Loving: Joel Edgerton e Ruth Negga enfrentam racismo em trailer de drama de época
A Focus Features divulgou o pôster e o primeiro trailer do drama “Loving”, baseado na história real do casamento que ajudou a combater o racismo nos EUA. Ao contrário de outro filme sobre o período, “Selma” (2014), não se trata de um registro de confronto civil, mas uma exaltação do amor. A prévia resume a trama, mostrando como o casal Loving, vivido por Joel Edgerton (“O Grande Gatsby”) e Ruth Negga (série “Preacher”), foi condenado a 25 anos de prisão apenas por ter se casado no início dos anos 1960, quando a lei estadual proibia relações matrimoniais entre brancos e negros. O caso acabou ganhando repercussão nacional, com envolvimento do então procurador da república Robert Kennedy e uma reportagem da revista Life, e foi parar na Suprema Corte americana. Como resultado, os juízes acabaram com as restrições ao casamento entre pessoas de raças diferentes nos Estados Unidos, sepultando um dos argumentos dos racistas para prenderem simpatizantes da igualdade racial. Tudo isso, por sinal, pode ser conferido entre as cenas do trailer. “Loving” foi escrito e dirigido por Jeff Nichols (“Amor Bandido”) e teve sua première mundial no Festival de Cannes deste ano. Apesar de não ter sido premiado, a produção foi considerada um candidato em potencial às premiações do cinema americano, como o Oscar ou o Spirit Award. Além do casal principal, “Loving” também destaca Marton Csokas (“O Protetor”) como um xerife racista e Michael Shannon (“O Homem de Aço”), ator-fetiche do diretor, presente em quatro de seus cinco filmes, como o repórter fotográfico Grey Villet, da revista Life, cujas imagens ajudaram os Lovings em sua luta. A estreia comercial está marcada para 4 de novembro nos EUA e ainda não há previsão para seu lançamento no Brasil.
The Young Pope: Minissérie com Jude Law terá première no Festival de Veneza
A minissérie “The Young Pope”, que traz Jude Law como o fictício Papa Pio XIII, terá sua première mundial no Festival de Veneza deste ano. Os primeiros dois episódios da atração, dirigidos pelo italiano Paolo Sorrentino (do vencedor do Oscar “A Grande Beleza”), terão première mundial no evento, com exibição fora de competição. O primeiro filme de Sorrentino, “One Man Up” (L’uomo in più, 2001), foi lançado no Festival de Veneza e agora sua primeira incursão na TV repete a mesma trajetória. “É uma honra para mim retornar a Veneza”, afirmou o diretor em comunicado. “Eu estava aqui com o meu primeiro filme, e agora estou retornando com a minha primeira série de televisão. Como eu não acredito em coincidências, eu prefiro acreditar que hoje, assim como naquela época, o festival ousa em suas escolhas”. Sorrentino desenvolveu o projeto com Umberto Contarello (roteirista de “A Grande Beleza”) e Stefano Rulli (roteirista de “A Bela que Dorme”) e, além de produzir, também dirige os primeiros episódios. A atração terá ao todo 8 capítulos e abordará a história fictícia do Papa Pio XIII, que apesar de ser o mais jovem papa da História se revelará o mais conservador. O grandioso elenco internacional ainda inclui Diane Keaton (“O Natal dos Coopers”), Scott Shepherd (“Ponte dos Espiões”), Cécile De France (“O Enigma Chinês”), Javier Cámara (“Viver É Fácil com os Olhos Fechados”), Ludivine Sagnier (“O Dublê do Diabo”), Silvio Orlando (“Um Castelo na Itália”), James Cromwell (“O Artista”), Toni Bertorelli (“O Crocodilo”), Guy Boyd (“Foxcatcher”) e Sebastian Roché (série “The Originals”). Coproduzida pelo canal pago americano HBO, o italiano Sky e o francês Canal+, a produção tem locações no Vaticano, na Itália, nos EUA e na África e é inteiramente falada em inglês para atender ao público internacional. A 73ª edição do Festival de Veneza acontecerá entre 31 de agosto e 10 de setembro. Por sua vez, “The Young Pope” deve começar a ser exibida apenas em outubro nos EUA.
