Madonna critica governo Trump: “Estão desmontando todas as liberdades que conquistamos”
Cantora condenou ações do novo governo norte-americano que restringem direitos da comunidade LGBTQIA+
Gêmeos do BBB 25 revelam que mãe é casada com outra mulher há 12 anos
João Pedro e João Gabriel compartilharam a história familiar com os colegas de confinamento, destacando apoio e orgulho de sua mãe e sua companheira
Meta encerra programas de diversidade após liberar falas ofensivas contra comunidade LGBTQIA+
Meta anuncia fim de políticas de inclusão e flexibiliza entendimento de discurso de ódio nas redes sociais, gerando polêmica internacional
Lady Gaga, Minions e Celine Dion abrem Jogos Olímpicos de Paris
Cerimônia de abertura teve mais Hollywood que Nouvelle Vague, além de rock, pop e muita inclusão dançante
“The Acolyte” traz à tona “lado negro” da Força: fãs racistas, homofóbicos e misóginos de “Star Wars”
Elogiada pela crítica, nova série de "Star Wars" enfrenta ódio intenso e "review bombing" por diversidade no elenco
Madonna agradece Brasil, Anitta e Pabllo Vittar por show histórico
Cantora cita os artistas brasileiros em agradecimento por espetáculo que bateu recorde de público de seus 40 anos de carreira
Madonna leva 1,6 milhão de fãs à Copacabana e aumenta audiência da Globo
Com um show repleto de liberdade sexual e homenagens, Madonna e convidados celebraram diversidade e música no Rio de Janeiro
Emmy 2024 | Saiba tudo sobre o “Oscar da TV”, que acontece nesta noite
A Academia de Artes e Ciências Televisivas dos Estados Unidos entrega na noite desta segunda-feira (15/1) os prêmios Emmys, principal premiação da indústria americana de televisão e streaming. Originalmente realizada em setembro, a premiação do Emmy de 2023 acabou adiada devido às greves dos atores e roteiristas dos Estados Unidos, fazendo com que o chamado “Oscar da Televisão” acontecesse pela primeira vez após o Globo de Ouro e o Critics Choice. A cerimônia contará com apresentação do comediante Anthony Anderson (da série “Black-ish”) e acontece no Peacock Theater, em Los Angeles, com transmissão ao vivo para o Brasil pelo canal pago TNT e a plataforma HBO Max a partir das 21h30 do horário de Brasília. Apesar dos prêmios mais esperados estarem concentrados nesta noite, a lista de categorias é tão grande que o Emmy é dividido em três cerimônias. Premiação antecipada Os troféus de categorias técnicas, animações, documentários, especiais de variedades e reality shows já foram, inclusive, entregues na semana passada, quando “The Last of Us” se destacou com oito prêmios. As categorias vitoriosas incluíram Melhor Ator Convidado em Drama, concedido a Nick Offerman por seu papel como Bill num dos episódios mais comentados da série, e Melhor Atriz Convidada para Storm Reid, que interpretou Riley num capítulo de flashback. Os demais troféus foram conquistados em categorias técnicas: Edição, Design de Título, Maquiagem Prostética, Edição de Som, Mixagem e Efeitos Visuais (VFX). A premiação antecipada também destacou “The White Lotus”, “O Urso” e “Wandinha” com quatro prêmios cada, “Treta” e “A Maravilhosa Sra. Maisel” com três, além de premiar “Weird: The Al Yankovic Story” como Melhor Telefilme e entregar as estatuetas das categorias de Ator e Atriz Convidada de Comédia, conquistados por Judith Light em “Poker Face” e Sam Richardson em “Ted Lasso”. Representatividade latina A edição também marca avanço na representatividade latina. Indicada na categoria de Melhor Atriz Principal em Série de Comédia, Jenna Ortega se tornou a terceira latina a ser nomeada na categoria, depois de Rita Moreno por “9 to 5” (em 1983) e America Ferrera por “Ugly Betty” (2007). Além disso, a interprete de Wandinha tornou-se uma das atrizes mais jovens a disputar a estatueta, aos 20 anos. Ela ficou atrás apenas de Patty Duke, nomeada aos 17 anos em 1964 por “The Patty Duke Show”. Vale mencionar que Ortega tem descendência mexicana e porto-riquenha. Já Pedro Pascal é o primeiro latino indicado como Melhor Ator de Drama em mais de 20 anos, por seu papel em “The Last Of Us”. A última nomeação na categoria foi de Jimmy Smits, descendente de porto-riquenhos, pela série “Nova York Contra o Crime”, em 1999. Nascido no Chile, Pascal tem se tornado nos últimos anos um dos nomes mais aclamados de Hollywood. A lista de estrelas com descendência latina também destaca Aubrey Plaza, indicada pela primeira vez ao Emmy na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante em Drama por seu papel no fenômeno “The White Lotus”, da HBO. Embora tenha nascido nos Estados Unidos, seu pai é de origem porto-riquenha. A presença desses artistas representa um recorde de representatividade para a comunidade latina nos EUA. E ainda podia ser maior. Dentre os artistas esnobados pela premiação incluem-se o mexicano Diego Luna, protagonista de “Andor” (produção indicada a Melhor Série Dramática), e Selena Gomez por “Only Murders in the Building” (na disputa de Melhor de Série de Comédia). Feito histórica da HBO A HBO marca presença de peso na edição deste ano com as produções de “The White Lotus”, “House of the Dragon” e a citada “The Last of Us”, além de história com a liderança de “Succession”, que recebeu – apenas – 27 indicações em diversas categorias. Com as quatro séries competindo como Melhor Drama, o canal pago atingiu um recorde anteriormente só visto na era da TV aberta, quando a rede NBC também teve quatro indicados na categoria em 1992. Veja abaixo a lista de indicados nas principais categorias. MELHOR SÉRIE DE DRAMA “Andor” “Better Call Saul” “The Crown” “A Casa do Dragão” “The Last of Us” “Succession” “The White Lotus” “Yellowjackets” MELHOR SÉRIE DE COMÉDIA “Abbott Elementary” “Barry” “O Urso” “Jury Duty” “A Maravilhosa Sra. Maisel” “Only Murders in the Building” “Ted Lasso” “Wandinha” MELHOR SÉRIE LIMITADA OU ANTOLÓGICA “Treta” “Dahmer: Um Canibal Americano” “Daisy Jones & the Six” “A Nova Vida de Toby” “Obi-Wan Kenobi” MELHOR ATOR EM SÉRIE DE DRAMA Jeff Bridges, por “The Old Man” Brian Cox, por “Succession” Kieran Culkin, por “Succession” Bob Odenkirk, por “Better Call Saul” Pedro Pascal, por “The Last of Us” Jeremy Strong, por “Succession” MELHOR ATOR EM SÉRIE DE COMÉDIA Bill Hader, por “Barry” Jason Segel, por “Shrinking” Martin Short, por “Only Muders in the Building” Jason Sudeikis, por “Ted Lasso” Jeremy Allen White, por “O Urso” MELHOR ATOR EM SÉRIE LIMITADA, ANTOLÓGICA OU TELEFILME Taron Egerton, por “Black Bird” Kumail Nanjiani, por “Bem-Vindos ao Clube da Sedução” Evan Peters, por “Dahmer: Um Canibal Americano” Daniel Radcliffe, por “Weird: The Al Yankovic Story” Michael Shannon, por “George & Tammy” Steven Yeun, por “Treta” MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE DRAMA Sharon Horgan, por “Bad Sisters” Melanie Lynskey, por “Yellowjackets” Elisabeth Moss, por “The Handmaid’s Tale” Bella Ramsey, por “The Last of Us” Keri Russell, por “A Diplomata” Sarah Snook, por “Succession” MELHOR ATRIZ EM SÉRIE DE COMÉDIA Christina Applegate, por “Disque Amiga Para Matar” Rachel Brosnahan, por “A Maravilhosa Sra. Maisel” Quinta Brunson, por “Abbott Elementary” Natasha Lyonne, por “Poker Face” Jenna Ortega, por “Wandinha” MELHOR ATRIZ EM SÉRIE LIMITADA, ANTOLÓGICA OU TELEFILME Lizzy Caplan, por “A Nova Vida de Toby” Jessica Chastain, por “George & Tammy” Dominique Fishback, por “Swarm” Kathryn Hahn, por “Tiny Beautiful Things” Riley Keough, por “Daisy Jones and the Six” Ali Wong, por “Treta” MELHOR ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE DE DRAMA F. Murray Abraham, por “The White Lotus” Nicholas Braun, por “Succession” Michael Imperioli, por “The White Lotus” Theo James, por “The White Lotus” Matthew Macfayden, por “Succession” Alan Ruck, por “Succession” Will Sharpe, por “The White Lotus” Alexander Skarsgard, por “Succession” MELHOR ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE DE COMÉDIA Anthony Carrigan, por “Barry” Phil Dunster, por “Ted Lasso” Brett Goldstein, por “Ted Lasso” Anazib Freevee, por “Jury Duty” Ebon Moss-Bachrach, por “O Urso” Tyler James Williams, por “Abbott Elementary” Henry Winkler, por “Barry” MELHOR ATOR COADJUVANTE EM SÉRIE LIMITADA, ANTOLÓGICA OU TELEFILME Murray Bartlett, por “Bem-Vindos ao Clube da Sedução” Paul Walter Hauser, por “Black Bird” Richard Jenkins, por “Dahmer: Um Canibal Americano” Joseph Lee, por “Treta” Ray Liotta, por “Black Bird” Young Mazino, por “Treta” Jesse Plemons, por “Amor & Morte” MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE DE DRAMA Jennifer Coolidge, por “The White Lotus” Elizabeth Debicki, por “The Crown” Meghann Fahy, por “The White Lotus” Sabrina Impacciatore, por “The White Lotus” Aubrey Plaza, por “The White Lotus” Rhea Seehorn, por “Better Call Saul” J. Smith-Cameron, por “Succession” Simona Tabasco, por “The White Lotus” MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE DE COMÉDIA Sheryl Lee Ralph, por “Abbott Elementary” Hannah Waddingham, por “Ted Lasso” Ayo Edebiri, por “O Urso” Janelle James, por “Abbott Elementary” Alex Borstein”, por “Maravilhosa Sra. Maisel” Juno Temple, por “Ted Lasso” Jessica Williams, por “Falando a Real” MELHOR ATRIZ COADJUVANTE EM SÉRIE LIMITADA, ANTOLÓGICA OU TELEFILME Annaleigh Ashford, por “Bem-Vindos ao Clube da Sedução” Maria Bello, por “Treta” Claire Danes, por “A Nova Vida de Toby” Camila Morrone, por “Daisy Jones & the Six” Niecy Nash-Betts, por “Dahmer: Um Canibal Americano” Merritt Wever, por “Tiny Beautiful Things” MELHOR DIREÇÃO EM SÉRIE DE DRAMA Benjamin Caron, por “Andor” Dearbhla Walsh, por “Bad Sisters” Peter Hoar, por “The Last of Us” Andrij Parekh, por “Succession” Mark Mylod, por “Succession” Lorene Scafaria, por “Succession” Mike White, por “The White Lotus” MELHOR DIREÇÃO EM SÉRIE DE COMÉDIA Bill Hader, por “Barry” Christopher Storer, por “O Urso” Amy Sherman-Palladino, por “Maravilhosa Sra. Maisel” Mary Lou Belli, por “The Ms. Pat Show” Declan Lowney, por “Ted Lasso” Tim Burton, por “Wandinha” MELHOR DIREÇÃO EM SÉRIE LIMITADA, ANTOLÓGICA OU TELEFILME Lee Sung Jin, por “Treta’ Jake Schreier, por “Treta’ Carl Franklin, por “Dahmer – Monstro: A História de Jeffrey Dahmer” Paris Barclay, por “Dahmer – Monstro: A História de Jeffrey Dahmer” Valerie Faris e Jonathan Dayton, por “Fleishman Is In Trouble” Dan Trachtenberg, por “Prey” MELHOR ROTEIRO EM SÉRIE DE DRAMA Beau Willimon, por “Andor” Sharon Horgan, Dave Finkel e Brett Baer, por “Bad Sisters” Gordon Smith, por “Better Call Saul” Peter Gould, por “Better Call Saul” Craig Mazin, por “The Last of Us” Jesse Armstrong, por “Succession” Mike White, por “The White Lotus” MELHOR ROTEIRO EM SÉRIE DE COMÉDIA Bill Hader, por “Barry” Christopher Storer, por “O Urso” Mekki Leeper, por “Jury Duty” John Hoffman, Matteo Borghese e Rob Turbovsky, por “Only Murder in the Building” Chris Kelly e Sarah Schneider, por “The Other Two” Brendan Hunt, Joe Kelly e Jason Sudeikis, por “Ted Lasso” MELHOR ROTEIRO EM SÉRIE LIMITADA, ANTOLÓGICA OU TELEFILME Lee Sung Jin, por “Treta” Joel Kim Booster, por “Fire Island” Taffy Brodesser-Akner, por “Fleishman is in trouble” Patrick Aison e Dan Trachtenberg, por “Prey” Janine Naber e Donald Glover, por “Swarm” Al Yankivic e Eric Appel, por “Weird: The Al Yankovic Story” MELHOR PROGRAMA DE COMPETIÇÃO “The Amazing Race” “RuPaul’s Drag Race” “Survivor” “Top Chef” “The Voice” MELHOR TALK SHOW “The Late Show with Stephen Colbert “Late Night with Seth Meyers” “Jimmy Kimmel Live” “The Daily Show with Trevor Noah” “The Problem with Jon Stewart” MELHOR PROGRAMA DE VARIEDADES “A Black Lady Sketch Show” “Last Week Tonight With John Oliver” “Saturday Night Live”
Cate Blanchett lança iniciativa para ampliar presença feminina em Hollywood
