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    Estreias | Confira as 10 principais novidades do streaming na semana

    9 de maio de 2024 /

    Programação de estreias tem Beatles, "Star Wars", "Godzilla e Kong", "Doctor Who", "Lisa Frankenstein" e a nova sci-fi "Matéria Escura"

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    “Feud” ganha trailer com Naomi Watts, Demi Moore, Diane Lane, Chloë Sevigny e Molly Ringwald

    4 de janeiro de 2024 /

    O canal pago americano FX divulgou uma coleção de pôsteres e o trailer completo de “Feud: Capote vs. The Swans”, 2ª temporada da série sobre rixas históricas produzida por Ryan Murphy – para quem não lembra, a 1ª temporada foi sobre as atrizes Bette Davis e Joan Crawford. A prévia apresenta mulheres que fazem parte da alta sociedade nova-iorquina, conhecidas como as “Swans” (cisnes), fazendo fofocas maldosas. E o escritor Truman Capote, interpretado por Tom Hollander (“The White Lotus”), anotando tudo. A trama conta uma passagem turbulenta da vida do aclamado escritor, que se envolveu numa briga épica com um grupo de amigas poderosas da alta sociedade. Na ocasião, o escritor abusou da confiança das ricaças para descobrir todos os seus segredos e expor seu olhar maldoso no conto “La Côte Basque, 1965”, publicado na revista Esquire em 1975. Os escândalos revelados pelo texto o fizeram perder muitos amigos e ser banido da alta sociedade. As poderosas de Nova York são interpretadas por um grupo impressionante de atrizes, formado por Naomi Watts (“Bem-Vindos à Vizinhança”), Chloë Sevigny (“Boneca Russa”), Diane Lane (“Liga da Justiça de Zack Snyder”), Calista Flockhart (“Supergirl”), Demi Moore (“Admirável Mundo Novo”) e Molly Ringwald (“Riverdale”). Cada uma delas ganhou seu próprio cartaz da produção. Baseada no livro de Laurence Leamer, “Capote’s Women: A True Story of Love, Betrayal, and a Swan Song for an Era”, que detalha todo o caso, a série tem roteiro de Jon Robin Baitz (“Brothers and Sisters”) e direção a cargo do famoso cineasta Gus Van Sant (“Milk: A Voz da Igualdade”). “Feud: Capote vs. The Swans” estreia em 31 de janeiro nos EUA. Embora a data de estreia no Brasil ainda não tenha sido divulgada, a produção deve ser lançada no país pela plataforma Star+.

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    “Feud” ganha teaser com Naomi Watts, Demi Moore, Diane Lane, Chloë Sevigny e Molly Ringwald

    22 de dezembro de 2023 /

    O canal pago americano FX divulgou o pôster e o teaser de “Feud: Capote vs. The Swans”, 2ª temporada da série sobre rixas históricas produzida por Ryan Murphy – para quem não lembra, a 1ª temporada foi sobre as atrizes Bette Davis e Joan Crawford. A prévia apresenta mulheres que fazem parte da alta sociedade nova-iorquina, conhecidas como as “Swans” (cisnes), fazendo fofocas maldosas. O vídeo também destaca o forte elenco feminino, formado por Naomi Watts (“Bem-Vindos à Vizinhança”), Chloë Sevigny (“Boneca Russa”), Diane Lane (“Liga da Justiça de Zack Snyder”), Calista Flockhart (“Supergirl”), Demi Moore (“Admirável Mundo Novo”) e Molly Ringwald (“Riverdale”). A trama dramatiza seus conflitos e intrigas para contar uma passagem da vida do aclamado escritor Truman Capote. Trata-se de uma briga épica travada entre o autor, interpretado por Tom Hollander (“The White Lotus”), e um grupo de amigas poderosas formado por Babe Paley (Naomi Watts), C.Z. Guest (Chloë Sevigny) e Slim Keith (Diane Lane). Na ocasião, o escritor se infiltrou no grupo de amigas e tornou-se um fiel confidente, para depois escrever uma versão ficcionalizada que expôs todos os segredos das socialites. Escrito por Jon Robin Baitz (“Brothers and Sisters”), o roteiro adapta o livro de Laurence Leamer, “Capote’s Women: A True Story of Love, Betrayal, and a Swan Song for an Era”, que detalha todo o caso, da aproximação do grupo à traição, que ocorreu ele publicou a história “La Côte Basque, 1965” na revista Esquire em 1975. Os escândalos revelados pelo texto o fez perder muitos amigos e ser banido da alta-sociedade. A direção de todos os episódios está a cargo do cineasta Gus Van Sant (“Milk: A Voz da Igualdade”). “Feud: Capote vs. The Swans” estreia em 31 de janeiro nos EUA. Embora a data de estreia no Brasil ainda não tenha sido divulgada, a produção deve ser lançada no país pela plataforma Star+.

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    Ryan Murphy, criador de “Dahmer”, troca Netflix por Disney

    20 de junho de 2023 /

    Ryan Murphy, criador de vários sucessos recentes do streaming, como “Dahmer: Um Canibal Americano” e “Bem-Vindos à Vizinhança”, decidiu deixar a Netflix após o fim do seu contrato de R$ 300 milhões. O acordo teve um período de vigência de cinco anos para Murphy desenvolver diversas produções no streaming. Sem interesse de renovar o compromisso, o megaprodutor preferiu se juntar a uma das principais concorrentes da Netflix: a Disney. De acordo com a imprensa americana, Murphy está discutindo um novo contrato com sua colega de longa data Dana Walden, que atua como co-presidente na Disney Entertainment. O site revelou que o acordo ainda não foi concluído, mas o plano é trazer Murphy de volta à FX Networks, onde ele criou “American Horror Story”, “Pose”, “Scream Queens”, “Feud” e outras produções. A Disney não quis comentar as negociações. O site The Hollywood Reporter cita a existência de conflitos entre Murphy e Ted Sarandos, diretor de conteúdo da Netflix. A tensão teria acontecido quando Murphy foi anunciado como produtor das séries “American Sports Story” e “American Love Story” na plataforma Hulu, da Disney. Apesar do encerramento do contrato na Netflix, ele vai continuar produzindo as próximas temporadas das séries que criou na plataforma, como “Dahmer: Um Canibal Americano”, que vai virar uma antologia focada em serial killers.   Contrato milionário demorou a dar resultados A Netflix contratou Murphy em 2018, mesmo ano em que também fechou com Shonda Rhimes. Ambos foram roubados da Disney – Murphy da FX e Rhimes da ABC. Mas enquanto Rhimes demorou a lançar suas séries, vindo a estourar com o sucesso de “Bridgerton” e “Rainha Charlotte”, Murphy lançou rapidamente os primeiros projetos, que foram fracassos já esquecidos, como as minisséries “Hollywood” (2020), “Halston” (2021) e o filme “A Festa de Formatura” (2020). Foi apenas no ano passado, com as séries de suspense “Dahmer: Um Canibal Americano” e “Bem-Vindos à Vizinhança” que Murphy conquistou um público significativo no streaming. Apesar do alto valor, o acordo de Murphy não exigia exclusividade do escritor com a Netflix, uma vez que ele tinha vários projetos com a FX e a Fox. Dessa forma, ele continuou produzindo suas séries “American Horror Story” e “9-1-1”, que passaram a ganhar derivados – “American Horror Stories” e “9-1-1: Lone Star”. Além disso, atrações mais antigas, como “Feud”, foram recentemente reativadas.

