Dwayne Johnson estreia na política para apoiar Joe Biden
O ator Dwayne “The Rock” Johnson, uma das personalidades mais populares do mundo do entretenimento norte-americano, endossou publicamente os candidatos democratas Joe Biden e sua parceira vice-presidencial Kamala Harris para as eleições de novembro nos EUA. Johnson não deu apenas um apoio virtual, mas fez um vídeo com os candidatos e compartilhou em suas redes sociais. Só no Instagram ele tem 199 milhões de seguidores. É a primeira vez que Johnson endossa um candidato político. Para justificar sua decisão, ele citou a compaixão e o espírito de Biden, e observou que Harris é uma “durona certificada”, por seu histórico como promotora antes de ser eleita senadora dos EUA. Ele também acrescentou, no texto que acompanha o post em seu Instagram: “Como políticamente independente e centrista por muitos anos, votei tanto em democratas quanto republicanos no passado. Nesta eleição crítica, acredito que Joe Biden e Kamala Harris são os melhores para liderar nosso país, e como meu primeiro endosso presidencial (público), eu orgulhosamente os endosso para a administração presidencial de nossos Estados Unidos. O progresso exige coragem, humanidade, empatia, força, coragem, bondade e respeito. Ser gentil e respeitoso um com o outro sempre fará diferença. Agora devemos TODOS VOTAR.” Os políticos também elogiaram o astro, com Kamala Harris se declarando fã das franquias “Velozes e Furiosos” e “Jumanji”. Veja abaixo. Ver essa foto no Instagram As a political independent and centrist for many years, I’ve voted for Democrats in the past and as well as Republican. In this critical election, I believe Joe Biden and Kamala Harris are the best to lead our country, and as my first ever (public) Presidential endorsement, I proudly endorse them for the presidential office of our United States. Progress takes courage, humanity, empathy, strength, grit, kindness and respect. Being KIND & RESPECTFUL to one another will always matter. Now we must ALL VOTE, so hit the link up top 👆🏾 and I’ll help you get it done. #BidenHarrisJohnsonSummit #ProgressThroughHumanity #VOTE2020 👊🏾 Uma publicação compartilhada por therock (@therock) em 27 de Set, 2020 às 5:15 PDT
Bruno Barreto prepara documentário sobre bastidores da eleição de Bolsonaro
O cineasta Bruno Barreto (“Última Parada 174”) está produzindo e dirigindo “O Capitão”, um documentário sobre a escalada de Bolsonaro à presidência. Segundo o colunista Lauro Jardim, do jornal O Globo, o material reunido para a produção contém muitas imagens inéditas dos bastidores da campanha de Jair Bolsonaro e uma entrevista exclusiva de Gustavo Bebianno, dada seis dias antes dele morrer, contando fatos ainda não revelados de sua convivência com o presidente. Barreto registrou dezenas de horas de gravações exclusivas feitas durante o ano de 2018 no QG da campanha — a casa do empresário Paulo Marinho, no Rio de Janeiro. Previsto para estrear em 2021, o filme está atualmente sendo negociado com plataformas de streaming interessadas em sua distribuição.
