“Viúva Negra” estreia em 75% dos cinemas do Brasil
“Viúva Negra” é a grande estreia dos cinemas neste fim de semana, ocupando 1,4 mil salas – ou cerca de 75% do parque exibidor atualmente em funcionamento no país. O circuito claramente aposta nos fãs da Marvel para retomar as lotações esgotadas. Só que vai enfrentar a concorrência direta do próprio filme em streaming. A produção está sendo disponibilizada na plataforma Disney+ a partir de sexta-feira (9/7) por um preço extra. Quanto a mais? A bagatela de R$ 69,90, além da assinatura mensal do serviço. O valor elevado, inclusive, tende a fazer muitos darem preferência à sessão de cinema, apesar da pandemia. O filme tem recebido críticas entusiasmadas e está com 82% de aprovação no Rotten Tomatoes. É considerado mais um acerto do Marvel Studios e confirmação da grande capacidade de Kevin Feige, o chefão do estúdio, para encontrar cineastas independentes capazes de surpreender ao trabalhar com blockbusters. Dirigido pela australiana Cate Shortland (“A Síndrome de Berlim”), a trama é um flashback passado entre os eventos de “Capitão América: Guerra Civil” e “Vingadores: Guerra Infinita”, e acompanha Natasha (Scarlett Johansson) após fugir dos EUA por ter ajudado o Capitão América. Além de cenas intensas de ação, o filme ainda transforma Yelena Belova, a personagem de Florence Pugh (“Midsommar”), em nova favorita dos fãs. À margem das grande redes, a programação exibe mais seis filmes. Os destaques são o premiado drama europeu “O Charlatão”, da renomada cineasta polonesa Agnieszka Holland (“Filhos da Guerra”), sobre a história verídica de um curandeiro gay em conflito com o regime soviético, o romance português “Pedro e Inês”, que atravessa séculos e vai da era medieval ao futuro, e um documentário brasileiro sobre o falecido ator Flávio Migliaccio. Confira abaixo os trailers de todas as estreias. Viúva Negra | EUA | Aventura O Charlatão | República Tcheca, Polônia | Drama Pedro e Inês | Portugal | Romance Knives and Skin | EUA | Drama Chico Ventana Também Queria Ter um Submarino | Uruguai | Fantasia Hava, Maryam, Ayesha | Afeganistão | Drama Migliaccio – O Brasileiro em Cena | Brasil | Documentário
“Os Croods 2” é a principal estreia de cinema da semana
A animação “Os Croods 2: Uma Nova Era” é a principal estreia da semana, chegando a quase 700 cinemas brasileiros sete meses após seu lançamento nos EUA. A crítica americana achou melhor que o primeiro (76% de aprovação no Rotten Tomatoes) e, com US$ 171 milhões arrecadados em todo o mundo, chegou até a ser considerado um dos raros sucessos da pandemia. E é mesmo bem divertido. Na trama, a família cro-magnon original encontra a primeira família metrossexual (ou neolítica), que é bem mais avançada, com conhecimentos agrícolas, mas também preocupações com a aparência – da barba hipster bem cultivada aos chinelos de estilo havaianas. A versão em português traz as vozes de Juliana Paes e Rodrigo Lombardi, enquanto a dublagem original em inglês volta a reunir o elenco formado por Nicolas Cage (“A Cor que Caiu do Espaço”), Emma Stone (“La La Land”), Ryan Reynolds (“Deadpool”), Catherine Keener (“Corra!”), Clark Duke (“A Ressaca”) e Cloris Leachman (“Eu Só Posso Imaginar”) em seu último papel, como a vovó. As novidades ficam por conta de Peter Dinklage (“Game of Thrones”), Leslie Mann (“Não Vai Dar”) e Kelly Marie Tran (“Star Wars: Os Últimos Jedi”) como os dubladores da família Betterman (ou, em português, os Bem Melhores). Escrito pelos irmãos Dan e Kevin Hageman (roteiristas de “Hotel Transilvânia” e “Uma Aventura Lego”), o filme marca a estreia na direção de Joel Crawford, que trabalhou no departamento artístico dos três “Kung Fu Panda” e “Uma Aventura Lego 2”. A programação alternativa consiste apenas de um documentário sobre a trajetória do grupo musical Rumo, um dos destaques da chamada Vanguarda Paulistana dos anos 1980, que marcou época entre elogios da crítica e premiações. Confira os trailers abaixo. Os Croods 2: Uma Nova Era | EUA | Animação Rumo | Brasil | Documentário
