Aquarius, de Kleber Mendonça Filho, é selecionado para o Festival de Nova York
O filme “Aquarius”, de Kleber Mendonça Filho, entrou na programação do Festival de Nova York. Ele foi um dos 25 filmes selecionados para a mostra principal, ao lado de outros destaques do circuito internacional de festivais, como os vencedores do Urso de Ouro em Berlim (“Fuocoammare”, de Gianfranco Rosi) e da Palma de Outro em Cannes (“I, Daniel Blake”, de Ken Loach). A programação aproveitou muitos filmes exibidos em Cannes, como “Personal Shopper”, de Olivier Assayas, e “Bacalaureat”, de Cristian Mungiu, que compartilharam o troféu de Melhor Direção no festival francês, além de “Paterson”, de Jim Jarmusch, “La Fille Unconue”, dos irmãos Dardenne, “Elle”, de Paul Verhoeven, e o próprio “Aquarius”. A mostra nova-iorquina começa no dia 30 de setembro, com a première mundial de “The 13th”, documentário de Ava DuVernay que investiga o sistema prisional americano e como ele revela a desigualdade racial do país. O encerramento também se dará com um filme inédito, “The Lost City of Z”, de James Gray.
É Tudo Verdade exibe o vencedor do Festival de Berlim e 22 estreias mundiais
O festival É Tudo Verdade abre ao público sua 21ª edição com a exibição de 85 títulos, dentre os quais 22 são estreias mundiais. Os filmes serão exibidos até o dia 17 de abril em São Paulo e no Rio de Janeiro, com entrada gratuita. O primeiro documentário a vencer o Festival de Berlim, “Fogo no Mar” (“Fuocoammare”, no original), de Gianfranco Rosi, inaugurou o festival em São Paulo, abordando o impacto da onda de refugiados sobre o cotidiano da pequena ilha mediterrânea de Lampedusa. O cineasta italiano já havia vencido o Festival em Veneza em 2013 com outro documentário, “Sacro GRA”. Já a abertura carioca do É Tudo Verdade marca a estreia mundial de “As Incríveis Artimanhas da Nuvem Cigana”, de Paola Ribeiro e Cláudio Lobato. O longa resgata o movimento de “poesia marginal” do coletivo de poetas Nuvem Cigada, da Zona Sul do Rio nos anos 1970, em plena ditadura militar. Por meio de livros mimeografados e encontros híbridos, entre “happenings” e saraus, batizados de “Artimanhas”, uma nova geração lançou-se na literatura nacional: Bernardo Vilhena, Chacal, Charles, Ronaldo Santos, além do próprio diretor Cláudio Lobato, entre outros. Após as sessões de abertura para convidados, os dois filmes começam agora a ser exibidos para o público dentro da programação do festival, que fará ainda uma retrospectiva da obra do diretor Carlos Nader. Haverá também uma mostra especial com documentários sobre Olimpíadas e sessões dedicadas aos cineastas Chantal Akerman, Ruy Guerra, Claude Lanzmann e Haskell Wexler. Em nota, o fundador e diretor do festival, Amir Labaki, afirmou ser “um privilégio apresentarmos uma safra tão excepcional, tanto da produção brasileira, quanto internacional, com a marca muito expressiva de 22 estreias mundiais”. “Foi um processo de seleção particularmente difícil, devido à alta qualidade e ao recorde de inscrições, superando 1,7 mil títulos dos cinco continentes”, completou. Confira, abaixo, a lista dos filmes selecionados para o festival. FESTIVAL É TUDO VERDADE 2016 Competição brasileira: longas ou médias-metragens “Cacaso na corda bamba”, de José Joaquim Salles e Ph Souza Cícero Dias, o compadre de Picasso”, de Vladimir Carvalho “Galeria F”, de Emília Silveira “Imagens