Hugh Grant se engaja na campanha eleitoral britânica contra o Brexit e Boris Johnson
O ator Hugh Grant se engajou na campanha eleitoral britânica contra o primeiro ministro Boris Johnson. Às vésperas da eleição marcada para esta quinta (12/12), que é considerada a mais importante do Reino Unido desde a 2ª Guerra Mundial, por mudar as 650 cadeiras da Câmara dos Comuns e definir se o país vai realmente sair da União Europeia, Grant resolveu bater de porta em porta em alguns bairros de Londres para pedir votos para o partido liberal democrata. Curiosamente, Grant interpretou um Primeiro Ministro britânico no filme “Simplesmente Amor” (2003), que teve uma cena recriada na campanha de Boris Johnson. Trata-se da sequência em que Andrew Lincoln imita Bob Dylan e apresenta uma mensagem com a ajuda de cartazes escritos à mão. Na propaganda dos conservadores, o que era uma declaração de amor virou pedido de voto. “Com alguma sorte, no próximo ano, teremos concluído o Brexit (se o Parlamento não bloqueá-lo novamente)”, mostra o cartaz de um Johnson silencioso na propaganda eleitoral – por sinal, bem diferente do líder conservador da vida real. Grant não deixou passar batido e lembrou que o vídeo de Johnson deixou de fora umas frases mais importantes dos cartazes do filme: “Porque no Natal você diz a verdade”. “Eu me pergunto se os conselheiros do Partido Conservador acharam que o cartaz não ficaria muito bem nas mãos de Boris Johnson”, ironizou o ator, em entrevista à BBC. Ele entrou na campanha em busca do voto dos jovens, pois essa faixa etária foi a que menos se engajou no plebiscito de junho de 2016 em que a opção do Brexit (saída da União Europeia) venceu. Na ocasião, centenas de milhares de jovens teriam deixado de votar. Muitos por não acreditar na classe política. Segundo a Sociedade de Reforma Eleitoral, desde que a eleição foi convocada, foram registrados 3,2 milhões de títulos de eleitor, 38% a mais do que os 2,3 milhões identificados pouco antes do pleito de 2017. Cerca de dois terços dos novos eleitores habilitados têm menos de 34 anos. As estatísticas mostram que a população mais jovem tende a votar nos partidos trabalhista, liberal-democrata e verde.
Demi Lovato vai participar da temporada final de Will & Grace
A cantora e atriz Demi Lovato vai participar da última temporada da série “Will & Grace”, que estreia em 2020 na rede americana NBC. Ela postou uma foto em seu Instagram tirada no set da produção. Demi aparecerá em três episódios interpretando Jenny, uma garota que entra na vida de Will (Eric McCormack) de uma maneira inesperada. A última temporada é a 3ª do revival iniciado em 2017, mas a 11ª desde que a produção estreou em 1998. Ou seja, esta será a segunda vez que a série vai acabar. A fase original de “Will & Grace” foi exibida de 1998 a 2006 nos EUA e venceu 16 prêmios Emmy, incluindo estatuetas para cada um de seus protagonistas, Eric McCormack (Will), Debra Messing (Grace), Megan Mullally (Karen) e Sean Hayes (Jack). A trama gira em torno do não casal formado por um advogado gay e uma designer de interiores heterossexual, que dividem um apartamento em Nova York, sempre visitados por seus dois melhores amigos. A despedida da série terá 18 episódios, mas ainda não teve data de estreia divulgada pela NBC. Um ano após quase morrer de overdose, Demi Lovato tem enchido a agenda de trabalhos. Além de “Will & Grace”, ela também vai estrelar “Eurovision”, novo filme de comédia produzido pela Netflix. Ver essa foto no Instagram Will & Grace & Demi ??♀️? @nbcwillandgrace #WillandGrace Uma publicação compartilhada por Demi Lovato (@ddlovato) em 27 de Ago, 2019 às 6:16 PDT
Will & Grace vai acabar (de novo) na próxima temporada
Os produtores de “Will & Grace” decidiram finalizar a série na próxima temporada, que estreia em 2020. O anúncio foi feito em comunicado conjunto de Max Mutchnick, David Kohan e James Burrows, que revelaram ter chegado a esta decisão em comum acordo com o elenco. “Pensamos em ‘Will & Grace’ como Karen pensa sobre seus martínis – 51 não é o bastante, mas 53 é demais”, brincaram. “Por isso, após consultar o nosso elenco, decidimos que esta será nossa última temporada”. A próxima temporada é a 3ª do revival iniciado em 2017, mas a 11ª desde que a produção estreou em 1998. Ou seja, esta será a segunda vez que a série vai acabar. A fase original de “Will & Grace” foi exibida de 1998 a 2006 nos EUA e venceu 16 prêmios Emmy, incluindo estatuetas para cada um de seus protagonistas, Eric McCormack (Will), Debra Messing (Grace), Megan Mullally (Karen) e Sean Hayes (Jack). A trama gira em torno do não casal formado por um advogado gay e uma designer de interiores heterossexual, que dividem um apartamento em Nova York, sempre visitados por seus dois melhores amigos. “O impacto e o legado de ‘Will & Grace’ simplesmente não podem ser exagerados. Ela mudou o jogo quando estamos falando de retratos da comunidade LGBTQIA+”, acrescentaram representantes da rede NBC, que exibe a série nos EUA. “Devemos um enorme agradecimento a Max, David, Jimmy e ao elenco, por seu brilhantismo durante este incrível período”, conclui o comunicado. O revival é escrito pelos criadores da atração, Max Mutchnick e David Kohan, e os episódios continuam sob a direção de James Burrows, que comandou as gravações das oito temporadas originais. Mas apesar da ênfase na decisão criativa, o anúncio do final também reflete a perda de quase metade dos telespectadores na temporada encerrada em abril passado – de 5,5 milhões em 2018 para 3 milhões de telespectadores ao vivo. O elenco também recebeu aumentos consideráveis – de US$ 250 mil por episódio a US$ 350 mil na nova temporada. Assim, a série acabou ficando muito cara para seu retorno em audiência. A última temporada deve ir ao ar no começo de 2020, durante a midseason.