“Velozes e Furiosos 9” ocupa 90% dos cinemas brasileiros
O lançamento de “Velozes e Furiosos 9” deve ocupar 90% das salas de cinema do país nesta quinta (24/6), num cenário que resume tanto a ansiedade do circuito por um blockbuster capaz de trazer o público de volta quanto o abandono de qualquer vestígio de regulamentação do mercado pela Ancine. Dirigido por Justin Lin, que retorna à saga após um hiato de dois filmes, o longa tem algumas das cenas mais mirabolantes de toda a franquia. Com 65% de aprovação no Rotten Tomatoes, agradou menos que os anteriores, mas mesmo assim vem fazendo sucesso entre o público, já tendo faturado US$ 300 milhões no mercado internacional. Os fãs parecem não se cansar das manobras fisicamente impossíveis e dos enredos absurdos. Desta vez, um personagem tido como morto aparece como se nada tivesse acontecido, o vilão é um irmão do protagonista, que ninguém tinha mencionado nos oito longas anteriores, e os personagens saem em disparada até na Lua! A principal novidade é justamente a introdução de John Cena (“Bumbleblee”) como o vilão da vez, que também é o irmão-surpresa de Dominic Toretto, vivido por Diesel. Outro destaque é a presença de Anitta na trilha sonora – que rendeu até capa na revista Billboard para a brasileira. No circuito limitado, a principal estreia é “Os Melhores Anos de uma Vida”, terceiro filme de Claude Lellouch com os personagens de “Um Homem, uma Mulher”, cult romântico de 1966, que volta a reunir os atores Jean-Louis Trintignant e Anouk Aimée. A programação se completa com três dramas brasileiros: “Noites de Alface”, primeiro longa de Zeca Ferreira, que desenvolve um mistério em torno do envelhecimento e a solidão, “Anna”, de Heitor Dhalia (“Tungstênio”), sobre a obsessão de um diretor teatral com uma montagem de Shakespeare, e “4×100 – Correndo por um Sonho”, de Tomas Portella (“Operações Especiais”), fábula de união e superação esportiva que acabou atropelada pela realidade – não houve Olimpíada em 2020 e o lançamento do próprio filme, feito em 2019, foi adiado pela pandemia. Veja abaixo os trailers dos cinco lançamentos de cinema da semana. Velozes e Furiosos 9 | EUA | Ação Os Melhores Anos de uma Vida | França | Drama Noites de Alface | Brasil | Drama Anna | Brasil | Drama 4×100 – Correndo por um Sonho | Brasil | Drama
Estreias de cinema destacam terror, musical e cinema brasileiro
Os cinemas recebem seis lançamentos nesta quinta (17/6). “Espiral – O Legado de Jogos Mortais”, continuação da franquia “Jogos Mortais”, é o mais popular. O filme é o segundo desde o suposto “Final” da franquia e tem como curiosidade o fato de ser estrelado e produzido pelo comediante Chris Rock (“Lá Vêm os Pais”). Na trama, um serial killer sádico inspira-se em Jigsaw para levar adiante novos assassinatos brutais. O detalhe é que, desta vez, seus alvos são policiais. Já o melhor filme é “Em um Bairro de Nova York”, adaptação do espetáculo da Broadway “In the Heights” (título original), de Lin-Manuel Miranda (autor do fenômeno “Hamilton”). Trata-se de uma história romântica, que explora a experiência latina nos EUA sem uma cena sequer de violência – ao contrário de “Amor, Sublime Amor”, por exemplo. Focada no tema dos sonhos dos imigrantes, a trama otimista é contagiante e inspira cenas de tirar o fôlego. Mas seu apelo é menor do que acredita a Warner, porque traz cantoria do começo ao fim, o que exige um tipo especifico de público, acostumado com o teatro musical. A programação também coloca em cartaz dois dramas brasileiros. Vencedor de dois troféus em Gramado, “Veneza” tem direção de Miguel Falabella (“Polaróides Urbanas”) e Hsu Chien Hsin (“Quem Vai Ficar com Mário”) e conta a história de Gringa, uma cafetina