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    Tetraplégico que inspirou filme “Intocáveis” morre aos 72 anos

    3 de junho de 2023 /

    O aristocrata e empresário tetraplégico Philippe Pozzo di Borgo faleceu na última quinta-feira (1/6), aos 72 anos, na cidade de Marraquexe, em Marrocos. Pozzo di Borgo deixou um legado inspirador no mundo a partir da sua história de superação, que inspirou o famoso filme “Intocáveis” (2011), da dupla de cineastas franceses Olivier Nakache e Éric Toledano. A informação foi confirmada a agência de notícias Agence France-Presse (AFP), nesta sexta-feira (2/6), pelo próprio Toledano. “É um choque e sobretudo uma tristeza imensa porque a nossa relação era incrivelmente duradoura”, lamentou o diretor. Nascido em 1951 na Córsega, uma ilha francesa, Pozzo di Borgo teve sua vida drasticamente transformada aos 42 anos, quando sofreu um acidente de parapente e ficou tetraplégico. Após a trágica perda de sua esposa, ele se viu na necessidade de contratar uma assistência para auxiliá-lo com as atividades cotidianas. A partir de uma amizade inesperada com Abdel Yasmin Sellou, um assistente de nacionalidade argelina, sua vida tomou novos rumos. Graças a essa relação, Pozzo di Borgo venceu a depressão que o assombrava há tanto tempo. A história de superação e parceria entre os dois foi compartilhada pelo francês em sua biografia, intitulada “Le Second Souffle” (O segundo fôlego, em tradução literal), publicada em 2001. Dez anos depois, a história foi adaptada aos cinemas por Nakache e Toledano. Estrelado por François Cluzet e Omar Sy, o longa se tornou um sucesso mundial, arrecadando US$ 426 milhões em bilheterias de todo o mundo – a maior bilheteria do cinema francês em todos os tempos, superando o romance “O Fabuloso Destino de Amélie Poulain” (2001). O sucesso foi tanto que o filme ganhou várias adaptações internacionais. A versão argentina chamou-se “Inseparáveis” (2016) e foi estrelada por Rodrigo de la Serna (“La casa de papel”) e Oscar Martínez (“Concorrência Oficial”), enquanto nos EUA o remake “Amigos para Sempre” (2017) contou com Bryan Cranston (“Breaking Bad”) e Kevin Hart (“Jumanji: Próxima Fase”) nos papéis principais. Com a perda, os diretores do longa prestaram homenagem a Pozzo di Borgo através de uma mensagem publicada no Facebook. “Ao permitir que adaptássemos sua história, ele mudou a vida de muitas pessoas vulneráveis. Permanecerá em nossa memória como um símbolo de coragem e inspiração”, afirmaram. Eles também elogiaram o empresário como alguém “corajoso”, “humilde”, “digno” e “batalhador”. No Brasil, “Intocáveis” está disponível nas plataformas Telecine e MUBI. Veja o trailer do longa abaixo.

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  • Filme

    Insubstituível é um obra de quem sabe o que está filmando

    17 de março de 2017 /

    O Dr. Jean-Pierre Werner (François Cluzet) é um médico dedicado, que trabalha numa comunidade rural da França há 30 anos. O que ele faz é o que no Brasil denominamos de saúde da família. Ou seja, ele vai às casas dos pacientes, enfrenta caminhos difíceis, mau tempo, atende todo tipo de emergências e é muito querido na localidade. O seu trabalho é muito eficaz, de modo que será muito difícil substituí-lo quando uma doença o incapacitar para uma atividade como essa, tão exigente e desgastante. Quando a situação se coloca, o conflito se estabelece. Ninguém é insubstituível, mas Nathalie (Marianne Denicourt), a médica recém-formada que chegou, também vai mostrar seu talento, mas de outra forma. Terá muito a aprender com ele, mas também terá o que ensinar a ele. Dessa relação e do trabalho que farão juntos, com todas as dificuldades previsíveis, resultarão novas sínteses na vida deles e na da comunidade que atendem. O filme é muito realista ao abordar o trabalho médico, suas exigências, sua dedicação, a importância que tem e o quanto gratifica o profissional que o exerce com seriedade. Compreensível. O cineasta Thomas Lilti já tinha dirigido três curtas-metragens, antes de se formar em medicina, e antes deste fez também o longa “Hipócrates” (2014) sobre o começo da profissão de médico. Dedica-se ao trabalho como diretor e roteirista, mas segue praticando a medicina. Ele sabe do que está falando. O cinema tem a ganhar com isso. O filme exibe essa competência. Mas tem, também, dois ótimos protagonistas, François Cluzet (do sucesso “Intocáveis”) e Marianne Denicourt (também de “Hipócrates” e do clássico “Paris no Verão”), que valorizam muito seus papéis.