Julieta traz Pedro Almodóvar mais contido, mas rico em detalhes
A carreira de Pedro Almodóvar (“A Pele que Habito”) é tão rica que, depois de sair maravilhado da sessão de um de seus filmes, é difícil dizer com convicção que acabou de se ver um de seus melhores trabalhos. Apesar de não ter obtido a mesma unanimidade crítica que obras anteriores, “Julieta” é outro exemplar tão belo em sua estrutura quanto na maneira delicada como explora a dor de sua personagem-título, apresentada aqui em duas fases, como uma jovem (Adriana Ugarte, de “Palmeiras na Neve”) e uma mulher madura (Emma Suárez, de “Buscando a Eimish”). A estrutura narrativa lembra a de filmes hollywoodianos da década de 1950, sejam os melodramas de Douglas Sirk ou os suspenses de Alfred Hitchcock. A acertada trilha sonora de Alberto Iglesias acentua isso, dando um ar de thriller em alguns momentos, ainda que o filme não apresente assassinatos ou coisas do tipo. Não há crimes, mas não quer dizer que não haja mortes, e que essas mortes não surjam para causar não apenas luto, mas um sentimento forte de culpa, uma das forças motrizes do filme. “Julieta” começa com a protagonista, em idade madura, preparando-se para acompanhar o namorado em uma viagem possivelmente sem volta para Portugal. Ela acaba mudando de ideia quando encontra uma amiga de sua filha. Esse encontro mexe tanto com Julieta que ela se sente forçada a escrever uma carta para a filha, contando tudo aquilo que tinha ficado guardado em seu peito. E esse desabafo angustiado acaba funcionando como uma maneira de contar, de maneira bem clássica, a história de sua juventude, desde o momento em que ela conheceu o pai de sua filha. Desta forma, a memória vai invadindo o presente, e somos convidados a acompanhar essa história, adaptada de contos da escritora canadense Alice Munro (“Longe Dela”) por um autor de primeira grandeza do cinema contemporâneo. Cada detalhe, cada momento do filme é rico em significado, desde a cena em que Julieta, então uma jovem professora substituta de Literatura, fala para seus alunos sobre o mar e a trajetória rumo ao desconhecido de Ulisses, passando pelas impressionantes sequências dentro do trem – o homem estranho, o cervo, o encontro com o namorado, a morte e o sexo –, tudo isso já causa um prazer imenso no espectador que aprecia uma boa história. E só estamos no começo. O real motivo pelo qual o título anterior do filme era “Silêncio”, por exemplo, só será entendido a partir, pelo menos, dos eventos mostrados na segunda metade da narrativa, que envolverá morte, luto, depressão e a ausência de uma pessoa querida. E não é preciso ser mãe para entender a dor da protagonista. O filme transmite sua dor sem a necessidade de lágrimas. As lágrimas seriam até um alento para a personagem e isso não lhe é concedido. Almodóvar não queria lágrimas, ele queria uma imagem forte de seu abatimento, o acumulado de anos e anos de dor. Quem, por exemplo, já passou, ou está passando, pela necessidade de ter que esquecer alguém que amou muito pode entender um pouco o que a personagem sente. E Almodóvar nos entrega este presente numa embalagem muito bonita, de cor vermelha, como sempre, mas desta vez sem as tradicionais perversões presentes em outras de suas obras. Há quem vá dizer que é um exemplar mais contido de sua carreira. E é mesmo. Mas essa contenção é também necessária para que o choro fique entalado na garganta durante toda a duração de mais esta obra especial.
Codiretora de Cidade de Deus vai lançar cinco documentários de uma vez
Sem lançar um filme há dez anos, Kátia Lund, codiretora de “Cidade de Deus” (2002) com Fernando Meirelles, vai voltar aos cinemas com cinco documentários de uma só vez, informou a coluna de Anselmo Gois no site do jornal O Globo. Seu último projeto cinematográfico tinha sido a participação na antologia “Crianças Invisíveis” (2005), ao lado de mestres do cinema mundial – como Ridley Scott (“Perdido em Marte”), John Woo (“Missão Impossível”) e Emir Kustirica (“Underground – Mentiras de Guerra”). Desta vez em parceria com Lili Fialho, Lund dirigiu cinco longas sobre projetos sociais que mudaram a vida de jovens de comunidades cariocas. Eles serão apresentados na 1ª edição do Festival Reimagine, entre os dias 11 e 17 de agosto, no Rio.