que, na velhice, sonha reencontrar o único homem que amou. O título se refere à cidade italiana que seria o destino desse amor de juventude. A célebre atriz espanhola Carmen Maura (“Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos”) vive a versão idosa de Gringa, enquanto Macarena García (“Branca de Neve”) interpreta a Gringa jovem. O filme ainda tem uma história de transfobia que contrasta com seu clima sonhador. Já “Helen” marca a estreia do diretor Andre Meirelles Collazzo e, apesar do título nomear uma menina que quer presentear a avó (a grande Marcelia Cartaxo), seu grande personagem é o bairro do Bixiga, em São Paulo. A lista se completa com o drama britânico “Algum Lugar Especial”, premiado no Festival de Varsóvia e feito para partir corações com sua história sobre um pai terminal (James Norton) que quer dar um futuro para o filho pequeno, e a comédia francesa “A Boa Esposa” em que Juliette Binoche (“Acima das Nuvens”) interpreta uma viúva antiquada, professora de prendas domésticas, que precisa virar uma mulher moderna para sobreviver. Em um Bairro de Nova York | EUA | Musical Espiral – O Legado de Jogos Mortais | EUA | Terror Veneza | Brasil | Drama Algum Lugar Especial | Reino Unido | Drama A Boa Esposa | França | Comédia Helen | Brasil | Drama
Cinemas recebem animação, drama premiado e quatro filmes brasileiros
Os exibidores de cinema apostam em “Spirit – O Indomável” para manter a tendência de aumento no público durante mais um fim de semana. A produção da DreamWorks Animation tem a maior distribuição desta quinta (10/6), chegando a cerca de 300 salas. Infelizmente, também é uma das animações mais fracas do estúdio, uma reciclagem da reciclagem. O filme é uma adaptação da série “Spirit Riding Free” da Netflix, que por sua vez era inspirada no longa animado “Spirit: O Corcel Indomável” (2002). Só que a obra original, indicada ao Oscar, não tinha garotinhas galopando, mas índios. A nova versão troca o contexto histórico-cultural por uma trama com DNA de fábula de princesinha. Com direção de Elaine Bogan (“Como Treinar o Seu Dragão – A Série”) e do brasileiro Ennio Torresan (chefe de arte de “Abominável”), o longa acompanha a menina Lucky Prescott, que tem sua vida alterada para sempre ao se mudar da cidade grande para um pequeno vilarejo fronteiriço, onde se torna amiga de um cavalo selvagem chamado Spirit. Em circuito limitado, o destaque é “First Cow – A Primeira Vaca da América”, que só não apareceu no Oscar porque seu pequeno estúdio, A24, não tinha dinheiro para fazer campanha conjunta para dois títulos e optou por “Minari”. Mesmo assim, o novo longa da diretora Kelly Reichardt (“Certas Mulheres”) venceu nada menos que 24 prêmios e foi eleito pelos críticos de Nova York como o melhor filme do ano passado. A trama gira em torno de um padeiro habilidoso (John Magaro) em viagem para o Velho Oeste que encontra uma verdadeira conexão com um imigrante chinês também em busca de sua fortuna. Juntos, eles percebem que podem ficar ricos ao transformar o leite da primeira vaca da região em biscoitos. Infelizmente, a vaca não é deles. E o que se segue é uma fábula sobre amizade, capitalismo e sustentabilidade. A programação ainda inclui o drama alemão “Eu Estava em Casa, Mas…”, que rendeu o Urso de Prata do Festival de Berlim à diretora Angela Schanelec (“Uma Tarde Qualquer”) e é uma verdadeira aula sobre a técnica cinematográfica. Mas… o que chama realmente atenção no leque de opções é o lançamento simultâneo de quatro longas brasileiros de ficção. A maior expectativa recai sobre “Acqua Movie”, primeiro longa do premiado pernambucano Lírio Ferreira desde “Sangue Azul” em 2014. O road movie é passado no mesmo universo do cult “Árido Movie” (2005), com fotografia e elenco impressionantes. Um contraste enorme com “AmarAção”, cheio de problemas, que é quase cinema de guerrilha pela falta de recursos