Polícia Federal: A Lei É Para Todos vai virar trilogia com impeachment de Dilma, prisão de Lula e eleição de Bolsonaro
O filme “Polícia Federal: A Lei É Para Todos” vai virar trilogia. O produtor Tomislav Blazic revelou seus planos ao UOL, contando que o segundo filme mostrará a prisão de Lula e o terceiro repercutirá a eleição de Jair Bolsonaro, com o juiz Sergio Moro alçado a Ministro da Justiça. A história de “Polícia Federal – A Lei é Para Todos 2” mostrará os eventos ocorridos logo depois do final do primeiro filme. Dentre os fatos previstos estão o impeachment da então presidente Dilma Rousseff e a prisão do ex-presidente Lula. “Quando o Lula foi preso, nós estávamos na porta da Polícia Federal, em Curitiba, e gravamos, do lado de fora, a chegada do ex-presidente. Possivelmente usaremos essas cenas no final do filme”, adiantou Blazic. Também entrarão no longa as investigações e prisões do ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, e do ex-governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, a morte do Ministro do Supremo Teori Zavascki, a gravação da conversa entre Joesley Batista e Michel Temer e as acusações contra o senador Aécio Neves. Já o projeto do terceiro filme mostraria a eleição de Jair Bolsonaro e novos desdobramentos da Lava Jato. “Ainda acho muito cedo apontar qual será o roteiro do filme, mas, sim, está tudo encaminhado para mostrarmos o Moro no Ministério da Justiça”. O orçamento dos dois próximos filmes gira em torno de R$ 16 milhões, cada um. As filmagens da parte 2 deverão começar em março e o lançamento poderá ocorrer ainda no segundo semestre do ano que vem, com a parte 3 prevista para 2020. O diretor e o roteirista deverão ser os mesmos, Marcelo Antunes e Gustavo Lipsztein. Mas há dificuldade de reunir o elenco original. Dos atores já confirmados estão Bruce Gomlevsky e Rainer Cadete. “Sobre o restante do elenco, ainda precisamos conciliar as agendas”. No primeiro filme, o papel de Sérgio Moro foi interpretado por Marcelo Serrado, mas o nome dele ainda não está confirmado na continuação. Ao contrário do filme original, feito sem dinheiro público, o segundo longa que conta a história da operação Lava Jato foi autorizada a captar R$ 13,7 milhões por meio da Lei do Audiovisual. Para Blazic, as pessoas que criticavam o uso do dinheiro público no filme achavam que ele iria fazer um filme com viés partidário contra a esquerda. “Depois de lançado, o público percebeu que falávamos da corrupção. Mas além do PT tem também o PMDB, o PSDB”, explicou. “Agora, ninguém poderá questionar as nossas questões partidárias. Na verdade, quem berra sobre as leis de incentivo são os acusados”. Para o produtor, a Lei do Audiovisual é importante para a área. “Sem ela, não se faz filmes. No primeiro filme, quando tomamos a decisão de não usar a lei, fiquei com medo de não conseguir bancar. O filme foi muito criticado. A gente sabia que iria sofrer ataques, mas hoje sabemos que estamos no caminho certo”, contou. “Polícia Federal: A Lei É Para Todos” foi um dos títulos brasileiros mais vistos em 2017, com 1,3 milhão de espectadores, segundo dados da empresa Filme B.
