Estreias online: 15 filmes para ver em casa neste fim de semana
Da comédia genérica da Netflix “Missão Pijamas” ao documentário político “O Fórum”, selecionados 15 sugestões para quem procura diversão ligeira ou um programa cinéfilo mais profundo para ver em casa, sob as cobertas, neste fim de semana de muito frio no Sul e no Sudeste do Brasil. Confira abaixo os trailers e mais detalhes das sugestões da programação digital – lembrando que a curadoria não inclui títulos clássicos (são muitos) e produções trash, que em outros tempos sairiam diretamente em DVD. Missão Pijamas | EUA | 2020 Com uma história que lembra “Pequenos Espiões”, crianças precisam salvar os pais raptados por vilões. O elenco volta a reunir Malin Akerman e Joe Manganiello após “Rampage: Destruição Total”, a direção é de Trish Sie (“A Escolha Perfeita 3”) e o enredo mistura gêneros e clichês para contentar toda a família – menos, claro, o cinéfilo da casa. Disponível na Netflix. A Caçada | EUA | 2020 Thriller satírico que chegou a sofrer um ataque virulento do presidente Donald Trump no Twitter, “A Caçada” mostra uma dúzia de militantes da extrema direita americana que acordam em uma clareira e percebem que estão sendo caçados por milionários da esquerda liberal. Os alvos se consideram “pessoas comuns”, vítimas da “elite” na trama, numa metáfora pouco sutil, que transforma o discurso de coitadismo dos heterossexuais brancos americanos em sátira de terror. A premissa, porém, esgota-se rapidamente, conforme acabam figurantes famosos para o diretor Craig Zobel (“Obediência”) eliminar. Por sinal, o elenco traz vários astros de séries, como Betty Gilpin (“GLOW”), Emma Roberts (“American Horror Story”), Justin Hartley (“This Is Us”), Ike Barinholtz (“The Mindy Project”), Glenn Howerton (“It’s Always Sunny in Philadelphia”) e Hilary Swank (“Trust”). Todos brancos. Disponível na Google Play e Vivo Play. Chemical Hearts | EUA | 2020 A adaptação do livro “A Química que Há entre Nós”, de Krystal Sutherland, conta a história de Henry Page (Austin Abrams, de “Euphoria”), de 17 anos, que nunca se apaixonou, até que, no primeiro dia do último ano do ensino médio, ele conhece a estudante transferida Grace Town (Lili Reinhart, de “Riverdale”) e tudo começa a mudar. Grace e Henry são escolhidos para co-editar o jornal da escola, e ele é imediatamente atraído pela misteriosa personagem. Ao descobrir o segredo de partir o coração que mudou sua vida e a deixou traumatizada, andando com uma bengala, ele se apaixona por ela – ou pelo menos pela pessoa que pensa que ela é. Com apenas 57% de aprovação, o filme tem roteiro e direção de Richard Tanne, que anteriormente fez o romance “Michelle e Obama”, sobre o namoro do ex-Presidente Barack Obama e sua futura esposa. Disponível na Amazon. Seberg Contra Todos | EUA | 2020 Kristen Stewart (“As Panteras”) vive uma das atrizes mais icônicas da virada dos anos 1950 para os 1960: Jean Seberg, de clássicos como “Santa Joana” (1958), “Bom Dia, Tristeza” (1958) e “Acossado” (1960). Baseado em fatos reais, o filme acompanha a investigação ilegal do FBI sobre a atriz, quando ela se envolveu com os movimentos civis do final dos anos 1960. O envolvimento também era romântico, graças à sua ligação com o ativista Hakim Jamal, primo de Malcom X e líder do movimento black power – interpretado no longa por Anthony Mackie (o Falcão dos filmes da Marvel). Apesar de elogios à interpretação de Stewart, o roteiro foi considerado superficial e um desserviço às duas atrizes – intérprete e personagem – , rendendo apenas 35% de aprovação na média do Rotten Tomatoes. Disponível no iTunes. Ayka | Rússia | 2018 Drama deprimente sobre uma imigrante pobre e ilegal, capaz de abandonar seu bebê recém-nascido no hospital porque não tem como sustentá-lo nem com três empregos, como faxineira, limpadora de neve nas ruas e em um abatedouro de frangos. Agiotas a perseguem para pagar uma dívida antiga, enquanto ela sofre de remorso no frio de Moscou, precisando desesperadamente de dinheiro e lutando para se manter viva após complicações do pós-parto. A personagem é vivida por Samal Yeslyamova, revelada pelo diretor Sergei Dvortsevoy em seu filme anterior, o premiadíssimo “Tulpan”, junto de um elenco não profissional. Com “Ayka”, ela trocou a condição de amadora pela consagração como Melhor Atriz do Festival de Cannes. Disponível na Looke. A Prima Sofia | França | 2019 Produção premiada que chegou sem alarde ao catálogo da Netflix, o filme de Rebecca Zlotowski (“Grand Central”) acompanha Naima, uma jovem tímida de 16 anos que vive na famosa cidade de Cannes. Quando sua prima Sofia chega de Paris para o veraneio, com a sexualidade à flor da pele e uma atitude que poderia ser considerada promíscua, sua vida muda totalmente. Disponível na Netflix. Snu – A História de Amor que Mudou Portugal | Portugal | 2019 O longa retrata o relacionamento da editora dinamarquesa Snu Abecassis e do primeiro-ministro de Portugal Francisco Sá Carneiro, que era casado, nos anos 1970. A história de amor virou um escândalo político e teve um final trágico. Disponível no Cinema Virtual. Antônia – Uma Sinfonia | Holanda, Bélgica | 2018 Cinebiografia de Antonia Brico (1902-1989), a primeira mulher a reger, com sucesso, grandes orquestras – nada menos que as filarmônicas de Berlim e Nova York, na década de 1930. O filme aborda a juventude de Antonia e a dificuldade de ser aceita no universo dos maestros, até então exclusivamente masculino. Apesar de simplificações, filme de Maria Peters (“Sonny Boy”) venceu prêmios e teve críticas positivas. Disponível no iTunes, Google Play, Now, Vivo Play e YouTube Filmes. Meu Extraordinário Verão com Tess | Holanda, Alemanha | 2019 Premiado no Festival de Berlim e exibido na Mostra de São Paulo do ano passado, o filme se passa durante um período de férias na praia, em que o menino Sam conhece a Tess, uma menina sonhadora que mostra a ele como viver o presente pode ser melhor que reviver memórias do passado ou esperar por algo que ainda não que aconteceu. Disponível no Cinema Virtual. Crimes de Família | Argentina | 2020 Drama jurídico baseado em fatos reais, acompanha uma mãe que faz tudo para defender o filho, acusado de tentar matar a ex-esposa. A mãe é interpretada por Cecilia Roth, que ficou mundialmente conhecida por sua atuação em “Tudo Sobre Minha Mãe” (1999). Em meio ao drama central, a trama também aborda temas atuais como corrupção, diferenças de classes, abuso de drogas, violência contra mulher e direitos LGBTQIA+. Disponível na Netflix. Asako I & II | Japão | 2018 Com 15 filmes no currículo, incluindo curtas e documentários, o premiado cineasta Ryûsuke Hamaguchi finalmente chegou ao circuito brasileiro com seu “Asako I & II”, um drama romântico desconcertante. A trama acompanha a jovem Asako (Erika Karata) que, totalmente apaixonada, desmorona quando seu amado desaparece. Ela muda de cidade, sai