evidentes. Mas em termos de narrativa coesa são as comédias bobas que se saem melhor. O tema sobrenatural de “Missão Cupido” é realmente para não se levar a sério e rende boa diversão, enquanto “Quem Vai Ficar com Mário?” parte de uma premissa com pontos de conexão com “A Gaiola das Loucas” para, além de fazer rir, ajudar a refletir sobre preconceito sexual. Veja abaixo os trailers de todos os lançamentos. Spirit – O indomável | EUA | 2021 First Cow – A Primeira Vaca da América | EUA | 2020 Acqua Movie | Brasil | 2020 Quem Vai Ficar com Mário? | Brasil | 2020 Missão Cupido | Brasil | 2020 AmarAção | Brasil, França, Israel | 2020 Eu Estava em Casa, Mas | Alemanha, Sérvia | 2020
“Invocação do Mal 3” e mais três filmes estreiam nos cinemas
O terceiro “Invocação do Mal” é a principal estreia desta quinta (3/6) nos cinemas. Anunciado como o mais assustador da franquia, ele é o contrário do que promete sua campanha de marketing: o mais fraco da trilogia. Faz diferença ser o primeiro sem direção de James Wan. Em seu lugar está Michael Chaves, que fez sua estreia no universo de “Invocação do Mal” com o fraquíssimo terror “A Maldição da Chorona” (2019). “Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio” se sustenta no bom desempenho de Patrick Wilson e Vera Famiga como o casal de investigadores sobrenaturais Ed e Lorraine Warren, e no fato de sua trama ser baseada numa história real: um caso de assassinato por suposta possessão demoníaca que foi levado ao tribunal dos Estados Unidos. Estruturado como um episódio de “Law & Order”, o filme assusta bem menos que os anteriores, especialmente após a série “Evil” apresentar história similar. A programação da semana se completa com mais três lançamentos. E logicamente o mais fraco ocupa mais salas. “Alice e Peter – Onde Nascem os Sonhos” volta a trazer Angelina Jolie numa história relacionada à fábulas encantadas. Na trama, a estrela de “Malévola” é casada com David Oyelowo (“Selma”) e eles são pais de três crianças. Quando uma delas morre em um acidente, os sobreviventes Peter e Alice se refugiam da depressão em suas imaginações, que os leva, respectivamente, para a Terra do Nunca e o País das Maravilhas. Mas o melodrama supera a fantasia e a moral da história passa longe de ser fabulosa. No circuito limitado, “Verão de 85” tem direção de François Ozon e, mesmo sem virar um novo cult do cineasta francês, tem 80% de aprovação dos críticos americanos do Rotten Tomatoes. A história, passada na mesma época de “Me Chame pelo Seu Nome”, acompanha um romance gay adolescente e suas consequências. Por fim, “Cine Marrocos” é a obra favorita da crítica. Documentário sobre a ocupação de um cinema abandonado no centro de São Paulo, o filme de Ricardo Calil (“Narciso em Férias”) entra em cartaz dois anos após vencer o festival É Tudo Verdade de 2019. Ótimo jornalista que virou excelente cineasta, Calil convida os atuais moradores do local – sem tetos e imigrantes – a reencenar trechos dos filmes que foram exibidos ali, décadas antes. O resultado conquistou notas máximas de várias publicações que cobriram o festival. Invocação do Mal 3: A Ordem do Demônio | EUA | Terror Alice e Peter – Onde Nascem os Sonhos | EUA | Fantasia Verão de 85 | França | Drama Cine Marrocos | Brasil | Documentário
Cruella é a principal estreia de cinema da semana