Rio de Janeiro recebe festival de cinema homoafetivo
Começa nesta sexta (8/7) o Rio Festival de Gênero & Sexualidade no Cinema, nome mais comprido e “ideológico” para chamar o que até o ano passado era o Rio Festival Gay de Cinema, bem mais direto, claro, conciso e fácil de lembrar. A sexta edição do evento – ou primeira, dependendo do ponto de vista – vai exibir até o próximo dia 17 cerca de 150 filmes temáticos, entre curtas e longas, abordando a questão da diversidade sexual em vários cinemas cariocas O festival tem como sede principal o cinema Odeon, localizado na Cinelândia, mas acontecerá também no Centro Cultural Justiça Federal, Cine Joia, Cine Joia RioShopping, CineArte UFF, Espaço Cultural BNDES e Instituto Cervantes. Um dos destaques da programação é a mostra Sombrio, que exibirá curtas de terror e comédia assustadora no próximo sábado, às 20h40, no Odeon. Haverá ainda uma mostra dedicada aos curtas de animação e uma seleção especial de filmes raros e transgressores, exibidos na mostra Cinema Explícito. A programação completa pode ser encontrada no site oficial.
Premiado em Cannes, documentário Cinema Novo vai abrir o Festival de Brasília
O documentário “Cinema Novo”, de Eryk Rocha, premiado com o Olho de Ouro (Melhor Documentário) no último Festival de Cannes, vai abrir o Festival de Brasília deste ano. Ele será exibido em sessão especial para convidados, no dia 20 de setembro, a partir das 20h30, no Cine Brasília. O filme é um ensaio sobre a importância do movimento chamado Cinema Novo, mesclando imagens de arquivo e depoimentos dos principais autores da geração cinemanovista, como Nelson Pereira dos Santos (“Rio, 40 graus”), Ruy Guerra (“Os Fuzis”), Cacá Diegues (“Ganga Zumba”), Leon Hirszman (“A Falecida”), Paulo César Saraceni (“Porto das Caixas”) e Glauber Rocha (“Deus e o Diabo na Terra do Sol”), pai de Eryk. Em comunicado, o curador Eduardo Valente disse que “Cinema Novo” é “o filme ideal para a abertura do Festival de Brasília”. “Ao mesmo tempo que coloca o passado e o presente em conexão direta, apontando sempre para o futuro, o filme relembra e exercita um cinema onde estética e política não se separam. Essas dinâmicas todas são a cara do Festival de Brasília, então começar a edição desse ano sob a égide desse filme será marcante”. A 49ª edição do Festival de Brasília vai acontecer de 20 a 27 de setembro na capital do país.
Julieta: Veja mais duas cenas legendadas do novo filme de Pedro Almodóvar
A Universal Pictures divulgou mais duas cenas legendadas de “Julieta”, novo filme do espanhol Pedro Almodóvar. Após três cenas dramáticas, focando a depressão e tristeza da protagonista em sua fase madura, vivida por Emma Suarez (“Buscando a Eimish”), as novas prévias mostram a personagem em sua juventude, quando descobre sua gravidez e ainda se mostra capaz de risos. Nesta fase, Julieta é vivida por Adriana Ugarte (“Combustión”). A narrativa se desenrola ao longo de três décadas, entre 1985 e 2015, e mostra a personagem-título – interpretada por duas atrizes diferentes – , lidando com o mistério que leva uma pessoa a abandonar quem ama e seguir vivendo como se a outra pessoa nunca tivessem existido ou deixado alguma lembrança. O elenco ainda conta com Michelle Jenner (“Extraterrestre”), Rossy de Palma (“Ata-me”) e Darío Grandinetti (“Relatos Selvagens”). O lançamento de “Julieta”, que teve première no Festival de Cannes, acontece nesta quinta (7/7) nos cinemas brasileiros.
