Datena fecha com EBC e terá programas na TV Brasil e Rádio Nacional
Jornalista aceitou convite após reunião com Lula e vai comandar talk show semanal e atração diária no rádio a partir de janeiro
TV Brasil investirá R$ 15 milhões na produção de sua primeira novela
Canal lança edital para produtores independentes desenvolverem o projeto de folhetim inédito
Repórter da EBC é assediada durante transmissão ao vivo nas Olimpíadas de Paris
Verônica Dalcanal foi abordada por três homens enquanto fazia a cobertura dos Jogos Olímpicos
Lula lança Canal Gov e TV Brasil reassume programação cultural e educativa
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva lançou nesta terça-feira (25/7) o Canal Gov, um novo veículo de comunicação responsável pela cobertura das atividades e ações do Poder Executivo. O canal transmitirá eventos, entrevistas, pronunciamentos, informações de utilidade pública, programas e notícias do governo federal. Segundo Hélio Doyle, diretor-presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), a iniciativa concretiza o compromisso de separar a comunicação pública, razão principal da existência da EBC, da comunicação governamental, serviço que a empresa presta ao governo mediante contrato. Com a criação do Canal Gov, a TV Brasil reassumirá integralmente sua função de emissora pública, com programação de caráter cultural e educativo, dedicada à promoção da cidadania e dos valores democráticos. A nova estrutura organizacional, aprovada em maio pela diretoria da EBC, separou de forma mais clara as equipes de produção de conteúdos governamentais e públicos. O Canal Gov está sob a responsabilidade da Superintendência de Serviços de Comunicação da EBC, comandada por Flávia Filipini. Separação da programação O Canal Gov terá transmissão em TV aberta, TV por assinatura, antena parabólica e internet. Nos próximos dias, a EBC também lançará o portal de notícias e outros serviços ligados à divulgação de políticas públicas e ações do governo federal. “Vamos explicar às pessoas como acessar serviços e programas públicos e sobre a garantia de direitos. Um dos nossos diferenciais é o acesso direto às fontes do governo, o que garante o dinamismo e a credibilidade da informação”, afirma Flávia Filipini. Já a TV Brasil deverá ser transformada em uma espécie de BBC brasileira, seguindo o estilo da estatal britânica – uma promessa de Lula nas eleições e ao assumir o governo. Ainda não há detalhes sobre a nova programação da TV Brasil, mas a emissora vem, aos poucos, buscando nomes do mercado em busca de um novo caráter editorial. A diretora de conteúdo, Antônia Pelegrino, é experiente na área artística e já foi até colaboradora de novela da Globo, “Cobras e Lagartos” (2006). A emissora também contratou a apresentadora Cissa Guimarães, ex-“Video Show”, para assumir o novo “Sem Censura”.
TV Brasil é proibida de fazer homenagem à atriz Letícia Sabatella
Uma homenagem à atriz Letícia Sabatella, que aconteceria na TV Brasil no sábado passado, foi cancelada na véspera pela EBC (Empresa Brasil de Comunicação), responsável pela programação do canal. Letícia Sabatella seria tema de uma edição do programa “Recordar é Viver”, que trataria da sua carreira, mas, um dia antes do programa ir ao ar, segundo a apuração do colunista Anselmo Goes, do jornal O Globo, houve uma ordem para que fosse tirado da grade. Em vez do programa sobre a atriz, acabou indo ao ar uma edição sobre o humorista Agildo Ribeiro (1932-2018). Procurada, a EBC informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não vai comentar o caso. Já Sabatella falou ao Globo na tarde desta quarta-feira (29/4), contando que não sabia da homenagem nem da proibição de sua exibição. Questionada sobre a ordem da EBC, ela disse acreditar “fortemente” que foi censura. “A vida de artistas e ativistas tem se tornado cada dia mais difícil e exigido bastante resistência de nossa parte”, comentou. A atriz tem um posicionamento político abertamente contrário ao governo Bolsonaro. Em 25 de março, ela publicou um post nas redes sociais com a frase “Não há álcool gel que limpe as mãos de quem digitou 17”, em referência ao número de Bolsonaro na