do Estado Novo 1937-45”, de Eduardo Escorel “Jonas e o circo sem lona”, de Paula Gomes “Manter a linha da cordilheira sem o desmaio da planície”, de Walter Carvalho “O futebol”, de Sergio Oksman Competição internacional: longas ou médias-metragens “327 cadernos”, de Andrés Di Tella (Argentina/Chile) “Anos claros, de Frédéric Guillaume (Bélgica) “Catástrofe”, de Alina Rudnitskaya (Rússia) “Chicago boys”, de Carola Fuentes e Rafael Valdeavellano (Chile) “Gigante”, de Zhao Liang (França) “Kate interpreta Christine”, de Robert Greene (EUA) “No limbo”, de Antoine Viviani (França) “Nuts!”, de Penny Lane (EUA) “Paciente”, de Jorge Caballero Ramos (Colômbia) “Sob o sol”, de Vitaly Mansky (Rússia/Letônia/Alemanha/República Checa/Coreia do Norte) “Tudo começou pelo fim”, de Luis Ospina (Colômbia) “Um caso de família”, de Tom Fassaert (Holanda/Bélgica/Dinamarca) Competição brasileira: curtas-metragens “A culpa é da foto”, de Eraldo Peres, André Dusek e Joédson Alves “Abissal”, de Arthur Leite “Aqueles anos em dezembro”, de Felipe Arrojo Poroger “Buscando Helena”, de Roberto Berliner e Ana Amélia Macedo “Fora de quadro”, de Txai Ferraz “O oco da fala”, de Miriam Chnaiderman “Praça de guerra”, de Edi Junior “Sem título # 3 : E para que poetas em tempo de pobreza?”, de Carlos Adriano “Vida como rizoma”, de Lisi Kieling Competição internacional: curtas metragens “A visita”, de Pippo Delbono (França) “Caracóis”, de Grzegorz Szczepaniak (Polônia) “Carmen”, de Mariano Samengo (Argentina) “Cosmopolitanismo”, de Erik Gandini (Suécia) “Eu tenho uma arma”, de Ahmad Shawar (Palestina) “Fatima”, de Nina Khada (Alemanha) “Munique 72 e além”, de Stephen Crisman (EUA) “O atirador de elite de Kobani”, de Reber Dosky (Holanda) Programas especiais “Cidadão rebelde”, de Pamela Yates (EUA) “Claude Lanzmann: Espectros do Shoah”, de Adam Benzine (Canadá/Reino Unido/EUA) “Não pertenço a lugar algum – O cinema de Chantal Akerman”, de Marianne Lambert (Bélgica) “O homem que matou John Wayne”, de Diogo Oliveira e Bruno Laet (Brasil) O estado das coisas “Atentados: As faces do terror”, de Stéphane Bentura (França) “Danado de bom”, de Deby Brennand (Brasil) “Faraóis do Egito Moderno (Mubarak/Nasser/Sadat)”, de Jihan El Tahri (França) “Lampião da esquina”, de Lívia Perez (Brasil) “O deserto do deserto”, de Samir Abujamra e Tito Gonzalez Garcia (Brasil) “Overgames”, de Lutz Dammbeck (Alemanha) “Vida ativa – O espírito de Hannah Arendt, de Ada Ushpiz (Israel/Canadá) Foco latino-americano “Allende meu avô Allende”, de Marcia Tambutti Allende (Chile/México) “Favio, a estética da ternura”, de Luis Rodríguez e Andrés Rodríguez (Venezuela) “Gabo: A criação de Gabriel García Márquez”, de Justin Webster (Espanha/Colômbia) “Toponímia”, de Jonathan Perel (Argentina) Retrospectiva brasileira – Carlos Nader “A paixão de JL” “Carlos Nader” “Chelpa Ferro” “Concepção” “Eduardo Coutinho, 7 de outubro” “Homem comum” “O beijoqueiro: Portrait of a serial kisser” “O fim da viagem” “Pan-cinema permanente” “Preto e branco” “Tela” “Trovoada” Mostra especial: Cinema Olympia “Anéis do mundo”, de Sergey Miroshnichenko (Rússia) “Espírito em movimento”, de Sofia Geveyler,Yulia Byvsheva e Sofia Kucher (Rússia) “Olympia 52”, de Chris Marker (Finlândia/França) “Os campeões de Hitler”, de Jean-Christophe Rosé (França) “Um novo olhar sobre Olympia 52”, de Julien Faraut (França) É tudo verdade no