A programação de cinema desta quinta (27/5) destaca a estreia de “Cruella”, que entra em cartaz em cerca de 700 salas de exibição. A produção é a fábula mais sombria já feita pela Disney, superando “Malévola”, mas não é um “Coringa” como muitos imaginaram após os primeiros trailers. O ponto alto é o visual, especialmente por se passar no mundo da moda, e a performance das duas atrizes principais. Concebido como um prólogo de “101 Dálmatas”, o longa se passa nos anos 1970, em Londres, e apresenta Cruella, vivida por Emma Stone (“La La Land”) como uma estilista punk em ascensão (pense em Vivienne Westwood), que planeja se vingar de sua antiga chefe interpretada por Emma Thompson (“MIB: Homens de Preto – Internacional”), enquanto começa a desenvolver uma fascinação por peles de animais — especialmente de, é claro, dálmatas. A história foi concebida por Kelly Marcel (“Cinquenta Tons de Cinza”), que retorna ao universo das fábulas da Disney após assinar “Walt nos Bastidores de Mary Poppins” (2013), e Aline Brosh McKenna, responsável por “O Diabo Veste Prada” (2006), de onde vêm as referências fashion. Mas o roteiro final foi assinado por Dana Fox (“Megarromântico”) e Tony McNamara (“A Favorita”). A direção é de Graig Gillespie (“Eu, Tonya”) e, por curiosidade, a atriz Glenn Close, que viveu a vilã em dois filmes live-action dos “101 Dálmatas” nos anos 1990, também está na equipe como produtora executiva do projeto. A estreia acontece simultaneamente nos cinemas e na Disney+ (por um custo adicional, além da mensalidade da plataforma). Por coincidência, o segundo filme com maior distribuição é estrelado pela intérprete de “Malévola”. “Aqueles Que Me Desejam a Morte” marca a volta de Angelina Jolie às tramas dramáticas após um longo período como estrela de filmes infantis. No thriller de ação, a atriz vive uma bombeira traumatizada. Em vigília contra incêndio numa reserva florestal, ela acaba resgatando um garoto em fuga e passa a ser perseguido por assassinos fortemente armados, que não vacilam em colocar fogo na floresta para eliminá-los. As cenas de perseguição com o pano de fundo de um grande incêndio na região florestal de Montana são o destaque da produção, roteirizada e dirigida por Taylor Sheridan, criador da série “Yellowstone”. “Aqueles Que Me Desejam a Morte” é o terceiro filme dirigido por Sheridan e o primeiro após “Terra Selvagem”, premiado em Cannes em 2017. Ele já foi indicado ao Oscar de Melhor Roteiro Original por “A Qualquer Custo” (2016). A semana também tem a estreia comercial de “Alvorada”, que é mais um documentário sobre o Impeachment de Dilma Rousseff, e a mediana comédia francesa “Alice e o Prefeito”. Confira abaixo os trailers de todos os títulos em cartaz. Cruella | EUA | 2021 Aqueles que Me Desejam a Morte | EUA | 2021 Alice e o Prefeito | França | 2019 Alvorada | Brasil | 2021
“Mortal Kombat” chega aos cinemas. Conheça as estreias da semana
“Mortal Kombat” é o principal lançamento desta quinta (20/5) nos cinemas. A nova adaptação do videogame é bem mais violenta que as versões anteriores e deve agradar aos fãs do jogo por apresentar a origem dos personagens e da rivalidade entre Scorpion e Sub-Zero. Mas quem nunca jogou o game clássico pode não achar tão empolgante. Afinal, tem um diretor pouco experiente (o estreante Simon McQuoid) e destaca vários atores secundários de séries de TV. De todo modo, é melhor que as opções de comédia, “Em Guerra com o Vovô”, que registra o pior desempenho da carreira de Robert De Niro, e “Amor, Casamentos e Outros Desastres”, que pode ser resumido por uma das palavras de seu título, considerando os míseros 4% de aprovação no Rotten Tomatoes. Em circuito extremamente limitado, há mais três produções argentinas e brasileiras, com destaque para uma sci-fi nacional de viagem no tempo, “Loop”, estreia do diretor Bruno Bini, estrelada por Bruno Gagliasso. Veja abaixo os trailers de todas as estreias da semana. Mortal Kombat | EUA | 2021 Em Guerra com o Vovô | EUA | 2021 Amor, Casamentos e Outros Desastres | EUA | 2020 O Último Jogo | Argentina, Brasil, Colômbia | 2020 A Barqueira | Argentina | 2019 Loop | Brasil | 2019
Bela Vingança, Demons Slayer e Mundo em Caos estreiam nos cinemas