eleição. “Esse revanchismo demonstra muito medo ou covardia e, por fim, a fragilidade de quem o exerce”, acrescentou. A notícia gerou revolta entre os artistas que lamentam o aparelhamento das instituições pelos bolsonaristas – um processo, ironicamente, igual ao que Bolsonaro condenava nos governos petistas. Um post no Instagram do coletivo 342Artes, liderado pela produtora Paula Lavigne, condenou a ação da EBC. “A democracia segue sendo desrespeitada por Bolsonaro. Vamos nos calar? Toda nossa solidariedade à Letícia”, diz a mensagem do grupo. A publicação foi compartilhada por artistas como Caetano Veloso, Daniela Mercury, Paula Burlamaqui, Dira Paes, Alinne Moraes, Letícia Colin, Bianca Bin, Nathalia Dill, Juliana Alves e Laila Garin. Ver essa foto no Instagram Absurdo! Programa em homenagem à @leticia_sabatella foi censurado da programação da TV Brasil e removido da grade na véspera da exibição. A Democracia segue sendo desrespeitada por Bolsonaro. Vamos nos calar ? Toda nossa solidariedade à Letícia. #342Artes #LeticiaSabatella #censuranuncamais Uma publicação compartilhada por 342 Artes (@342artes) em 28 de Abr, 2020 às 7:50 PDT
Bolsonaro errou tudo em seu ataque a “filmes” LGBTQIA+
O ataque de Jair Bolsonaro a filmes de temática LGBTQIA+, realizado em sua live de quinta-feira (15/8), consagrou a desinformação do presidente sobre o assunto. Na verdade, os títulos citados, de filmes que ele afirmou ter impedido de captar verbas pela Ancine (Agência Nacional de Cinema), na verdade eram projetos de séries, e foram selecionados por um edital do BRDE (Banco Regional de Desenvolvimento do Extremo Sul), com participação da Ancine e da EBC (Empresa Brasileira de Comunicação), que previa uma linha declarada de produções de temática LGBTQIA+. Ou seja, Bolsonaro disse ter impedido filmes, que eram séries, de receber autorização para captar verbas por meio da Ancine, quando o edital era do BRDE. Ele ainda se orgulhou de ter impedido produções LGBTQIA+ de receber incentivo num projeto voltado a produções desta temática. Desinformado, Bolsonaro disse ainda ter impedido a produção de um curta que já tinha sido exibido em 2017. O curta “Afronte”, que dramatiza relações entre negros homossexuais em Brasília, entrou no projeto da EBC para ter sua história transformada em série, junto com os outros títulos citados pelo presidente, como “Transversal” e “Religare Queer”. Os projetos estão entre os finalistas da linha de “diversidade de gênero” da EBC, que visa selecionar séries para a programação da TV pública em canais como a TV Brasil. Os vencedores seriam financiados diretamente por meio do Fundo Setorial do Audiovisual (FSA) e não por autorização para captar incentivos. O FSA é formado pela taxa conhecida como Condecine, que incide sobre empresas de cinema, vídeo e telefonia. O edital foi lançado durante o governo passado com regras claras, que foram cumpridas pelas produções inscritas. Além do tema da “diversidade de gênero”, o edital também contemplou séries nas categorias de “sociedade e meio ambiente”, “profissão”, “animação infantil” e “qualidade de vida”, entre outras. Como o presidente diz que os projetos já estavam “prontos para captar”, a lista que ele atacou deve conter os vencedores do edital. Ele teria barrado apenas a linha de “diversidade de gênero”. Isto seria um ato arbitrário, configuraria prática de censura e criaria insegurança jurídica, levando à contestação na Justiça. A judicialização do caso poderia, inclusive, levar à abertura de um processo de Impeachment contra Bolsonaro por descumprir leis e atentar contra direitos de indivíduos. Regras de concurso público não podem ser alteradas no curso do processo, sob pena de ofensa ao princípio da vinculação ao instrumento convocatório. São aceitas exceções quando há mudanças em leis que afetam o concurso, o que não aconteceu. Com base nesse entendimento, o ministro Marco Aurélio Mello, do Supremo Tribunal Federal, já concedeu uma liminar em mandado de segurança contra mudanças após o início do concurso para serventias extrajudiciais no estado do Rio de Janeiro. Procurada pela imprensa, a assessoria do Planalto não se manifestou até o momento.