de Osaka e vai morar em Tóquio para tentar reconstruir sua vida. Até que se espanta ao encontrar um rapaz que é idêntico a seu ex, mas tem outro nome e comportamento completamente diferente. Será que ela vai se deixar envolver pelo desconhecido, que é muito mais atencioso, mas não desperta nela a mesma paixão? Disponível na Looke, Now e Vivo Play. O Fim da Viagem, O Começo de Tudo | Japão | 2019 Considerado um dos maiores cineastas do J-horror, Kiyoshi Kurosawa também costuma fazer dramas serenos como este filme, exibido no Festival de Locarno e de uma delicadeza impressionante. A história se concentra numa repórter de um programa de variedades do Japão, que viaja com sua equipe ao Uzbequistão para uma matéria sobre um peixe lendário. Mas, como não conseguem encontrar o tal peixe, a equipe procura alguma coisa que possa ser interessante para não perder a viagem. Sem pauta, Yoko (a cantora Atsuko Maeda) decide conhecer os pontos turísticos do lugar, ao mesmo tempo que lida com a solidão, a saudade do namorado e uma forte insegurança, tendo em vista que em determinado momento ele deixa de retornar suas mensagens. Não parece muito? O filme tem 93% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível na Looke e Vivo Play. O Fórum | Alemanha | 2020 O documentário sobre o Fórum Econômico de Davos mostra o impacto da pauta ambiental sobre as maiores lideranças mundiais, incluindo a reação de Donald Trump, a frustração generalizada e o completo despreparo de Jair Bolsonaro para participar de negociações e conversas sobre o tema. O presidente brasileiro é apresentado quase como um vilão cômico, em meio a imagens de queimadas na Amazônia. Paralelamente, a produção ainda encaixa entrevistas francas do fundador do Fórum, Klaus Martin Schwab, e discursos da jovem Greta Thunberg, que também respingam na imagem brasileira. Disponível no iTunes e Vivo Play. The Stand: How One Gesture Shook the World | EUA | 2020 O documentário explora a força de uma das imagens mais icônicas de nosso tempo, criada nas Olimpíadas de 1968, quando dois medalhistas afro-americanos resolveram protestar em silêncio, com a cabeça baixa e os punhos erguidos, durante a execução do hino nacional dos Estados Unidos. Mais de 50 anos depois, esse evento permanece profundamente inspirador, polêmico e até mesmo incompreendido como uma das declarações mais abertamente políticas da história dos esportes. Disponível no Now. Eduardo Galeano, Vagamundo | Brasil | 2020 O uruguaio Eduardo Galeano, morto em 2015, foi um dos maiores escritores latino-americanos. Cinco anos antes de sua morte, o autor de “As Veias Abertas da América Latina” recebeu o cineasta Felipe Nepomuceno em sua casa em Montevidéu para uma entrevista. Este é ponto de partida do documentário, que também traz depoimentos de amigos e artistas. Disponível no Now e Vivo Play.
Filmes: Queen & Slim é um dos 10 destaques digitais do fim de semana
A Netflix tem uma nova superprodução, que reúne grandes estrelas e efeitos visuais caros, mas é um thriller indie que se destaca na programação digital do fim de semana. “Queen & Slim” é a dica desta sexta (14/8). Confira abaixo mais detalhes deste e de outro destaques digitais da programação, que reúne os 10 melhores títulos recém-disponibilizados no país – lembrando que a curadoria não inclui títulos clássicos (são muitos) e produções trash que, em outros tempos, sairiam diretamente em vídeo. Queen & Slim | EUA | 2019 O thriller mostra o que acontece quando um casal de namorados (Daniel Kaluuya, indicado ao Oscar por “Corra!” e Jodie Turner-Smith) é parado por uma pequena infração de trânsito e a situação sai de controle devido ao racismo do policial. O incidente é capturado em vídeo e se torna viral e, enquanto foge da polícia, o casal se torna um símbolo para os negros em todo o país. Refletindo as denuncias de racismo contra a polícia dos EUA, a produção em clima de “Thelma e Louise” marca a estreia no cinema da diretora Melina Matsoukas, após uma carreira de clipes premiados (de Rihanna e Beyoncé), e conta com 82% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível em Apple TV, Google Play, Now, Vivo Play, Sky Play e YouTube Filmes. Power | EUA | 2020 Estrelado por Jamie Foxx (“Django Livre”), Joseph Gordon-Levitt (“500 Dias com Ela”) e Rodrigo Santoro (“Westworld”), o filme combina super-heróis/supervilões e thriller de ação policial, ao girar em torno do tráfico de uma nova droga sintética, altamente viciante, que dá superpoderes a seus usuários. Foxx vive um pai de família que sofreu uma grande perda e decide rastrear a linha de suprimentos da droga até encontrar o responsável pelo tráfico, papel de Santoro, enquanto Gordon-Levitt interpreta um policial cujo trabalho é tirar a droga das ruas. A direção é de Henry Joost e Nev Schulman, responsáveis pela série “Catfish” e por vários filmes da franquia “Atividade Paranormal”. Disponível na Netflix. Creepy | Japão | 2016 O novo suspense de Kiyoshi Kurosawa faz um estudo psicológico sobre deformidade em meio a um mistério de assassinatos em série. A trama gira em torno de um detetive que decide se aposentar após um caso traumático. Um ano depois, recebe o pedido de um colega para investigar o desaparecimento de uma família, que deixou como único membro e testemunha uma jovem garota. Mas o mistério se torna cada vez mais obscuro, a ponto do detetive negligenciar sua esposa, com quem se mudou para a casa ao lado de um vizinho sinistro. Muitas reviravoltas e choques se sucedem, numa trama premiada em festivais de cinema fantástico e com 90% de críticas positivas no Rotten Tomatoes. Disponível em Vivo Play e Looke. Western | Alemanha | 2017 O nacionalismo e o ódio contra estrangeiros alimenta o drama exibido em Cannes e premiado no circuito dos festivais. Escrito e dirigido por Valeska Grisebach, que foi consultora de roteiro do sucesso “Toni Erdmann” (2016), o filme acompanha, com abordagem semidocumental, um grupo de trabalhadores alemães, contratados para obras numa região rural da Bulgária. Sem entender a língua e vivendo choque cultural constante, eles se indispõem com os moradores locais, expondo preconceitos e a mentalidade hooligan das classes baixas. Tem impressionantes 92% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível em Apple TV e Looke. Um Elefante Sentado Quieto | China | 2018 Premiado no Festival de Berlim de 2018, o primeiro e único longa do diretor Hu Bo tem 95% de aprovação no Rotten Tomatoes, apesar de suas quase quatro horas de duração. É longo. E lento. E sem sorrisos. Uma jornada deprimente pelas margens da vida na China moderna, seguindo múltiplos personagens em uma cidade industrial, todos vítimas do egoísmo de outras pessoas. O tom sombrio reflete o estado de espírito do próprio diretor, que se matou após terminar o longa, aos 29 anos de idade. “Um Elefante Sentado Quieto” é seu epitáfio. Disponível em Apple TV, Google