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    Naomi Watts e Chloë Sevigny vão estrelar 2ª temporada de “Feud”

    17 de agosto de 2022 /

    As atrizes Naomi Watts (“A Série Divergente: Convergente”) e Chloë Sevigny (“Boneca Russa”) vão estrelar a 2ª temporada da quase esquecida série “Feud”, criada por Ryan Murphy (“American Horror Story”). Para quem não lembra, a 1ª temporada de “Feud” foi exibida em 2017 e se focava na famosa rivalidade entre as atrizes Bette Davis e Joan Crawford, estrelas da Era de Ouro de Hollywood. Assim como “American Crime Story”, a proposta da atração era ser uma antologia de casos conhecidos de brigas célebres – e o divórcio entre o Príncipe Charles e a Princesa Diana chegou a ser cogitado como 2ª temporada. Após cinco anos sem novidades, a atração vai retornar com um novo escândalo. Intitulada “Feud: Capote’s Women”, a série vai narrar a história da confusão armada pelo famoso escritor Truman Capote (“À Sangue Frio”) com algumas das suas melhores amigas (a quem ele chamava de “cisnes”). Watts vai interpretar a socialite Babe Paley, esposa do executivo do canal CBS, Bill Paley, enquanto Sevigny dará vida à estilista, socialite, escritora e atriz C. Z. Guest. O elenco ainda conta com Tom Hollander (“Bird Box”) no papel de Capote, Diane Lane (“Trumbo – Lista Negra”) como a socialite americana e ícone da moda Nancy “Slim” Keith, e Calista Flockhart (“Supergirl”) interpretando Lee Radziwill, cunhada do presidente John F. Kennedy. Em 1975, Capote se inspirou na sua relação com essas mulheres para escrever o seu conto “La Cote Basque 1965”, publicado na revista Esquire. O conto é uma crítica à alta sociedade nova-iorquina, com direito à exposição de muitos dos segredos das suas “cisnes” – de adultério até assassinato. A publicação acabou com as amizades de Capote, assim como com a sua reputação. “Feud: Capote’s Women” foi escrita por Jon Robin Baitz (“Brothers & Sisters”) e será dirigida por Gus Van Sant (“A Pé Ele Não Vai Longe”). A série será exibida no canal americano FX. No Brasil, “Feud” será disponibilizada no serviço de streaming Star+. Ainda não há previsão de estreia. Naomi Watts será vista em breve no remake do terror “Boa Noite, Mamãe”, que estreia em setembro, e na série “The Watcher”, também criada por Murphy. E Sevigny participou recentemente do drama “Bones and All”, de Luca Guadagnino (“Me Chame pelo Seu Nome”), com estreia marcada para novembro.

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    Olivia de Havilland (1916 – 2020)

