HBO inaugura o cargo de “coordenador de intimidade” para cenas de sexo de suas produções
A HBO decidiu criar um novo cargo para produções: o coordenador de intimidade. A função assemelha-se à de um coordenador de dublês. O profissional irá supervisionar as gravações de cenas de sexo, para garantir que os atores envolvidos sintam-se seguros e confortáveis enquanto atuam. A iniciativa é resultado das discussões em Hollywood a respeito de casos de abuso e assédio sexual. O canal pago já testou – e aprovou – a prática durante as gravações da 2ª temporada de “The Deuce”, estrelada por James Franco, que foi envolvido em acusações do gênero. Alicia Rodis foi contratada como coordenadora de intimidade da série, que mostra os bastidores da indústria pornográfica na Nova York dos anos 1970. Depois disso, ela também trabalhou na comédia “Crashing” e está acompanhando a adaptação de “Watchmen” e o filme de “Deadwood”, de acordo com a revista The Hollywood Reporter. Como é impossível estar em todos os sets ao mesmo tempo, Rodis já está treinando novos coordenadores de intimidade, que devem trabalhar no drama “Jett” e em “Euphoria”, série produzida pelo cantor Drake. A decisão de ter uma coordenadora de intimidade em “The Deuce” partiu de uma sugestão da atriz Emily Meade, que vive a atriz pornô Lori na produção. Após o movimento #MeToo, ela começou a se questionar sobre o porquê de não haver nenhum profissional responsável por acompanhar cenas de sexo – ao contrário do que acontece com cenas de ação ou que envolvam crianças e animais. “Quando se fala de sexualidade, que é uma das áreas mais vulneráveis para todos os humanos, homens e mulheres, não há um sistema. Nunca houve uma pessoa para proteger e trazer conhecimento”, contou a atriz em entrevista à própria HBO. Meade levou então sua inquietação aos criadores da série, David Simon e George Pelecanos, que passaram a ideia adiante. A emissora então encontrou Alicia Rodis por meio de sua iniciativa Intimacy Directors International, que tem o objetivo de estabelecer padrões para cenas de sexo no audiovisual e no teatro. O coordenador de intimidade acompanha a produção desde uma conversa inicial com diretores e produtores sobre as cenas especificadas no roteiro, para entender o que esperam delas, faz a ponte com os atores e as equipes de maquiagem e figurino, e às vezes até os agentes dos atores são acionados, para garantir que toda nudez esteja dentro dos contratos previamente assinados. Na hora das gravações, acompanha tudo de perto para garantir que tudo tenha sido comunicado e que tudo seja consensual. Rodis espera que, no futuro, mais coordenadores como ela estejam presentes nas produções. “Estamos passando por uma grande mudança cultural e todos estão desesperados correndo atrás. É preciso muita coragem e humildade para olhar para algo que tem sido feito de uma certa forma há anos e dizer ‘podemos fazer melhor do que isso’”.
Nerve – Um Jogo sem Regras parte de boa premissa para se perder pelo caminho
A ideia do filme, baseada em um romance de Jeanne Ryan, é até interessante, mas infelizmente “Nerve – Um Jogo sem Regras” se perde ao longo de sua narrativa e é concluído de maneira pouco satisfatória, embora consiga entreter graças, principalmente, ao carisma do par central, vivido por Emma Roberts (série “Scream Queens”) e Dave Franco (“Vizinhos”). Quem gostou do trabalho da dupla Henry Joost e Ariel Schulman em “Atividade Paranormal 3” (2011), o melhor filme da franquia, pode até ter ficado com alguma expectativa, já que o novo trabalho não se distancia tanto assim da febre dos filmes de “found footage”. Isso porque a perspectiva da câmera, como elemento consciente, está presente no novo trabalho da dupla, ainda que de maneira diferente, inserida numa estrutura mais convencional. O filme nos apresenta a Vee (Roberts), uma moça tímida que costuma ficar na dela e sofre bullying da amiga Sydney (Emily Meade, de “Jogo do Dinheiro”), uma garota que gosta de se mostrar e por isso adere ao jogo