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  • Filme

    Um Belo Verão mostra romance lésbico nos anos 1970

    8 de julho de 2016 /

    O trabalho da diretora francesa Catherine Corsini ainda é pouco no Brasil, embora dois de seus filmes mais recentes tenham aportado por aqui em circuito reduzido, casos de “Partir” (2009) e “3 Mundos” (2012). Desta vez, além da curiosidade dos cinéfilos, “Um Belo Verão” ainda pode atrair um público interessado em histórias sobre relações homoafetivas. Não que “Um Belo Verão” seja um novo “Azul É a Cor Mais Quente” (2013). Trata-se de um trabalho bem mais modesto, inclusive na produção, que se passa na década de 1970, mas que não gasta muito dinheiro na recriação de época, pois a maior parte da ação se passa no campo, onde mora uma das protagonistas: Delphine (Izïa Higelin, de “Samba”), uma jovem que tem preferência por mulheres. Sua partida para estudar em Paris faz com que ela descubra um novo mundo, mas o que mais a interessa é mesmo a agitadora feminista Carole, vivida por Cécile De France, revelada em filmes tão distintos quanto “Albergue Espanhol” (2002) e “Alta Tensão” (2003). Em “Um Belo Verão”, ela vive com o namorado, que apoia suas causas, mas que logo percebe que está a perdendo para outra mulher. Delphine vem chegando de mansinho para transformar o que seria apenas uma aventura, de experimentar algo diferente, em uma paixão arrebatadora. E talvez o problema maior do filme seja esse: essa paixão não é devidamente passada para o lado de cá da tela. Tudo transcorre de maneira muito calma e harmoniosa. Não que isso seja um grande problema, principalmente quando o filme mostra os belos corpos nus das moças, seja nos quartos, seja em espaços abertos. Além do mais, em nenhum momento “Um Belo Verão” é um filme aborrecido. É sempre muito simpático e agradável. Mas a diretora prefere uma abordagem mais, digamos, resumida. O mérito do filme está na forma como as duas atrizes se doam para as personagens, mais do que no roteiro simples, escrito pela própria Corsini em parceria com a estreante Laurette Polmanss. De todo modo, o filme vai ficando mais interessante e divertido quando Delphine volta para o campo por causa de um problema de saúde do pai, e a namorada mais velha, louca de paixão, decide indo atrás, causando um pouco de confusão naquela comunidade tradicional, nada acostumada a relacionamentos entre duas mulheres. Em certo momento, Delphine tem que decidir entre a família e a namorada. E isso não é fácil.

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  • Música

    Clipe clássico das Spice Girls ganha remake feminista para campanha da ONU

    6 de julho de 2016 /

    Em celebração aos 20 anos do hit “Wannabe”, o clipe clássico das Spice Girls ganhou um remake feminista, dirigido pela cineasta M.J. Delaney (“Entre Amigas”) para o projeto The Global Goals, um braço da ONU para metas de mudanças sociais. O clipe usa a letra da música para destacar as mudanças que as jovens do século 21 esperam atingir, desenvolvendo a campanha em torno da hashtag #WhatIReallyReallyWant. Entre as reivindicações apresentadas no vídeo, estão temas como o fim da violência contra as mulheres, a igualdade salarial e o combate ao abuso sexual de crianças. Entre as mulheres participantes da produção, estão o grupo britânico de hip-hop M.O., a atriz de Bollywood Jacqueline Fernandez, a dançarina americana Taylor Hatala e outras artistas de todo o mundo. Integrantes originais das Spice Girls, como Victoria Beckham, Emma Bunton e Melanie C, aprovaram e compartilharam o vídeo nas redes sociais. “Sinto-me lisonjeada e honrada por nossa música louca estar sendo usada de forma tão bonita por uma causa tão incrível”, escreveu Mel C, a “Sporty” Spice. Confira abaixo o remake e o clipe original, lançado em 8 de julho de 1996.