    26 de julho de 2020 /

    A atriz Olivia de Havilland, vencedora de dois Oscars e uma das últimas estrelas da era de ouro de Hollywood, morreu na noite de sábado (25/7), de causas naturais enquanto dormia em sua casa, em Paris, aos 104 anos. Sua beleza angelical lhe rendeu vários papéis de protagonista romântica. Mas ela também foi heroína de ação. E a primeira pessoa – homem ou mulher – a enfrentar a indústria de Hollywood, implodindo o sistema abusivo de semi-escravidão contratual, usado pelos estúdios para humilhar atores e forçá-los a fazer filmes contra suas vontades, que vigorou até meados dos anos 1940. Sua vitória na Justiça mudou as relações entre astros e estúdios para sempre, inaugurando a era “moderna” em que atores de sucesso se tornaram capazes de escolher o que filmar e com qual estúdio quiserem. Não foi seu único processo. Mais recentemente, ela entrou com uma ação contra o produtor Ryan Murphy por retratá-la na série “Feud” (de 2017), em que foi vivida por Catherine Zeta-Jones “sem autorização e sem aprovação”. O caso estava sendo encaminhado à Suprema Corte dos EUA. Olivia De Havilland nunca foi uma atriz comum. Sua beleza lendária a aproximou de astros famosos. Havia rumores de seu relacionamento com Errol Flynn e registros de envolvimentos com James Stewart, o magnata Howard Hughes, o diretor John Huston e até com o jovem John F. Kennedy, futuro presidente dos EUA, ainda nos anos 1940. Mas, apesar das fofocas, ela recusou vários cortejos, escolhendo intelectuais como maridos. Seu primeiro casamento, em 1946, foi com o escritor e roteirista Marcus Aurelius Goodrich (“Ases da Armada”), com quem teve um filho, Benjamin. O segundo aconteceu em 1955 com Pierre Galante, editor da revista Paris Match, com quem teve uma filha, Gisele. Os dois casamentos acabaram em divórcio. Ela certamente enfrentou alguns rivais poderosos na carreira, mas considerava a própria irmã mais nova como sua maior inimiga, a atriz vencedora do Oscar Joan Fontaine (que morreu em dezembro de 2013 aos 96 anos). Seu pai, Walter, era um advogado britânico de patentes que fazia negócios no Japão, por isso ela nasceu em Tóquio, em 1º de julho de 1916. Já sua mãe, Lilian, era uma atriz de teatro que queria que suas filhas seguissem seus passos. Assim, aos 3 anos, a pequena Olivia foi com a mãe e a irmã morar na Califórnia. Sua educação começou em um convento, mas, ao terminar o colegial, ela se matriculou no Mills College, em Oakland, onde se interessou por atuar. Sua estrela brilhou durante uma apresentação teatral de “Sonho de uma Noite de Verão”, de Shakespeare. No palco como substituta de emergência de Gloria Stuart – a diva temperamental desistira na véspera – , chamou atenção do empresário Max Reinhardt, que tinha ido à estreia atrás de talentos para atuar na versão cinematográfica da peça. Ela assinou um longo contrato com a Warner e debutou em Hollywood naquela adaptação, em 1935, aos 19 anos de idade. Sua atuação encantou os executivos do estúdio que, no mesmo ano de “Sonho de uma Noite de Verão”, a lançaram em mais três produções. E já como protagonista. Um destes trabalhos de seu ano inaugural rapidamente estabeleceu sua reputação como estrela e firmou sua primeira e mais famosa parceria nas telas: nada menos que “Capitão Blood”, um dos melhores filmes de piratas da velha Hollywood, dirigido por Michael Curtiz, em que contracenou com Errol Flynn. Ao todo, Olivia viveu o par romântico de Errol Flynn em nove filmes da Warner, incluindo o famoso “As Aventuras de Robin Hood” (1938), no qual interpretou a icônica Lady Marian, e o épico “A Carga de Cavalaria Ligeira” (1936), ambos dirigidos por Curtiz – ela foi igualmente dirigida nove vezes pelo diretor. Já consagrada como uma das principais atrizes da Warner, Olivia foi atraída por uma oferta para atuar numa superprodução de um estúdio rival no final dos anos 1930. Era “…E o Vento Levou” (1939). Lisonjeada e encantada pelo projeto, uma das superproduções mais caras da época, ela pressionou pela chance de demonstrar que era mais que uma atriz comercial. Após uma dura negociação, que incluiu direitos de distribuição para a Warner, Olivia conseguiu ser liberada para viver Melanie Hamilton, a noiva e depois esposa de Ashley Wilkes, personagem de Leslie Howard, criando um retrato de mulher tímida, gentil e benevolente, que contrastava de forma frontal com o ciúme venenoso de seu marido e com o gênio de sua prima espirituosa, Scarlett O’Hara (Vivien Leigh). A performance lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar, como Melhor Atriz Coadjuvante – ela acabou sofrendo uma derrota histórica para sua colega de elenco Hattie McDaniel, primeira atriz negra premiada pela Academia, que foi mantida separada e segregada do elenco durante as filmagens e até na própria premiação. “…E o Vento Levou” (1939) venceu oito Oscars, tornando-se o filme mais premiado de sua época, uma distinção que durou por duas décadas – até “Gigi” (1958). Empolgada com o impacto do filme e pela nomeação, Olivia voltou à Warner com a expectativa de mais papéis de prestígio. Mas eles não se materializaram. O estúdio queria mais filmes de ação com Errol Flynn, no máximo algumas comédias românticas. Ela chegou a ouvir que tinha sido contratada porque era bonita e fotografava bem, não porque soubesse atuar. Conforme seu contrato inicial se aproximava do fim, Olivia deixou claro que não tinha intenção de renová-lo. Com receio de perder sua estrela, a Warner aceitou incluir alguns dramas entre seus filmes habituais. Um deles foi “A Porta de Ouro” (1941), em que ela interpretou uma professora seduzida por um astuto exilado europeu (Charles Boyer) em busca de uma esposa para obter visto americano. Seu desempenho rendeu-lhe outra indicação ao Oscar, desta vez como Melhor Atriz. Mas ela voltou a perder para uma rival: a própria irmã, Joan Fontaine, que venceu por “Suspeita”, de Alfred Hitchcock. As duas deixaram de se falar depois disso. De fato, Olivia e Joan foram as únicas irmãs a vencer o Oscar na categoria de Melhor Atriz, mas em vez de comemorarem a façanha, sua rivalidade “fraterna” foi considerada a mais feroz da história de Hollywood. Após a segunda indicação, ela começou a recusar papéis que considerava inferiores. A Warner retaliou suspendendo-a por seis meses e, quando seu contrato venceu, o estúdio insistiu que, devido às suspensões, ela ainda lhes devia mais filmes. Mas a Warner jamais suspeitou que a atriz “bonitinha” e que “fotografava bem” tivesse mais obstinação que a fictícia Scarlett O’Hara. Amanhã foi outro dia para Olivia de Havilland, que processou e venceu. O caso se arrastou por um ano e meio, período em que ficou afastada das telas, mas a Suprema Corte da Califórnia aprovou uma decisão de primeira instância em seu favor em 1945. Conhecida como “a decisão de Havilland”, a orientação jurídica determinou que nenhum estúdio poderia prolongar arbitrariamente a duração do contrato de um ator. Foi o fim da semi-escravidão de Hollywood. A atriz se declarou independente, colocando-se no mercado para todos os estúdios. E choveram ofertas, inclusive da própria Warner. Para compensar o tempo em que passou brigando na Justiça, ela apareceu logo em quatro filmes de 1946. Apenas um deles era uma comédia romântica, demonstrando o novo rumo de sua carreira, focado na busca do Oscar. A seleção incluía “Devoção”, um daqueles dramas de prestígio que a Warner não queria lhe dar, mas que enfim deu após o fim do contrato, no papel da escritora Emily Brontë (de “O Morro dos Ventos Uivantes”). Viveu também uma mãe solteira que abandona o filho em “Só Resta uma Lágrima”, de Mitchell Leisen, produzido pela Paramount. E interpretou gêmeas, uma boazinha e outra malvada, em “Espelho d’Alma”, clássico noir de Robert Siodmak, distribuído pela Universal. A estratégia deu certo. Olivia de Havilland venceu seu primeiro Oscar por “Só Resta uma Lágrima”. Ela enfrentou Hollywood, assumiu o controle da carreira e escolheu os filmes que queria fazer. E conquistou o reconhecimento da Academia. Mas a atriz não queria apenas empatar com a irmã. Queria superá-la. Isto ficou claro quando Olivia se recusou a receber os parabéns de Joan ao vencer sua estatueta. Esse esforço rendeu mais dois clássicos: “Na Cova da Serpente” (1948), de Anatole Litvak, em que deu vida à uma mulher internada num hospício, e “Tarde Demais” (1949), de William Wyler, como uma herdeira solteirona seduzida por um golpista mais jovem (Montgomery Clift). O primeiro lhe rendeu nova indicação ao Oscar, perdendo (injustamente) para Jane Wyman por “Belinda”. O outro lhe valeu seu segundo Oscar de Melhor Atriz. Aqueles foram os últimos dois filmes que ela realmente gostou de fazer. Após aparecer como a “mulher mais velha”, as ofertas de bons papéis diminuíram. Mesmo assim, Olivia enfrentou o “ageismo” implacável da velha Hollywood com menos lançamentos, mas sem abrir mão da qualidade. Fez “Eu Te Matarei, Querida! (1952), de Henry Koster, “Não Serás um Estranho” (1955), de Stanley Kramer, “A Noite É Minha Inimiga” (1959), de Anthony Asquith, e até “O Rebelde Orgulhoso” (1958), em que voltou a trabalhar com Michael Curtiz, culminando esta fase numa parceria histórica com a igualmente lendária Bette Davis no suspense “Com a Maldade na Alma” (1964). Foram os derradeiros filmes dignos de seu nome. Ao passar dos 50 anos, Olivia trocou as grandes produções por aparições num punhado de séries – como “Big Valley” (em 1965), a minissérie “Roots: The Next Generations” (em 1979) e “O Barco do Amor” (em 1981) – , e pela função de cota de prestígio em filmes de baixa qualidade, como a “nunsplotation” “Joana, a Mulher que Foi Papa” (1972) e os thrillers de desastre “Aeroporto 77” (1977) e “O Enxame” (1978). Seu último papel no cinema foi em “O Quinto Mosqueteiro” (1979), como a Rainha-mãe de Louis XIV (Beau Bridges), numa homenagem do diretor Ken Annakin a seus primeiros longas de capa e espada. Depois disso, sua carreira ainda se estendeu por mais uma década em produções televisivas, o que lhe valeu um último reconhecimento: o Globo de Ouro pela minissérie “Anastácia: O Mistério de Ana” (1986), aos 70 anos de idade. Em 1988, ele anunciou a aposentadoria e se mudou para Paris, na França, onde se tornou uma celebridade adorada. Ela chegou a receber a maior honraria do país, a comenda da Legião de Honra, em 2010. “Você honra a França por nos escolher como sua morada”, disse o presidente Nicolas Sarkozy na cerimônia. Ao saber de sua morte, a presidente do SAG-AFTRA (sindicato dos atores dos EUA), Gabrielle Carteris, evocou sua importância histórica para a classe artística. “Olivia de Havilland não era apenas bonita e talentosa, era uma visionária corajosa e uma inspiração para todas as gerações. Ela era uma maravilha e uma lenda. Descanse em paz.”

