Renato Aragão reage após ser processado pela filha por dívida
Juliana Rangel Aragão cobra empréstimo de R$ 872 mil na Justiça e humorista alega que apenas administrava herança para protegê-la
Renato Aragão vai ao Teleton após ser esquecido pela Globo no Criança Esperança
O humorista marcará presença no dia 9 de novembro no evento solidário do SBT
Renato Aragão se emociona em homenagem no “Domingão com Huck”
Afastado da Globo desde 2020, humorista recebe aplausos do público ao retornar à emissora
Renato Aragão recebe homenagem da Record com Dedé Santana
Renato Aragão será homenageado pela Record TV junto com seu fiel amigo Dedé Santana. A dupla de humoristas gravou uma entrevista na quarta-feira (16/8) com o repórter Michael Keller que será exibida no próximo domingo (20/8), no programa “Domingo Espetacular”. No bate-papo, Didi e Dedé relembraram o início da carreira televisiva como “Os Insociáveis”, humorístico exibido na emissora entre 1971 e 1974. O programa foi considerado o percursor de “Os Trapalhões” (1977-1994), que fez sucesso nos domingos da Globo. Santana deixou claro que estava animado com o reencontro com Aragão, já que há tempos ele tenta trazê-lo para as telinhas. “É sempre bom lembrar a carreira e a vida com o Renato, né?”, afirmou num encontro com o F5. A entrevista com os comediantes faz parte de uma série de reportagens especiais que celebram os 70 anos de fundação da Record. Recentemente, a emissora recebeu outros nomes das concorrências, como Ana Maria Braga (Globo), Ratinho (SBT) e Eliana (SBT). Magoado com a Globo A homenagem da Record acontece após Renato Aragão se mostrar magoado com a Globo por não ter sido convidado para participar do “Criança Esperança” deste ano. O humorista foi um dos fundadores do programa beneficente nos anos 1980. “Renato simplesmente não foi chamado pela Globo”, afirmou Lilian Aragão, mulher do ator. “Ele participaria com o maior prazer, é um programa que ajudou a criar. Ele se dedicou ao ‘Criança Esperança’ por quase 30 anos!”, ela destacou. O humorista chegou a pintar os cabelos e as sobrancelhas para rejuvenescer o visual, na esperança de aparecer novamente no projeto que tanto estima. “Ele ficou animado com os anúncios do programa. Achou que seria lembrado, mas não deram nem um telefonema”, lamentou Lilian.
O Shaolin do Sertão vai de Tarantino a Didi Mocó em busca do riso fácil
O sucesso popular e o caráter de novidade de “Cine Holliúdy” (2012) fizeram com que Halder Gomes se tornasse um nome quente. Não que o filme tenha sido a estreia dele na direção. Mas é como se fosse: era o seu projeto mais autoral, reunindo duas coisas que muito lhe agradavam: as artes marciais e o humor tipicamente cearense, com intenção, inclusive, de apresentar para os quatro ventos o “cearês”, o linguajar típico regional. “O Shaolin do Sertão” dá seguimento a esse projeto de comédia regional com ambição de ganhar o Brasil, e talvez até mesmo de ser vista com curiosidade por algum espectador estrangeiro. Mas talvez um dos erros de Halder tenha sido entregar o trabalho de roteirização para outra pessoa, em vez de ele mesmo cuidar disso, como fez com “Cine Holliúdy”. Ou talvez o filme tenha partido de apenas uma ideia, um esqueleto, e não tenha conseguido desenvolver tão bem o seu miolo, com as piadas, que são de fundamental importância para que o filme seja bem aceito pela plateia. Não quer dizer que “Shaolin do Sertão” não arranque algumas boa gargalhadas e que funcione melhor do que muitas outras comédias brasileiras, mas é um filme cujo humor vai ficando cansativo pela repetição e por problemas de timing e montagem. Uma das coisas que chama logo a atenção na parte técnica do filme são os créditos de abertura, que emulam uma transmissão de televisão dos anos 1980 de um filme de kung fu de Hong Kong, como aqueles que passavam com imagem espichada no Faixa Preta, programa dedicado a filmes do gênero que fez grande sucesso naquela década. A brincadeira com o fato de os atores aparecerem magos e altos se dava ao fato de a janela original em scope ser esticada para caber na telinha quadrada dos antigos televisores. Daí o personagem de Aluísio Li (Edmilson Filho, também protagonista de “Cine Holliúdy”) acreditar que os chineses eram um povo alto e magro, enquanto que os cearenses eram baixinhos e de cabeça chata. Essa é uma das boas sacadas do filme, aliás. A dicção ruim dos atores mirins em “Cine Holliúdy”, e que acabou por exigir que os filmes fossem apresentados em cópias legendadas, deixou de ser um problema em “O Shaolin do Sertão”. Até porque o garotinho Piolho, interpretado por Igor Jansen, está muito bem, no papel do melhor amigo de Aluísio. Ele é o único que entende a vontade do protagonista de se tornar uma pessoa parecida com aqueles que ele tanto admira nos filmes de artes marciais, muito embora ele só consiga apanhar e ser alvo de chacota de todos os moradores de Quixadá, cidade onde vive. A sua motivação ganha ímpeto na forma de uma disputa que acontecerá em sua cidade, que o leva a se voluntariar para lutar contra o terrível Tony Tora Pleura (Fabio Goulart), campeão de luta livre que vem vencendo e mandando para o hospital seus adversários em cada cidade do interior por onde tem passado. E daí entra em cena o personagem do Chinês, vivido por Falcão, que será, por assim dizer, o treinador de Aluísio. Os momentos de treinamento lembram tanto “Karatê Kid” (1984) quanto “Kill Bill: Vol. 1”, mas com sotaque e piadas cearenses (algumas propositalmente datadas). Pena que boa parte delas não funcione, e algumas parecem apenas grosseiras. Esse traço irregular do humor acaba por fazer de “O Shaolin do Sertão” um filme um pouco cansativo, justamente pela intenção de fazer rir a quase todo instante. Ninguém tem a obrigação de rir de piadas que não funcionam, mas percebe-se o esforço do realizador e daí vem o incômodo. Fazer comédia não é fácil. Pensando nos aspectos positivos, o filme conta com alguns ótimos momentos, e o jeitão meio Chaplin e meio Didi Mocó de Edmilson Filho faz com que ganhe a nossa simpatia. Mas não dá pra negar que se esperava muito mais, após “Cine Holliúdy”.




