Coprodução brasileira na disputa do Leão de Ouro em Berlim agrada a crítica internacional
Única produção brasileira na disputa do Urso de Ouro do Festival de Berlim 2018, “Las Herederas” recebeu críticas elogiosas da imprensa internacional que cobre o evento alemão. O filme é uma parceria sul-americana e europeia, dirigida por um jovem paraguaio, Marcelo Martinessi, curtametragista premiado que assina seu primeiro longa. A trama gira em torno de um mulher sexagenária (Ana Brun, aplaudidíssima) separada de sua parceira de toda a vida, enquanto precisa se desfazer dos móveis e obras de arte da família para pagar as contas da casa em que viveram juntas, atualmente em estado de ruína. As dívidas se acumulam, após uma delas ser presa por fraude bancária, deixando a outra sozinha no casarão. Até que, aos poucos, a senhora solitária cede aos convites da vizinha mais jovem, que gosta de sair de casa para jogar pôquer com as amigas, e transforma o antigo Mercedez Bens herdado do pai em transporte particular. O filme é sutil, mas lida com temas poderosos, como amor e companheirismo entre mulheres (LBGTQ, mesmo), decadência da classe média, crise econômica, Terceira Idade, etc, tudo num microcosmo doméstico. “Comecei a pensar nessa casa como uma pequena prisão para essa mulher, que luta por mais liberdade. Queria contar uma história dentro de um espaço fechado, que refletisse um pouco a situação em que a sociedade paraguaia está atravessando. É uma metáfora para o país”, contou Martinessi durante entrevista coletiva no festival. Coproduzido pela diretora carioca Julia Murat, “Las Herederas” também conta com apoio de produtoras do Uruguai, da França, da Alemanha, entre outros países. A coprodução internacional, segundo o cineasta, é a única forma de se fazer cinema de qualidade no Paraguai. “O Paraguai é quase invisível, em termos de cinema. Não temos leis de incentivo lá. Outros países do continente também atravessam momentos difíceis, como o México e o Brasil, mas pelo menos eles tem incentivo e seus cineastas estão contanto histórias fantásticas sobre sua sociedade. Em um certo sentido, nosso filme reflete a obscuridade em que o Paraguai vive. Ninguém sabe o que acontece por lá”.
Festival de Berlim é criticado por incluir novo filme de Kim Ki-Duk em sua programação
Conforme previsto pela Pipoca Moderna, a contradição do Festival de Berlim 2018 não passou despercebida. Após o diretor do evento, Dieter Kosslick, afirmar que a programação deste ano barrou a inclusão de filmes com a participação de pessoas acusadas de abusos ou assédio sexual, em concordância com a campanha #MeToo, uma atriz sul-coreana acusou o festival de estimular predadores ao incluir o novo filme de Kim Ki-Duk em sua programação. Em um encontro com a Associação da Imprensa Estrangeira na Alemanha, Kosslick não quis citar os títulos recusados nem os nomes dos envolvidos, mas confirmou que retirou do evento filmes que pretendia exibir, devido a participação de pessoas envolvidas em denúncias de assédio sexual. “São menos de cinco”, especificou o diretor, há duas semanas. Pois deveriam ser “seis”, com “Human, Space, Time and Human”, de Kim Ki-Duk, liderando a lista, de acordo com a atriz que pediu anonimato e acusou o diretor de agressão e de tê-la obrigado a rodar cenas de sexo improvisadas quando trabalhava em um de seus filmes. Kosslick tentou explicar à agência de notícias AFP por que não vetou Kim, que já tem um prêmio de Melhor Direção do Festival de Berlim, vencido por “Samaritana” (2004). Ele minimizou o fato, alegando que algumas acusações de assédio sexual apresentadas pela mesma atriz contra o cineasta foram rejeitadas por falta de provas, acrescentando que estava à espera de mais informações. Na verdade, há muitas informações nos autos do processo. Kim Ki-duk não foi apenas denunciado, mas condenado por agredir a atriz durante a produção do longa “Moebius” em 2013. Não se trata de um caso de mera denúncia. Ele já tem uma condenação na justiça de seu país. Foi obrigado a pagar 5 milhões de wons por agressão física, após admitir que “deu tapas” na atriz, como “forma de aprendizado”. A atriz apelou da decisão porque o juiz não considerou as acusações de abuso sexual. Na quinta-feira (15/2), o diretor alemão Tom Tykwer, presidente de um júri que premiará os melhores trabalhos da competição, tentou contemporizar, pedindo que o debate “não seja alimentado de forma artificial (pelos meios sensacionalistas), nem tampouco calado por ninguém”, defendendo que o movimento se foque em mudanças e não “em nomes”. Pois a atriz que acusa Kim Ki-duk recebeu o apoio de 140 associações sul-coreanas em protesto contra a participação do diretor no festival. O manifesto de apoio é bastante claro, ao denunciar a “realidade injusta, em que o agressor está trabalhando e sendo recebido em todas as partes como se não houvesse nada, enquanto a vítima que denunciou o abuso está sendo isolada e marginalizada”. “Por que a Berlinale é indulgente com Kim, estendendo o tapete vermelho para ele e para seu filme?”, questiona o comunicado, que acusa os organizadores do festival de “consentir e endossar” o comportamento do diretor. A Pipoca Moderna foi um dos poucos veículos do mundo a chamar atenção para essa polêmica em potencial no começo de fevereiro, quando Koselick fez seu anúncio sobre corte de filmes de acusados de abuso, sem mencionar nomes e ignorando prontamente um cineasta já condenado por isso.
