendo para rodar em 2017. Aí retomo as minhas indagações sobre os homens do campo, com algo meio biográfico sobre o meu pai, com um pouco de ficção científica, como tinha no meu primeiro filme. Trata dos dilemas dos pequenos agricultores diante das grandes indústrias de fertilizantes, dos transgênicos. Meu pai continua tentado sobreviver, mas os últimos 15 anos têm sido muito difíceis. SÉRGIO: Desde a pré-produção do “Antes o Tempo não Acabava” eu já estava escrevendo um roteiro novo – que se chama “Terra Negra dos Caua”, que é uma etnia fictícia e trata da questão da terra indígena. É uma família que cultiva uma terra negra num sítio nas cercanias de Manaus que, para além das propriedades agrícolas, tem poderes energéticos e até sobrenaturais. É uma metáfora para a questão da posse da terra indígena. Esse projeto ganhou o edital de baixo orçamento do Ministério da Cultura Vou filmar em 2017. É uma quase ficção científica etnográfica. Então vão trabalhar separados? (risos) SÉRGIO: ainda não sabemos! Foi tudo muito rápido. Houve um diretor aqui da Panorama que perguntou se tínhamos feito um filme juntos e quando dissemos que sim ele respondeu: ‘E vocês ainda são amigos’? (risos). FÁBIO: pois é, ainda somos! Talvez não sobrevivamos a um segundo projeto!

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    Um dos irmãos gêmeos da série Teen Wolf se assume gay

    13 de janeiro de 2016 /

    O ator Charlie Carver, que sempre trabalhou com seu irmão gêmeo em séries como “Desperate Housewives”, “The Leftovers” e “Teen Wolf”, assumiu sua homossexualidade no Twitter. O lugar escolhido foi inusitado, assim como o detalhe de frisar que seu irmão Max Carver é heterossexual. Mas o mais curioso é que estas diferenças já tinha sido estabelecidas entre os personagens dos dois na série “Teen Wolf”, em que Charlie viveu um lobisomem gay, enquanto seu irmão fez par romântico com uma das protagonistas. Numa longa série de posts de 140 caracteres, Charlie descreveu como descobriu que era gay aos 12 anos de idade e as dificuldades em aceitar que era diferente, comemorando a sorte que teve por viver numa família que o apoiou inteiramente. “Para mim, e para a minha família, foi uma conversa preciosa, na qual senti que tinha começado a aceitar-me a mim mesmo, à minha vida”, ele escreveu. Apesar de assumir abertamente a sua orientação sexual, o ator diz esperar que isso não o defina. “Não queria ser definido pela minha sexualidade. Claro, sou um homem gay orgulhoso, mas não me identifico como um homem gay, ou apenas como gay”. E terminou a confissão com uma referência divertida ao seu irmão Max. “Que fique registado que o meu irmão gêmeo é tão legal quanto eu ao ser heterossexual”.

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