Itaú Cultural “Mataram meu irmão”, de Cristiano Burlan (Brasil) “O longo amanhecer – Cinebiografia de Celso Furtado”, de José Mariani (Brasil) “Rocha que voa”, de Eryk Rocha (Brasil) É tudo verdade no Circuito de Cinema: Cine Olido – Documentários olímpicos brasileiros “As incríveis histórias de um navio fantasma”, de André Bomfim “Bete do peso”, de Kiko Mollica “João do voo – A história de uma medalha roubada”, de Sergio Miranda e Pedro Simão “Maria Lenk, a essência do espírito olímpico”, de Iberê Carvalho “Meninas”, de Carla Gallo “México 1968 – A última Olimpíada livre”, de Ugo Giorgetti “Ouro, suor e lágrimas”, de Helena Sroulevich “Se essa vila não fosse minha”, de Felipe Pena “Reinado Conrad – A origem do iatismo vencedor”, de Murilo Salles É tudo verdade no Circuito SPCine de cinema: CEUS Butantã, Jaçaná, Meninos e Quinta do Sol “Cidade cinza”, de Marcelo Mesquita e Guilherme Valiengo (Brasil) “Premê – Quase lindo”, de Alexandre Sorriso e Danilo Moraes (Brasil)
Festival É Tudo Verdade 2016 terá 22 estreias mundiais
A organização do festival É Tudo Verdade anunciou a programação de sua 21ª edição. Serão, ao todo, 85 títulos, dentre os quais 22 são estreias mundiais. Os filmes serão exibidos entre 7 e 17 de abril em São Paulo e no Rio de Janeiro, com entrada gratuita. O primeiro documentário a vencer o Festival de Berlim, “Fogo no Mar” (“Fuocoammare”, no original), de Gianfranco Rosi, vai abrir o festival em São Paulo, no dia 7 de abril. O filme aborda o impacto da onda de refugiados sobre o cotidiano da pequena ilha mediterrânea de Lampedusa, visto pelos olhos do pré-adolescente Samuele. O cineasta italiano já havia vencido o Festival em Veneza em 2013 com outro documentário, “Sacro GRA”. Já a abertura carioca do É Tudo Verdade acontece um dia depois, em 8 abril, com a exibição de outro filme: a estreia mundial de “As Incríveis Artimanhas da Nuvem Cigana”, de Paola Ribeiro e Cláudio Lobato. O longa resgata o movimento de “poesia marginal” do coletivo de poetas Nuvem Cigada, da Zona Sul do Rio nos anos 1970, em plena ditadura militar. Por meio de livros mimeografados e encontros híbridos, entre “happenings” e saraus, batizados de “Artimanhas”, uma nova geração lançou-se na literatura nacional: Bernardo Vilhena, Chacal, Charles, Ronaldo Santos, além do próprio diretor Cláudio Lobato, entre outros. Após as sessões de abertura para convidados, os dois filmes serão exibidos em projeções abertas ao público dentro da programação do festival, que fará ainda uma retrospectiva da obra do diretor Carlos Nader. Haverá também uma mostra especial com documentários sobre Olimpíadas e sessões dedicadas aos cineastas Chantal Akerman, Ruy Guerra, Claude Lanzmann e Haskell Wexler. Em nota, o fundador e diretor do festival, Amir Labaki, afirmou ser “um privilégio apresentarmos uma safra tão excepcional, tanto da produção brasileira, quanto internacional, com a marca muito expressiva de 22 estreias mundiais”. “Foi um processo de seleção particularmente difícil, devido à alta qualidade e ao recorde de inscrições, superando 1,7 mil títulos dos cinco continentes”, completou. Confira, abaixo, a lista dos filmes selecionados para o festival. FESTIVAL É TUDO VERDADE 2016 Competição brasileira: longas ou médias-metragens “Cacaso na corda bamba”, de José Joaquim Salles e Ph Souza Cícero Dias, o compadre de Picasso”, de Vladimir Carvalho “Galeria F”, de Emília Silveira “Imagens do Estado Novo 1937-45”, de Eduardo Escorel “Jonas e o circo sem lona”, de Paula Gomes “Manter a linha da cordilheira sem o desmaio da planície”, de Walter Carvalho “O futebol”, de Sergio Oksman Competição internacional: longas ou médias-metragens “327 cadernos”, de Andrés Di Tella (Argentina/Chile) “Anos claros, de Frédéric Guillaume (Bélgica) “Catástrofe”, de Alina Rudnitskaya (Rússia) “Chicago boys”, de Carola Fuentes e Rafael Valdeavellano (Chile) “Gigante”, de Zhao Liang (França) “Kate interpreta Christine”, de Robert Greene (EUA) “No limbo”, de Antoine Viviani (França) “Nuts!”, de Penny Lane (EUA) “Paciente”, de Jorge Caballero Ramos (Colômbia) “Sob o sol”, de Vitaly Mansky (Rússia/Letônia/Alemanha/República Checa/Coreia do Norte) “Tudo começou pelo fim”, de Luis Ospina (Colômbia) “Um caso de família”, de Tom Fassaert (Holanda/Bélgica/Dinamarca) Competição brasileira: curtas-metragens “A culpa é da foto”, de Eraldo Peres, André Dusek e Joédson Alves “Abissal”, de Arthur Leite “Aqueles anos em dezembro”, de Felipe Arrojo Poroger “Buscando Helena”, de Roberto Berliner e Ana Amélia Macedo “Fora de quadro”, de Txai Ferraz “O oco da fala”, de Miriam Chnaiderman “Praça de guerra”, de Edi Junior “Sem título # 3 : E para que poetas em tempo de pobreza?”, de Carlos Adriano “Vida como rizoma”, de Lisi Kieling Competição internacional: curtas metragens “A visita”, de Pippo Delbono (França) “Caracóis”, de Grzegorz Szczepaniak (Polônia) “Carmen”, de Mariano Samengo (Argentina) “Cosmopolitanismo”, de Erik Gandini (Suécia) “Eu tenho uma arma”, de Ahmad Shawar (Palestina) “Fatima”, de Nina Khada (Alemanha) “Munique 72 e além”, de Stephen Crisman (EUA) “O atirador de elite de Kobani”, de Reber Dosky (Holanda) Programas especiais “Cidadão rebelde”, de Pamela Yates (EUA) “Claude Lanzmann: Espectros do Shoah”, de Adam Benzine (Canadá/Reino Unido/EUA) “Não pertenço a lugar algum – O cinema de Chantal Akerman”, de Marianne Lambert (Bélgica) “O homem que matou John Wayne”, de Diogo Oliveira e Bruno Laet (Brasil) O estado das coisas “Atentados: As faces do terror”, de Stéphane Bentura (França) “Danado de bom”, de Deby Brennand (Brasil) “Faraóis do Egito Moderno (Mubarak/Nasser/Sadat)”, de Jihan El Tahri (França) “Lampião da esquina”, de Lívia Perez (Brasil) “O deserto do deserto”, de Samir Abujamra e Tito Gonzalez Garcia (Brasil) “Overgames”, de Lutz Dammbeck (Alemanha) “Vida ativa – O espírito de Hannah Arendt, de Ada Ushpiz (Israel/Canadá) Foco latino-americano “Allende meu avô Allende”, de Marcia Tambutti Allende (Chile/México) “Favio, a estética da ternura”, de Luis Rodríguez e Andrés Rodríguez (Venezuela) “Gabo: A criação de Gabriel García Márquez”, de Justin Webster (Espanha/Colômbia) “Toponímia”, de Jonathan Perel (Argentina) Retrospectiva brasileira – Carlos Nader “A paixão de JL” “Carlos Nader” “Chelpa Ferro” “Concepção” “Eduardo Coutinho, 7 de outubro” “Homem comum” “O beijoqueiro: Portrait of a serial kisser” “O fim da viagem” “Pan-cinema permanente” “Preto e branco” “Tela” “Trovoada” Mostra especial: Cinema Olympia “Anéis do mundo”, de Sergey Miroshnichenko (Rússia) “Espírito em movimento”, de Sofia Geveyler,Yulia Byvsheva e Sofia Kucher (Rússia) “Olympia 52”, de Chris Marker (Finlândia/França) “Os campeões de Hitler”, de Jean-Christophe Rosé (França) “Um novo olhar sobre Olympia 52”, de Julien Faraut (França) É tudo verdade no Itaú Cultural “Mataram meu irmão”, de Cristiano Burlan (Brasil) “O longo amanhecer – Cinebiografia de Celso Furtado”, de José Mariani (Brasil) “Rocha que voa”, de Eryk Rocha (Brasil) É tudo verdade no Circuito de Cinema: Cine Olido – Documentários olímpicos brasileiros “As incríveis histórias de um navio fantasma”, de André Bomfim “Bete do peso”, de Kiko Mollica “João do voo – A história de uma medalha roubada”, de Sergio Miranda e Pedro Simão “Maria Lenk, a essência do espírito olímpico”, de Iberê Carvalho “Meninas”, de Carla Gallo “México 1968 – A última Olimpíada livre”, de Ugo Giorgetti “Ouro, suor e lágrimas”, de Helena Sroulevich “Se essa vila não fosse minha”, de Felipe Pena “Reinado Conrad – A origem do iatismo vencedor”, de Murilo Salles É tudo verdade no Circuito SPCine de cinema: CEUS Butantã, Jaçaná, Meninos e Quinta do Sol “Cidade cinza”, de Marcelo Mesquita e Guilherme Valiengo (Brasil) “Premê – Quase lindo”, de Alexandre Sorriso e Danilo Moraes (Brasil)
Vencedor do Festival de Berlim vai abrir É Tudo Verdade em São Paulo
Primeiro documentário a vencer o Festival de Berlim, “Fogo no Mar” (“Fuocoammare”, no original), de Gianfranco Rosi, vai abrir o Festival É Tudo Verdade, em São Paulo, dia 7 de abril. O longa de Rosi aborda o impacto da onda de refugiados sobre o cotidiano da pequena ilha mediterrânea de Lampedusa, visto pelos olhos do pré-adolescente Samuele. O cineasta italiano já havia vencido o Festival em Veneza, em 2013, com outro documentário, “Sacro GRA”. A edição carioca do É Tudo Verdade começa um dia depois, em 8 abril, com a exibição de outro filme: a estreia mundial de “As Incríveis Artimanhas da Nuvem Cigana”, de Paola Ribeiro e Cláudio Lobato. O longa resgata o movimento de “poesia marginal” do coletivo de poetas Nuvem Cigada, da Zona Sul do Rio nos anos 1970, em plena ditadura militar. Por meio de livros mimeografados e encontros híbridos, entre “happenings” e saraus, batizados de “Artimanhas”, uma nova geração lançou-se na literatura nacional: Bernardo Vilhena, Chacal, Charles, Ronaldo Santos, além do próprio diretor Cláudio Lobato, entre outros. “O festival deste ano não poderia ter aberturas mais cativantes, ainda que em estilos e por razões muitos distintos”, observou o fundador e diretor do É Tudo Verdade, Amir Labaki, em comunicado. “”Fogo no Mar’ trata com incrível delicadeza e notável talento narrativo a crise humanitária dos refugiados na Europa. É uma enorme honra apresentá-lo em pré-estreia na abertura paulista e agradecemos profundamente a Gianfranco Rosi e a JeanThomas Bernardini da Imovision por este privilégio”. Já ‘As As Incríveis Artimanhas da Nuvem Cigana` é uma festa”, prossegue Labaki. “Paola Vieira e Claudio Lobato fizeram um filme colagem, divertido e amoroso, em extraordinária harmonia com o espírito daquele coletivo que marcou época na poesia marginal dos anos 1970. O festival é imensamente grato a eles por confiá-lo a nosso público da abertura carioca”. Após as sessões de abertura para convidados, os dois filmes serão exibidos em projeções abertas ao público dentro da programação do festival, que vai até o dia 17 de abril em São Paulo e Rio. Criado em 1996 pelo crítico Amir Labaki, o festival chega a sua 21ª edição já devidamente consagrado como o principal evento dedicado a documentários do Brasil – e há quem diga até de toda a América Latina.