Comissão de Ética Pública pede explicações do presidente da EBC por memes irônicos contra Taís Araujo
A Comissão de Ética Pública da Presidência decidiu, em reunião realizada na segunda-feira (27/11), pedir esclarecimentos ao presidente da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), Laerte Rimoli, por postagens em redes sociais em que ironizava um discurso anti-racista da atriz Taís Araújo. Durante participação no evento TEDx, a atriz disse que “no Brasil, a cor do meu filho é a cor que faz com que as pessoas mudem de calçada, escondam as bolsas e blindem seus carros”, como forma de expor o preconceito existente no país. Para ridicularizar o discurso, Rimoli compartilhou no Facebook um meme com uma colagem da atriz em que uma criança branca aparece fugindo em primeiro plano, ao lado da frase “Quando você percebe que é o filho da Taís Araújo na calçada”, além de um comentário no Twitter sobre pessoas que “pulam do avião” ao verem a atriz. “A comissão examinou a partir de uma denúncia apresentada as supostas postagens em redes sociais feitas pelo presidente da EBC. São publicações que dizem respeito — em tom jocoso — a uma entrevista da atriz Taís Araújo, narrando vicissitudes que ela e sua família atravessam”, afirmou o presidente da comissão, Mauro Menezes, errando o contexto e a ocasião da frase da atriz. Segundo Menezes, consta no código de ética do servidor público civil a “observância do decoro”, que “é um imperativo dentro e fora das instituições”. Para o presidente da comissão, mesmo que as postagens tenham ocorrido fora das atividades, elas podem terminar por afetar a imagem da administração pública. “Sem fazer juízo antecipado, abrimos procedimento para investigar a sua conduta e ele terá dez dias para prestar esclarecimentos”, explicou. Após o caso, diversas entidades que combatem o preconceito se manifestaram em apoio à Taís Araujo e exigindo respeito. Além disso, o ator Pedro Cardoso, intérprete de Agostinho na série “A Grande Família”, protestou ao vivo no programa “Sem Censura”, da TV Brasil, abandonando o programa após fazer um discurso enfático, em que abordou a greve dos funcionários do canal, o governo Temer e a crítica fora do tom do presidente da EBC (estatal responsável pela TV Brasil) contra a atriz. Diante da repercussão, Laerte Rimoli reconheceu que cometeu um erro e pediu desculpas públicas à atriz, usando novamente seu próprio Facebook. “Peço desculpas à atriz Taís Araújo e sua família por ter compartilhado um post inadequado em minha timeline”, ele escreveu. Mas o presidente da EBC não foi o único integrante do poder público que se dispôs a atacar a fala de Taís. O senador José Medeiros, do Mato Grosso, disse, durante transmissão da TV Senado, que ela estava “mentindo”, “prestou um desserviço ao Brasil” e fez “discurso de ódio”, enquanto o secretário de Educação do Rio de Janeiro, Cesar Benjamim, usou seu Facebook para classificar o depoimento como “idiotice racial”, ensinando que o racismo no Brasil é “uma criação do Departamento de Estado dos Estados Unidos”. No mesmo período em que Taís Araújo sofreu ataques de homens brancos ricos, William Waack, apresentador do “Jornal da Globo”, foi afastado por fala racista vazada nos bastidores da produção e uma autoproclamada socialite xingou a filha adotiva de Giovanna Ewbank e Bruno Gagliasso, chamando-a de “macaca” num vídeo postado na internet.
Pedro Cardoso comemora repercussão de seu discurso ao abandonar programa ao vivo
O ator Pedro Cardoso, intérprete de Agostinho na série “A Grande Família”, comemorou no Instagram nesta sexta-feira (24/11) a repercussão alcançada por sua decisão de abandonar ao vivo o programa “Sem Censura”, transmitido pela TV Brasil, no dia anterior. Na ocasião, ele se justificou com um discurso enfático, que se tornou muito comentado. “Compartilho e retribuo as palavras amigas que recebi aqui. É bom saber que não estamos sozinhos, nenhum de nós! Abraços sinceros e vamos em frente. Estamos em casa. O país é nosso”, ele escreveu. Seu protesto na TV abordou a greve dos funcionários do canal, o governo Temer e a crítica fora do tom de Laerte Rímoli, presidente da EBC (estatal responsável pela TV Brasil), contra a atriz Taís Araújo. Em participação no TEDx, Taís fez uma metáfora ao dizer que a cor de seu filho leva pessoas a mudarem de calçada, o que levou Rímoli a fazer piada nas redes sociais. “Passageiro pula de avião ao constatar que Taís Araújo estava a bordo” foi uma delas. Logo no início do programa, ao ser abordado pela primeira vez, ele soltou o verbo: “Não vou responder essa pergunta – e nenhuma outra – porque quando cheguei aqui hoje, encontrei uma empresa que está em greve. E não participo de programas de empresas que estão em greve. Vim sentar aqui porque, além da greve, que não me cabe julgar, não conheço a negociação e não estou a par, também não me cabe emitir opinião