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    FX desiste de produzir 2ª temporada de Feud centrada no divórcio da Princesa Diana

    3 de agosto de 2018 /

    O canal pago americano FX desistiu de produzir a 2ª temporada de “Feud” centrada no divórcio entre o Príncipe Charles e a Princesa Diana. A revelação foi feita pelo presidente do canal, John Landgraf, no evento semestral da TCA (Associação de Críticos de TV dos Estados Unidos). Ele disse que a série não foi cancelada, mas não abordará mais o tema previamente anunciado. “No fim das contas, nós apenas não conseguimos desenvolver o material da forma como gostaríamos”, justificou o executivo. “‘Feud’ ainda é uma série ativa, mas Ryan [Murphy, o criador] não me confirmou qual será o tema da próxima temporada, ou quando ele terá tempo para realizá-la”. O executivo negou que a decisão tenha sido influenciada pelo sucesso de “The Crown”, série da Netflix sobre a família real britânica que vai abordar a história do casamento e divórcio de Charles e Diana nas próximas temporadas. “A nossa abordagem era bem diferente. Eu gosto de ‘The Crown’, mas ela é contada do ponto de vista da família. Nossa série seria do ponto de vista de alguém de fora que está entrando na família, como Meghan Markle”, revelou, comparando as duas “princesas”. “Feud” nasceu como uma série em formato de antologia, com a proposta de abordar uma famosa rixa histórica a cada temporada. O primeiro ano, exibido em 2017, tratou da rivalidade entre as atrizes Bette Davis (Susan Sarandon) e Joan Crawford (Jessica Lange) em Hollywood. Intitulada simplesmente “Feud: Charles & Diana”, a 2º temporada seria transmitida no começo deste ano, mas o roteiro acabou não agradando e agora não será mais produzida. Como Ryan Murphy está envolvido em diversos projetos e assinou contrato de exclusividade com a Netflix, a possibilidade de a série se resumir à 1ª temporada se tornou uma grande possibilidade, que Landgraf ainda não oficializou.

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    Polícia Federal: A Lei é Para Todos sofreu 18 processos de acusados na Operação Lava-Jato

    27 de março de 2018 /

    De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, o filme “Polícia Federal: A Lei é Para Todos” já sofreu 18 processos de advogados de acusados na Operação Lava-Jato, que foram retratados na trama. Os processos são similares ao movido pela atriz americana Olivia de Havilland contra a série “Feud” e que foi recusado por um tribunal da Califórnia na segunda (26/8) por ferir a liberdade de expressão garantida pela Constituição dos Estados Unidas. O produtor do longa, Tomislav Blazic, afirmou ao jornal que boa parte dos processos já foi retirada. “Usamos o argumento da liberação das biografias não autorizadas e todos recuaram”, ele contou. Atualmente, Blazic trabalha no desenvolvimento da continuação do longa, que está em fase de roteiro. Ainda não há previsão para a estreia.

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    Olivia de Havilland, de 101 anos, perde ação contra a série Feud

    26 de março de 2018 /

    A ação movida pela lendária atriz Olivia de Havilland contra a série “Feud” não foi aceita pela justiça americana. O processo foi descartado pelo tribunal de Los Angeles nesta segunda (26/3). A atriz de 101 anos de idade acusava o canal FX de distorcer a verdade e manchar sua reputação ao retratá-la na 1ª temporada de “Feud”, na qual ela foi vivida por Catherine Zeta-Jones. Mas, no entendimento da Justiça americana, o direito da última estrela viva de “…E o Vento Levou” não está acima do direito da liberdade de expressão e criação, estabelecidos na Primeira Emenda da Constituição dos Estados Unidos. A 1ª temporada de “Feud” era centrada na famosa rivalidade entre outras estrelas de Hollywood: Bette Davis, interpretada por Susan Sarandon, e Joan Crawford, encarnada por Jessica Lange. De Havilland é a única atriz viva dentre os personagens retratados na série. A advogada da atriz, Suzelle Smith, afirmou ante ao tribunal que a produção passa uma imagem negativa de sua cliente e viola seu direito à privacidade, ao mostrá-la na ficção referindo-se a sua irmã, Joan Fontaine, como uma “cadela” (“bitch”). “Uma das razões principais do grande respeito do público por Olivia de Havilland é que em sua carreira de mais de 80 anos sempre se negou a se envolver em fofocas de Hollywood sobre as relações entre os outros atores”, afirma a ação. Já a advogada do canal pago, Kelly Klaus, alegou em juízo que a ficção documental não se propõe a contar a história literalmente. “Essa é a função dos documentários”, afirmou. O tribunal de apelação não discutiu o mérito da calúnia, que seria outra ação, apenas considerou que a produção “Feud” estaria protegida constitucionalmente. Além disso, a Primeira Emenda exime os criadores de pagar pelos direitos da vida de alguém – porque a vida não é uma obra intelectual. “A decisão é uma vitória para a comunidade criativa e para a Primeira Emenda”, comemorou Ryan Murphy, criador da série, em um comunicado. “A vitória de hoje dá a todos os criadores o espaço necessário para respirar e continuar a contar histórias históricas importantes inspiradas em eventos reais. Acima de tudo, é um ótimo dia para a expressão artística e um lembrete de quão preciosa nossa liberdade permanece.”

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    Ryan Murphy fecha contrato milionário de exclusividade para criar séries e filmes pra Netflix