Play, Now, Sky Play e YouTube Filmes. Tesnota | Rússia | 2018 Vencedor do prêmio da crítica no Festival de Cannes de 2018, este drama russo usa locações reais, elenco amador e câmera na mão – com muitos closes – para extrair o máximo de realismo possível de sua história de rapto, religião, choque cultural e diferenças geracionais. Com inclusão de cenas de tortura reais – registradas durante o aprisionamento de soldados russos por forças chechenas durante o massacre do Daguestão, em 1999 – , a estreia de Kantemir Balagov, então com 26 anos, é violenta, incômoda e muitas vezes revoltante. Mas encantou a crítica (87% no Rotten Tomatoes) e lançou a carreira de um dos cineastas jovens mais promissores da Rússia neste século. Disponível em Apple TV, Looke, Google Play, Vivo Play e YouTube Filmes. A Tenente de Cargil | Índia | 2020 A história da primeira mulher aviadora da Índia a voar numa zona de combate, durante a guerra de Cargil em 1999, tem sua dose de patriotismo, mas também é subversiva, ao considerar que a Índia mantém uma estrutura patriarcal e extremamente machista até os dias de hoje. Além de ser um drama feminista edificante, o filme de estreia de Sharan Sharma tem cenas aéreas belamente fotografadas para agradar aos fãs de “Top Gun”. Disponível na Netflix. O Príncipe Nigeriano | EUA, Nigéria | 2018 O título se refere ao golpe do “príncipe da Nigéria”, conhecido também como “Fraude nigeriana”, que consiste no envio de um e-mail em nome de um príncipe da Nigéria ou outro país da África, dizendo que você foi sido escolhido para receber uma herança, mas para isso precisa responder a mensagem com seus dados. O filme parte dessa premissa para contar a história fictícia de um adolescente americano, obrigado pela mãe a ir para a Nigéria, e que passa a ajudar o primo a dar golpes pela internet. Muito elogiado pela crítica, o filme é uma produção indie que acabou comprada pela Netflix e chega ao streaming dois anos após sua première no Festival de Tribeca. Disponível na Netflix. Boys State | EUA | 2019 O documentário vencedor do Festival de Sundance – e com 97% de aprovação no Rotten Tomatoes – acompanha um grupo de jovens do Texas que participam de um “acampamento político” — uma tradição local onde os jovens organizam-se em partidos e governos para simular a administração real de um Estado. A partir dessa premissa, os diretores Amanda McBaine e Jesse Moss analisam os desdobramentos das ações do grupo e lançam nova luz sobre as divisões políticas que já influenciam as novas gerações. Disponível na Apple TV+. Lorna Washington: Sobrevivendo a Supostas Perdas | Brasil | 2020 Ícone do transformismo na cena gay carioca, Lorna Washington fez história em boates que marcaram época no Rio de Janeiro. O documentário mostra este lado glamouroso, com o estilo irreverente e as performances que a popularizaram, mas também as lutas que a tornaram reconhecida como militante, contra o preconceito sexual e pela conscientização sobre HIV. Disponível em Now e Vivo Play.
High Life, com Robert Pattinson, encabeça dicas digitais do fim de semana
Os lançamentos desta semana nos serviços de VOD (locação digital) e/ou por assinatura de streaming estão mais caprichados que o costume. Com a impossibilidade de chegarem aos cinemas, muitos títulos de qualidade agora estreiam diretamente em plataformas digitais. É o caso de “High Life”, o grande destaque da lista. O detalhe é que a sci-fi estrelada por Robert Pattinson (o novo Batman) não é a única obra do gênero disponibilizada neste fim de semana. Há mais duas ficções científicas de perfil de festival na relação de estreias. Elas servem tanto para entreter quanto para inspirar reflexões, características que também se estendem a várias outras opções do menu digital, repleto de filmes premiados e de lugares tão diversos quanto Índia, Finlândia, Moçambique e República Tcheca. Confira abaixo mais informações sobre os títulos da semana (dos últimos sete dias), todos inéditos nos cinemas brasileiros – lembrando que a curadoria não inclui títulos clássicos e produções baratas que, em outros tempos, sairiam diretamente em vídeo. High Life | França, Reino Unido | 2019 A primeira sci-fi – e primeiro filme em inglês – da celebrada cineasta francesa Claire Denis (“Bastardos” e “Minha Terra, África”) reúne Robert Pattinson (“Bom Comportamento”) e Juliette Binoche (“A Vigilante do Amanhã: Ghost in the Shell”), imagens belíssimas e um clima de desesperança. Na trama, prisioneiros condenados à morte trocam suas sentenças por uma missão espacial suicida para colher energia perto de um buraco negro. Paralelamente, a médica da nave realiza uma experiência clandestina, testando obsessivamente a capacidade da tripulação para se reproduzir no espaço. Não demora e os prisioneiros confinados se rebelam diante de um destino sombrio que alimenta desentendimentos e descamba em violência. Premiado pela crítica no Festival de San Sebastian, tem 82% de aprovação na média do Rotten Tomatoes. Disponível em iTunes, Google Play, Looke, Now, Vivo Play e YouTube Filmes. Agora Estamos Sozinhos | EUA | 2018 Vencedor de um Prêmio Especial do Júri no Festival de Sundance 2018, o drama pós-apocalíptico traz Peter Dinklage (série “Game of Thrones”) e Elle Fanning (“Demônio de Neon”) como as últimas pessoas da Terra. A história se passa após uma catástrofe não identificada erradicar praticamente toda a população do mundo. Mas isso não incomoda um solitário sobrevivente, que se acha o homem mais sortudo do planeta por se livrar de todos os que o ridicularizavam, até que uma garota loirinha aparece viva na sua frente com a ameaça de sua companhia. A direção é de Reed Morano, premiada no Emmy 2017 pela série “The Handmaid’s Tale”. Disponível em iTunes, Google Play, Looke, Now, Vivo Play e YouTube Filmes. Submersos | Rússia | 2020 Os efeitos belíssimos são o principal atrativo desta sci-fi russa, que se passa num mundo onírico e surreal, habitado por pessoas que se encontram em coma. A trama utiliza elementos de “A Origem” e “Matrix”, e foi concebida por Nikita Argunov, um profissional de VFX que estreia na direção após produzir o filme russo de super-heróis “Os Guardiões”. Disponível em iTunes, Google Play, Now, Sky Play, Vivo Play e YouTube Filmes. Dogs Don’t Wear Pants | Finlândia | 2019 Premiado em várias competições internacionais de cinema fantástico e indicado a nove troféus Jussi (o Oscar finlandês), o filme de J.