A atriz Cate Blanchett, vencedora de dois Oscars, se uniu a figuras influentes da indústria cinematográfica para lançar o programa Proof Of Concept. A iniciativa, que conta com a parceria de Coco Francini, fundadora da Dirty Films, da Netflix e da Universidade da Califórnia, visa diminuir o domínio masculino na produção cinematográfica de Hollywood. Proof Of Concept destaca-se por seu compromisso em apoiar diretoras mulheres, trans ou não binárias. Em entrevista à revista People, Cate Blanchett explicou porque assumiu a frente do projeto: “Homogeneidade em qualquer indústria resulta na morte do progresso e da inovação. Está acontecendo nas indústrias criativas. Quando você dá uma volta em um set onde a direção técnica é homogênea, você meio que sente o gosto do atraso. As coisas que são realmente disruptoras, que terão influência na próxima década, sempre começam porque alguém assumiu um risco”. O que é o programa A iniciativa busca revelar futuras cineastas a partir de uma seleção de currículos e um financiamento de US$ 50 mil para produzir um curta-metragem. As selecionadas precisarão apresentar o resultado à banca da fundação e as mais qualificadas serão automaticamente alocadas em projetos maiores, como longas-metragens ou séries. O programa está aberto a profissionais do audiovisual de todo o mundo, incluindo brasileiras. Para participar, é necessário ter mais de 21 anos e pelo menos cinco anos de experiência no setor audiovisual. A ideia encontra-se alinhada à tendência de maior inclusão e diversidade em Hollywood. Em novembro passado, Viola Davis esteve no Brasil para lançar sua própria produtora com o objetivo de aumentar a produção negra do audiovisual em Hollywood.
Ailton Krenak é primeiro indígena eleito para a Academia Brasileira de Letras
O escritor, filósofo e ambientalista Ailton Krenak foi eleito nesta quinta-feira (5/10) para a Academia Brasileira de Letras (ABL), tornando-se o primeiro indígena a ocupar uma cadeira na instituição. Krenak assumirá a cadeira 5, vaga desde o falecimento do historiador José Murilo de Carvalho em agosto deste ano. O novo acadêmico superou outros candidatos como a historiadora Mary Del Priore e o também indígena Daniel Munduruku. Trajetória literária Krenak é Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal de Juiz de Fora e membro da Academia Mineira de Letras. Sua trajetória é marcada por ativismo em prol dos direitos indígenas e do meio ambiente. Em 1987, seu discurso na Assembleia Nacional Constituinte foi crucial para a aprovação de emendas que garantem os direitos dos povos originários. O filósofo tem obras que se tornaram best-sellers, como “A Vida Não é Útil” e “Ideias para Adiar o Fim do Mundo”, publicadas pela Companhia das Letras. Nestes livros, Krenak propõe uma crítica à “humanidade zumbi”, termo que usa para descrever uma sociedade desconectada da natureza e voltada para o consumo desenfreado. A atual crise climática trouxe maior visibilidade para Krenak. Seu mais recente livro, “Um Rio um Pássaro”, lançado pela editora Dantes, traz reflexões sobre a relação do homem com a natureza e o universo. Krenak explora o conceito de “cosmofobia”, a resistência humana em aceitar uma visão cósmica da existência. Trajetória audiovisual Ailton Krenak também participou de diversos documentários e produções audiovisuais que exploram temas ambientais e indígenas, como “Territórios de Resistência – Florestanias, Sertanias, Ribeirias” (2021), “Nossa Pátria Está Onde Somos Amados” (2022) e “Pisar Suavemente na Terra” (2022). Ele também foi destaque em “Falas da Terra”, especial da Globo sobre o povo originário, e serviu de consultor para a série ainda inédita de Xuxa, “Tarã”, além de frequentemente ser convidado para compartilhar seu pensamento sobre sustentabilidade, direitos indígenas e a relação do homem com a natureza. Recentemente, seus livros “Ideias para Adiar o Fim do Mundo” e “A Vida Não É Útil”, tiveram seus direitos comprados pela RT Television, braço televisivo da RT Features, a premiada produtora de Rodrigo Teixeira, responsável por filmes de sucesso como “Alemão”, “Tim Maia”, “A Bruxa”, “Me Chame pelo Seu Nome”, “Ad Astra” e “A Vida Invisível”. Krenak, que completou 70 anos no último 29 de setembro, foi eleito para a ABL em um momento em que a Academia tem buscado maior diversidade e amplitude cultural em seus quadros, tendência demonstrada também com a inclusão de Fernanda Montenegro e Gilberto Gil em seus quadros em 2021. A cerimônia de posse do novo “imortal” está prevista para o próximo mês.