    14 de fevereiro de 2018 /

    Outro produtor de TV megafamoso firmou contrato de exclusividade para criar novas séries para a Netflix. Depois de Shonda Rhimes (criadora de “Grey’s Anatomy”, “Scandal”, “How to Get Away from Murder”), o serviço de streaming trouxe à bordo Ryan Murphy, o criador de inúmeros sucessos no estúdio de TV da Fox. O próprio CEO da Disney, Bob Iger, chegou a ligar para Murphy no momento da aquisição da Fox, demonstrando a importância do produtor para os planos da empresa. Mas a Netflix foi mais rápida. Após contratar duas novas produções de Murphy, “Ratched” e “The Politician”, ofereceu um contrato milionário, que o site Deadline calcula em US$ 300 milhões, para ter exclusividade em seus próximos projetos. Apesar desse contrato, as séries atuais de Murphy continuarão a ser produzidas pela Fox TV, como o novo sucesso “9-1-1” na rede Fox, e “American Horror Story”, “American Crime Story”, “Feud” e a vindoura “Pose” no FX. Anteriormente, o produtor também criou “Nip/Tuck” no FX e as séries “Glee”, “The New Normal” e “Scream Queens”, exibidas na Fox, além do telefilme “The Normal Heart” na HBO e seu primeiro projeto, a cultuada série “Popular”, no antigo canal Warner. Sob o acordo de cinco anos, chamado “o negócio da vida de um artista” por fontes da indústria televisiva, Murphy e sua produtora criarão novas séries, filmes e até documentários exclusivamente na Netflix. “As séries de Ryan Murphy influenciaram o estilo de vida cultural global, reinventaram os gêneros e mudaram o curso da história da televisão. Sua dedicação implacável à excelência, a dar voz aos sub-representados, mostrar uma perspectiva única ou simplesmente chocar, impregna seu trabalho que quebra gêneros”, disse Ted Sarandos, Diretor de Conteúdo da Netflix, em comunicado. “De Nip/Tuck – nossa primeira série licenciada – para “American Crime Story: The People v. OJ Simpson” e “American Horror Story”, nós vimos como seu tipo de narrativa cativa consumidores e críticos em todo o mundo. O seu célebre trabalho e suas contribuições para a nossa indústria falam por si próprios, e estamos ansiosos para apoiar Ryan a levar suas histórias amplas e diversas para o mundo inteiro”. “Não perdi de vista a importância desse momento”, disse Murphy, dando perspectiva ao acordo. “Eu sou um garoto gay de Indiana, que se mudou para Hollywood em 1989 com US$ 55 no meu bolso, então, o fato de que meus sonhos se cristalizaram e se tornaram realidade de uma maneira tão grande é algo muito emocional e esmagador pra mim. Estou impressionado pela apreciação genuína de Ted Sarandos, Reed Hastings e Cindy Holland da Netflix por acreditarem em mim e no futuro da minha empresa, que continuará a defender mulheres, minorias e heróis e heroínas LGBTQ, e estou honrado e grato por continuar minha parceria com meus amigos e colegas da Fox em nossos shows existentes”, ele declarou. O acordo entre Murphy e a Netflix encerra – pelo menos por enquanto – uma das colaborações mais bem-sucedidas entre um criador e um executivo na televisão. Mas não houve brigas. “Desejo tudo de melhor a Ryan e sei que todos na nossa empresa sentem o mesmo”, disse a presidente da Fox TV Group Dana Walden, que trabalha em estreita colaboração com Murphy há anos e o conta como um amigo pessoal próximo. “Temos sorte de ter tantos projetos com ele”. Segundo o site Deadline, Walden também teria sido abordada ara se juntar a Murphy na Netflix. Ela chegou a ser cortejada pela Amazon no final do ano passado, e se mantém comprometida com seu trabalho na Fox, onde seu contrato expira no final deste ano, embora seja vista como líder potencial da Disney-Fox. Murphy e Walden chegaram, recentemente, explorado a possibilidade de lançarem uma empresa em conjunto e, dada a longa história da dupla e seu relacionamento muito próximo, é possível que eles voltem a se juntar no futuro. Em janeiro, Murphy explicou que a compra da Fox pela Disney tinha mudado todos os seus planos. “Três meses atrás, pensei que seria enterrado no lote da Fox. Tinha até meu mausoléu escolhido”, disse Murphy. “Mas o material que eu faço não é especificamente para Disney. Eu fiquei preocupado: vou ter que começar a colocar o Mickey Mouse em ‘American Horror Story’?” Aparentemente, nem uma ligação do próprio Bob Iger conseguiu acabar com essa preocupação. Assim, a Disney acabou ajudando a Netflix.

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    The Handmaid’s Tale vence o Emmy 2017 e inicia nova era na “televisão”

    18 de setembro de 2017 /

    Mais importante premiação da televisão americana, o Emmy 2017, que aconteceu na noite de domingo (17/9) em Los Angeles, foi marcado por vitórias de produções de temática feminina, por talentos que denotam a diversidade atual da indústria televisiva e pela ascensão irreversível do streaming. Pela primeira vez, uma produção de streaming venceu o cobiçado Emmy de Melhor Série de Drama. E não só este prêmio. “The Handmaid’s Tale” foi a série mais premiada da noite, empatada com a minissérie “Big Little Lies” da HBO, ambas com cinco Emmys. A importância desta conquista equivale à virada da antiga “TV a cabo”, quando “Família Soprano” (The Sopranos) se tornou a primeira série de um canal pago a vencer o Emmy da categoria em 2004. Faz apenas 13 anos, mas a repercussão foi tanta que transformou a HBO numa potência televisiva. Na época, a própria HBO dizia que não era TV, era HBO e pronto, e isso também se refletia no fato de as atrações do “cabo” terem sido segregadas durante vários anos – elas tinham uma premiação a parte até 1997, porque não se encaixavam no que era entendido como “televisão”. Hoje, a TV paga domina o Emmy. Lembrar disso é uma forma de dimensionar o que significa a Academia da Televisão dos Estados Unidos aclamar um programa que já nem é transmitido por cabo, mas pela internet, e não necessariamente para um monitor televisivo. Nova mudança de paradigma. Outra característica subversiva de “The Handmaid’s Tale” é que, embora seja streaming, não é uma produção da Netflix, cujo crescimento foi referenciado no monólogo de abertura do apresentador Stephen Colbert. A atração faz parte da Hulu, que é (era?) considerada apenas a terceira força do mercado de streaming americano, atrás também da Amazon e disponível apenas nos Estados Unidos e Japão. A série é inédita no Brasil. A atenção despertada pelo Emmy deve mudar o jogo para a Hulu. Plataforma criada como joint venture por quatro estúdios (Disney, Fox, Universal e Warner), o serviço vem se destacando pela qualidade de suas produções exclusivas. Com “The Handmaid’s Tale”, tem agora um impressionante cartão de visitas. Afinal, a obra fez a limpa nas categorias de Drama: Melhor Série, Atriz (Elizabeth Moss), Atriz Coadjuvante (Ann Dowd), Roteiro (Bruce Miller) e Direção (Reed Morano), além de ter vencido antecipadamente o prêmio de Melhor Atriz Convidada (Alexis Bledel). Na semana passada, o executivo-chefe da Hulu, Mike Hopkins, disse em um evento no Paley Center em Nova York que conquistar um Emmy que fosse seria uma benção para a plataforma, ajudando-a a atrair novos assinantes e talentos criativos. A vitória contundente deve mudar tudo em relação aos planos de desenvolvimento e expansão do negócio. Afinal, a Disney (dona de 30% da Hulu) já tinha avisado ao mercado que lançaria sua própria plataforma exclusiva de streaming em 2019. A sci-fi distópica e dramática “The Handmaid’s Tale”, sobre um futuro de opressão para as mulheres, concorria no domingo apenas nas cinco categorias que venceu. Teve aproveitamento de 100%. A segunda produção mais próxima disto foi “Big Little Lies”, que apesar de ter conquistado o mesmo número de Emmys, perdeu uma das categorias que disputava. Ainda assim, a atração da HBO foi a grande unanimidade de seu nicho. Venceu como Melhor Minissérie, Atriz (Nicole Kidman), Atriz Coadjuvante (Laura Dern), Ator Coadjuvante (Alexander Skarsgard) e Direção (Jean-Marc Vallée). Os dois programas possuem uma temática assumidamente feminista, abordando violência contra mulheres, e Nicole Kidman fez um discurso contundente de agradecimento, que chamou atenção para o assunto. Mas não ficam só na teoria, levando adiante o empoderamento feminino a seus bastidores. Quem dirigiu o piloto de “The Handmaid’s Tale” foi uma mulher, por sinal vencedora do Emmy. A cineasta Reed Morano traduziu com imagens a obra de outra mulher: o romance homônimo de Margaret Atwood (que subiu ao palco e foi aplaudida de pé ao final da premiação). Por sua vez, “Big Little Lies” foi produzido por Nicole Kidman e Reese Witherspoon para a HBO, graças à frustração de ambas diante da falta de bons papéis para desempenharem no cinema. A consagração de “Big Little Lies” acabou sendo especialmente relevante para a HBO, que se frustrou com a aposta em “Westworld” como substituto de “Game of Thrones” na disputa de Drama. A sci-fi robótica só foi lembrada numa esquete no meio da premiação. Não venceu nenhum troféu. O mesmo aconteceu com o incensado telefilme “The Wizard of Lies”, estrelado por Robert De Niro. Mas o talk show “Last Week Tonight with John Oliver”, a série limitada “The Night Of” e a comédia “Veep” compensaram, somando juntos o mesmo número de Emmys de “Big Little Lies”. Por conta disso, preservaram a tradição da HBO como maior vencedor anual do Emmy nesta década. As categorias de Comédia chamaram atenção por ir na direção oposta dos troféus de Drama, premiando duas séries já consagradas. Com mais de 40 anos de produção, “Saturday Night Live” venceu os troféus de Melhor Atriz Coadjuvante (Kate McKinnon) e Melhor Ator Coadjuvante (Alec Baldwin), além de dois prêmios como Programa de Variedades. E “Veep”, que faturou o Emmy de Melhor Série de Comédia pelo terceiro ano consecutivo, rendeu a sexta vitória de Julia Louis-Dreyfus como Melhor Atriz de Comédia. Ela estabeleceu um recorde no evento, ao ser premiada por cada uma das temporadas em que a série foi exibida. A boa notícia para suas concorrentes é que “Veep” vai acabar no ano que vem. Os quatro prêmios de “Saturday Night Live” se somaram à vitória de “The Voice” como Melhor Reality Show e ao troféu solitário conquistado por “This Is Us” para render à rede CBS o 2º lugar entre os canais mais premiados da transmissão do Emmy. Uma surpresa e tanto, pois, como brincou o apresentador, a TV aberta – “lembra?” – foi aquele lugar esquecido onde tudo começou. Graças às vitórias de “Atlanta”, nas categorias de Melhor Ator e Melhor Direção de Comédia (ambas conquistadas por Donald Glover), a FX evitou o que seria um grande vexame. Após vitórias consecutivas de produções de Ryan Murphy, o Emmy 2017 não deu atenção para seu novo projeto, “Feud”. A dependência de Murphy ficou tão escancarada que, sem uma reprise dos fenômenos de “American Horror Story” e “American Crime Story”, o canal premium do grupo Fox implodiu no ranking. Era o segundo canal mais premiado em 2016 e agora ficou em quinto. Mas quando consideradas as categorias técnicas, o chamado Emmy das Artes Criativas, nem sequer aparece no Top 10. O detalhe é que a Netflix não se saiu tão melhor. Conquistou, ao todo, quatro troféus, sendo metade deles por um episódio de “Black Mirror”. Menos que a Hulu com apenas “The Handmaid’s Tale”. Badalado, “Stranger Things” não levou nenhum Emmy durante o telecast, embora tenha vencido como Melhor Elenco na premiação preliminar. Apontado como grande favorito, “The Crown” só conquistou o troféu de Melhor Ator Coadjuvante (John Lithgow). Mas havia vencido os troféus de Figurino e Desenho de Produção no fim de semana anterior. Contando as categorias técnicas, a soma da Neflix cresce significativamente, atingindo 20 vitórias – atrás apenas das 29 totais da HBO. Entretanto, o Emmy preliminar não é televisionado justamente porque o público não acha interessante comemorar Melhor Cabelo, Edição, Som, etc. Já sua grande rival online, a Amazon, saiu de mãos abanando, sem conseguir sequer emplacar prêmios técnicos. Nem mesmo para seu carro-chefe, a série de comédia “Transparent”. Destino idêntico teve o canal pago AMC, que vinha se destacando na época de “Breaking Bad” e “Mad Men”, mas não tem repetido o feito com a série “Better Call Saul”, sua única produção atualmente valorizada pela Academia da Televisão. Outra série em que muitos apostavam, “This Is Us”, da CBS, escapou da decepção por conquistar um Emmy importante durante a transmissão. E a vitória foi bem aproveitada por Sterling K. Brown (Melhor Ator de Drama), que usou seu longo discurso para fazer uma provocação sutil em sua citação a Andre Braugher, último ator negro a vencer na categoria, o que aconteceu há 19 anos por “Homicide: Life on the Street”. Entretanto, algo muito mais significativo que a vitória do quarto ator negro em Série de Drama acabou acontecendo minutos antes: o Emmy de Melhor Ator em Minissérie para Riz Ahmed. Ele venceu simplesmente Robert De Niro para se tornar o primeiro ator de descendência asiática premiado pelo Emmy. Nascido na Inglaterra, mas filho de paquistaneses, Ahmed também é o primeiro ator muçulmano premiado pela Academia, por seu brilhante desempenho em “The Night Of”, referindo-se inclusive à islamofobia em seu discurso. Azis Ansari, descendente de indianos, também venceu (pela segunda vez consecutiva) como Roteirista de Comédia, por “Master of None”. Ambas as consagrações ajudam a mostrar que o universo das séries é mais colorido que o preto e branco dominante nas discussões sobre diversidade. Confira abaixo a lista completa das produções e talentos premiados durante a transmissão do Emmy 2017. E clique nas fotos dos premiados para ampliá-las em tela inteira. Vencedores do Emmy 2017 Melhor Série de Drama “The Handmaid’s Tale” Melhor Série de Comédia “Veep” Melhor Minissérie ou Série Limitada “Big Little Lies” Melhor Telefilme “Black Mirror: San Junipero” Melhor Atriz em Série de Drama Elisabeth Moss (“The Handmaid’s Tale”) Melhor Ator em Série de Drama Sterling K. Brown (“This Is Us”) Melhor Atriz em Série de Comédia Julia Louis Dreyfuss (“Veep”) Melhor Ator em Série de Comédia Donald Glover (“Atlanta”) Melhor Atriz em Minissérie, Série Limitada ou Telefilme Nicole Kidman (“Big Little Lies”) Melhor Ator em Minissérie, Série Limitada ou Telefilme Riz Ahmed (“The Night Of”) Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Drama Ann Dowd (“The Handmaid’s Tale”) Melhor Ator Coadjuvante em Série de Drama John Lithgow (“The Crown”) Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Comédia Kate McKinnon (“Saturday Night Live”) Melhor Ator Coadjuvante em Série de Comédia Alec Baldwin (“Saturday Night Live”) Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie, Série Limitada ou Telefilme Laura Dern (“Big Little Lies”) Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie, Série Limitada ou Telefilme Alexander Skarsgard (“Big Little Lies”) Melhor Direção em Série de Drama Reed Morano (“The Handmaid’s Tale”) Melhor Direção em Série de Comédia Donald Glover (“Atlanta”) Melhor Direção em Minissérie, Série Limitada ou Telefilme Jean-Marc Vallée (“Big Little Lies”) Melhor Roteiro em Série de Drama Bruce Miller (“The Handmaid’s Tale”) Melhor Roteiro em Série de Comédia Aziz Ansari, Lena Waithe (“Master of None”) Melhor Roteiro em Minissérie, Série Limitada ou Telefilme Charlie Brooker (“Black Mirror: San Junipero”) Melhor Série de Esquetes e Variedades “Saturday Night Live” Melhor Reality Show “The Voice” Melhor Programa de Variedades “Last Week Tonight with John Oliver” Melhor Roteiro de Programa de Variedades Equipe de “Last Week Tonight with John Oliver” Melhor Direção de Programa de Variedades Don Roy King (“Saturday Night Live”)

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    Emmy 2017 reflete avanço do streaming, diversidade e renovação entre as séries

    17 de setembro de 2017 /

    A Academia de Televisão dos Estados Unidos realiza neste domingo (17/9) a 69ª edição de sua premiação, os Emmy Awards. E a ausência de “Game of Thrones”, recordista do troféu, que este ano só foi ao ar após a divulgação dos indicados, além do fim das premiadas “Downton Abbey” e “Mad Men”, abriu espaço para uma grande renovação na disputa. A principal novidade foi o destaque obtido pela sci-fi “The Handmaid’s Tale”, primeira produção do serviço de streaming Hulu a obter indicação ao Emmy de Melhor Série de Drama. Também chamou atenção a evidência conseguida por “This Is Us”, num feito raro nesses dias de TV em toda parte. Produção de rede comercial aberta, o drama geracional provou ter qualidade suficiente para disputar o troféu com as atrações premium dos serviços por assinatura. Mas a Netflix conseguiu se destacar com um feito ainda mais significativo, ao emplacar três produções na prestigiosa disputa de Drama: “The Crown”, “Stranger Things” e “House of Cards”. Ainda mais interessante é que, dentre as sete séries dramáticas indicadas, a maioria (quatro) são produções exibidas por streaming e não por transmissão televisiva. Ou seja, o paradigma mudou. A decepção fica por conta da Amazon, que não conseguiu ampliar muito sua presença além de “Transparent”, sua realização mais premiada. De forma significativa, a categoria das Melhores Séries de Drama abriga cinco produções estreantes: “This Is Us”, “The Handmaid’s Tale”, “Westworld”, “The Crown” e “Stranger Things”, que competem com as veteranas “Better Call Saul” e “House of Cards”. A quantidade de títulos de ficção científica é outro dado ilustrativo dos novos tempos. Em compensação, entre as comédias a única novidade é “Atlanta”, que, por sinal, é favorita na disputa com “Black-ish”, “Master of None”, “Silicon Valley”, “Unbreakable Kimmy Schmidt”, “Veep” e a perene “Modern Family”. Outro detalhe desta lista é que, entre as cinco séries, três têm protagonistas negros e pardos. Esta diversidade também está presente nas categorias de interpretação, com recorde de representatividade afro-americana. Ao todo, 27 artistas não brancos vão disputar troféus neste ano, superando os 21 do ano passado. E o número chega a 30, quando se incluem os apresentadores de reality shows. A abundância pode ser atribuída ao aumento das produções voltadas para nichos específicos, que ganharam impulso com o streaming e a TV paga. Entretanto, foi uma série da TV aberta que rendeu o maior número de atores negros indicados. “This Is Us” trouxe indicações para Sterling K. Brown (Melhor Ator em Série de Drama), Ron Cephas Jones (Coadjuvante) e Brian Tyree Henry (Ator Convidado). A estrela mais famosa na disputa é Viola Davis (“How to Get Away with Murder”), que há dois anos se tornou a primeira negra a vencer como Melhor Atriz de Drama, categoria em que volta a concorrer. No início deste ano, ela também conquistou o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por “Fences” (o filme lançado no Brasil como “Um Limite Entre Nós”). Apesar da grande representatividade de artistas negros, a diversidade não é tão ampla assim, com apenas dois indianos/paquistaneses (Ansari e Riz Ahmed), um latino (Lin-Manuel Miranda, que disputava um Emmy preliminar) e um asiático (BD Wong, igualmente derrotado na disputa preliminar) na relação de minorias não brancas. A premiação também destaca telefilmes, e a lista deste ano causou sobressaltos ao incluir episódios de duas séries: “Black Mirror” e “Sherlock”. Esta anomalia reflete a grande qualidade das séries e a safra fraca dos filmes feitos para TV, da qual só se destaca realmente “The Wizard of Lies”, da HBO. Entre as minisséries e séries limitadas (leia-se de antologia), apenas “Fargo” é veterana, abrindo espaço para mais uma antologia de Ryan Murphy, “Feud”, duas novidades bem distintas da HBO, “The Night Of” e “Big Little Lies”, e a surpresa de “Genius”, do estranho no ninho National Geographic. Em contraste com tantas novidades, a atração que obteve maior quantidade de indicações está no ar há mais de 40 anos: o humorístico “Saturday Night Life”. Contando prêmios técnicos, a produção veterana recebeu 22 indicações – mesmo número de “Westworld”, principal herdeiro de “Game of Thrones” nas categorias técnicas (efeitos). A premiação técnica, por sinal, já aconteceu. Considerado um evento preliminar e batizado de Emmy das Artes Criativas, os troféus de editores, cinematógrafos, figurinistas, maquiadores, compositores e técnicos em geral foi entregue no fim de semana passado e rendeu empate entre “Westworld” e “Strange Things”. Ambas as séries saíram com cinco Emmys cada. A cerimônia antecipada também premia atores convidados (que não fazem parte do elenco fixo central), e rendeu os primeiros troféus de interpretação de “Handmaid’s Tale” e “This Is Us”, vencidos, respectivamente, por Alexis Bledel e Gerald McRaney, além de perpetuar o domínio de “Saturday Night Life” nas categorias de convidados de comédia. Confira a lista completa dos Emmys preliminares aqui. Com apresentação de Stephen Colbert, a cerimônia principal do Emmy 2017 será realizada no Microsoft Theater, em Los Angeles, e exibida ao vivo pelo canal pago TNT. Saiba mais sobre a transmissão aqui e veja abaixo a lista completa dos indicados. Indicados ao Emmy 2017 Melhor Série de Drama “Better Call Saul” “The Crown” “The Handmaid’s Tale” “Stranger Things” “This Is Us” “Westworld” “House of Cards” Melhor Série de Comédia “Atlanta” “Black-ish” “Master of None” “Modern Family” “Silicon Valley” “Unbreakable Kimmy Schmidt” “Veep” Melhor Minissérie ou Série Limitada “Big Little Lies” “Fargo” “Feud” “Genius” “The Night Of” Melhor Telefilme “The Wizard of Lies” “Black Mirror: San Junipero” “Dolly Parton’s Christmas of Many Colors: Circle of Love” “The Immortal Life of Henrietta Lacks” “Sherlock: The Lying Detective” Melhor Atriz em Série de Drama Viola Davis (“How to Get Away with Murder”) Claire Foy (“The Crown”) Elisabeth Moss (“The Handmaid’s Tale”) Keri Russell (“The Americans”) Evan Rachel Wood (“Westworld”) Robin Wright (“House of Cards”) Melhor Ator em Série de Drama Sterling K. Brown (“This Is Us”) Anthony Hopkins (“Westworld”) Matthew Rhys (“The Americans”) Liev Schreiber (“Ray Donovan”) Kevin Spacey (“House of Cards”) Milo Ventimiglia (“This Is Us”) Melhor Atriz em Série de Comédia Pamela Adlon (“Better Things”) Jane Fonda (“Grace and Frankie”) Alison Janney (“Mom”) Ellie Kemper (“Unbreakable Kimmy Schmidt”) Julia Louis Dreyfuss (“Veep”) Tracee Elliss Ross (“Black-ish”) Lily Tomlin (“Grace and Frankie”) Melhor Ator em Série de Comédia Anthony Anderson (“Black-ish”) Aziz Ansari (“Master Of None”) Zach Galifianakis (“Baskets”) Donald Glover (“Atlanta”) William H. Macy (“Shameless”) Jeffrey Tambor (“Transparent”) Melhor Atriz em Minissérie, Série Limitada ou Telefilme Carrie Coon (“Fargo”) Felicity Huffman (“American Crime”) Nicole Kidman (“Big Little Lies”) Jessica Lange (“FEUD: Bette and Joan”) Susan Sarandon (“FEUD: Bette and Joan”) Reese Witherspoon (“Big Little Lies”) Melhor Ator em Minissérie, Série Limitada ou Telefilme Riz Ahmed (“The Night Of”) Benedict Cumberbatch (“Sherlock – The Lying Detective”) Robert De Niro (“The Wizard of Lies”) Ewan McGregor (“Fargo”) Geoffrey Rush (“Genius”) John Turturro (“The Night of”) Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Drama Ann Dowd (“The Handmaid’s Tale”) Samira Wiley (“The Handmaid’s Tale”) Uzo Aduba (“Orange Is the New Black”) Millie Bobby Brown (“Stranger Things”) Chrissy Metz (“This Is Us”) Thandie Newton (“Westworld”) Melhor Ator Coadjuvante em Série de Drama John Lithgow (“The Crown”) Jonathan Banks (“Better Call Saul”) Mandy Patinkin (“Homeland”) Michael Kelly (“House of Cards”) David Harbour (“Stranger Things”) Ron Cephas Jones (This Is Us) Jeffrey Wright (Westworld) Melhor Atriz Coadjuvante em Série de Comédia Kate McKinnon (“Saturday Night Live”) Vanessa Beyer (“Saturday Night Live”) Leslie Jones (“Saturday Night Live”) Anna Chlumsky (“Veep”) Judith Light (“Transparent”) Kathryn Hahn (“Transparent”) Melhor Ator Coadjuvante em Série de Comédia Alec Baldwin (“Saturday Night Live”) Louie Anderson (“Baskets”) Ty Burrell (“Modern Family”) Tituss Burgess (“Unbreakable Kimmy Schmidt”) Tony Hale (“Veep”) Matt Walsh (“Veep”) Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie, Série Limitada ou Telefilme Regina King (“American Crime”) Shailene Woodley (“Big Little Lies”) Laura Dern (“Big Little Lies”) Judy Davis (“Feud”) Jackie Hoffman (“Feud”) Michelle Pfeiffer (“The Wizard of Lies”) Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie, Série Limitada ou Telefilme Alexander Skarsgard (“Big Little Lies”) David Thewlis (“Fargo”) Alfred Molina (“Feud”) Stanley Tucci (“Feud”) Bill Camp (“The Night Of”) Michael K. Williams (“The Night Of”) Melhor Direção em Série de Drama Vince Gilligan (“Better Call Saul”) Lesli Linka Glatter (“Homeland”) The Duffer Brothers (“Stranger Things”) Stephen Daldry (“The Crown”) Reed Morano (“The Handmaid’s Tale”) Kate Dennis (“The Handmaid’s Tale”) Jonathan Nolan (“Westworld”) Melhor Direção em Série de Comédia Donald Glover (“Atlanta”) Jamie Babbit (“Silicon Valley”) Mike Judge (“Silicon Valley”) Morgan Sackett (“Veep”) David Mandel (“Veep”) Dale Stern (“Veep”) Melhor Direção em Minissérie, Série Limitada ou Telefilme Jean-Marc Vallée (“Big Little Lies”) Noah Hawley (“Fargo”) Ryan Murphy (“FEUD: Bette And Joan”) Ron Howard (“Genius”) James Marsh (“The Night Of”) Steven Zaillian (The Night Of) Melhor Roteiro em Série de Drama Joel Fields, Joe Weisberg (“The Americans”) Gordon Smith (“Better Call Saul”) Peter Morgan (“The Crown”) Bruce Miller (“The Handmaid’s Tale”) The Duffer Brothers (“Stranger Things”) Lisa Joy, Jonathan Nolan (“Westworld”) Melhor Roteiro em Série de Comédia Donald Glover (“Atlanta: B.A.N”) Stephen Glover (“Atlanta: Streets on Lock”) Aziz Ansari, Lena Waithe (“Master of None”) Alec Berg (“Silicon Valley”) Billy Kimball (“Veep: Georgia”) David Mandel (“Veep: Groundbreaking”) Melhor Roteiro em Minissérie, Série Limitada ou Telefilme David E. Kelley (“Big Little Lies”) Charlie Brooker (“Black Mirror: San Junipero”) Noah Hawley (“Fargo”) Ryan Murphy (“Feud: And the Winner Is”) Ryan Murphy, Jaffe Cohen, Michael Zam (“Feud: Pilot”) Richard Price, Steven Zaillian (“The Night Of”) Melhor Série de Esquetes e Variedades “Billy On The Street” “Documentary Now!” “Drunk History” “Portlandia” “Saturday Night Live” “Tracey Ullman’s Show” Melhor Reality Show “The Amazing Race” “American Ninja Warrior” “Project Runway” “RuPaul” “Top Chef” “The Voice” Melhor Talk Show de Variedades “Full Frontal with Samantha Bee” “Jimmy Kimmel Live” “Last Week Tonight” “Real Time with Bill Maher” “The Late Late Show with James Corden” “The Late Show with Stephen Colbert”

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