“Os Simpsons”, “Uma Família da Pesada” e “Bob’s Burgers” são renovadas até 2025
O canal americano Fox renovou as séries animadas “Os Simpsons”, “Uma Família da Pesada” e “Bob’s Burgers” para mais duas temporadas. Com isso, “Os Simpsons” chegará à sua 36ª temporada (mantendo o recorde de série mais longeva da história), “Uma Família da Pesada” irá até a 23ª temporada e “Bob’s Burgers” completará 15 temporadas. “Com este trio de renovações, celebramos a excelência em animação da Fox, nossa parceria maravilhosa e de longa data com a 20th Television e os criadores brilhantes e vozes incríveis por trás dessas séries eternamente favoritas”, disse Michael Thorn, presidente de programação da Fox Entertainment, em comunicado. “Mais de três décadas de ‘Os Simpsons’, mais de duas décadas de ‘Uma Família da Pesada’ e mais de uma década de ‘Bob’s Burgers’ provam o poder duradouro do gênero de animação em nossa rede e a infinita afinidade dos fãs por esses clássicos da comédia escandalosamente engraçados.” Manter os programas de longa duração é benéfico tanto para a 20th Television quanto para a Disney (dona da Fox), uma vez que são ativos valiosos para a empresa e se tornam um atrativo dentro dos seus serviços de streaming como Hulu e Disney+. “Após 750 episódios de ‘Os Simpsons’, 400 episódios de ‘Uma Família da Pesada’ e 250 episódios de ‘Bob’s Burgers’, não poderíamos estar mais orgulhosos de continuar entregando esses três sucessos animados com as equipes mais brilhantes da animação”, disse Marci Proietto, vice-presidente executiva da 20th Television Animation. “Nosso relacionamento com a Fox nas últimas três décadas permitiu que esse trio de programas prosperasse, crescesse e proporcionasse momentos imensuráveis de entretenimento hilário e irreverente para os fãs, e estamos absolutamente entusiasmados com o fato de a Fox estar apostando em dobro em cada um desses programas icônicos.” As novas temporadas de “Os Simpsons”, “Uma Família da Pesada” e “Bob’s Burgers” serão exibidas entre 2024 e 2025, no canal americano Fox. No Brasil, as três séries estão disponíveis na plataforma de streaming Star+.
Simpsons, Família da Pesada, Big Mouth e Central Park trocam dubladores brancos de personagens negros
Várias produtoras e canais de séries animadas americanas anunciaram que não utilizarão mais atores brancos para dublar personagens negros ou de outras etnias. A decisão foi resultado de uma súbita conscientização causada pelo questionamento do racismo estrutural, que virou pauta urgente, após o assassinato de George Floyd por policiais brancos e o movimento Black Lives Matter (Vidas Negras Importam) tomar as ruas dos EUA. As atrizes Kristen Bell e Jenny Slate foram quem chamaram atenção para o problema, denunciando a si mesmas, na quarta passada (24/6), como mulheres brancas que estavam dando vozes para personagens mestiças (meninas negras, filhas de mães brancas). “Este é um momento para reconhecer nossos atos de cumplicidade”, postou Kristen Bell nas redes sociais. Aqui está um dos meus. Interpretar a personagem Molly em ‘Central Park’ mostra uma falta de consciência do meu privilégio generalizado. A escalação de um personagem mestiça com uma atriz branca prejudica a especificidade da raça mista e da experiência dos negros americanos”, apontou. “Estava errado e nós, da equipe do ‘Central Park’, estamos comprometidos em fazer a coisa certa”, continuou Bell. “Fico feliz em renunciar a esse papel e passá-lo a alguém que possa dar uma interpretação muito mais precisa e me comprometerei a aprender, crescer e fazer minha parte por maior igualdade e inclusão”. Em uma declaração conjunta, a equipe do programa da plataforma Apple TV+ tentou justificar a escolha da atriz, que esteve no elenco da série “desde quase o primeiro dia de desenvolvimento do programa – antes mesmo de haver uma personagem para ela interpretar – e desde então ela apresentou uma performance engraçada, sincera e bonita”. “Mas, após reflexão, Kristen, junto com toda a equipe criativa, reconhece que a escalação da personagem Molly é uma oportunidade de obter uma representação correta – escalar uma atriz negra ou de raça mista e dar a Molly uma voz que ressoe com todas