sensação daquele ano de 2020, o Nerve, em que os jogadores devem chamar o máximo da atenção da audiência, a fim de ganhar mais pontos e um bom dinheiro no banco. O jogo não deixa de lembrar um pouco a obsessão por curtidas nos facebooks e youtubes da vida dos dias atuais. Logo, envolve uma carência por atenção da parte de quem se aventura a se mostrar para o mundo. Como o jogo é uma espécie de “truth or dare” mais radical, logo, no começo, somos pegos de surpresa com a Sydney fazendo uma pequena ousadia, que deixa Vee de boca aberta. Mal sabe ela que, em poucos minutos, ela mesma ganhará impulso para ser também uma jogadora do Nerve, encontrará um sujeito que lhe despertará certo fascínio (Franco), e fará coisas muito mais ousadas do que sua amiga. Uma pena que, à medida que a brincadeira vai ficando mais pesada, mais o filme perde seu envolvimento, perdendo interesse de modo crescente. Talvez um pouco mais de criatividade por parte dos diretores e da roteirista Jessica Sharzer (da série “American Horror Story”) pudesse salvar a trama, que, após sua conclusão, tem apenas um destino: o rápido esquecimento. Além do mais, nessa época em que o terror tecnológico conta com uma série tão brilhante quanto “Black Mirror”, é difícil ser tolerante com quem tem orçamento de cinema para explorar o gênero e apresenta um resultado bem inferior.
Nerve: Emma Roberts aposta a própria vida em trailer de suspense
A Lionsgate divulgou uma coleção de pôsteres, um trailer e um comercial do suspense “Nerve – Um Jogo Sem Regras”, estrelado por Emma Roberts (série “Scream Queens”) e Dave Franco (“Truque de Mestre”). As prévias revelam a premissa, apresentando um jogo que combina a dinâmica de um reality show com a experiência em tempo real da internet. Chamado de “Nerve”, o jogo testa seus participantes para saber se são capazes de realizarem tarefas ousadas em troca de dinheiro. A personagem de Roberts entra na brincadeira de forma inocente, aceitando beijar um estranho (Franco), que logo se torna seu parceiro em desafios cada vez mais complexos. Até que ela percebe que não pode sair mais do jogo, precisando realizar provas potencialmente mortais. A trama, que lembra o thriller “Vidas em Jogo” (1997), estrelado por Michael Douglas, é baseada no livro homônimo de Jeanne Ryan e foi adaptada pela roteirista Jessica Sharzer – que trabalhou com Roberts nas séries “American Horror Story” e “Scream Queens”. O elenco ainda inclui Juliette Lewis (“Álbum de Família”), Samira Wiley (série “Orange Is the New Black”), Kimiko Glenn (também de “Orange Is the New Black”), Emily Meade (“Jogo do Dinheiro”), Jonny Beauchamp (série “Penny Dreadful”) e Machine Gun Kelly (“Nos Bastidores da Fama”). A direção está a cargo da dupla Henry Joost e Ariel Schulman (responsáveis por “Atividade Paranormal 3” e “4”) e a estreia acontece em 25 de agosto no Brasil, um mês após o lançamento nos EUA.
Telefilme de James Franco com vampiras lésbicas ganha primeiro trailer
O canal pago americano Lifetime divulgou duas fotos e o trailer de “Mother, May I Sleep With Danger?”, remake do suspense “Amor de Obsessão”, lançado há 20 anos. A nova versão tem roteiro do ator James Franco (“Tudo Vai Ficar Bem”), que também atua na produção, ao lado da protagonista do telefilme original, Tori Spelling (série “Barrados no Baile”). Em 1996, Tori era uma jovem ingênua que se apaixonava por um rapaz charmoso e psicopata (Ivan Sergei). Na nova versão, ela vive a mãe de uma jovem ingênua (a estreante Leila George) que se apaixona por uma vampira (Emily Meade, de “Jogo do Dinheiro”). A prévia explora a estética trash, com banhos literais de sangue – aparentemente, como cena de uma peça estudantil – e choque de valores – entre a mãe conservadora e a filha lésbica. A direção é de Melanie Aitkenhead, que está envolvida em outro projeto de Franco, “Actors Anonymous”, adaptação de um romance escrito pelo ator. A estreia está marcada para 18 de junho na TV americana. https://www.youtube.com/watch?v=m8ux2rzeNT0



