Morre Valerie Mahaffey, atriz de “Desperate Housewifes” e “Disque Amiga para Matar”
Vencedora do Emmy por “Northern Exposure” morreu aos 71 anos após batalha contra câncer
Kerry Washington confirma série derivada de “Desperate Housewives”
Projeto ambientado na mesma rua da série original foi desenvolvida pela atriz de "Scandal" e a produtora de “The Flight Attendant”
Richard Chamberlain, astro de “Shogun” e “Pássaros Feridos”, morre aos 90 anos
Ator foi ídolo romântico na TV dos anos 1960 e virou referência nas minisséries históricas das décadas seguintes
Eva Longoria sai dos EUA após eleição de Trump
Atriz de "Desperate Housewives" se muda para o México e diz que Estados Unidos viraram "uma distopia"
Ryan O’Neal, astro de “Love Story”, morre aos 82 anos
O ator Ryan O’Neal, que ficou marcado pela atuação em “Love Story” e se tornou uma dos maiores ídolos de Hollywood da década de 1970, morreu nesta sexta-feira (8/12) em sua casa em Los Angeles, Califórnia. Ele tinha 82 anos e lutava contra uma leucemia crônica diagnosticada em 2001 e um câncer de próstata identificado em 2012. Início de carreira Nascido em Los Angeles em 20 de abril de 1941, Ryan O’Neal começou sua carreira em 1960, com participações em episódios de séries clássicas como “Os Intocáveis”, “Laramie” e “Leave it to Beaver”. Seu primeiro papel de destaque foi como Rodney Harrington na série “Caldeira do Diabo” (Peyton Place), que teve mais de 500 episódios exibidos de 1964 a 1969. Baseada no filme de mesmo nome, a série era um melodrama novelesco e alçou O’Neal ao estrelato, ao capturar o coração dos espectadores com sua aparência jovial e carisma. Assim que a série acabou, ele fez sua transição para o cinema com o filme “Cartada para o Inferno”, de 1969, uma adaptação de uma obra de Elmore Leonard. Este filme, co-estrelado por sua então esposa Leigh Taylor-Young, marcou o início de uma carreira cinematográfica notável, que foi explodir no lançamento seguinte. Estouro de “Love Story” O maior sucesso de O’Neal veio em 1970 com “Love Story: Uma História de Amor”, que ele estrelou ao lado de Ali MacGraw. A obra foi um fenômeno cultural, gerando frases decoradas por fãs (como “Amar significa nunca ter de pedir desculpas”), que sobrevivem até hoje em memes de quem nem conhece o contexto. Considerado um dos romances de maior repercussão em todos os tempos, o filme dirigido por Arthur Hiller e baseado no best-seller de Erich Segal contava a história de Oliver Barrett IV, um estudante de Harvard que se apaixona por Jenny Cavilleri, personagem de Ali MacGraw, uma jovem de origem mais humilde. Mas não bastassem os desafios sociais, o casal também precisa enfrentar uma doença terminal que acomete Jenny. Além de uma bilheteria histórica, o longa se destacou na temporada de prêmios, sendo indicado a sete Oscars, inclusive Melhor Ator para Ryan O’Neal. Consagração nos anos 1970 Após o drama lacrimoso de “Love Story”, O’Neal variou o repertório com o western “Os Dois Indomáveis” (1971) e comédias leves – duas com Barbra Streisand, “Essa Pequena é uma Parada” (1972) e “Meu Lutador Favorito” (1979), e uma com Jacqueline Bisset, “O Ladrão que Veio Jantar” (1973). Mas sua parceira mais importante dessa fase foi sua própria filha, Tatum O’Neal, na comédia “Lua de Papel” (1973), de Peter Bogdanovich. Ryan e Tatum brilharam juntos no filme ambientado na era da Grande Depressão, que seguia as aventuras de um vigarista e sua filha em viagem pelo Kansas e Missouri. A performance de Tatum lhe rendeu um Oscar histórico, tornando-a a mais jovem vencedora na história da Academia de Artes e Ciência