Wes Anderson abre o Festival de Berlim com cães animados
O Festival de Berlim 2018 foi aberto pela primeira vez com uma animação, “Ilha de Cachorros”, de Wes Anderson. Assim como o primeiro trabalho animado do diretor, “O Fantástico Dr. Raposo” (2009), trata-se de uma obra realizada com as velhas técnicas de stop-motion, em que bichos falam, mas humanos não os entendem. A trama se passa num futuro distópico, após uma epidemia de gripe canina levar os cachorros a serem isolados numa ilha do Japão, que serve de depósito para lixo. Mas o prefeito de Megasaki, amante de gatos, não se contenta e pretende implementar uma política de extermínio dos cães remanescentes. Até o cachorrinho do sobrinho do político corrupto é exilado, o que faz o menino partir numa odisseia para encontrar e resgatar seu pet perdido. Ao chegar na ilha, ele acaba conquistando a confiança de um grupo de cachorros de diferentes espécies, que, sensibilizados, resolvem ajudá-lo em sua busca. O problema é que, como eles falam inglês, não entendem o que diz o menino japonês. Ao falar com a imprensa internacional sobre a produção, Anderson listou as influências que o levaram a filmar essa fábula. “Dois diretores japoneses nos serviram de inspiração: Akira Kurosawa, em termos de ação e personagem, e Hayao Miyazaki”, disse, citando dois mestres. “‘Ilha de Cachorros’ aspira aos detalhes e silêncios dos desenhos animados de Miyazaki. Ele é um mestre em reproduzir a natureza e momentos de paz que não encontramos na tradição americana de animação. A ideia original era fazer um filme sobre cães abandonados que sobrevivem com sobras de um lixão. Acrescentamos nosso amor pelo cinema japonês e os filmes de Akira Kurosawa, no que é uma versão fantasiosa do Japão”. Apesar de se tratar de uma animação, Anderson afirma que “Ilha dos Cachorros” é o seu primeiro filme com viés abertamente “político”. “No início do processo, precisávamos criar uma política para a cidade fictícia de Megasaki. Sabíamos que teríamos um prefeito corrupto e tudo o mais, dentro desse lugar que nós inventamos. Mas o mundo mudou radicalmente ao longo do tempo, então a vida real acabou encontrando o seu caminho na história do filme. A trama virou uma situação que pode acontecer em qualquer lugar do mundo, e a qualquer momento”. Com quem explica a piada, ele acrescenta: “Os cães, claro, são pessoas, são exilados devido a um movimento político. O filme não é apenas inteiramente sobre cães”.