Abbas Kiarostami (1940 – 2016)
Morreu o cineasta iraniano Abbas Kiarostami, vencedor da Palma de Ouro em Cannes por “Gosto de Cereja” (1997). Ele faleceu aos 76 anos em Paris, onde tratava um câncer, informou nesta segunda-feira (4/7) a agência de notícias oficial do Irã, ISNA. O diretor já tinha passado por uma série de cirurgias e estava em Paris para completar o tratamento. Kiarostami era considerado um dos mais influentes diretores de seu país. Nascido em Teerã, em 22 de junho de 1940, fez faculdade de belas-artes e começou seu envolvimento com o cinema em 1969, quando foi nomeado diretor do departamento de cinema do Instituto para o Desenvolvimento Intelectual de Jovens e Adultos do Irã (Kanoon, na sigla original). Nesse período no Kanoon, no qual se manteve mesmo após a revolução islâmica, o cineasta se tornou uma das figuras mais proeminentes da new wave iraniana – equivalente à nouvelle vague francesa – , dirigindo diversos filmes de ficção e documentários a partir de meados dos anos 1970. Ele passou a chamar atenção internacional com “Onde Fica a Casa do Meu Amigo?” (1987), que lhe rendeu o Leopardo de Bronze em Locarno. O filme abriu uma trilogia, constituída ainda por “E a Vida Continua” (1992) e “Através das Oliveiras” (1994), que lidavam com os problemas da infância. Ambos foram premiados na Mostra Internacional de Cinema de São Paulo, evento que o tornou conhecido no país e que o homenageou com uma retrospectiva em 2004. A Palma de Ouro por “Gosto de Cereja” o consagrou definitivamente como autor, ao contar a história surreal de um homem em busca de alguém para enterrá-lo depois que ele se matar. Seu filme seguinte, “O Vento Nos Levará” (1999), foi premiado no Festival de Veneza. E a fama conquistada lhe permitiu avançar em projetos diversificados, indo filmar no exterior, pela primeira vez, para o documentário “ABC África”, um olhar contundente sobre a expansão da AIDS em Uganda. Também enquadrou a condição feminina, tema pouco explorado no cinema iraniano, no drama “Dez” (2002), centrada numa jovem mãe divorciada. Kiarostami também se tornou conhecido por incentivar outros cineastas de seu país. Ele escreveu os roteiros de “O Balão Branco” (1995) e “Ouro Carmim” (2003), que projetaram a carreira de seu ex-assistente Jafar Panahi com prêmios em Cannes – respectivamente, Melhor Filme de Estreia e Melhor Filme da Mostra Um Certo Olhar – , além de “Willow and Wind” (2000), dirigido por Mohammad-Ali Talebi, “Desert Station” (2002), de Alireza Raisian, “Men at Work” (2006), de Mani Haghighi, e “Meeting Leila” (2011), de Adel Yaraghi. Ele também realizou um filme que registrava apenas as expressões do público sentado no cinema, diante de uma projeção que ninguém mais vê. “Shirin” (2008) representou a materialização de sua ideia de que todo filme é uma obra inacabada, que só se completa com a ajuda do olhar do público. “Enquanto cineasta, eu conto com a intervenção criativa do público, caso contrário, filme e espectador desaparecerão juntos. No próximo século de cinema, o respeito ao espectador enquanto elemento inteligente e construtivo é inevitável. Para alcançá-lo, é preciso talvez se distanciar da ideia segundo a qual o cineasta é o mestre absoluto. É preciso que o cineasta também seja espectador de seu filme”, afirmou Kiarostami, na ocasião. Nos últimos anos, vinha filmando no exterior, num exílio autoimposto, em decorrência do recrudescimento político que, entre outras coisas, levou à prisão seu amigo Jafar Panahi, proibido pelo governo de dirigir por duas décadas. Seus últimos longas foram “Tickets” (2005), rodado num trem rumo à Roma na companhia de outros dois mestres, o britânico Ken Loach e o italiano Ermanno Olmi, “Cópia Fiel” (2010) na região da Toscana, com a estrela francesa Juliette Binoche, e “Um Alguém Apaixonado” (2012) feito no Japão. Sua morte emocionou outro amigo, Ashgar Farhadi, cineasta premiado com o Oscar por “A Separação” (2011), que comendou a perda para o jornal britânico The Guardian: “Kiarostami não foi só um cineasta, foi um místico moderno, tanto no seu cinema como na sua vida privada. Ele abriu caminho a outros e influenciou inúmeras pessoas. O mundo inteiro, não apenas o mundo do cinema, perdeu um grande homem.”