A programação de cinema retoma, aos poucos, o ritmo normal com vários lançamentos de apelo e circuitos distintos – amplo e limitado. O grande destaque é a estreia tardia de “Bela Vingança”, último filme do Oscar 2021 a ganhar exibição no país. Vencedor na categoria de Melhor Roteiro Original, o suspense de humor ácido também é um dos filmes mais criativos e inesperados dos últimos tempos. Na trama, a personagem de Carey Mulligan (“Mudbound”) resolve se vingar dos homens, após sua melhor amiga ser estuprada na faculdade, sofrer depressão e se suicidar enquanto sua denúncia era desconsiderada pela instituição. Transformando-se numa justiceira, a protagonista passa a se fingir de vítima fácil para aterrorizar machistas abusados, principalmente os responsáveis pelo destino da amiga. O filme marcou a estreia na direção da atriz (de “The Crown”) e roteirista (de “Killing Eve”) Emerald Fennell, e tem produção da estrela Margot Robbie (“Aves de Rapina”). Fenômeno mundial, “Demon Slayer: Mugen Train – O Filme” chega ao Brasil após se tornar a maior bilheteria do cinema japonês em todos os tempos. A produção também bateu “Mortal Kombat” para liderar as bilheterias dos EUA no fim de semana passado. Baseada em um mangá popular, escrito e ilustrado por Koyoharu Gotōge desde 2016, “Demon Slayer” também já tinha sido adaptado num anime em 2019, que se tornou campeão de audiência – e pode ser visto na Netflix. Por sinal, o filme é uma continuação direta da 1ª temporada do anime e tem o mesmo diretor da série, Haruo Sotozaki, que estreia no cinema. A história acompanha Tanjiro Kamado e sua irmã, Nezuko, que levavam uma vida pacata até serem atacados por demônios. Além de perder todos seus familiares, Tanjiro viu sua irmã ser possuída. Para tentar torná-la humana novamente e impedir que outros passem pelos mesmos transtornos, o menino vira o “demon slayer” (matador de demônios) do título. O circuito amplo ainda inclui o frustrante “Mundo em Caos”, sci-fi cara de Doug Liman (diretor do ótimo “No Limite do Amanhã”), que mesmo juntando Tom Holland (o Homem-Aranha da Marvel) e Daisy Ridley (a Rey de “Star Wars”) implodiu nas bilheterias e atingiu míseros 23% de aprovação entre a crítica norte-americana. O enredo cheio de furos e ainda assim previsível se passa em outro planeta, após a Terra ficar inabitável. Quando um vírus infecta aquela civilização, supostamente exterminando as mulheres e fazendo com que os pensamentos de todos os homens possam ser ouvidos sem controle, o caos se instala e abre caminho para um autocrata corrupto (Mads Mikkelsen, de “Rogue One”) tomar o poder. É neste cenário distópico que a astronauta vivida por Daisy Ridley vai parar, após sua nave apresentar problemas. “Mundo em Caos” também é o único lançamento abaixo da crítica da semana. Todos os demais títulos internacionais atingiram mais de 90% no Rotten Tomatoes, inclusive “Mães de Verdade”, da premiada cineasta japonesa Naomi Kawase, e “Um Divã na Tunísia”, da francesa estreante Manele Labidi, que chegam no circuito “de arte”. A lista de estreias ainda se completa com dois documentários brasileiros, “Libelu – Abaixo a Ditadura”, sobre o movimento estudantil dos anos 1970 e 1980, e “Boa Noite”, focado no ex-apresentador do “Jornal Nacional” Cid Moreira. Confira abaixo os trailers de todas as opções. Bela Vingança | EUA | 2020 Demon Slayer: Mugen Train – O Filme | Japão | 2020 Mundo em Caos | EUA | 2021 Mães de Verdade | Japão | 2020 Um Divã na Tunísia | França, Tunísia | 2019 Libelu – Abaixo a Ditadura | Brasil | 2021 Boa Noite | Brasil | 2019
O pior filme do ano estreia nos cinemas
Oficialmente, a principal estreia desta quinta (6/5) nos cinemas é “Godzilla vs. Kong”. Mas o filme não só saiu na quinta passada como liderou as bilheterias do último fim de semana em “pré-estreia”, conforme registrado. A lista factual de lançamentos é composta por filmes bem menores, figurativa e literalmente, em relação aos monstros gigantes da Warner. Um dos destaques é o drama brasileiro “Raia 4”, sobre uma pré-adolescente apática que se dedica à natação competitiva. Sua expressão quase inalterada durante a projeção reflete uma história em que aparentemente nada acontece, até que tudo acontece, num final daqueles que ressignifica a história, rende discussões e justifica a consagração do longa de estreia do jovem gaúcho Emiliano Cunha com o Prêmio da Crítica – além do Kikito de Melhor Fotografia – no Festival de Gramado de 2019. A programação tem mais dois filmes premiados. A comédia francesa “Minhas Férias com Patrick” rendeu o César (o Oscar francês) de Melhor Atriz para Laure Calamy. A história em si é típica do cinema do país, acompanhando uma farsa entre amantes. Calamy vive a professora amante do pai de um de seus alunos, que resolve encontrá-lo “por coincidência” nas férias com a esposa e o filho. O passeio, porém, envolve um burro (o animal, não o marido) não muito cooperativo. O outro título “premiado” é “Music”, estreia da cantora Sia como cineasta. Levou três Framboesas de Ouro, consagrando-se como o mais premiado do anti-Oscar 2021, o troféu que ninguém quer, porque ridiculariza os piores filmes e artistas do ano. Catástrofe absoluta, com apenas 8% de aprovação no Rotten Tomatoes, o musical de Sia sobre uma garota autista (a musa mirim da cantora, Maddie Ziegler) é tão ruim, mas tão ruim que ainda vai virar cult. “Music” levou três Framboesas para casa: Pior Atriz, para Kate Hudson, Pior Atriz Coadjuvante para Maddie Ziegler e Pior Direção para Sia. Para quem gosta, há outra ruindade chegando nos cinemas, o terror “Rogai por Nós”, com 27% no Rotten Tomatoes, e outro cult, o final de “Fate/Stay Night”, uma das sagas de anime mais dark de todos os tempos – imagine “Battle Royale” com mágica – , mas que só fará sentido para quem viu a série e os outros dois longas da franquia. Confira abaixo os trailers de todos esses lançamentos. Raia 4 | Brasil | 2019 Minhas Férias com Patrick | França, Bélgica | 2020 Music | EUA | 2020 Rogai por Nós | EUA | 2021 Fate/Stay Night Heavens Feel: III – Spring Song | Japão | 2020
“Godzilla vs. Kong” invade cinemas “de surpresa” nesta quinta
Dois fenômenos curiosos acontecem nos cinemas nesta quinta (29/4). Para começar, o maior lançamento é um filme que oficialmente só entra em cartaz na próxima semana. A Warner adiou a estreia de “Godzilla vs. Kong” para sexta que vem (6/5), mas quem não souber disso e procurar assistir neste fim de semana, data originalmente marcada para o lançamento, vai encontrar a produção em cartaz na maioria das salas. Fenômeno de bilheteria, “Godzilla vs. Kong” chega ao Brasil após bater o recorde de arrecadação mundial de Hollywood durante a pandemia. O filme dirigido por Adam Wingard (“Você é o Próximo”) é um espetáculo visual que entrega o que promete, com batalhas entre os dois monstros e também contra uma ameaça em comum, Mechagodzilla, outro kaiju importado dos filmes clássicos da produtora japonesa Toho. Quarto lançamento do MonsterVerse da produtora Legendary, que começou com “Godzilla” (2014), foi seguido por “Kong: A Ilha da Caveira” (2017) e quase acabou após o desempenho abaixo do esperado de “Godzilla II: Rei dos Monstros” (2019), o novo lançamento acompanha a agência Monarch, vista em todos os longas, em uma nova missão perigosa, que encontra pistas sobre a origem dos Titãs (denominação dada aos monstros) e esbarra numa conspiração para varrer as criaturas, boas e ruins, da face da Terra para sempre. O elenco inclui os atores Alexander Skarsgard (“A Lenda de Tarzan”), Eiza Gonzalez (“Em Ritmo de Fuga”), Julian Dennison (“Deadpool 2”), Demián Bichir (“A Freira”), Brian Tyree Henry (“Atlanta”), Rebecca Hall (“Professor Marston e as Mulheres-Maravilhas”) e a família remanescente do filme anterior, formada por Millie Bobby Brown (“Stranger Things”) e Kyle Chandler (“Bloodline”). A propósito, “Nomadland”, também apontado por alguns como estreia da semana, já está em cartaz há 14 dias. O filme vencedor do Oscar 2021 foi lançado no Brasil quando a maioria das salas do país (e todas de São Paulo) ainda estavam fechadas, mas pôde ser visto na reabertura na véspera da premiação. Na verdade, as estreias oficiais da programação desta semana são outras. E o outro fato inusitado que resulta disso é que são todas produções brasileiras – algumas, inclusive, exibidas com o acompanhamento de curtas nacionais. São sete longas, incluindo uma antologia de José Eduardo Belmonte com grande elenco dedicada à obra do escritor Ariano Suassuna (“O Auto da Boa Mentira”) e um novo terror do especialista Rodrigo Aragão (“O Cemitério das Almas Perdidas”). Veja os trailers de todas as estreias abaixo. Godzilla vs. Kong | EUA | 2021 O Auto da Boa Mentira | Brasil | 2021 O Cemitério das Almas Perdidas | Brasil | 2020 Entre Nós, um Segredo | Brasil, México, Burkina Fasso | 2020 Desvio | Brasil | 2021 A Torre | Brasil | 2020 Chão | Brasil | 2019 Nazinha – Olhai por Nós | Brasil | 2020
Na véspera do Oscar, cinemas exibem Nomadland, Minari e Judas e o Messias Negro
Depois de nova reabertura, os cinemas correm para exibir os filmes do Oscar. Em São Paulo, a normalização só acontece a partir de sábado (24/4), na véspera da premiação, destacando na programação os dramas indies que disputam o reconhecimento da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA. A lista de estreias inclui “Minari – Em Busca da Felicidade” e “Judas e o Messias Negro”, que se juntam a “Nomadland”, disponibilizado de forma invisível na semana passada, quando praticamente não havia cinemas abertos. Os três vão se encontrar ainda com o resistente “Meu Pai”, que teve lançamento simultâneo em VOD (video on demand) há duas semanas, na véspera da mais recente fechamento das salas de exibição. “Minari” e “Nomadland” já fizeram história no Oscar 2021. O primeiro, vencedor do Festival de Sundance deste ano, transformou o sul-coreano Steven Yeun (o Glenn de “The Walking Dead”) no primeiro asiático indicado ao Oscar de Melhor Ator, enquanto o segundo, colecionador de prêmios nos festivais de Veneza, Toronto, Critics Choice, Globo de Ouro e sindicatos de Hollywood, rendeu indicação inédita à chinesa Chloé Zhao, primeira cineasta asiática a disputar o troféu de Melhor Direção – e ela é favoritaça. “Judas e o Messias Negro” também se distingue no Oscar pela inclusão de seus dois intérpretes principais, Daniel Kaluuya e LaKeith Stanfield, na disputa como Melhores Atores Coadjuvantes. Kaluuya tem vencido todas as disputas da categoria. Na verdade, os três lançamentos concorrem a muitos outros prêmios, além de travarem disputa direta pelo Oscar de Melhor Filme do ano – consagração reservada para “Nomadland”. Road movie com influência de documentários, “Nomadland” é estrelado por Frances McDormand, que já tem dois Oscars na prateleira por “Fargo” (1996) e “Três Anúncios para um Crime” (2017). Na trama, ela vive uma viúva que perdeu tudo, inclusive o rumo, viajando pelos EUA numa van durante a implosão financeira de sua cidade, estado e país, enquanto encontra outros nômades motorizados na mesma situação. Baseado na infância do diretor Lee Isaac Chung (“Lucky Life”), “Minari” acompanha uma família sul-coreana que enfrenta dificuldades quando o pai (Yeun) decide se mudar para a zona rural do Arkansas, apostando no sonho americano. O resultado é o filme mais dramático e emocional do Oscar. Dramatização da história dos Panteras Negras, “Judas e o Messias Negro” traz Daniel Kaluuya como o Messias Negro do título, o revolucionário Fred Hampton, líder dos Panteras que consegue unir diferentes minorias e é traído por William O’Neal, o Judas vivido por LaKeith Stanfield, criminoso recrutado pelo FBI para se infiltrar no movimento em troca de liberdade. Veja abaixo os trailers das três opções. Nomadland | EUA | 2020 Minari – Em Busca da Felicidade | EUA | 2020 Judas e o Messias Negro | EUA | 2020