Sacha Baron Cohen volta a viver Borat para zoar eleitores de Trump na TV americana
Sacha Baron Cohen retomou seu personagem Borat para zoar os eleitores de Trump, numa gravação ao estilo do filme de 2006, exibida no programa “Jimmy Kimmel Live!” na noite de terça-feira (6/11). Ele voltou ao famoso bigode e guarda-roupa beje do repórter do Cazaquistão para apoiar o partido do presidente Trump em locais de votação marcados por eleitores conservadores, no dia em que aconteceram eleições nos Estados Unidos. Veja abaixo. Em sua primeira visita a um eleitor de Trump, uma mulher atendeu a porta, o que levou Borat a perguntar sobre o “homem da casa”. Quando a mulher respondeu que só ela estava em casa, ele quis saber: “Há alguém nesta casa que possa votar?” Quando ela disse que podia, ele respondeu: “Não é contra a lei? Hm”. No decorrer da conversa, a mulher provou ser uma defensora da polêmica política de “tolerância zero” da Trump, que separava as crianças que haviam entrado ilegalmente nos EUA de seus pais. “É como um acampamento”, disse ela a Borat. “Trump os alimenta três vezes ao dia como ele faz com seus próprios filhos”. Ela chamou Trump de “humanitário”. Em outra parada, um defensor de Trump corrigiu a forma como Borat chamava Trump de “Premier”. “Bem, é o presidente Trump”, disse ele. Borat pressionou o homem sobre se considerava Trump racista, mas o homem afirmou que ele não era. “Eu sou racista e ele é bonzinho”, disse Cohen. No final, ele pediu para usar o banheiro do homem e reapareceu vestindo apenas uma toalha e escovando os dentes. Borat subseqüentemente foi a área de votação. “É bom ver a democracia em ação. Só que não”, afirmou. Citando pesquisas de que a maioria dos judeus americanos votam em democratas, ele colocou bacon nas calçadas e tentou impedir um judeu ortodoxo. “Você não passará”. O homem não lhe deu atenção. Ele também perguntou a um homem perto do local de votação se ele votou “republicano ou judeu” e, em seguida, fez uma pergunta sobre os órgãos genitais de Melania Trump que o homem se recusou a responder. Borat terminou sua aparição, chamando o programa de Kimmel. “Agora, é com você, Jimmy, seu pequeno elitista, porta-voz judeu globalista de Hollywood”. Desde o fenômeno de popularidade do filme de Borat, baseado no personagem criado por Cohen no programa britânico de TV “The Ali G Show”, ele só tinha revivido o personagem uma única vez, e também foi em “Jimmy Kimmel Live!”, em 2015. Neste ano, ele voltou a chamar atenção com seus personagens inusitados no programa “Who Is America?”, em que levou políticos de direita a passarem verdadeiros ridículos, em pegadinhas que entraram para a história da televisão americana.