-P. Valkeapää (do também ótimo “They Have Escaped”) pode ser intenso demais para alguns espectadores. Mas fãs de filmes, digamos, “alternativos” já o consideram cult. A trama acompanha a relação sadomasoquista de um homem traumatizado com uma dominatrix, apresentada de forma perturbadora, mas também bem-humorada e até edificante (!), com 89% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível no Mubi. Rede de Ódio | Polônia | 2020 Este drama polonês aborda assunto contemporâneo, que está nos noticiários atuais, inclusive no Brasil, onde muito se discute sobre um gabinete do ódio no governo Bolsonaro. A trama acompanha um jovem (Maciej Musialowski) especialista em criar campanhas de ódio nas redes sociais, que usa racismo, homofobia e xenofobia como armas para progredir na vida e, graças a este talento, começa a ganhar dinheiro com políticos. Claramente um sociopata, o personagem central aos poucos começa a levar seu comportamento agressivo para a vida real. O desenvolvimento se dá de forma lenta, mas o tema não pode ser mais urgente. O diretor Jan Komasa é o mesmo do excelente “Corpus Christi” (2019). Disponível na Netflix. Na Solidão da Noite | Índia | 2020 Suspense envolvente, ao estilo dos mistérios clássicos de “whodunit” de Agatha Christie, esta produção indiana destoa completamente dos tradicionais filmes de Bollywood. Na trama, um detetive policial investiga o assassinato de um político, tentando seguir as pistas e sua intuição para encontrar o culpado em meio à rede de mentiras da família da vítima. O enredo é especialmente indicado para gostou de “Entre Facas e Segredos”, de Rian Johnson, mesmo que não seja fã de cinema indiano. Disponível na Netflix. O Pássaro Pintado | República Tcheca, Eslováquia | 2019 O drama conta uma história conhecida dos cinéfilos, sobre um menino judeu que busca abrigo com estranhos durante a 2ª Guerra Mundial. Mas o diretor Václav Marhoul (“Tobruk”) surpreende pelo enfoque adulto, impactante ao extremo, e pelo contraste obtido pela beleza das imagens em preto e branco e o que elas registram: um horror sem meio tons. “O Pássaro Pintado” foi premiado no Festival de Veneza, venceu nove Leões Tchecos (o Oscar da República Tcheca) e ainda consagrou o cinematógrafo Vladimír Smutný, que conquistou vários troféus de Fotografia em festivais internacionais. No Rotten Tomatoes, o filme tem 81% de aprovação. Disponível em Cinema Virtual. A Escolha | Estônia | 2018 Depois de seis meses sem contato com a antiga namorada, Erik, um trabalhador da construção civil, recebe notícias surpreendentes: Moonika está prestes a entrar em trabalho de parto. Como ela diz que não está pronta para ser mãe, deixa para Erik decidir se quer ficar com a criança ou se a envia para adoção. Premiado em alguns festivais do Leste europeu, este drama foi a escolha da Estônia para representar o país na busca de uma vaga na categoria de Melhor Filme em Língua Estrangeira do Oscar de 2019. Disponível em Cinema Virtual. 100 Quilos de Estrelas | França | 2020 Comédia dramática adolescente que aborda a gordofobia de forma sensível, ao acompanhar uma garota que sonha em virar astronauta, mas que, apesar de ser um gênio em Ciências, não tem o porte físico da profissão, como lembram em sua escola, porque herdou a obesidade da família. Culpando a própria mãe, ela passa a odiar seu corpo e decide emagrecer com uma dieta radical, o que apenas a deixa doente. Internada numa clínica, conhece outras garotas com seus próprios problemas de autoestima e parte com elas numa jornada de aceitação, que envolve vencer um concurso e superar a aversão ao próprio corpo. Apesar de ser um filme-com-mensagem, a trama tem progressão natural e não soa forçada, além de evitar os clichês dos filmes adolescentes americanos. O fato de ser uma produção francesa faz grande diferença. Disponível em iTunes, Google Play, Now e Sky Play. Disponível na Netflix. A Barraca do Beijo 2 | EUA | 2020 A Netflix descobriu o filão das comédias românticas adolescentes com o primeiro filme de 2018 e tem produzido variações em série da mesma história. A sequência do primeiro sucesso segue a fórmula da sequência de “Para Todos os Garotos que Já Amei”, com a protagonista dividida entre o amor original e outro garoto da escola. A plataforma já encomendou até um terceiro capítulo dessa “novela” estrelada por Joey King, que foi indicada ao Emmy por “The Act” e aqui se coloca abaixo da crítica – a produção só tem 25% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível na Netflix. É o Bicho | China | 2017 Animação chinesa sobre uma família que ganha um circo e uma caixa mágica de biscoitos. Como não conseguiu chegar nos cinemas americanas, acabou comprada pela Netflix, que, na falta de uma boa história para marketar, optou pelo velho chamariz da dublagem com astros famosos. O elenco de dubladores inclui o casal Emily Blunt e John Krasinski (de “Um Lugar Silencioso”), Sylvester Stallone (“Rambo”), Danny DeVito (“Dumbo”), Ian McKellen (“X-Men: Fênix Negra”) e Raven-Symoné (“A Casa da Raven”). Mas estes nomes “mágicos” não mudam o fato de que se trata de um desenho com 58% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível na Netflix. Mundo Duplo | Hong Kong | 2020 Esta fantasia repleta de efeitos visuais mostra uma Terra paralela, dividida em 10 nações. Vendo uma nação vizinha se tornar cada vez mais poderosa, um Senhor da Guerra resolve organizar uma competição para encontrar os melhores guerreiros. O resultado é um mortal kombat com muito wire fu (kung fu voador) e até monstros gigantes. O diretor Teddy Chan tem alguns sucessos comerciais no currículo, como “Espião por Acidente” (2001), com Jackie Chan, e “Guarda Costas e Assassinos” (2009), mas nenhum deles é exatamente popular com a crítica. Já o ator principal, Henry Lau, apesar de canadense, é famosíssimo na Ásia, graças ao sucesso como cantor da banda de k-pop/mandopop Super Junior-M. Disponível na Netflix. Resgate | Moçambique | 2019 O primeiro filme moçambicano a entrar na Netflix é um drama urbano de gângsteres e venceu dois troféus na premiação da Academia Africana de Cinema (espécie de Oscar do continente). Com influência de produções americanas do gênero, conta a história de um jovem que, após sair da prisão, vê-se forçado a voltar ao mundo do crime. Disponível na Netflix. A Vingança de uma Mulher | Portugal | 2012 Baseado num conto do século 19 de Jules-Amédée Barbey d’Aurevilly (“A Última Amante”), o filme gira em torno de Roberto (Fernando Rodrigues), que uns dizem ser libertino, enquanto outros, que é misterioso. Na verdade, Roberto sente um tédio profundo, de quem já esgotou todos os prazeres da vida. Mas, uma noite, ele tem um encontro avassalador com uma mulher. A intérprete desta mulher, Rita Durão, ganhou vários prêmios do cinema português pelo papel. Já a diretora, Rita Azevedo Gomes, fez mais três longas depois deste filme de 2012, que os brasileiros poderão ver pela primeira vez via VOD. Disponível no Mubi. De Nuevo Otra Vez | Argentina | 2012 Mistura de documentário e ficção, acompanha a vida da atriz Romina Paula (“O Estudante”), enquanto lida com seu filho e sua mãe reais. Com o objetivo de retornar às suas raízes para descobrir quem é, a atriz transformada em diretora foi premiada no Festival de San Sebastián e conquistou 83% de aprovação no Rotten Tomatoes Disponível no Mubi. Citizen K | EUA | 2019 O novo documentário de Alex Gibney (vencedor do Oscar por “Um Táxi para a Escuridão”) conta a história de Mikhail Khodorkovsky, um dos homens mais ricos da Rússia, que após a eleição de Vladimir Putin foi obrigado a cumprir uma sentença de dez anos de prisão na Sibéria. Misturando um tom de denúncia e reportagem investigativa, “Citizen K” busca mostrar o que levou esse homem à prisão e porque ele se tornou um dos mais conhecidos militantes anti-Putin, enquanto expõe as camadas pouco democratas do regime pós-comunista. Disponível na Amazon Prime Video. Não Toque em Meu Companheiro | Brasil | 2020 O documentário de Maria Augusta Ramos (“O Processo”) mostra a mobilização de um grupo de 110 empregados da Caixa Econômica Federal ao longo de um ano, após serem demitidos injustamente em 1991. Disponível em Looke, Now e Vivo Play