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  • Filme

    A Odisseia de Alice é viagem feminista de uma bela sem recato longe do lar

    10 de junho de 2016 /

    Vivida pela excelente atriz grega Ariane Labed (“Antes da Meia-Noite”), Alice é uma engenheira que trabalha em navios de carga, dando suporte técnico às embarcações. Isso faz com que ela passe longos períodos em alto-mar, sendo a única mulher entre muitos homens, nos navios. Ela é independente, corajosa e competente. Mas é também uma linda mulher, sensual e livre. Sua presença no navio, obviamente, vai mexer com muitos daqueles homens, que passam bom tempo no mar. Alice tem um namorado norueguês, Félix (Anders Danielsen Lie, de “Oslo, 31 de Agosto”), com quem vive uma experiência fortemente sexualizada e apaixonada, quando está em terra. Mas sua próxima missão será no navio Fidelio, onde ela descobrirá que o comandante é ninguém menos do que seu antigo namorado, Gael (Melvile Poupaud, de “Laurence Anyways”), sua primeira paixão. E por aí se seguirá uma trama muito bem construída pela diretora estreante Lucie Borleteau (roteirista de “Minha Terra África”), que também escreveu a trama em parceria com Clara Bourreau (criadora da série “Adresse Inconnue”). As imagens exploram o gigantismo do navio Fidelio, por dentro e por fora, e a imensidão do mar, em contraponto às figuras humanas, sua solidão, seus desejos e suas paixões mostrados bem de perto. Tudo segue sendo muito desafiador para todos os envolvidos na odisseia de Alice. O mais interessante do filme, porém, é a abordagem da questão de gênero. A narrativa empodera essa mulher bela e forte, cujo comportamento nos surpreende em muitos aspectos, já que remete a estereótipos masculinos, assim como alguns homens mostram atitudes mais frequentemente atribuídas ao feminino. Mas não se trata de uma inversão de valores e, sim, de sua superação. Há infinitas formas de se ser homem ou mulher e as expectativas quanto aos comportamentos esperados pelos gêneros sufocam e aprisionam os que divergem dos padrões previstos. Ao relativizar esses padrões, mostrando reações pouco usuais tanto num gênero quanto no outro, o filme areja de modo muito apropriado essa questão. A infidelidade é atributo masculino? Envolvimento amoroso com uma só pessoa é prerrogativa das mulheres? Iniciativa e agressividade são coisas de homem? Há formas femininas de expressá-las? Exercer controle sobre o próprio desejo é “natural” para as mulheres e difícil para os homens? Como se dão as relações quando as pessoas inovam no comportamento esperado delas, quanto às características socialmente associadas ao gênero? São bons questionamentos que o desenrolar da história de “Odisseia de Alice” permite levantar, dando ao filme uma dimensão que extrapola o drama romântico em que se pode classificar a película (será que essa palavra ainda vale no mundo do cinema digital?). Alice é, sem dúvida, bela, mas não recatada, nem do lar. Trata-se de um filme feminista, muito apropriado para um momento em que certos conceitos são embaralhados pelos conservadores, tentando barrar conquistas que a sociedade realizou nos últimos tempos. O papel da luta das mulheres e do movimento feminista tem sido fundamental nessa história. É bom que isso seja lembrado e valorizado, também por meio dos personagens de narrativas ficcionais, como “A Odisseia de Alice”.