as nuances e experiências da personagem como a desenhamos”, continuam. Kristen Bell, porém, continuará a ser parte da série, dublando uma nova personagem que será introduzida na 2ª temporada, enquanto a interpretação de Molly passará para outra atriz. Já Jenny Slate perdeu o emprego, após decidir parar de interpretar Missy em “Big Mouth”, da Netflix. “No começo do programa, eu raciocinei comigo mesma que era admissível que eu interpretasse Missy porque a mãe dela é judia e branca — assim como eu”, afirmou a atriz em sua conta no Instagram. “Mas Missy também é negra, e personagens negros em programas animados devem ser interpretados por pessoas negras”, acrescentou. As decisões das duas atrizes criaram um efeito cascata. Na sexta (26/6), o ator Mike Henry, também branco, anunciou que deixaria de dublar o personagem negro Cleveland Brown na popular série animada “Uma Família da Pesada” (Family Guy), da rede Fox. “Foi uma honra interpretar Cleveland por 20 anos. Eu amo esse personagem, mas pessoas de cor (não brancas) devem interpretar os personagens de cor. É por isso que estou deixando o papel”, escreveu ele no Twitter. Além do personagem aparecer em “Uma Família da Pesada”, ele também estrelou sua própria série, “The Cleveland Show”, por quatro anos, exibida entre 2009 e 2013. A iniciativa de Henry, por sua vez, repercutiu em outra série da Fox, que se viu forçada a repensar sua atitude pouco responsável em relação à escalação de seus papéis. “Os Simpsons”, que já tinha um problema histórico com Apu, finalmente deu o braço a torcer, anunciando também na sexta que não escalaria mais atores brancos para interpretar personagens de minorias étnicas. “A partir de agora ‘Os Simpsons’ não terão mais atores brancos representando personagens que não são brancos”, informou uma nota sucinta da Fox. O anúncio, na verdade, é bem tardio. Em janeiro, o ator branco Hank Azaria já tinha dito que não dublaria mais o comerciante indiano Apu, após a representação racista do personagem ter ganhado até documentário – “O Problema com Apu”, dirigido por Hari Kondabolu em 2017, que criticou a forma como as produções americanas tratam as pessoas do sul da Ásia. Azaria tinha ficado incomodado com a forma escolhida pelos produtores de “Os Simpsons” para lidar com o questionamento racial. O tema virou piada, num episódio exibido em 2018 que criticou a forma como situações “inofensivas no passado” tinham virado “politicamente incorretas”. O fato é que, neste caso, “Os Simpsons” não previram o futuro e quase foram atropelados pela História. A mudança tardia de atitude agora deve afetar também o personagem do Dr. Hibbert, médico negro interpretado pelo ator branco Harry Shearer. Assim como Azaria (voz de Moe e do Comic Book Guy), Shearer dubla vários personagens e deve permanecer na série como o Sr. Burns, Ned Flanders e o diretor Skinner.
Uma Família da Pesada não fará mais piadas com homossexuais
A série animada “Uma Família da Pesada” (Family Guy), criada por Seth MacFarlane e conhecida pelo humor politicamente incorreto, não fará mais piadas pejorativas sobre homossexuais. Os produtores executivos Alec Sulkin e Rich Appel anunciaram a decisão em entrevista ao site TV Line, comentando que, após 20 anos de produção do desenho, o público não permite mais este tipo de brincadeira. Atualmente em sua 17ª temporada, a série tinha como alvo frequente de piadas homofóbicas o personagem Stewie, bebê da família Griffin. “Se você comparar o programa feito em 2005 ou 2006 com as temporadas de 2018 ou 2019, verá grandes diferenças” disse Sulkin. “Lá atrás, fazíamos brincadeiras com alguns assuntos que, agora, entendemos não serem aceitáveis.” A decisão surge no momento que muitos nomes de Hollywood têm se envolvido em polêmicas relacionadas ao tema. O comediante Kevin Hart desistiu de apresentar o Oscar após o resgate de tuítes antigos com piadas homofóbicas. O cineasta James Gunn também sofreu com tuítes de seu passado, que faziam brincadeiras ofensivas com estupros, AIDS e pedofilia. “Se um programa está no ar há 20 anos, a cultura muda”, complementa Appel. “Nós mudamos também. O clima é diferente, a cultura é diferente e nossa visão é diferente.”