HBO anuncia seis novas produções brasileiras
A HBO anunciou seis novos projetos brasileiros, incluindo três séries originais que já estão em desenvolvimento: a comédia “Área de Serviço”, o drama “O Amor Segundo Buenos Aires” e a fantasia “O Beijo Adolescente”. O pacote anunciado pela HBO Brasil se completa com três coproduções documentais. Criada e escrita pelos atores Pedro Cardoso (o Agostinho de “A Grande Família”) e Graziella Moretto (“Cidade de Deus”), “Área de Serviço” pretende abordar a relação entre diferentes classes sociais. A trama vai girar em torno de Jacinto, um brasileiro criado em Portugal, que volta ao Brasil em busca de informações sobre a mãe que não conheceu. Hospedado na mansão de uma tia, ele passa a conviver com os numerosos empregados que ali trabalham, passando por situações inusitadas. A direção dos episódios está a cargo da cineasta Monique Gardenberg (“Paraíso Perdido”), que também participa do desenvolvimento da produção. Baseado no livro do jornalista brasileiro Fernando Scheller, “O Amor Segundo Buenos Aires” acompanha Hugo, um brasileiro que se muda para Buenos Aires acompanhando a namorada, que vai estudar dança. À medida que o romance esfria, Hugo vai se apaixonando pela cidade e conhecendo as histórias de outras pessoas. Sheller integra a equipe de produção. Inspirada pelos quadrinhos de Rafael Coutinho (ilustração acima), “O Beijo Adolescente” se passa em um mundo em que os adultos não têm cor e apenas os jovens são coloridos. Nessa realidade, certos adolescentes manifestam um tipo de superpoder ao dar o primeiro beijo. A fantasia conta com a consultoria do próprio autor. Já as três coproduções documentais são “Odilon, Réu de Si Mesmo”, sobre o juiz federal Odilon de Oliveira, responsável pelas condenações de Fernandinho Beira-Mar e Juan Carlos Abadia, “Coisa de Menino”, com direção de Guto Barra e Tatiana Issa (que já fizeram a série “Fora do Armário” para a HBO), sobre as origens da “masculinidade tóxica” na infância, e “Bobiography”, que abordará o ídolo brasileiro do skate Bob Burnquist. “Nestes últimos meses, estivemos trabalhando com produtoras brasileiras no desenvolvimento de novo conteúdo nacional, para levar ainda mais histórias originais e inovadoras ao público de todo o mundo”, disse Roberto Rios, vice-presidente Corporativo de Produções Originais da HBO Latin America, em comunicado. “O conteúdo brasileiro é muito bem recebido também internacionalmente e nossas produções foram inclusive incluídas na nova plataforma HBO Max, nos Estados Unidos. Para continuar com esse trabalho, estamos focados neste momento na análise de novos projetos e no desenvolvimento de roteiros”, acrescentou o executivo.
Seleção do Festival de Veneza inclui documentário sobre prisão de Caetano Veloso
A organização do Festival de Veneza divulgou a lista dos filmes selecionados para sua edição 2020. E entre os títulos destaca-se o documentário “Narciso em Férias”, sobre a prisão de Caetano Veloso em 1968. Programado para exibição fora de competição, o novo filme da dupla Renato Terra e Ricardo Calil (“Uma Noite em 67”) traz o cantor brasileiro relembrando sua prisão, quando ele e Gilberto Gil foram levados de suas casas após o decreto do AI-5, culminando em seu exílio no auge da ditadura militar. Sem receber explicações, Caetano e Gil foram retirados à força de suas casas em São Paulo, levados ao Rio de Janeiro e jogados numa prisão. Passaram a primeira semana em solitária, antes de serem transferidos para celas, onde ficaram quase dois meses trancafiados. Na época, a ditadura impediu os jornais de mencionar as prisões. O crime cometido? Músicas. “Narciso em Férias” integra uma seleção com mais de 50 filmes de todo o mundo, incluindo obras de cineastas como Kiyoshi Kurosawa, Amos Gitai, Chloé Zhao, Nicole Garcia, Andrei Konchalovsky, Lav Diaz, Alex de la Iglesia, Alice Rohrwacher, Michel Franco, Luca Guadagnino, Abel Ferrara e até o (há muito) falecido Orson Welles. Uma das características desta seleção justamente é a inclusão de vários documentários fora de competição, entre eles um filme dedicado à ativista adolescente Greta Thunberg, a obra póstuma de Welles e os novos trabalhos de Ferrara, Guadagnino e do premiado Alex Gibney, que já venceu o Oscar da categoria com “Um Táxi para a Escuridão” (2007). Ao anunciar a programação nesta terça-feira (28/7), o diretor do festival, Alberto Barbera, declarou que o evento continua sendo “uma vitrine para a melhor produção cinematográfica do mundo”. E destacou que a seleção inclui apenas duas obras de ficção produzidas por estúdios de Hollywood, ambas dirigidas por mulheres. As produções dramáticas americanas são “The World to Come”, da diretora Mona Fastvold (“O Sonâmbulo”), um drama íntimo estrelado por Casey Affleck, Vanessa Kirby e Katherine Waterston, e “Nomadland”, um road movie de Chloé Zhao (“Domando o Destino”), com Frances McDormand e David Strathairn. Vale lembrar que Chloé Zhao está atualmente trabalhando na pós-produção de “Eternos”, da Marvel. Vanessa Kirby deve ser a grande estrela do tapete vermelho, se ele for estendido em meio à pandemia de covid-19. Ela aparece duplamente na programação, pois também está no elenco de “Pieces of a Woman”, que é uma produção canadense e marca a estreia do diretor húngaro Kornél Mundruczó (“White God”) em inglês. O Festival de Veneza será realizado de forma presencial, com reforço de medidas de segurança, entre os dias 2 e 12 de setembro. Confira abaixo a lista dos títulos selecionados. Competição Principal In Between Dying, de Hilal Baydarov Le Sorelle Macaluso, de Emma Dante The World To Come, de Mona Fastvold Nuevo Orden, de Michel Franco Lovers, de Nicole Garcia Laila in Haifa, de Amos Gitai Dear Comrades, de Andrei Konchalovsky Wife Of A Spy, de Kiyoshi Kurosawa Sun Children, de Majid Majidi Pieces Of A Woman, de Kornel Mundruczo Miss Marx, de Susanna Nicchiarelli Padrenostro, de Claudio Noce Notturno, de Gianfranco Rosi Never Gonna Snow Again, de Malgorzata Szumowska, Michal Englert The Disciple, de Chaitanya Tamhane And Tomorrow