Regina Duarte defende racismo e homofobia “da boca para fora” de Bolsonaro em entrevista polêmica
A atriz Regina Duarte deu uma entrevista polêmica ao Estadão, publicada nesta sexta-feira (26/10), em que chama seu candidato a presidente, Jair Bolsonaro, de homofóbico apenas “da boca para fora”, defendendo que as frases que chocam o mundo inteiro são piadas. A atriz defendeu a tese do “humor” do candidato e disse que suas declarações consideradas homofóbicas e racistas são frutos de “edição” de vídeos. “Quando souberam que ele ia se candidatar, começaram a editar todas as gravações e também a provocá-lo para que reagisse a seu estilo, que é brincalhão, machão”, disse. Ela considera um “humor brincalhão típico dos anos 1950” aquilo que chama de “brincadeiras homofóbicas, que são da boca pra fora, coisas de uma cultura envelhecida, ultrapassada”. Não ficou nisso. Uma frase chocou tanto sensibilidades menos, digamos, “ultrapassadas”, que foi destacada pelo diretor Kleber Mendonça Filho, de “Oasis”, em seu Twitter, acompanhado de um comentário curto: “Da série brasileiros primitivos: Regina Duarte”. Eis a frase da atriz: “Quando conheci Bolsonaro encontrei um cara doce, um homem dos anos 1950, como meu pai, que faz brincadeiras homofóbicas, um jeito masculino… que chama brasileiro de preguiçoso e dizia que lugar de negro é na cozinha; sem maldade.” Questionado sobre o contexto da frase que publicou, o cineasta retuitou a imagem com a publicação na íntegra. “Para quem ficou sem acreditar no meu post anterior”. A declaração integral de Regina Duarte é a seguinte: “Eu estava ‘no armário’, e meu filho mais novo começou a me contestar: já que sempre fui uma pessoa democrática, aberta, justa, como eu podia me fechar no conceito de que Bolsonaro é bruto, tosco, ignorante, violento. ‘Você já chegou perto dele?’ Respondi: ‘Não preciso me aproximar, sinto que é o candidato da raiva, da impotência, do ódio, contra a corrupção e não quero votar no emissário da raiva’. Mas, quando conheci o Bolsonaro pessoalmente, encontrei um cara doce, um homem dos anos 1950, como meu pai, e que faz brincadeiras homofóbicas, mas é da boca pra fora, um jeito masculino que vem desde Monteiro Lobato, que chamava o brasileiro de preguiçoso e que dizia que lugar de negro é na cozinha. Eu tinha algumas opções de voto, como o (Geraldo) Alckmin e o (João) Amoêdo, mas, nesse momento, me caíram fichas inacreditáveis, como as omissões do PSDB. Foi tudo ficando muito feio. Quantos equívocos, quantos enganos! Foi quando notei o tamanho da adesão desse país ao Bolsonaro e pensei: eu sou esse país, eu sou a namoradinha desse país.” Outros esclarecimentos se fazem necessários, como lembrar que homofobia da boca para fora é homofobia. E afirmar que lugar de negro é na cozinha “não é um jeito masculino”, é racismo. Humor homofóbico e racista não é engraçado; é triste. DA SÉRIE BRASILEIROS PRIMITIVOS: REGINA DUARTE – “quando conheci Bolsonaro encontrei um cara doce, um homem dos anos 50, como meu pai, que faz brincadeiras homofóbicas, um jeito masculino… que chama brasileiro de preguiçoso e dizia que lugar de negro é na cozinha; sem maldade.” — Kleber Mendonça Filho (@kmendoncafilho) 26 de outubro de 2018 Para quem ficou sem acreditar no meu post anterior sobre “BRASILEIROS PRIMITIVOS”, matéria do Estadão. https://t.co/V2dteNRsxJ — Kleber Mendonça Filho (@kmendoncafilho) 26 de outubro de 2018
HBO Brasil censura íntegra do programa de John Oliver que critica “terrível” Jair Bolsonaro
Vencedor do Emmy de Melhor Talk Show do ano, o programa “Last Week Tonight with John Oliver”, da HBO, teve um de seus episódios recentes censurado no Brasil. O programa tinha como tema as eleições presidenciais brasileiras, e trouxe Oliver gozando da campanha do PT e, principalmente, fazendo críticas duras ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro, a quem chamou de “ser humano terrível”. Exibido em 7 de outubro nos Estados Unidos, o episódio simplesmente não foi ao ar no Brasil. Ele deveria ter sido transmitido em 8 de outubro, no dia seguinte ao primeiro turno das eleições brasileiras. No entanto, na ocasião, a HBO reprisou o episódio 24 da 5ª temporada. Na semana seguinte, o canal exibiu o episódio 26, como se o 25 não existisse. A HBO Brasil também não deu alternativas para o público assistir ao capítulo pela plataforma HBO Go. Após o episódio 24, o catálogo do serviço oferece diretamente o episódio 26, pulando a edição dedicada às eleições brasileiras. A censura foi na TV e também online. Procurada pela reportagem do jornal O