Produtores da Fox revelam ter recebido ligações da Disney sobre futuro de seus programas
Os criadores de série de terror “American Horror Story” e da animação adulta “Uma Família da Pesada” (Family Guy) revelaram ter recebido ligações do CEO da Disney, Bob Iger, para tranquilizá-los à respeito da aquisição da Fox e os planos da companhia para seus conteúdos. A informação foi compartilhada durante o evento de imprensa semestral da TCA (Television Critics Association). Ryan Murphy, produtor de vários sucessos da Fox e da FX, incluindo “American Horror Story”, “American Crime Story”, “Feud” e o recente “9-1-1”, disse ter aproveitado a ligação para questionar Iger sobre como seus produtos se encaixaram na Disney. “As coisas que faço não são especificamente Disney. Estou preocupado com isso. Será que terei que colocar o Mickey Mouse em ‘American Horror Story?'”, ele contou ter perguntado ao novo patrão. Segundo Murphy, Iger respondeu que a Disney comprou a Fox por acreditar em seus produtos, executivos e criadores. O produtor lembrou o sucesso de Iger ao integrar a Pixar e a Marvel “mantendo suas comunidades intactas”. “Quero ver como essa empresa vai ficar antes de decidir para onde ir”, disse Murphy. Já Seth MacFarlane, criador de “Family Guy” e “The Orville”, também disse que Iger o tranquilizou. “Esse tipo de coisa acontece o tempo todo. Não acho que teremos grandes mudanças”, ele afirmou. Presente no evento, o co-presidente da rede Fox e da produtora 20th Century Fox Television, Gary Newman, confirmou que o negócio tem gerado ansiedade entre os produtores da empresa. Ele disse ter se reunido com muitos colegas para assegurá-los que o negócio continuará normalmente durante as avaliações regulatórias, que devem durar de 12 a 18 meses. “Quando os gerentes da Disney falaram conosco, fizeram questão de dizer o quanto admiram nossa marca, o quando admiram nossa programação”, compartilhou Newman. “Nossa expectativa não é que eles estejam comprando a Fox para transformá-la numa empresa para menores. Acho que eles vão encorajar nosso conteúdo”. Séries originalmente exibidas na Fox, porém, pode não continuar na rede, que não foi comprada pela Disney. Já o canal pago FX foi adquirido no negócio. Assim como a parte da Fox no serviço de streaming Hulu. Em entrevistas após a aquisição, Iger deu a entender que usará o Hulu para veicular as produções mais adultas do pacote de conteúdo da Fox. A Disney, que já detinha 30% de ações do serviço, comprou os 30% da Fox e passou a ser majoritária no negócio – originalmente, uma joint venture formada também pela Comcast (do estúdio Universal, que ainda detém 30%) e Warner (10%).
Carrie Fisher deixou gravadas participações inéditas na série Uma Família da Pesada
A atriz Carrie Fisher, que morreu na terça-feira (28/12), não deixou gravada somente sua participação em “Star Wars: Episódio VIII” e em episódios da série “Catastrophe”. De acordo com o site da revista Variety, ela também já havia gravado participações para dois episódios da animação “Uma Família da Pesada” (Family Guy). Na série animada da Fox, Carrie dublava Angela, supervisora de Peter Griffin. Ao todo, ela participou de 20 episódios da série desde 2005, sendo que o mais recente foi ao ar em janeiro de 2016 nos Estados Unidos. Os dois capítulos inéditos, que contarão com a voz da atriz, ainda não tiveram as datas de exibição definidas. Seth MacFarlane, dublador de Peter e criador da série, deixou uma mensagem em seu Twitter em homenagem à atriz. “Carrie Fisher era inteligente, engraçada, talentosa, surpreendente e era sempre divertido estar perto dela. ‘Uma Família da Pesada’ vai sentir uma falta imensa dela.”
Uma Família da Pesada: Trailer da 15ª temporada traz piadas com Doctor Who e Bill Cosby
A rede americana Fox divulgou o trailer da 15ª temporada de “Uma Família da Pesada” (Family Guy). Exibido na San Diego Comic-Con, o vídeo reúne diversas piadas dos vindouros episódios, que incluem citações da cultura pop, tecnologia e escândalos recentes, com referências a “Doctor Who”, Bill Cosby, Uber e GoPro, entre outras. Apesar desse aspecto geek, a maioria das gags tem fundo sexual, ressaltando que a animação não é para crianças. A 15ª temporada da série animada, criada por Seth MacFarlane (“Ted”), estreia no dia 25 de setembro nos EUA. No Brasil, a série é exibida no canal pago Fox.