The Entire World, de Julia Von Heinz Quo Vadis, Aida?, de Jasmila Zbanic Nomadland, de Chloé Zhao Mostra Horizontes Apples, de Christos Nikou La Troisième Guerre, de Giovanni Aloi Milestone, de Ivan Ayr The Wasteland, de Ahmad Bahrami The Man Who Sold His Skin, de Kaouther Ben Hania I Predatori, de Pietro Castellitto Mainstream, de Gia Coppola Genus Pan, de Lav Diaz Zanka Contact, de Ismael El Iraki Guerra E Pace, de Martina Parenti, Massimo D’Anolfi La Nuit Des Rois, de Philippe Lacôte The Furnace, de Roderick Mackay Careless Crime, de Shahram Mokri Gaza Mon Amour, de Tarzan Nasser, Arab Nasser Selva Tragica, de Yulene Olaizola Nowhere Special, de Uberto Pasolini Listen, de Ana Rocha de Sousa The Best Is Yet To Come, de Wang Jing Yellow Cat, de Adilkhan Yerzhanov Fora de Competição – Sessões Especiais 30 Monedas, Episode 1, de Alex de la Iglesia Princesse Europe, de Camille Lotteau Omelia Contadina, de Alice Rohrwacher Jr Fora de Competição – Ficção Lacci, de Daniele Lucheti Lasciami Andare, de Stefano Mordini Mandibules, de Quentin Dupieux Love After Love, de Ann Hui Assandira, de Salvatore Mereu The Duke, de Roger Michell Night In Paradise, de Park Soon-jung Mosquito State, de Filip Jan Rymsza Fora de Competição – Documentário Sportin’ Life, de Abel Ferrara Crazy, Not Insane, de Alex Gibney Greta; de Nathan Grossman Salvatore, Shoemaker Of Dreams, de Luca Guadagnino Final Account, de Luke Holland La Verita Su La Dolce Vita, de Giuseppe Pedersoli Molecole, de Andrea Segre Narciso Em Ferias, de Renato Terra, Ricardo Calil Paulo Conte, Via Con Me, de Giorgio Verdelli Hopper/Welles: de Orson Welles
Programação digital destaca novo terror dos diretores de Boa Noite, Mamãe
As melhores estreias digitais deste fim de semana são filmes de terror. Tem terror indie de sereia, terror brasileiro de assombração e o novo terror dos diretores austríacos de “Boa Noite, Mamãe”, passado numa cabana isolada pela neve. Por sinal, o clima tenso também se estende ao suspense do professor que resolve ensinar uma lição para seu pior aluno. Confira abaixo mais detalhes destes e de outros lançamentos digitais inéditos nos cinemas brasileiros, disponibilizados nos serviços de VOD (locadoras online) e streaming. A curadoria não inclui, vale reforçar, filmes já exibidos em circuito cinematográfico, incluindo títulos clássicos, nem tampouco produções pouco recomendadas, que, em outros tempos, sairiam diretamente em vídeo. Os destaques online são: O Chalé | Reino Unido, Canadá | 2019 Terror atmosférico com 74% de aprovação no Rotten Tomatoes, “O Chalé” marca a estreia em inglês dos cineastas austríacos Severin Fiala e Veronika Franz, responsáveis pelo desconcertante “Boa Noite, Mamãe” (2014). A trama evoca o filme anterior, ao trazer Riley Keough (“Mad Max: Estrada da Fúria”) como uma madrasta aspirante, passando as férias em um chalé de inverno com o casal de filhos de seu noivo. Isolados depois de uma nevasca, o relacionamento dos três começa a melhorar, até que o passado da mulher como sobrevivente de uma seita suicida vem à tona, junto com a falta de luz, barulhos no escuro e eventos aterrorizantes. O elenco mirim inclui Jaeden Martell, que se destacou no papel principal de “It: A Coisa” (2017). Disponível no iTunes. Professor | EUA | 2019 Suspense indie que recebeu críticas muito positivas (100% de aprovação em 7 resenhas no Rotten Tomatoes), traz David Dastmalchian (“Homem-Formiga e a Vespa”) como o professor do título, um profissional dedicado que percebe que um de seus alunos é alvo constante de assédio do valentão da escola. Quando a violência atinge níveis criminais, ele resolve enfrentar o agressor, mas se depara com um pai protetor e mais perigoso que imaginava. Disponível no Cinema Virtual. A Maldição da Sereia | EUA | 2019 Apesar de independente e barato, produzido com apoio de crowdfunding, o terror surpreende pela história, completamente diferente do que se espera de seu título, com alusões à violência contra mulheres e descaso com o meio-ambiente. A trama acompanha uma sereia pescada no oceano, torturada, mutilada e abandonada num hospício, onde é tratada para superar o delírio de acreditar ser uma criatura do mar. Por curiosidade, a sereia russa Alexandra Bokova apareceu num clipe da banda Smashing Pumpkins (“Solara”), um ano antes do filme. Disponível em Now e Vivo Play. Atrás da Sombra | Brasil | 2020 O primeiro longa do diretor goiano Thiago Camargo é uma mistura de thriller criminal e sobrenatural, que acompanha o detetive Jorge, contratado para investigar um caso numa cidade onde todos são desconfiados e parecem guardar segredos. Exemplar do moderno terror brasileiro, a trama aborda racismo, religião, crenças e descrenças, enquanto entretém com elementos do além – Jorge passa a ter pesadelos com uma assombração, a quem os moradores atribuem crimes. Destaque para a interpretação do músico congolês-brasileiro Bukassa Kabengele (“Irmandade”), ex-integrante da banda soul/funk Skowa e a Máfia, no papel principal. Disponível em Now e Vivo Play. Na Praia de Chesil | Reino Unido | 2017 Adaptação do romance de Ian McEwan (autor de “Desejo e Reparação”), o drama se passa na Inglaterra de 1962, onde um jovem casal com pouco em comum começa um relacionamento marcado por tensões sexuais e pressão social. O romance evolui e culmina em um casamento que não sai como os dois esperavam. Billy Howle (de “Dunkirk”) e Saoirse Ronan (“Adoráveis Mulheres”) têm os papéis principais. Disponível na Looke. A Portuguesa | Portugal, Alemanha | 2018 O filme de Rita Azevedo Gomes adapta um conto de 1924 de Robert Musil (“O Jovem Törless”). Durante a disputa pelo domínio de um principado italiano, Lorde von Ketten viaja até Portugal para encontrar uma esposa. Quando retornam à Itália, ele precisa partir para a guerra novamente, mas sua esposa está determinada a transformar o castelo onde vivem em um lar. Disponível no Mubi. Encantado, o Brasil em Desencanto | França, Brasil | 2018 Documentário produzido na França que retrata o contexto político e social do Brasil entre a eleição de Lula em 2002 e a eleição de Bolsonaro em 2018. O título foi inspirado no nome do bairro de Encantado, em que o cineasta Filipe Galvon cresceu no Rio de Janeiro. Ele mora na França desde 2013 e registra seu desencanto com o Brasil nesse documentário, construído com entrevistas com políticos, como Dilma Rousseff, Ciro Gomes, Fernando Haddad e Guilherme Boulos, e cidadãos comuns. Disponível em Now. Mulher | França | 2019 O documentário de Yann Arthus-Bertrand e Anastasia Mikova é uma continuação temática de “Humano: Uma Viagem Pela Vida” (2015), premiado nos festivais de Vancouver e Pequim. A produção filmou 2 mil mulheres em 50 países para discutir o que significa amor, respeito e lugar no mundo para uma parcela representativa da população mundial. Disponível em iTunes, Google Play, Now, Sky Play, Vivo Play e YouTube Filmes.