Fundador da Rolling Stone pede desculpas por comentários machistas e racistas
Após ser destituído do conselho diretor da Fundação Rock and Roll Hall of Fame em consequência de comentários considerados machistas e racistas, o jornalista Jann Wenner, fundador da revista Rolling Stone, emitiu um pedido de desculpas por meio de sua editora. “Entendo completamente a natureza inflamatória de palavras mal escolhidas e peço desculpas profundamente e aceito as consequências”, disse Wenner. A razão da polêmica Na entrevista que levou à sua destituição, ele promovia seu novo livro “The Masters”, que traz conversas com sete figuras notáveis do rock: Mick Jagger, Bob Dylan, John Lennon, Bruce Springsteen, Bono, Jerry Garcia e Pete Townsend. Questionado pelo The New York Times sobre a ausência de mulheres e artistas negros no livro, Wenner argumentou que as mulheres do rock não eram “suficientemente articuladas neste nível intelectual”. Ele utilizou um argumento similar para excluir artistas negros. “Quero dizer, eles simplesmente não se articulavam naquele nível”, mencionou. Não bastasse a falta de diversidade e a defesa de homens brancos como os verdadeiros “filósofos do rock”, na mesma entrevista Wenner admitiu que permitiu que seus entrevistados editassem as transcrições de suas conversas, uma prática que fere a ética jornalística. As alterações incluíram uma entrevista explosiva de 1970 com John Lennon. Os bastidores do Rock and Roll Hall of Fame A remoção de Wenner do conselho ocorreu após uma conferência de emergência com membros do conselho e só não foi unânime por conta de um voto, que teria sido atribuído ao empresário de Bruce Springsteen, Jon Landau. Fontes da Variety disseram que Wenner tentou se justificar, mas acabou irritando os membros com um “pedido de desculpas ruim”. Wenner co-fundou o Rock and Roll Hall of Fame em 1987 e atuou como seu presidente até 2020. Ele também foi editor ou diretor editorial da Rolling Stone de sua fundação em 1968 até 2019, quando a revista foi totalmente adquirida pela Penske Media Corporation.
Fundador da Rolling Stone é destituído do Rock and Roll Hall of Fame após entrevista polêmica
O jornalista Jann Wenner, fundador da revista Rolling Stone, foi destituído de sua posição no conselho diretor da Rock and Roll Hall of Fame Foundation após declarações polêmicas numa entrevista ao The New York Times, publicada na sexta-feira (15/9). A decisão deste sábado contou com apenas um voto dissidente, atribuído ao empresário de Bruce Springsteen, Jon Landau. Wenner é co-fundador da Rock and Roll Hall of Fame Foundation, criada em 1993 com o objetivo “promover o rock & roll como um aspecto cultural da vida e sociedade modernas”. Sua remoção ocorreu após falas consideradas racistas e misóginas. Entrevista polêmica Na entrevista que levou à sua destituição, ele promovia seu novo livro “The Masters”, que traz conversas com sete figuras notáveis do rock: Mick Jagger, Bob Dylan, John Lennon, Bruce Springsteen, Bono, Jerry Garcia e Pete Townsend. Questionado pelo The New York Times sobre a ausência de mulheres e artistas negros no livro, Wenner argumentou que as mulheres do rock não eram “suficientemente articuladas neste nível intelectual”. Ele utilizou um argumento similar para excluir artistas negros. “Quero dizer, eles simplesmente não se articulavam naquele nível”, mencionou. Não bastasse a falta de diversidade e a defesa de homens brancos como os verdadeiros “filósofos do rock”, na mesma entrevista Wenner admitiu que permitiu que seus entrevistados editassem as transcrições de suas conversas, uma prática que fere a ética jornalística. Logo após a publicação da entrevista, Wenner enfrentou críticas significativas nas redes sociais, incluindo de outros jornalistas. Histórico Jann Wenner comandou a Rolling Stone durante cinco décadas antes de se afastar em 2019. A atual proprietária da revista é a Penske Media, que adquiriu 51% da publicação em 2017 e os 49% restantes em 2020. Wenner já enfrentou acusações anteriores de favorecimento em sua cobertura de artistas e até nas seleções para o Rock and Roll Hall of Fame.