Documentário sobre refugiados vence o Urso de Ouro do Festival de Berlim
O tema mais incontornável da Europa no momento está no centro de “Fuocoammare” (Fire at the Sea), escolhido pelo júri liderado pela atriz Meryl Streep como o vencedor do Urso de Ouro do Festival de Berlim 2016. Documentário como todos os filmes do diretor Gianfranco Rosi, entre eles “Sacro GRA”, vencedor do Festival de Veneza 2013, “Fuocoammare” foca a dura realidade da ilha de Lampedusa, que há cerca de duas décadas é um dos principais destinos das trágicas jornadas pelo Mediterrâneo dos imigrantes. O diretor destaca não só as pessoas em fuga, mas também o quanto a situação afeta a vida de quem vive na ilha. Em seu discurso de agradecimento, ele dedicou sua vitória “àqueles cujas viagens de esperança nunca chegaram a Lampedusa” e aos habitantes da ilha que “há 23 anos abrem os seus corações àqueles que ali chegam.” Nascido há 51 anos na Eritreia, na África, sob nacionalidade italiana, Rosi saiu ainda com os prêmios do Júri Ecumênico, da Anistia Internacional e dos leitores do jornal alemão Berliner Morgenpost, sendo alçado à condição de “embaixador” dos refugiados sem voz. Para Meryl Streep, presidente do júri, seu filme é “urgente” e “imaginativo” e se comunica com o mundo atual. A politização também marcou o Grande Prêmio do Júri, vencido pela coprodução franco-bósnia “Death in Sarajevo”, em que o bósnio Danis Tanovic (“Um Episódio na Vida de Um Catador de Ferro-Velho”) cria uma fábula irônica sobre a situação da Europa atual, mostrando a dificuldade de convivência dos europeus dentro de um mesmo bloco. A francesa Mia Hansen-Love (“Eden”) venceu o Urso de Prata de Melhor Direção por “L’avenir”, sobre uma professora de filosofia (Isabelle Huppert) que se vê obrigada a se reinventar em plena meia idade, enquanto o polonês Tomasz Wasilewski foi considerado o Melhor Roteirista por “United States of Love”. Entre os atores, o novo filme de Thomas Vinteberg (“A Caça”), “The Commune”, rendeu à sua protagonista, a dinamarquesa Trine Dyrholm (“O Amante da Rainha”), o prêmio de Melhor Atriz, enquanto o Urso de Prata de interpretação masculina ficou com o tunisino Majd Mastoura por “Hedi”, de Mohamed Bem Attia, obra que ainda venceu o Urso de Prata de Melhor Filme de Estreia. Completando as distinções, o chinês Mark Lee Ping-Bing foi destacado pelo seu trabalho como operador de câmera em “Crosscurrent”, enquanto a proposta mais ousada da Berlinale, “A Lullaby to the Sorrowful Mystery”, um filme com oito horas de duração do filipino Lav Diaz (“Norte, o Fim da História”), levou o prêmio Alfred Bauer – destinado a produções que “abrem novas perspetivas”. No universo das curtas-metragens, o Urso de Ouro coube à portuguesa Leonor Teles, com “A Balada do Batráquio”, filme que aborda a discriminação contra as comunidades ciganas no país. Aos 23 anos, Leonor também se tornou a mais jovem vencedora do Urso de Ouro da história do Festival de Berlim. Vencedores do Festival de Berlim 2016 Urso de Ouro – Melhor Filme Fuocoammare, de Gianfranco Rosi (Itália) Urso de Prata – Grande Prémio do Júri Death in Sarajevo, de Danis Tanovic (França/Bósnia e Herzegovina) Urso de Prata – Prêmio Alfred Bauer A Lullaby to The Sorrowful Mystery, de Lav Diaz (Filipinas) Urso de Prata – Melhor Direção Mia Hansen-Løve, por L’avenir (França) Urso de Prata – Melhor Atriz Trine Dyrholm, por The Commune (Dinamarca/Suécia) Urso de Prata – Melhor Ator Majd Mastoura, por Hedi (Tunísia) Urso de Prata – Melhor Roteiro United States of Love, de Tomasz Wasilewski (Polônia) Urso de Prata – Melhor Contribuição Artística Crosscurrent, de Mark Lee Ping-Bing (China) Melhor Primeiro Filme Hedi, de Mohamed Ben Attia (Tunísia) Urso de Ouro – Melhor Curta-Metragem Balada de um Batráquio, de Leonor Teles (Portugal) Urso de Prata – Segundo Melhor Curta A Man Returned, de Mahdi Fleifel (Reino Unido/Dinamarca/Holanda) Prêmio Audi para Melhor Curta Anchorage Prohibited, de Chiang Wei Liang (Taiwan) Prêmio European Film A Man Returned, de Mahdi Fleifel (Reino Unido/Dinamarca/Holanda) Veja Também BERLIM: PREMIAÇÃO DA MOSTRA PANORAMA CONSAGRA O CINEMA ISRAELENSE FILMES DA LETÔNIA E DO CHILE SÃO OS PRIMEIROS PREMIADOS EM BERLIM