Novos filmes de Tom Hanks e Charlize Theron estreiam na internet
Duas superproduções de grande orçamento estreiam diretamente em streaming nesta sexta (10/7). Uma delas ia para o cinema. A Sony não quis esperar a reabertura das salas e negociou com a Apple o novo filme de Tom Hanks (“Um Lindo Dia na Vizinhança”), que custou cerca de US$ 50 milhões. A mudança transformou “Greyhound”, que retrata uma frota de guerra em combate marítimo, na produção mais cara já exibida com exclusividade pela Apple TV+. Já “The Old Guard” foi feito pela Netflix com o objetivo de lançar a primeira franquia de “super-heróis” da plataforma. A adaptação de quadrinhos da Image Comics não teve seu orçamento revelado, mas não foi barata. Estrelada por Charlize Theron (“Velozes & Furiosos 8”), inclui várias cenas de ação e efeitos visuais. Os dois filmes oferecem diversão escapista sob medida para tempos de recolhimento compulsório. São passatempos que não exigem maior compromisso e tiveram suas propostas bem-avaliadas pela crítica americana. Por coincidência ambos receberam a mesma nota no Rotten Tomatoes: 79% de aprovação. Confira abaixo mais detalhes destes e de outros lançamentos digitais inéditos, que se destacam entre as ofertas dos serviços de VOD (locadoras online) e streaming neste fim de semana. A curadoria não inclui títulos clássicos (são muitos e com alta rotatividade) e produções de baixa qualidade que, em outros tempos, sairiam diretamente em vídeo. Greyhound: Na Mira do Inimigo | EUA | 2020 Superprodução de batalha naval, “Greyhound” traz Tom Hanks de volta aos combates da 2ª Guerra Mundial, materializando um duelo de estratégias e torpedos entre uma frota de destroyers americanos e um esquadrão de submarinos alemães. Baseado em romance clássico de C.S. Forester (criador do herói naval Horatio Hornblower), o filme retrata o combate marítimo que realmente aconteceu antes das tropas americanas desembarcarem no front europeu. Além de atuar, Hanks assina o roteiro do longa, demonstrando sua assumida predileção por produções do período – o astro, que estrelou o impressionante “O Resgate do Soldado Ryan” (1998), também coproduziu com Steven Spielberg três séries passadas durante a 2ª Guerra Mundial. “Greyhound” é o terceiro longa escrito pelo ator, que anteriormente assinou “The Wonders – O Sonho Não Acabou” (2006) e “Larry Crowne – O Amor Está de Volta” (2011), que ele também dirigiu. Agora, porém, a direção está a cargo de Aaron Schneider, pouco experiente na função (dirigiu apenas “Segredos de um Funeral” em 2009), mas de longa carreira como cinegrafista. Disponível na Apple TV+. The Old Guard | EUA | 2020 A adaptação de quadrinhos traz Charlize Theron como uma guerreira imortal de mais de 6 mil anos de idade, que lutou em diversas guerras ao longo da história da humanidade. Ela lidera a “Velha Guarda”, um pequeno grupo de imortais dedicado a combater injustiças ao redor do mundo e que é caçado por um agente da CIA (Chiwetel Ejiofor, de “Doutor Estranho”) obcecado por descobrir a origem de seus poderes. O roteiro é assinado pelo escritor dos quadrinhos em que o filme se baseia, Greg Rucka (autor também dos quadrinhos que inspiraram a série “Stumptown”). Já a direção está a cargo de Gina Prince-Bythewood (“Além dos Limites”), que assim se torna a primeira diretora negra de um filme de “super-heróis”. Disponível na Netflix. Os Olhos de Kabul | França | 2019 A animação aborda com leveza a realidade insuportável da Cabul ocupada pelos talibãs nos anos 1990. A trama gira em torno de um casal apaixonado que tenta preservar seu amor, apesar de toda a violência e restrições trazida pela repressão extremista religiosa no Afeganistão. Exibido no Festival de Cannes do ano passado, o longa marca a estreia da animadora Eléa Gobbé-Mévellec (de “O Gato do Rabino”) na direção, em parceria com a atriz e cineasta Zabou Breitman (“O Acompanhante”), e tem 92% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível em iTunes, Google Play, Vivo Play, YouTube Filmes. Disforia | Brasil | 2020 O título define uma mudança repentina e transitória do estado de ânimo e é bastante apropriado para um terror psicológico. A trama acompanha um psicólogo traumatizado, que sofre pela dificuldade em se recuperar de um acontecimento assustador de seu passado e se vê desafiado ao aceitar o caso da menina Sofia. A simples presença da criança lhe desperta uma perturbação, que o faz encarar seu problema e o mistério envolvendo a família dela. Com referências às obras de Sephen King e influências de David Lynch, a estreia em longas de Lucas Cassales (premiado em Gramado pelo curta “O Corpo”) apresenta mais um bom representante do novo terror brasileiro. Disponível em iTunes, Google Play, Now, Vivo Play, YouTube Filmes. Dois Casais e um Bebê | EUA | 2020 A comédia escrita e dirigida por Sam Friedlander, produtor da série “The Resident”, acompanha dois casais de melhores amigos que costumam dividir a conta do restaurante. Mas será que eles são capazes de dividir um bebê? Em dúvida sobre assumir a paternidade em tempo integral, eles resolvem colocar essa ideia em prática. Disponível em iTunes, Google Play, Now, Vivo Play, YouTube Filmes. Ligue Djá: O Lendário Walter Mercado | EUA | 2020 O documentário celebra a carreira do astrólogo conhecido no Brasil pelo bordão “ligue djá”. Com visual excêntrico, que incluía uma capa branca e muito brilho, além de uma distinta personalidade andrógina, Walter Mercado marcou época na TV porto-riquenha antes de virar um fenômeno internacional. Com seu programa de astrologia, chegou a atingir 120 milhões de pessoas em todas as Américas. Até que ele sumiu. O filme aborda sua trajetória e conta o que motivou seu súbito desaparecimento, no auge da popularidade, utilizando cenas de arquivo, imagens raras, depoimentos de várias celebridades e uma entrevista exclusiva, concedida pelo astrólogo pouco antes de sua morte, em 2019. Exibido no Festival de Sundance, o filme tem nada menos que 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível na Netflix. Testemunhas de Putin | Rússia | 2018 Um olhar raro sobre o jovem Vladimir Putin durante sua ascensão à presidência da Rússia após a saída de Boris Yeltsin, em 2000. Originalmente encomendado como peça publicitária, o filme foi revisitado pelo diretor há dois anos, em busca de uma nova perspectiva sobre o eterno presidente russo, que duas décadas depois ainda se mantém no poder. Venceu o prêmio de Melhor Documentário do Festival de Karlovy Vary e tem 82% de aprovação no Rotten Tomatoes. Disponível no Now.
Ex-Malhação transforma trauma de vídeo postado em site adulto em projeto de documentário
A atriz Pillar Costa está transformando seu drama, após um vídeo seu cair em um site adulto, num documentário. Em “Por um Fio”, ela pretende reunir depoimentos de mulheres que tiveram suas intimidades invadidas ou que sofreram agressões de seus companheiros. Para isso, criou um endereço no Instagram, “Braços que Acolhem”, em que registra voluntárias para contar suas histórias. Ela explicou a iniciativa num vídeo impactante publicado no YouTube, em que registrou a si mesmo chorando desesperada ao saber do vídeo postado ilegalmente. Junto dessas cenas, ela editou um depoimento atual, em que apresentou o novo projeto. A atriz, que participou de “Malhação” no ano passado, fez questão de incluir no vídeo o abalo causado pela descoberta da existência do vídeo por meio de uma ligação de Ubá, Minas Gerais. “Era meu pai, de 71 anos, muito nervoso, me peguntando se eu tinha vindo para o Rio para virar prostituta. Foi um choque até processar tudo isso. Quando entrei no site e digitei meu nome, achei um vídeo meu dançando funk, de roupa, que tinha gravado para um canal de humor. O título era: a dançarina mais gostosa Pillar. Meu pai ficou dois meses sem falar comigo. Muita gente me apontava, me questionava. Descobri que já sabiam antes mesmo de me avisarem e aquilo me consumiu. Não porque me confundiram com garota de programa. Até porque, se eu fosse, ninguém teria nada com isso e não vejo como um problema. A questão é ser exposta sem qualquer defesa ou conhecimento”, descreveu Pillar. Ela ainda pontuou que sofreu depressão logo após o episódio: “Pensei em me matar de verdade. Escrevi uma carta e guardei. Minha irmã Anna Victória é que percebeu minhas atitudes estranhas e pediu ajuda”. “Quero ressaltar que a maioria das vítimas são mulheres, exatamente isso. Quando acontece de um vídeo intimo vazar, a maioria das mulheres é que são, a maioria ou quase 100%, é que são escrachadas. Elas que são as vítimas e ocupam um lugar – de vergonha – que não é para ser delas, porque isso foi uma quebra de confiança”, completou a atriz. Há pouco tempo, a história voltou à tona em perfis fakes e ela resolveu publicar o vídeo, gravado em dois momento – o primeiro, no auge do desespero com a história, e o segundo, quando estava mais equilibrada. “Aprendi editar e mesclei dois vídeos. Um no qual contava, sofrendo, e outro para dizer o quanto era importante falar sobre o assunto. Daí nasceu o projeto ‘Por Um Fio’, que digo que foi algo divino”, explicou. Em pouco menos de um mês, já recebeu quase 200 emails com relatos de abusos. “O que eu posso ajudar é com o apoio para que elas mostrem a cara e denunciem o que passam. Digo que não sou psicóloga, mas encaminho para parceiras que dão orientação terapêutica e jurídica”, diz Pillar, que está fazendo gravações autorizadas das histórias que vem recebendo. Veja abaixo o vídeo, em que ela revela seu sofrimento e o nascimento do projeto.
Indianara será exibido em quase 200 países pela plataforma MUBI
A distribuidora O2 Play firmou parceria com a plataforma MUBI para a exibição do documentário “Indianara”, sobre ativista transgênero brasileira Indianara Siqueira, no serviço de streaming americano, que chega a quase 200 países diferentes. Vencedor do Festival Mix Brasil do ano passado, o filme acompanha a criadora da Casa Nem, abrigo para pessoas LGBTQIs em situação de vulnerabilidade no Rio de Janeiro, que lidera um grupo de mulheres transgênero na luta contra o preconceito e a intolerância no Brasil. “A MUBI é uma plataforma global, inteligente e com filmes instigantes. É um prazer começar uma relação mais próxima lançando um filme tão impactante quanto Indianara”, declara Igor Kupstas, diretor da O2 Play, em nota oficial. Dirigido pela francesa Aude Chevalier-Buarumel e pelo brasileiro Marcelo Barbosa, “Indianara” ficará disponível aos assinantes da MUBI a partir de domingo (5/7). Mas já pode ser visto, desde o fim de semana passado, nas locadoras digitais do Brasil – disponível no Google Play, Now, Looke, Vivo Play, Amazon Prime Video e YouTube Filmes Veja o trailer do filme abaixo
Documentário inédito sobre Maria Alice Vergueiro é disponibilizado no YouTube
Um documentário inédito sobre a atriz Maria Alice Vergueiro, falecida na última quarta-feira (3/6), aos 85 anos, foi disponibilizado pela primeira vez para o público na página da ECA-USP (Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo) no portal de vídeos YouTube. Intitulado “Desordem Natural das Coisas”, o filme foi realizado em 2012 e antecede em seis anos o documentário “Górgona”, até então considerado o único perfil cinematográfico da atriz. Sem nunca ter sido exibido fora da USP, o filme foi feito como trabalho de conclusão de curso (TCC) da hoje jornalista Maria Clara Matos e encontrava-se nos arquivos da universidade. A obra oferece um importante registro da carreira da atriz, então com 77 anos e num momento consagrador, quando estava em turnê com a peça “As Três Velhas”, do mestre surrealista Alejandro Jodorowsky, que ela também dirigiu e que lhe rendeu uma série de indicações a prêmios, antes de enfrentar as limitações mais intensas do mal de Parkinson. Além de entrevista com Vergueiro, o filme de 1h35 traz depoimentos de artistas como Cacá Rosset, Antônio Abujamra (1938-2015), Pascoal da Conceição, José Celso Martinez Corrêa e Luciano Chirolli, com quem ela trabalhou ao longo da carreira. Veja abaixo, na íntegra.
Maestro do Rock: Documentário sobre Andre Matos ganha trailer
Um documentário sobre o roqueiro Andre Matos (1971-2019), que será lançado em 2021, teve seu primeiro trailer divulgado. Intitulado “Andre Matos – Maestro do Rock”, o filme mostrará diversas imagens de arquivo pessoal e entrevistas com amigos, familiares e músicos, e mostrará a evolução musical do artista, que tem formação de regente, estudou canto lírico e participou de bandas clássicas do heavy metal brasileiro, como Viper, Angra e Shaman. Dirigido e editado por Anderson Bellini e com produção do jornalista Thiago Rahal Mauro, o projeto teve início em 2018, quando o próprio Andre autorizou o registro de entrevistas. A família cedeu o restante do material para a conclusão do documentário, concluído com participação de músicos como Kai Hansen (Helloween), Sascha Paeth (parceiro do projeto Virgo) e Kiko Loureiro (ex-Angra e Megadeth). O filme será lançado no dia 14 de setembro de 2021, como uma grande homenagem ao músico, que nesta data completaria 50 anos de idade. Ele morreu de infarto aos 47 anos, em 8 de junho de 2019, data que o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, decretou oficialmente como o Dia Municipal do Metal, em homenagem ao artista.
É Tudo Verdade vai participar de evento virtual do Festival de Cannes
O festival É Tudo Verdade, maior mostra de documentários do Brasil, vai participar da versão online do Cannes Doc, evento dedicado ao mercado de documentários, que faz parte da programação do Marché du Film, braço do Festival de Cannes dedicado a negócios cinematográficos. O tradicional evento de cinema francês cancelou sua realização física nesta temporada, mas realizará o Marché du Film de forma digital, entre os dias 22 e 26 de junho. Normalmente, a seção de negócios ocorre simultaneamente à exibição de filmes do festival. Além do festival brasileiro, outras grandes mostras especializadas em documentários, como o francês Visions du Réel e o Festival Internacional de Documentários de Amsterdã, também participarão da versão virtual do Cannes Doc.