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  • Filme

    Doce Veneno é um filme de outra época, mais divertida e libertária

    30 de outubro de 2016 /

    “Doce Veneno” evoca a época das pornochanchadas brasileiras ou, equivalente, a era de ouro do cinema erótico italiano. Mas também na França das décadas de 1970 e 1980 se produzia filmes mais apelativos, ainda que o cinema do país sempre parecesse tratar a sexualidade com mais naturalidade e menos malícia do que nós e os italianos. A comédia de Jean-François Richet (“Herança de Sangue”) é, na verdade, remake de um desses filmes, que busca fazer graça, mexer um pouco com a libido e também encher os olhos do espectador com a beleza e o viço de sua estrela, a ninfeta que dá em cima do melhor amigo do próprio pai. Para se ter ideia, o cartaz do filme original, traduzido como “Um Momento de Loucura” em 1977, era uma ilustração sacana de Georges Wolinski, o mestre do cartum erótico francês, assassinado no massacre da revista Charlie Hebdo, vítima da repressão e do mau humor contemporâneo. Na trama, dois amigos, Laurent (Vincent Cassel, de “Jason Bourne”) e Antoine (François Cluzet, de “Intocáveis”), levam suas jovens filhas para passar uns dias na praia para se divertirem. Laurent é divorciado e Antoine está passando por uma crise no casamento. O filme já começa com os quatro dentro do carro e a caminho da casa que servirá de local para muitas confusões e intrigas. Mas tudo é visto de maneira bem leve, embora às vezes o diretor pese um pouco a mão, e em ocasiões Cluzet esteja visivelmente exagerado no registro cômico, especialmente quando descobre que um sujeito bem mais velho andou mexendo com sua filha. A cena fica, claramente, parecendo mesmo de um filme de outra década. Curiosamente, a mesma premissa serviu de inspiração para um filme americano bem parecido, “Feitiço do Rio” (1984), que contou com Michael Caine como protagonista e trouxe Demi Moore de topless nas praias cariocas. “Doce Veneno” é um pouco menos apelativo, embora seja generoso em pelo menos uma cena de nudez da lolita estreante, Lola Le Lann. De fato, a cena que os dois protagonistas ficam pela primeira vez juntos, uma cena na praia, é uma das melhores do filme. Mas enquanto a lolita insiste que a vida é pra ser vivida agora, ou algo do tipo, Laurent morre de preocupação, pois estaria se envolvendo com uma menor de idade (17 anos e meio), bem mais nova do que ele e, pior, filha de seu grande amigo. Mas quem espera que o filme prossiga com esse tom de provocação sensual pode até ficar um pouco decepcionado, já que há um interesse maior no modo como essa relação, que nasceu em noite de lua cheia, abalará as estruturas das relações entre amigos e pais e filhas dentro daquele ambiente. Ainda que não se trate de um grande filme, é agradável de ver. E o anacronismo não incomoda. Ao contrário: acaba funcionando a seu favor, por mais que muitos considerem o resultado uma simples bobagem. Enquanto mais bobagens como essa aparecerem nas comédias contemporâneas, mais claro ficará que o cinema de décadas passadas era bem mais divertido e libertário. É como se a culpa que sente o personagem de Cassel tivesse sido incorporada por todas as novas gerações em relação ao prazer.

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