Ilha de Cachorros: Animação de Wes Anderson ganha cena inédita e vídeo-pôster
A Fox Searchlight divulgou uma cena e um vídeo-pôster (com movimentos) de “Ilha de Cachorros” (Isle of Dogs), a nova animação do cineasta Wes Anderson (“O Grande Hotel Budapeste”). O cartaz alude à epidemia de gripe canina que leva os cachorros a serem isolados numa ilha do Japão e a cena mostra como é a vida dos exilados caninos, lutando por restos de comida no lixo. Esta premissa distópica não impede um garotinho de ir até a ilha do título para tentar resgatar seu animalzinho de estimação. Sensibilizados, os demais cachorros resolvem ajudar na busca. O problema é que, como eles falam inglês, não entendem o que diz o menino japonês. O elenco de vozes, como de costume nos filmes de Anderson, é repleto de estrelas, incluindo alguns parceiros habituais do diretor, como Bill Murray, Edward Norton, Tilda Swinton, Jeff Goldlum, Frances McDormand e Bob Balaban, mas também novidades como Bryan Cranston (da série “Breaking Bad”), Scarlett Johansson (“Os Vingadores”), Greta Gerwig (“Frances Ha”), Liev Schreiber (série “Ray Donovan”) e diversos astros japoneses, como Ken Watanabe (“A Origem”), Kunichi Nomura (“Encontros e Desencontros”), Akira Ito (“Birdman”), Akira Takayama (“Neve Sobre os Cedros”) e até a cantora Yoko Ono. “Ilha de Cachorros” será a segunda animação da carreira de Anderson, após “O Fantástico Sr. Raposo” (2009). E a escolha do tema é especialmente curiosa porque, em seus filmes, o diretor tem se mostrado um assassino contumaz de cachorrinhos. Os bichinhos sempre se dão mal em suas obras, a ponto da revista The New Yorker ter publicado um ensaio a respeito de como Anderson odeia cães. O filme vai abrir o Festival de Berlim 2018 na próxima quinta (15/2) e chega aos cinemas americanos em 23 de março. Mas os espectadores brasileiros terão que esperar mais três meses para assisti-lo, pois o lançamento nacional está marcado apenas para 14 de junho. Hello and Gesundheit from all the cute canines of @isleofdogsmovie! Share if you can't wait for #IsleOfDogs pic.twitter.com/ihVAooPB9j — People Pets (@PEOPLEPets) February 5, 2018
Festival de Berlim 2018 anuncia júri e homenagem a Willem Dafoe
A organização do Festival de Berlim 2018 divulgou os nomes dos integrantes do júri de sua mostra competitiva e anunciou uma homenagem ao ator Willem Dafoe, que receberá um Urso de Ouro Honorário por sua carreira no cinema. Indicado aos Oscar 2018 como Melhor Coadjuvante por “Projeto Flórida”, o ator de 62 anos tem uma carreira marcada por dramas clássicos, blockbusters e produções internacionais. Ele já foi Jesus Cristo em “A Última Tentação de Cristo” (1988) e Duende Verde em “Homem-Aranha” (2002), além de alter-ego de Hector Babenco no filme brasileiro “Meu Amigo Hindu” (2015). Já o júri da mostra competitiva será formado pela produtora indie Adele Romanski (“Moonlight”), o compositor japonês Ryuichi Sakamoto (“Furyo – Em Nome da Honra”), a atriz francesa Cecile de France (“O Enigma Chinês”), a diretora da Cinemateca da Espanha Chema Prado e da crítica Stephanie Zacharek (da revista Times). Anteriormente anunciado, o presidente do júri será o cineasta Tom Tykwer (“Corra, Lola, Corra” e “A Viagem”). O Festival de Berlim 2018 será aberto na próxima quinta-feira (15/2) com a exibição de “Ilha de Cachorros”, nova animação de Wes Anderson, e se estende até o dia 25 de fevereiro na capital alemã.