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  • Música

    Jennifer Lopez rebela-se através das décadas com ótimo clipe feminista

    7 de maio de 2016 /

    A cantora e atriz Jennifer Lopez (série “Shades of Blue”) divulgou seu novo e surpreendente clipe “Ain’t Your Mama”, em que vive diversas mulheres, em diferentes épocas, proclamando que não vai cozinhar, lavar ou fazer o trabalho de nenhum marmanjo, porque não é mãe de homem feito. Estruturado como um curta, o ótimo vídeo começa com um discurso feminista, em que uma versão telejornalista da cantora, com visual de guerrilheira, conclama todas as mulheres a se rebelarem. Para servir de exemplo, ela vive uma dona de casa dos anos 1950, uma secretária dos anos 1960, uma empregada de fábrica dos anos 1970 e uma funcionária da uma grande corporação dos anos 1980, sempre aludindo ao tratamento abusivo de maridos, patrões e colegas que querem colocá-la “em seu lugar”, fazendo todo o trabalho. No final, várias mulheres de jeans se juntam para dançar na rua com a cantora, numa alusão às coreografias dos anos 1990. A mensagem clara, o refrão fácil e a batida dançante são contagiantes. Uma boa forma de retomar a carreira musical, após dois anos sem lançar músicas. Composta em parceria com a também cantora Meghan Trainor, que tem metade da idade de J-Lo, “Ain’t Your Mama” é o primeiro single do novo álbum da diva, que só deve chegar às lojas no final do ano. Entretanto, ele embute uma contradição, na figura do produtor Dr. Luke, acusado por Keisha de ser abusivo, manipulador e outras coisas que nenhuma feminista defenderia. O vídeo, por sua vez, foi dirigido por Cameron Duddy, editor do filme “Antes Só do Que Mal Casado” (2007) e especialista em clipes de artistas populares, como Bruno Marz, Fifth Harmony, Rita Ora e Britney Spears. “Ain’t Your Mama”, porém, é disparado o seu melhor trabalho.

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  • Filme

    Mulher-Maravilha: Fotos das filmagens revelam cena importante da origem da super-heroína

    11 de abril de 2016 /

    Surgiram novas fotos dos bastidores das filmagens de “Mulher-Maravilha”, que revelam uma cena importante da trama, filmada no litoral italiano. As fotos registram o encontro entre a Princesa Diana (Gal Gadot) e o piloto Steve Trevor (Chris Pine) na praia da Ilha do Paraíso (ou Temiscira), além de cenas de um confronto entre as amazonas e uma tropa alemã da 1ª Guerra Mundial. Na versão original da origem da heroína, o avião de Trevor é abatido próximo à Temiscira, o que faz com que a princesa busque resgatá-lo. O encontro a afeta profundamente. Trevor não só foi o primeiro homem de sua vida, mas também o primeiro amor. Graças a ele, a jovem descobre sobre o mundo exterior, que estaria devastado pela guerra. Mas a trama escrita pelo psicólogo William Moulton Marston em 1941 refletia o período contemporâneo, época em que ocorria a 2ª Guerra Mundial. A mudança de período pode ter sido uma tentativa de diferenciar o filme da “Mulher-Maravilha” de “Capitão América: O Primeiro Vingador”, mas as fotos recém-reveladas também assinalam um interessante detalhe. As cenas das amazonas montadas a cavalo, enfrentando um exército mais moderno, ajudam a lembrar que 1ª Guerra Mundial foi o último conflito que envolveu cavalarias. O elenco também inclui Robin Wright (série “House of Cards”), Connie Nielsen (“Ninfomaníaca”), Lisa Loven Kongsli (“Força Maior”), Danny Huston (“X-Men Origens: Wolverine”), David Thewlis (franquia “Harry Potter”), Saïd Taghmaoui (“Trapaça”), Elena Anaya (“A Pele que Habito”), Ewen Bremner (“Êxodo: Deuses e Reis”) e Lucy Davis (“Todo Mundo Quase Morto”). O roteiro é de Jason Fuchs (“Peter Pan”), a direção está a cargo de Patty Jenkins (“Monster: Desejo Assassino”) e a estreia está prevista para junho de 2017.

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  • Etc

    Emma Watson diz que ser chamada de feminazi só lhe dá mais razão de ser feminista

    8 de março de 2016 /

    Muitos fãs ainda lembram de Emma Watson como a bruxinha Hermione. Mas ultimamente a atriz dos filmes de “Harry Potter” tem sido mencionada com outro nome, pouco afetuoso: feminazi. Ela não se importa. Na verdade, lhe dá mais certeza de estar “fazendo o que deveria fazer”, ela declarou, em entrevista à revista masculina Esquire. A publicação ganhou reverberação na internet, aproveitando o gancho do Dia Internacional da Mulher. Emma contou que passou a ser ofendida ao assumir uma postura feminista, como porta-voz da campanha He for She, focada no igualdade de gêneros. Ela tem se mostrado cada vez mais envolvida nas discussões de gênero e se habituou a levantar questões que desagradam algumas pessoas, como o debate sobre a diferença salarial entre homens e mulheres em Hollywood. “Nós não devemos reclamar de salário, porque as pessoas pensam que somos ‘divas’ ou ‘cabeças-dura'”, ela apontou, para a revista. “Mas agora há um pensamento diferente, do tipo ‘Quer saber, pode me chamar de diva ou feminazi, me chame de difícil ou feminista mimada, me chame do que quiser, isso não me fará parar de tentar fazer a coisa certa e ter certeza de que o justo prevaleça'”, proclamou, antes de completar seu pensamento. “E isso não afeta apenas a mim. Você pode ser uma mulher trabalhando em uma plantação de chá no Quênia ou uma corretora na Wall Street, ou até uma atriz de Hollywood, mesmo assim não estará sendo paga em pé de igualdade aos homens”. Watson também revelou que sofreu assédio em algumas ocasiões, mas decidiu não fazer disso uma bandeira pessoal. “Já deram um tapa na minha bunda enquanto eu deixava uma sala. Eu já fiquei com medo de caminhar até minha casa sozinha. Já fui seguida por homens”, contou, explicando, em seguida, porque não levanta esta discussão. “Não falo muito sobre isso porque muitas pessoas veriam como algo decorrente de eu ser quem sou, mas não quero que isso seja apenas sobre mim. A maioria das mulheres já teve experiências iguais ou até piores”. Recentemente, a atriz revelou que vai dar um tempo em sua carreira de atriz, após as estreias da nova adaptação de “A Bela e a Fera” e da sci-fi “The Circle”, para aprofundar-se ainda mais em estudos e debates sobre causas feministas.

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  • Etc,  Filme

    Emma Watson pretende se afastar do cinema por um ano para se focar no feminismo

    19 de fevereiro de 2016 /

    A atriz britânica Emma Watson informou que vai tirar um ano de férias do cinema para se concentrar no movimento feminista. A afirmação foi feita durante uma entrevista à publicação nova-iorquina Paper Magazine. “Ficarei um ano sem atuar para me concentrar em duas coisas: meu desenvolvimento pessoal é uma delas”, disse Watson. “Pensei em ficar um ano fora do cinema para focar em estudos de gênero”, explicou a atriz. “Quero escutar o máximo de mulheres que puder. É algo que estive fazendo por conta própria, através da ONU, na campanha ‘HeForShe’ e em meu trabalho em geral”, completou. Embaixadora da Boa Vontade de ONU Mulheres, a atriz de 25 anos se envolveu recentemente na campanha “HeForShe”, que procura somar o compromisso dos homens para acabar com a desigualdade de gênero antes de 2030. A entrevista é narrada como uma conversa informal entre Watson e a prolífica escritora americana e ativista feminista Bell Hooks, e ambas trocaram experiências. Na entrevista, Watson também lembrou seus primeiros passos como atriz, aos 9 anos, no papel da estudante de magia Hermione na série “Harry Potter”, baseada nos romances de J.K. Rowling. Ela confessou que, na época, na época queria aparentar ser uma adolescente “muito mais cool” que seu personagem. As férias de Emma Watson não deverão ser muito sentidas pelos fãs, pois ela deixou prontos alguns trabalhos, como a sci-fi “The Circle”, ainda sem previsão de lançamento, e a versão com atores da fábula “A Bela e a Fera”, da Disney, que chega aos cinemas em 30 de março de 2017.

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  • Filme

    Cinco Graças mostra a beleza reprimida pela cultura patriarcal

    28 de janeiro de 2016 /

    “Cinco Graças”, estreia da cineasta turca radicada na França Deniz Gamze Ergüven, é um exemplo representativo de cinema feminista, mas, por se passar em um vilarejo na Turquia, também se projeta como filme de resistência contra certas tradições culturais e religiosas, que se revelam desumanas. Mais que feminista, é uma obra humanista. Concorrente francês ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro, a produção acompanha cinco irmãs de idades diferentes, que querem ser felizes, mas tudo o que encontram são imposições, barreiras, grades. A mais velha e mais esperta até consegue fugir de casa para transar com o namorado, usando métodos ousados para evitar perder a virgindade ou engravidar. Mas é a mais nova, uma criança ainda, quem narra o filme, e é por seus olhos que vemos a história se desenrolar. Olhos que já começam o filme chorando, ao se despedir da professora, no final do ano letivo. A natureza chama as meninas para os prazeres do amor e do sexo, e isso leva sua família a tomar atitudes drásticas. Encarceradas, elas são condenadas a casamentos de conveniência, para que possam sair de casa sem envergonhar os parentes. E assim as “Cinco Graças” vão se desmantelando. Mas como a trajetória de cada uma delas é singular, a história é rica em surpresas e momentos comoventes. De fotografia deslumbrante, a obra lida muito bem com a beleza dos corpos das moças, em fase de autodescoberta e também da descoberta do mundo em que habitam, que subitamente se revela cheio de maldade. Uma maldade não necessariamente deliberada, mas fruto de anos e anos de cultura arcaica, que exige submissão feminina em pleno século 21. A trama é apresentada com muita simplicidade, até para tornar sua denúncia mais eficaz, como um soco no estômago. E embora retrate uma situação específica, refletindo uma sociedade sob influência da religião muçulmana, poderia se passar em qualquer outro lugar ermo, até no interior do Brasil, onde o patriarcado ainda ditar as regras da convivência.

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    As Sufragistas dá perspectiva histórica ao feminismo

    1 de janeiro de 2016 /

    “As Sufragistas” reflete bem o espírito dos tempos atuais, em especial do último ano, que testemunhou o avanço do feminismo nas redes sociais e nas artes. O filme é estrelado, escrito, dirigido e produzido por mulheres, num exemplo claro de que o empoderamento feminino de sua trama não deve ficar só na retórica. De fato, a produção supre uma imensa lacuna, levando até a a questionar por que há tão poucos trabalhos sobre a ascensão histórica do feminismo. Afinal, se a mulher hoje pode votar, exercer o seu direito de cidadania e assumir cargos públicos é por causa do esforço e do sacrifício dessas pioneiras que perderam a família, os empregos e até mesmo a própria vida para que o sonho de uma vida digna fosse materializado. Dirigido por Sarah Gavron (“Brick Lane”) e escrito por Abi Morgan (roteirista de “Shame” e “A Dama de Ferro”), “As Sufragistas” acompanha a jornada de Maud Watts, interpretada de forma inspirada pela bela e talentosa Carey Mulligan (“O Grande Gatsby”). Maud é uma jovem que trabalha como lavadeira em uma empresa administrada por um homem acostumado a abusar sexualmente de suas empregadas. E, ao chegar cansada do trabalho, ainda tem que cuidar do filho e do marido (Ben Wishaw, de “007 Contra Spectre”). Ela encontra uma razão para viver ao se aliar a um grupo de mulheres rebeldes que praticam a desobediência civil para chamar a atenção da sociedade. Se com palavras ninguém as ouve, por que não quebrar vidraças, incendiar caixas postais e, se necessário, até mesmo ir para a cadeia para deixarem de ser ignoradas? Um dos pontos mais interessantes da produção está na forma como os investigadores de polícia, encabeçados pelo ótimo Brendan Gleeson (“O Guarda”), tratam o vandalismo femininista como atos de extrema periculosidade, como se aquelas mulheres fossem agentes subversivos ou algo do tipo. De certa forma, os protestos não deixam mesmo de representar uma ameaça para a sociedade machista, que via aqueles protestos como imorais, por sugerirem que as mulheres deixassem de se manter passivas diante da lei e da cultura opressoras. O maior perigo que “As Sufragistas” corre, porém, é pintar os homens de forma excessivamente caricata. A única exceção é o farmacêutico casado com a personagem de Helena Bonham Carter (“Os Miseráveis”), que apoia as ações da esposa, uma das líderes do movimento sufragista. Outra líder, por sinal, é vivida por Meryl Streep (“A Dama de Ferro”). O filme podia obter melhor resultado do ponto de vista artístico, mas, ainda que abrace uma narrativa convencional, a diretora Sarah Gavron se sai bem, tanto na criação de suas adoráveis e corajosas personagens quanto no cuidadoso trabalho de reconstituição de época. Além disso, serve como lição de História e permite o debate de uma importante questão sociocultural.

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