Globo, a HBO Brasil não se manifestou sobre o motivo. Em junho, o Supremo Tribunal Eleitoral (STF) derrubou a regra que impedia sátiras a políticos em período eleitoral. Ou seja, não havia restrições legais para a exibição do conteúdo pela HBO Brasil. Anteriormente, apenas a China, que não é uma democracia, proibiu a exibição de um episódio de “Last Week Tonight”. Fez mais que isso: tirou a HBO do ar para impedir uma piada de John Oliver, que lembrava como o presidente chinês Xi Jingpin não gostava de ser comparado ao Ursinho Pooh. Já o Brasil ainda é uma democracia, pelo menos até o resultado final das eleições. Mesmo assim, houve censura, como na época da ditadura, momento de repressão intensa que Bolsonaro sugere representar. Apesar de barrado no Brasil, a íntegra do segmento dedicado ao país, com 16 minutos de duração, pode ser encontrada na página oficial do programa no YouTube. Por conta disso, “fãs” resolveram legendar uma versão de 11 minutos do vídeo, sem a longa introdução sobre como o mundo via o Brasil há 80 anos. Ambas as versões podem ser vistas abaixo. No programa, além de chamar Bolsonaro de “terrível”, Oliver mostra uma compilação de declarações constrangedoras do deputado, lembrando acusações de homofobia, misoginia, racismo e comportamento antidemocrático. “A melhor coisa que você pode dizer sobre Bolsonaro é que ele não foi denunciado por um escândalo de corrupção, ainda. Infelizmente essa é, literalmente, a única coisa boa que você pode dizer sobre ele, pois ele é um ser humano terrível”. É tão pesado que Oliver termina o programa fazendo uma conclamação aos brasileiros para não votarem em Bolsonaro, dizendo que ainda havia esperanças, graças à campanha #EleNão. Oliver também brincou com a popularidade de Lula, falando que seria prático eleger um presidente que já está preso por corrupção. E chama a campanha petista, que tenta colar a imagem de Fernando Haddad a Lula, de “um insulto à inteligência das pessoas”. O apresentador inglês ainda se mostrou fascinado pela fauna de candidatos brasileiros a cargos legislativos, inclusive os super-heróis, como o “Homem-Aranha do Amapá” e “Geraldo Wolverine”. Ao final, ele conclui que qualquer candidato é melhor do que Bolsonaro. “Brasileiros, sei que vocês estão desiludidos com todos os políticos e que nenhum dos candidatos os inspiram, mas, por favor, qualquer um deles é melhor que o Bolsonaro”, inclusive o “Lula diet” (em referência a Haddad), ele cita, além do Homem-Aranha. “Bolsonaro não reflete o que vocês são de melhor, Brasil”, encerrou. Confira abaixo.
Campanha #EleNão edita filme The Wall do Pink Floyd com discursos e cenas de Bolsonoro
A campanha #EleNão aproveitou a polêmica em torno do show de Roger Waters no Brasil, onde a cenografia do espetáculo alinhou o nome de Jair Bolsonaro a outros políticos de extrema direita do mundo e ainda projetou a hashtag com destaque, para mostrar o que Pink Floyd tem a ver com política. Quem ainda não entendeu a relação precisa apenas ver o vídeo abaixo, que edita cenas do filme “The Wall” (baseado no disco homônimo composto por Waters e gravado pelo Pink Floyd em 1977) com discursos e vídeos de Jair Bolsonaro. O resultado é uma distopia de terror neofascista tropical. Waters chegou a ser vaiado pelos apoiadores do candidato militar direitista, durante show realizado na terça (9/10) em São Paulo. Sua resposta foi ampliar a crítica, projetando, em vez de #EleNão, um Nem F*dendo em letras garrafais no show extra realizado no dia seguinte. Filho de pai militar que morreu lutando contra o nazismo na 2ª Guerra Mundial, Waters sempre abordou as críticas ao fascismo em suas músicas, mas é especialmente contundente em “The Wall”, que virou um filme premiado do cineasta Alan Parker em 1982. Na montagem da campanha #EleNão, Bolsonaro é comparado ao ditador do longa, Pink, um personagem que se aproveita da sua popularidade para assumir o poder, criando uma sociedade de extrema direita com perseguição ultraviolenta à homossexuais, negros, judeus e todas as minorias. No Twitter, o candidato citado também comentou o concerto: “Como se não bastassem os artistas milionários brasileiros a defender o PT, agora temos o milionário artista estrangeiro Roger Waters fazendo campanha a favor do Haddad”. Em entrevista ao Fantástico, no domingo (14/10), Waters explicou seu posicionamento: “Eu acredito que todos os artistas, não interessa qual tipo de arte você faça, todos têm a responsabilidade de usar a arte para expressar ideias políticas e criar demandas em favor dos direitos humanos para todos”.