The Childhood of a Leader: Trailers impressionantes trazem Liam Cunningham e Robert Pattinson em clima de terror
A IFC Films divulgou o pôster e dois trailers impressionantes de “The Childhood of a Leader”, drama britânico de época estrelado por Liam Cunningham (série “Game of Thrones”), Bérénice Bejo (“O Passado”), Stacy Martin (“Ninfomaníaca”) e Robert Pattinson (“Mapas para as Estrelas”). As prévias têm clima sombrio e remetem a filmes de terror dos anos 1970, graças à fotografia escura, cenas de histeria e trilha tenebrosa criada pelo cultuado músico Scott Walker (ele mesmo, da banda The Walker Brothers). A trama acompanha a infância conturbada de um futuro líder europeu, durante os anos que se seguem à 1ª Guerra Mundial, e marca a estreia do ator Brady Corbet (“Violência Gratuita”) na direção de um longa-metragem. Ele também é autor do roteiro, escrito em parceria com Mona Fastvold (“O Sonâmbulo”). O filme foi premiado em diversos festivais internacionais, inclusive o de Veneza, que deu a Corbet o troféu de Melhor Direção. A estreia está marcada para 22 de julho nos EUA e não há previsão para o lançamento no Brasil.
Aquarius: Filme de Kleber Mendonça Filho vence festival na Polônia
Depois de vencer o Festival de Sydney, na Austrália, o filme “Aquarius”, do cineasta pernambucano Kleber Mendonça Filho, ganhou o prêmio de Melhor Filme do Transatlantyk Festival, realizado na cidade de Lodz, na Polônia. Ele concorria com nove filmes de diferentes países. Estrelado por Sonia Braga, o filme também foi apresentado no Festival de Cannes, onde seus integrantes ergueram cartazes contra o “golpe” (Impeachment de Dilma Rousseff) numa photo op política. A trama gira em torno da resistência da última moradora de um prédio antigo, que recusa a vender seu apartamento para uma empreiteira lançar um novo conjunto de apartamentos. “Aquarius” teve seu trailer disponibilizado na semana passada. A estreia está marcada para 1 de setembro no Brasil.
Mark Wahlberg vai estrelar remake do thriller israelense Belém – Zona de Conflito
O ator Mark Wahlberg (“Transformers: A Era da Extinção”) vai produzir e protagonizar um remake do thriller israelense “Belém – Zona de Conflito” (2013). A informação vem do site Tracking Board. O filme de Yuval Adler mostra o relacionamento entre um oficial do serviço secreto israelense e seu jovem informante palestino. Recrutado aos 15 anos, Sanfur (Shhadi Maryee) se torna praticamente amigo de Razi (Tsahi Halevi) com o passar dos anos, mas repensa sua missão ao descobrir que seu irmão radical é um dos principais alvos dos israelenses. “Belém” foi premiado no Festival de Veneza e tentou uma vaga no Oscar de Filme Estrangeiro, indicado por Israel. Financiado pela Paramount, o projeto ainda não tem diretor ou roteirista.
Procurando Dory estreia no Brasil em mais de mil salas
“Procurando Dory” é o blockbuster da semana. A animação da Disney/Pixar estreia nesta quinta (30/6) em 1.106 telas, sendo 692 em 3D e 12 do circuito IMAX. Após ajudar no reencontro entre Nemo e seu pai em “Procurando Nemo” (2003), Dory decide buscar sua própria família e, em sua jornada, acaba nas perigosas mãos de humanos. No meio do caminho, já bateu recordes, tornando-se a maior estreia de uma produção animada nos EUA, com nada menos que 94% de aprovação da crítica, no levantamento do site Rotten Tomatoes. A comédia brasileira “Porta dos Fundos – Contrato Vitalício” é a segunda maior estreia da semana, chegando a 515 salas para mostrar que as distribuidoras nacionais ainda acreditam na viabilidade comercial do besteirol. Com direção de Ian SBF (“Entre Abelhas”) e roteiro de Fábio Porchat e Gabriel Esteves (série “O Grande Gonzalez”), o primeiro longa com o nome do canal do YouTube Porta dos Fundos tem premissa mais intrigante que sua realização. A trama gira em torno de um ator (Porchat) que, entusiasmado com a vitória de um amigo diretor (Gregório Duvivier) num festival internacional de cinema, assina um contrato vitalício para participar de todos os seus filmes. Mas o diretor some naquela mesma noite e, ao voltar dez anos depois dizendo que foi abduzido por “alienígenas do centro da Terra”, quer transformar a saga de seu sumiço num longa. A esta altura, o ator já é famoso e busca saídas para evitar cumprir o contrato que pode acabar com sua carreira. Com metade das salas de cinema de todo o país ocupada por esses dois lançamentos, sobraram uma dúzia telas para as demais estreias. A maior delas abrange 7 salas, espalhadas por quatro capitais, enquanto as demais lutam por salas em São Paulo e no Rio. O maior entre os pequenos é o italiano “Incompreendida”, terceiro longa dirigido pela atriz Asia Argento (“Triplo X”), filha do lendário cineasta Dario Argento (“Suspiria”), que se baseou em memórias de sua juventude para contar a história de uma adolescente que se rebela contra a família no ambiente boêmio dos anos 1980. Sua amiga Charlotte Gainsbourg (“Ninfomaníaca”) interpreta a mãe. E, além de dirigir, Asia ainda escreveu o roteiro com Barbara Alberti (“Um Sonho de Amor”) e compôs a trilha sonora (tocada por integrantes da banda Locust). Completam a programação de estreias dois documentários brasileiros, “A Morte de J.P. Cuenca”, que investiga o roubo da identidade do escritor João Paulo Cuenca, com direção do próprio, e “Futuro Junho”, que acompanha as manifestações na véspera da Copa do Mundo de 2014 em São Paulo e rendeu à cineasta Maria Augusta Ramos (“Juízo”) o troféu de Melhor Direção no Festival do Rio. Além destes filmes, dois lançamentos da semana passada ampliam seu circuito: a coprodução Brasil-Portugal “Estive em Lisboa e Lembrei de Você” chega a oito telas em sete cidades diferentes, e o francês “Nós ou Nada em Paris” alcança 15 salas no país.
Tallulah: Ellen Page rouba um bebê no primeiro trailer legendado de drama indie
O serviço de streaming Netflix divulgou o pôster e o primeiro trailer legendado de “Tallulah”, drama indie estrelado por Ellen Page (“X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”) e Allison Janey (série “Mom”). A prévia resume a trama, mostrando como a personagem-título, interpretada por Page, rouba o bebê de uma mulher alcoólatra para fingir que teve um filho com um rapaz que a abandonou e roubou todo o seu dinheiro. Seu objetivo é conseguir ajuda do mãe do jovem foragido. Mas a senhora, vivida por Janey, se entusiasma com a ideia de ser avó, fazendo o fingimento se estender até a polícia entrar em cena. Curiosamente, a trama oferece uma espécie de inversão da situação de “Juno” (2007), filme em que Page viveu uma adolescente grávida em busca de uma família para quem deixar seu bebê. O elenco ainda inclui Zachary Quinto (“Star Trek”), Uzo Aduba (série “Orange Is the New Black”), David Zayas (série “Gotham”), Evan Jonigkeit (também de “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”) e Tammy Blanchard (“Caminhos da Floresta”) Exibido no Festival de Sundance deste ano, o filme da cineasta estreante Sian Heder foi adquirido como parte de uma estratégia agressiva do Netflix, que competiu com estúdios estabelecidos pelos direitos de alguns dos principais lançamentos indies de 2016. A estreia vai acontecer em 29 de julho. Só no Netflix.