Festival de Berlim barra filmes de assediadores denunciados, mas esquece o condenado Kim Ki-duk
O diretor do Festival de Berlim, Dieter Kosslick, afirmou nesta sexta-feira (2/2) que a programação deste ano barrou a inclusão de filmes com a participação de pessoas acusadas de abusos ou assédio sexual, em concordância com a campanha #MeToo. Em um encontro com a Associação da Imprensa Estrangeira na Alemanha, Kosslick não quis citar os títulos recusados nem os nomes dos envolvidos, mas confirmou que retirou do evento filmes que pretendia exibir. “São menos de cinco”, especificou o diretor. Kosslick destacou a importância do debate aberto pela campanha #MeToo, que começou com as denúncias de abuso sexual contra um dos produtores mais poderosos de Hollywood, Harvey Weinstein. Apesar disso, ele afirmou que não pode garantir que entre os 400 filmes que serão exibidos não exista alguém que possa virar alvo de denúncias. “Vamos aguardar ver o que acontecerá. Espero que não aconteça nada sério com os filmes que escolhemos”, apontou. Entretanto, algo “sério” já aconteceu com o diretor sul-coreano Kim Ki-duk, presente na mostra Panorama com seu novo filme “Human, Space, Time and Human”. Ele não foi apenas denunciado, mas condenado por agredir uma atriz durante a produção do longa “Moebius” em 2013. Kim Ki-duk já venceu o prêmio de Melhor Direção do Festival de Berlim com “Samaritana” (2004). Vale lembrar que o Festival de Berlim também premiou Roman Polanski como Melhor Diretor há bem pouco tempo. Foi em 2010, por “Escritor Fantasma”. O prêmio foi especialmente significativo, porque reconheceu o cineasta logo após sua detenção na Suíça, por mais de 200 dias, a pedido da promotoria de Los Angeles. Na ocasião, havia a expectativa de que ele fosse extraditado para os EUA, onde seria julgado por estupro de menor – o caso de Samantha Geimer, de 1977. Mas Polanski acabou libertado, após campanha de várias celebridades e intelectuais, e seu filme bastante comemorado em Berlim. Para Kosslick, o debate é “difícil”, principalmente quando se analisa a possibilidade de separar a obra de arte do seu autor, quando este é alvo de graves acusações de assédio ou abusos sexuais. Entre os filmes que já terminaram as filmagens e poderiam figurar no festival, mas não foram incluídos, estão “A Rainy Day in New York”, de Woody Allen, e “The House That Jack Built”, de Lars von Trier. O Festival de Berlim 2018 começa em 15 de fevereiro, com a exibição de “Isle of Dogs”, animação de Wes Anderson, e termina dia 25, com a entrega dos Ursos de Ouro e Prata.
Unsane: Claire Foy duvida da própria sanidade no trailer do novo suspense de Steven Soderbergh
A Bleecker Street divulgou o pôster e o trailer do novo suspense de Steven Soderbergh (“Onze Homens e um Segredo”), intitulado “Unsane”. A prévia explora a paranoia da personagem vivida por Claire Foy (série “The Crown”), que se vê perseguida pelo mesmo homem em todo o lugar, até ser internada numa clínica psiquiátrica contra a própria vontade. Jurando não estar louca, ela passa a se comportar de forma cada vez mais violenta, mas nem sua mãe nem a polícia podem ajudá-la, a ponto dela começar a duvidar de sua própria sanidade. É a segunda vez que Soderbergh aborda o tema da sanidade mental, após o ótimo thriller “Terapia de Risco”, seu último filme, lançado em 2013. O longa foi rodado em segredo, durante um curto período. Toda a gravação ocorreu durante uma única semana e foi feita por meio da câmera de um iPhone. Isto explica algumas tomadas da prévia, que parecem imagens de filmes de terror de “found footage” – feito com câmeras amadoras, imitando vídeos reais – ou ligações de facetime. O roteiro é da dupla Jonathan Bernstein e James Greer, mais conhecida por comédias infantis como “Sorte no Amor” (2006) e “Missão Quase Impossível” (2010). O elenco também inclui o comediante Jay Pharoah (série “White Famous”), Juno Temple (“Roda Gigante”), Amy Irving (série “Alias”), Joshua Leonard (série “StartUp”) e Aimee Mullins (série “Stranger Things”). A estreia mundial vai acontecer no Festival de Berlim 2018, seguido por um lançamento em março nos Estados Unidos. Ainda não há previsão para a distribuição no Brasil.
Festival de Berlim inclui documentário sobre Impeachment de Dilma e novo drama dos diretores de Beira-Mar
Mais dois filmes brasileiros foram selecionados para a mostra Panorama da 68ª edição do Festival de Berlim: “O Processo”, de Maria Augusta Ramos, e “Tinta Bruta”, de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher. “O Processo” é o primeiro documentário sobre o Impeachment da presidente Dilma Rousseff a vir à tona. Na ocasião, foram rodados cinco filmes com aval do PT, que ofereceu acesso a reuniões fechadas e aos corredores do Congresso durante o enfrentamento contra o chamado “golpe”. Este material compõe a maioria das horas de filmagem da diretora brasiliense. Mas (supostamente) haveria registros também de desabafos e críticas à atuação da própria Dilma e do partido, e situações não reveladas nos noticiários. Com a obra, a diretora dá sequência à sua temática de investigação do sistema legal brasileiro, que inclui os documentários “Justiça” (Grand Prix no Festival Visions du Réel, Suiça 2004) e “Juízo” (Festival de Locarno, Prêmio da Crítica no Dok- Leipzig, 2008). Ela também filmou os corredores da burocracia em “Morro dos Prazeres” (Melhor Direção, Fotografia e Som no Festival de Brasília, 2013). Por sua vez, “Tinta Bruta” é o único trabalho de ficção da seleção brasileira em Berlim. O filme conta a história de Pedro (Shico Menegat), um jovem que tenta sobreviver em meio a um processo criminal, à partida de irmã e única amiga e aos olhares que recebe sempre que sai na rua. Sob o codinome GarotoNeon, Pedro se apresenta no escuro do seu quarto para milhares de anônimos ao redor do mundo, pela internet. Com o corpo coberto de tinta, ele realiza performances eróticas na frente da webcam. Ao descobrir que outro rapaz (Bruno Fernandes) de sua cidade está copiando sua técnica, Pedro decide confrontá-lo. O trabalho anterior de Marcio Reolon e Filipe Matzembacher, “Beira-Mar” (2015), também teve première mundial na Berlinale – na mostra Forum. Os dois filmes se juntam a “Aeroporto Central”, de Karim Aïnouz, “Ex Pajé”, de Luiz Bolognesi, e “Bixa Travesty”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman, anteriormente selecionados. O festival acontece de 15 a 25 de fevereiro, na Alemanha.
Claire Foy aparece nas primeiras fotos do filme que Steven Soderbergh fez com um iPhone
O novo e misterioso filme de Steven Soderbergh (“Onze Homens e um Segredo”), intitulado “Unsane”, ganhou suas primeiras fotos, que destacam a atriz Claire Foy num visual bem diferente do que os fãs da série “The Crown” estão acostumados. Pouco se sabe sobre o longa, que terá sua pré-estreia mundial no Festival de Berlim 2018, além do fato dele ter sido rodado durante o período de uma semana pelo diretor, usando a câmera de um iPhone. O comediante Jay Pharoah (série “White Famous”), que está no elenco, chegou a descrever a produção como um terror de bases realistas, “quase como ‘Corra!’, mas diferente”. Também atuam na produção as atrizes Juno Temple (“Roda Gigante”), Amy Irving (série “Alias”) e Aimee Mullins (série “Stranger Things”). Após a exibição em Berlim, a estreia deve acontecer em março nos Estados Unidos, e ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
Novo filme de José Padilha é selecionado pelo Festival de Berlim
O Festival de Berlim 2018 anunciou mais cinco títulos que estarão na competição deste ano. E entre eles está “Operação Entebbe”, o novo filme americano dirigido por José Padilha. O longa tem Rosamund Pike (“Garota Exemplar”) e Daniel Brühl (“Adeus, Lênin”) no elenco e é a quarta filmagem da mesma história, que já rendeu um filme israelense, “Operação Thunderbolt” (1977), com direção de Menahem Globus (dono do estúdio Cannon), além dos telefilmes americanos “Resgate Fantástico” (1976), estrelado por Charles Bronson (“Desejo de Matar”) e dirigido por Irvin Kershner (“O Império Contra-Ataca”), e “Vitória em Entebbe” (1976), com Kirk Douglas (“Spartacus”) e Linda Blair (“O Exorcista”). A trama dramatiza uma das missões de resgate e combate ao terror mais famosas de todos os tempos: o salvamento dos passageiros de um voo da Air France vindo de Tel Aviv, que teve sua trajetória desviada para Entebbe, em Uganda, por quatro sequestradores (dois palestinos e dois alemães) em 1976. Ameaçando matar a tripulação e os israelenses presentes no voo, os terroristas exigiam a libertação de dezenas de palestinos aprisionados por Israel, e contavam com o apoio do ditador de Uganda, Idi Amin Dada. Em resposta, o governo israelense mobilizou uma tropa de elite, composta por 100 combatentes, que invadiu o aeroporto, enfrentou o exército ugandense, matou os sequestradores e libertou os passageiros. Padilha já venceu um Urso de Ouro em Berlim em 2007, por “Tropa de Elite”. Mas “Operação Entebbe” será exibido fora de competição. Os outros filmes anunciados são “Unsane”, do americano Steven Sorderbergh, “Season of the Devil”, do filipino Lav Diaz, “Museo”, do mexicano Alonso Ruizpalacios e “Ága”, do búlgaro Milko Lazarov. Entre os filmes anteriormente divulgados, há um destaque brasileiro na competição, graças à coprodução internacional: “Las Herederas”, dirigido pelo paraguaio Marcelo Martinessi. Cineastas brasileiros ainda emplacaram três documentário na mostra Panorama, paralela à competição principal. São eles “Aeroporto Central”, de Karim Aïnouz, “Ex-Pajé”, de Luiz Bolognesi, e “Bixa Travesty”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman. Para completar, “Unicórnio”, de Eduardo Nunes (“Sudoeste”), integrará a seção Generation 2018, dedicada a títulos com temas ligados aos jovens. O diretor e a atriz Patrícia Pillar irão a Berlim para acompanhar a exibição. O 68º Festival de Berlim começa no dia 15 de fevereiro, com a exibição de “Isle of Dogs”, animação de Wes Anderson, e termina dia 25, com a entrega dos Ursos de Ouro e Prata. O júri da competição deste ano é presidido pelo cineasta alemão Tom Tykwer (do cultuado “Corra, Lola, Corra” e “A Viagem”).
Coprodução brasileira e novo filme de Robert Pattinson entram na competição do Festival de Berlim
A organização do Festival de Berlim 2018 acrescentou mais dez filmes em sua mostra competitiva nesta segunda-feira (15/1), e um deles é uma coprodução brasileira. Trata-se de “Las Herederas”, do paraguaio Marcelo Martinessi, curtametragista premiado que assina seu primeiro longa. A trama gira em torno de mulheres sexagenárias que recebem uma herança, mas se dão conta de que o dinheiro não pode mais melhorar significativamente suas vidas. Outros destaques da nova lista são o western americano “Damsel”, dos irmãos David e Nathan Zellner (“Kumiko, a Caçadora de Tesouros”), que traz no elenco Robert Pattinson (“Bom Comportamento”) e Mia Wasikowska (“Alice Através do Espelho”), e o alemão “Transit”, novo drama do cineasta Christian Petzold (de “Phoenix” e “Barbara”). O 68º Festival de Berlim começa no dia 15 de fevereiro, com a exibição de “Isle of Dogs”, animação de Wes Anderson, e termina dia 25, com a entrega dos Ursos de Ouro e Prata. O júri da competição deste ano é presidido pelo cineasta alemão Tom Tykwer (do cultuado “Corra, Lola, Corra” e “A Viagem”). Confira abaixo a lista dos dez novos filmes anunciados no evento. E veja aqui os títulos anteriormente anunciados. “3 Days in Quiberon”, de Emily Atef (Alemanha, Áustria e França) “Black 47”, de Lance Daly (Irlanda e Luxemburgo) “Damsel”, de David Zellner e Nathan Zellner (EUA) “Eldorado”, de Markus Imhoof (Suíça e Alemanha) “Las Herederas”, de Marcelo Martinessi (Paraguai, Alemanha, Uruguai, Noruega, Brasil e França) “Pig”, de Mani Haghighi (Irã) “La Prière”, de Cédric Kahn (França) “The Real Estate”, de Måns Månsson e Axel Petersén (Suécia e Reino Unido) “Touch Me Not”, de Adina Pintilie (Romênia, Alemanha, República Checa, Bulgária e França) “Transit”, de Christian Petzold (Alemanha e França)
Filme estrelado por Patricia Pillar é selecionado para o Festival de Berlim
Mais um filme brasileiro foi anunciado na seleção oficial do Festival de Berlim 2018, o primeiro grande evento europeu do calendário cinematográfico anual, que acontece de 15 a 25 de fevereiro na Alemanha. “Unicórnio”, de Eduardo Nunes (“Sudoeste”), integrará a seção Generation 2018, dedicada a títulos com temas ligados aos jovens. O diretor e a atriz Patrícia Pillar irão a Berlim para acompanhar a exibição. O filme já foi exibido este ano no Festival do Rio. Adaptação da obra da escritora brasileira Hilda Hilst, conta a história de Maria (Barbara Luz), que aguarda com a mãe (Patrícia Pillar) a volta para casa de seu pai (Zécarlos Machado). A chegada de outro homem vai abalar o delicado equilíbrio entre as duas. Anteriormente, três documentários brasileiros foram anunciados na mostra Panorama: “Aeroporto Central”, de Karim Aïnouz, “Ex Pajé”, de Luiz Bolognesi, e “Bixa Travesty”, de Claudia Priscilla e Kiko Goifman.