Mark Hamill se junta à campanha #EleNão contra o lado negro da Força
O ator Mark Hamill sentiu o surgimento de uma nova ameaça e decidiu se manifestar contra o equivalente à volta da Primeira Ordem ao poder numa galáxia distante chamada Brasil. O intérprete de Luke Skywalker na franquia “Star Wars” aderiu à campanha #EleNão nas redes sociais. E para deixar claro que sabia quem estava levando multidões para o lado negro da Força, acrescentou o nome do vilão em seu tuíte. “#EleNão. Mulheres merecem muito MUITO melhor. #NoToBolsonaro”, ele escreveu no Twitter. A campanha #EleNão foi criada após o ataque de hackers ao grupo do Facebook Mulheres contra Bolsonaro. A hashtag ganhou a adesão de várias artistas brasileiras, como Daniela Mercury, Camila Pitanga e Letícia Spiller, entre outras. E recentemente atingiu projeção internacional, com manifestações de astros do cinema e das séries, como Ellen Page (“X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”), Stephen Fry (“Sherlock Holmes: O Jogo de Sombras”), Alfonso Herrera (“Sense8”), Indya Moore (“Pose”), Madeline Brewer (“The Handmaid’s Tale”), Edgar Ramírez (“The Assassination of Gianni Versace: American Crime History”), Shangela (“Nasce uma Estrela”), além dos músicos Madonna, Lauren Jauregui (Fifth Harmony), Dan Reynolds (Imagine Dragons), Nicole Scherzinger, Dua Lipa, Kehlani e Black Eyed Peas. No sábado (29/9), manifestações de pessoas que aderiram à campanha foram realizadas em várias cidades brasileiras. A polícia militar se recusou a fazer avaliações de público, mas estima-se que 200 mil pessoas se reuniram no protesto no Rio, naquela que foi a maior manifestação social já registrada na capital carioca – diante da mesma Candelária que testemunhou a campanha histórica das Diretas Já, que fãs da ditadura militar devem execrar. Em São Paulo, houve número equivalente no Largo da Batata, em Pinheiros. #EleNao ?? women deserve much MUCH better! ?#NoToBolsonaro ? https://t.co/vnWFWQ0zXw — Mark Hamill (@HamillHimself) 30 de setembro de 2018
Eleitores de Bolsonaro lançam ataques contra série de Anitta
Eleitores de Jair Bolsonaro deram início a uma campanha contra a série “Vai, Anitta”, em desenvolvimento para a Netflix. O motivo foi a cantora ter saído do muro e passado a apoiar o movimento #EleNão contra o candidato da extrema direita à presidência do Brasil. Como a série não estreou e nem tem previsão para chegar em streaming, o meio encontrado para “protestar” contra a opinião da cantora tem sido dar “deslike” no teaser publicado pela plataforma em seu canal no YouTube. Em poucas horas, o dedão para baixo que indica “deslike” (“não gostei”) no vídeo teve seu número acrescido de 4 mil cliques, indo de 8,1 mil para 12 mil. No mesmo período, o dedão do “like” se manteve em 34 mil. Além disso, os comentários abaixo do vídeo se encheram de reclamações contra a “comunista” Anitta e por aí à fora, culminando em ameaças de cancelamento da assinatura da Netflix. A reação é similar à comoção gerada entre petistas em relação à série “O Mecanismo”, da mesma plataforma. Com mais de 30 milhões de seguidores no Instagram, as 12 mil descurtidas não fazem muita diferença na popularidade imensa – e internacional – da artista, que além da série documental “Vai, Anitta” terá também uma série animada infantil no canal pago Gloob. A campanha contra Anitta está sendo incentivada por seguidores de Bolsonaro principalmente em grupos de Whatsapp. Veja abaixo um print da recomendação para os drones atacarem a artista, obtido por Cristina Padiglione, do blog Telepadi.