a respeito de quem está fazendo a greve e de quem está aqui trabalhando, cabe a mim o maior respeito a todos vocês. A todos vocês. Que estão parados, que estão trabalhando, aos que estão aqui”. “Mas, diante deste governo que está governando o Brasil, eu tenho muita convicção de que as pessoas que estão fazendo esta greve provavelmente estão cobertas de razão. Então eu não vou falar do assunto que vim falar, nem de nenhum outro”, prosseguiu. “O que eu soube também quando cheguei aqui é que o presidente desta empresa, que pertence ao povo brasileiro, fez comentários extremamente inapropriados a respeito do que teria dito uma colega minha [em referência a Taís Araújo] onde a presença do sangue africano é visível na pele – porque o sangue africano está presente em todos nós, e em alguns de nós está presente também na pele, mas em todos nós ele está.” Em seguida, finalizou seu discurso, que durou cerca de um minuto e meio, em tom mais alterado: “Então se esta empresa, que é casa do povo brasileiro, tem na presidência uma pessoa que fala contra isso, eu não posso falar do assunto que eu vim falar aqui. Eu tenho um imenso respeito por todos vocês aqui, peço desculpas, vou me levantar em respeito aos grevistas e vou embora.” Veja o vídeo com a íntegra da intervenção do ator aqui e abaixo seu post no Instagram. Compartilho e retribuo as palavras amigas que recebi aqui. É bom saber que não estamos sozinhos, nenhum de nós! Abraços sinceros e vamos em frente. Estamos em casa. O país é nosso. ??? Uma publicação compartilhada por Pedro Cardoso (@pedrocardosoeumesmo) em Nov 24, 2017 às 9:07 PST
Pedro Cardoso abandona programa da TV Brasil ao vivo em apoio a grevistas e Taís Araújo
O ator Pedro Cardoso, intérprete de Agostinho na série “A Grande Família”, chamou atenção nesta quinta-feira (23/11), ao recusar-se a participar do programa “Sem Censura”, da TV Brasil, saindo de cena ao vivo, após fazer um discurso enfático, em que abordou a greve dos funcionários do canal, o governo Temer e a crítica fora do tom de Laerte Rímoli, presidente da EBC (estatal responsável pela TV Brasil), contra a atriz Taís Araújo. Logo no início do programa, ao ser abordado pela primeira vez, ele soltou o verbo: “Não vou responder essa pergunta – e nenhuma outra – porque quando cheguei aqui hoje, encontrei uma empresa que está em greve. E não participo de programas de empresas que estão em greve. Vim sentar aqui porque, além da greve, que não me cabe julgar, não conheço a negociação e não estou a par, também não me cabe emitir opinião a respeito de quem está fazendo a greve e de quem está aqui trabalhando, cabe a mim o maior respeito a todos vocês. A todos vocês. Que estão parados, que estão trabalhando, aos que estão aqui”. “Mas, diante deste governo que está governando o Brasil, eu tenho muita convicção de que as pessoas que estão fazendo esta greve provavelmente estão cobertas de razão. Então eu não vou falar do assunto que vim falar, nem de nenhum outro”, prosseguiu. “O que eu soube também quando cheguei aqui é que o presidente desta empresa, que pertence ao povo brasileiro, fez comentários extremamente inapropriados a respeito do que teria dito uma colega minha [em referência a Taís Araújo] onde a presença do sangue africano é visível na pele – porque o sangue africano está presente em todos nós, e em alguns de nós está presente também na pele, mas em todos nós ele está.” Em seguida, finalizou seu discurso, que durou cerca de um minuto e meio, em tom mais alterado: “Então se esta empresa, que é casa do povo brasileiro, tem na presidência uma pessoa que fala contra isso, eu não posso falar do assunto que eu vim falar aqui. Eu tenho um imenso respeito por todos vocês aqui, peço desculpas, vou me levantar em respeito aos grevistas e vou embora.” O programa abordaria a “música afro-brasileira, dependência digital e teatro”. Também estavam presentes o ator Hugo Bonemer (primo de William Bonner), o cantor Carlos Negreiros e o professor Lúcio Lage. Após ouvir respeitosamente todos os comentários feitos por Pedro, a apresentadora Katy Navarro solidarizou-se com o ator e, em seguida, chamou um intervalo comercial: “Respeito bastante sua opinião, respeito sua saída. A gente vive numa democracia e precisa respeitar a opinião de cada um. Pedro Cardoso obrigado pela sua presença, e entendo perfeitamente tudo que está acontecendo.” Após o que todos viram, a EBC emitiu uma nota: “O ator Pedro Cardoso expressou-se livremente no programa ‘Sem Censura’ desta tarde. Esta postura da EBC é o resultado da diretriz jornalística e profissional implementada pela atual direção da Empresa Brasil de Comunicação. Nossa programação é a prova viva – e ao vivo – de que esta empresa de comunicação pública é plural, é democrática, acolhe a diversidade de opinião e respeita a lei, inclusive o direito de greve”. Veja a participação do ator abaixo:







