Prunella Scales, atriz de “Fawlty Towers”, morre aos 93 anos
Estrela da comédia britânica, eternizada como Sybil Fawlty, tinha demência e morreu “em paz” em casa, segundo comunicado dos filhos
John Cleese fará reboot da série “Fawlty Towers”, sucesso dos anos 1970
O ator John Cleese vai escrever e estrelar um reboot de “Fawlty Towers”, série clássica britânica, que ele estreou entre 1975 e 1979 na rede BBC. A nova versão será produzida pelo cineasta Rob Reiner (“A Princesa Prometida”). “Fawlty Towers” teve apenas duas temporadas de seis episódios cada, mas foi repetida à exaustão. A série acompanhava a rotina da família Fawlty enquanto eles lutavam para manter seu casamento, sanidade e hotel funcionando. A nova versão vai mostrar como o cínico, exagerado e misantrópico Basil Fawlty (Cleese) está lidando com o mundo moderno. A série também vai destacar o relacionamento entre Basil e uma filha que ele acabou de descobrir que tinha – que será interpretada pela própria filha do ator, Camilla Cleese. Além de Reiner, a série também será produzida pela esposa do diretor, Michele Reiner, e por Matthew George (“Uma Guerra Pessoal”), a quem Cleese não poupou elogios. “O que eu gosto em Matt é que, ao contrário de muitos produtores, ele realmente ‘entende’ o processo criativo”, disse Cleese, em comunicado. “Quando nos conhecemos, ele ofereceu uma excelente primeira ideia, e então Matt, minha filha Camilla e eu tivemos uma das melhores sessões criativas de que me lembro. De sobremesa tínhamos um conceito geral tão bom que, alguns dias depois, ganhou a aprovação de Rob e Michele Reiner. Camilla e eu estamos ansiosos para expandi-lo em uma série.” “John Cleese é uma lenda da comédia. Só a ideia de trabalhar com ele me faz rir”, completou Rob Reiner. O novo “Fawlty Towers” ainda não tem previsão de estreia. Embora tenha tido uma curta duração, a série ficou em 1º lugar na lista de 100 melhores séries britânicas promovida pelo British Film Institute, e divulgada em 2000. Já em 2019, a revista Radio Times nomeou a atração como a maior série britânica de todos os tempos, com base em votação feita por especialistas em comédia. Confira abaixo algumas cenas hilárias da série original.
André Maranne (1926–2021)
O ator francês André Maranne, que ficou conhecido como parceiro do desastrado Inspetor Closeau (Peter Sellers) nos filmes de “A Pantera Cor-de-Rosa”, morreu em 12 de abril, aos 94 anos. Seu falecimento só ficou conhecido nesta quinta (6/5), mas a causa da morte não foi divulgada. A carreira começou na TV francesa em 1955, mas Maranne fez rapidamente a transição para o cinema falado em inglês três anos depois, com pequenos papéis em dois filmes estrelados por Stewart Granger, “O Rugido da Morte” e “A Verdade Dói”. Após mais três longas dirigidos pelo inglês Lewis Gilbert, “Amanhã Sorrirei Outra Vez” (1958), “Fruto de Verão” (1961) e “Revolta em Alto Mar” (1962), acabou se estabelecendo no mercado britânico e até apareceu em séries clássicas do Reino Unido, como “O Santo” e “Protectors”, antes de ser selecionado para seu papel mais conhecido. Ele encarnou pela primeira vez o sargento François Chevalier em “Um Tiro no Escuro” (1964), que foi rodado por Blake Edwards em Londres. Fez tanto sucesso como assistente do inepto chefe inspetor Charles Dreyfus (Herbert Lom) que reprisou o papel em mais cinco filmes, ao longo de duas décadas, despedindo-se em “A Maldição da Pantera Cor-de-Rosa” – feito com sobras de filmagens e lançado em 1983, três anos após a morte do ator principal da franquia, Peter Sellers. Maranne ainda trabalhou com Blake Edwards na comédia “Lili, Minha Adorável Espiã” (1970), retomou a parceria com Lewis Gilbert em “Paul e Michelle” (1974), travou “A Batalha da Grã-Bretanha” (1969), enfrentou James Bond em “007 Contra a Chantagem Atômica” (1965), participou do cult psicodélico “A Garota da Motocicleta” (1968), viajou na Tardis de “Doctor Who” (em 1967) e matou o público britânico de rir num episódio antológico de “Fawlty Towers” de 1975. Seus últimos filmes foram “O Fio da Navalha” (1984), com Bill Murray, e “Plenty, o Mundo de uma Mulher” (1985), com Meryl Streep, seguidos por várias minisséries britânicas até o fim da carreira em 1991.
Andrew Sachs (1930 – 2016)
Morreu Andrew Sachs, comediante que brilhou na cultuada série britânica “Fawlty Towers”, ao lado de John Cleese. Ele tinha 86 anos e faleceu em novembro em uma casa de repouso em Londres, diagnosticado com demência, mas a notícia só foi anunciada no final de semana. Nascido em 7 de Abril de 1930, em Berlim, Sachs mudou-se com seus pais para a Inglaterra aos 8 anos, em fuga da crescente perseguição do regime nazista. Ainda adolescente, tentou seguir carreira no cinema, mas só conseguiu fazer figurações em “Grito de Indignação” (1947) e “As Vidas e Aventuras de Nicholas Nickleby” (1947). Sem desistir, focou-se no teatro, começando como assistente de palco de produções londrinas, até conseguir passar em testes para o elenco dos teleteatros da rede BBC. Depois de fazer participações em diversas séries, entrou para seu primeiro elenco fixo em 1975, vivendo o papel que marcaria sua carreira: o garçom espanhol Manuel do hotel fictício Fawlty Towers. Um dos personagens mais icônicos da história da TV britânica, Manuel era um garçom bem-intencionado, mas totalmente atrapalhado, que mal entendia inglês, e vivia constantemente sendo repreendido por seu chefe, Basil Fawlty (Cleese). Manuel acabou se tornou o personagem mais popular da série, mas Sachs pagou um preço físico por isso, machucando-se gravemente duas vezes durante as gravações – numa delas, sendo queimado por ácido. Infelizmente para os fãs, as produções da BBC costumam ser curtas e “Fawlty Towers” teve apenas duas temporadas, cada uma com seis episódios apenas, e separadas por quatro anos de intervalo entre uma e outra. Após o fim de “Fawlty Towers” em 1979, ele continuou a trabalhar em inúmeras produções da rede pública britânica, mas sem a mesma repercussão, incluindo, em 2009, aos 79 anos de idade, um arco na longeva e interminável novela “Coronation Street”, e mais recentemente, em 2015, aos 85 anos, na igualmente eterna “EastEnders”. No cinema, Sachs ainda apareceu, entre outros filmes, em “A História do Mundo, Parte I” (1981), de Mel Brooks e, mais recentemente, na comédia “O Quarteto” (2012), dirigida por Dustin Hoffman. Seu último trabalho foi como dublador de um relógio na fantasia “Alice Através do Espelho” (2016).