Cinematográficas com apenas 10 anos de idade. O filme seguinte do ator foi em “Barry Lyndon” (1975), dirigido por Stanley Kubrick, onde interpretou o personagem-título, um aventureiro irlandês que sobe na hierarquia social na Europa do século XVIII. A produção também marcou época por suas inovações e excelência técnica, ao utilizar pela primeira vez no cinema uma iluminação totalmente natural, obtida com o uso de velas em suas cenas. Kubrick e o diretor de fotografia John Alcott utilizaram lentes especiais desenvolvidas pela NASA, capazes de capturar imagens com pouquíssima luz. Essas lentes, com uma abertura extremamente ampla, permitiram que as cenas internas dispensassem iluminação artificial adicional – o que conferiu ao filme uma qualidade visual única e revolucionária, replicando a maneira como os interiores eram iluminados no século XVIII. Além disso, a obra foi composta por planos que se assemelhavam à pinturas do século XVIII, com enquadramentos cuidadosamente construídos em takes longos. O feito foi reconhecido com o Oscar de Melhor Fotografia e outros três troféus técnicos. Após esses trabalhos marcantes, Ryan voltou a trabalhar com Peter Bogdanovich em “No Mundo do Cinema” (1976), integrou o elenco gigantesco da superprodução de guerra “Uma Ponte Longe Demais” (1977), de Richard Attenborough – outro grande sucesso comercial – , e estrelou “Caçador de Morte” (The Driver, 1978), um suspensão dirigido por Walter Hill. Entretanto, o sinal de alerta foi aceso quando o ator apareceu na sequência de seu maior sucesso, “A História de Oliver”, em 1978. A ideia de continuar a trama de “Love Story” como uma história de luto provou-se um fiasco, surpreendo as expectativas do estúdio. Uma Love Story da vida real Durante seu auge profissional, Ryan O’Neal experimentou sua própria Love Story, ao conhecer e se apaixonar pela atriz Farrah Fawcett, estrela da série “As Panteras” (Charlie’s Angels) e uma dos maiores sex symbols dos anos 1970. Os dois iniciaram um relacionamento em 1979 que durou, entre idas e vindas, quase três décadas. Apesar disso, nunca se casaram, embora tivessem um filho juntos, Redmond O’Neal. O relacionamento teve seus altos e baixos, com episódios de separações e reconciliações. E após um período separado, o casal se reuniu novamente quando O’Neal foi diagnosticado com leucemia. Eles permaneceram juntos até a morte de Fawcett em 2009, devido a um câncer – como no filme famoso. Implosão nos anos 1980 Enquanto celebrava o amor, o ator teve dificuldades em replicar o sucesso que teve no começo da carreira. Nos anos 1980, ele se especializou em comédias e apareceu em diversos fracassos de bilheteria. Em “Amor na Medida Certa” (1981), interpretou um professor universitário que se envolvia no negócio de moda da família. Em “Dois Tiras Meio Suspeitos” (1982), explorou o gênero da comédia policial, interpretando um detetive heterossexual que se disfarçava como gay. Em “Diferenças Irreconciliáveis” (1984), lutou com Shelley Long pela custódia da pequena Drew Barrymore. Até que “A Marca do Passado” (1987) empurrou o que restava de sua fama ladeira abaixo. Dirigido pelo renomado escritor Norman Mailer, “A Marca do Passado” foi uma tentativa de mesclar film noir com elementos de comédia e drama, mas acabou se destacando pelo tom confuso e pela aparente falta de convicção do astro ao interpretar seu personagem, um ex-traficante de drogas metido em uma série de eventos misteriosos e violentos. Uma das falas ditas pelo ator na produção se tornou uma das mais ridicularizadas da história do cinema. A frase em questão é “Oh man! Oh God! Oh man! Oh God! Oh man! Oh God! Oh man! Oh God!”, dita repetidamente por Ryan O’Neal em uma cena dramática. Reinvenção na TV Com a repercussão negativa de “A Marca do Passado”, o astro se viu sem muitas outras opções no cinema, decidindo ir fazer TV. E para tornar a transição uma espécie de “queda para cima”, resolveu estrelar uma minissérie junto com a namorada/esposa Farrah Fawcett. A iniciativa, batizada de “O Sacrificio Final” (1989), deu resultado e, além de boa audiência e críticas positivas, rendeu três indicações ao Emmy – incluindo Melhor Atriz para Farrah. Depois disso, o casal dobrou a aposta e quis estrelar sua própria série de comédia. Entretanto, “Good Sports” (1991), onde interpretaram âncoras em uma rede esportiva, foi cancelada após 15 episódios. Ryan seguiu carreira na TV, estrelando telefilmes e fazendo aparições em séries, como “Desperate Housewives”, “Barrados no Baile” (90210) e principal “Bones”, onde interpretou o pai da personagem principal (vivida por Emily Deschanel), aparecendo em vários episódios ao longo da série. Últimos papéis Antes de se aposentar com o fim de “Bones” em 2017, ele ainda fez uma última aparição no cinema, no filme “Knight of Cups” (2015), dirigido por Terrence Malick, e emocionou os fãs ao se reencontrar com Ally MacGraw, sua parceira de “Love Story”, numa encenação de 2016 da peça “Love Letters” de A.R. Gurney. A montagem teve uma recepção calorosa e serviu como um olhar retrospectivo sobre a carreira de ambos os atores.
Atriz de “Família Soprano” entra no OnlyFans
A atriz Drea de Matteo, conhecida por seu papel como Adriana La Serva na série “Família Soprano” (The Sopranos), decidiu expandir sua presença online com o lançamento de um perfil no OnlyFans. A atriz de 51 anos anunciou que o serviço de assinatura custará US$ 15 por mês e oferecerá fotos exclusivas e não censuradas. O anúncio foi feito através do Instagram Stories da própria atriz, onde ela confirmou que seu perfil no OnlyFans já está ativo. Sucesso em “The Sopranos” De Matteo integrou o elenco de “The Sopranos” durante as cinco primeiras temporadas, interpretando a namorada de Christopher Moltisanti. Sua personagem, Adriana, se torna uma informante do FBI, o que eventualmente leva à sua morte por ordens de Tony Soprano, interpretado por James Gandolfini. Silvio Dante, vivido por Steven Van Zandt, é o responsável pelo assassinato da personagem em um episódio marcante. Por sua atuação, a atriz ganhou um Emmy em 2004. Depois de sua saída da série, De Matteo continuou sua carreira na televisão com participações em outras séries populares como “Desperate Housewives” e “Sons of Anarchy”. Ingresso no OnlyFans No OnlyFans, que ganhou notoriedade por trazer conteúdo para maiores de 18 anos, ela vai se juntar a outras celebridades como Denise Richards, Cardi B, Bella Thorne, Tyga, Chris Brown e vários ex-BBBs. Sua estreia foi marcada por uma foto que a mostra completamente nua, com exceção de um par de botas de estampa animal, enquanto fuma um cigarro sentada em uma cama. Outros projetos O novo projeto será mais um acréscimo à carreira multifacetada de De Matteo, que já se aventurou em diversas áreas do entretenimento, inclusive criações de camisetas e apresentação de podcasts. Entretanto, ela não abandonou sua carreira de atriz. Neste ano, foi vista em “Mayans MCs”, série derivada de “Sons of Anarchy”, reprisando seu papel da série original, e tem feito muitos thrillers de ação baratos para a internet (VOD). Mudando um pouco essa linha de trabalho, ela também acaba de filmar “Nonnas”, uma comédia de Stephen Chbosky (“Extraordinário”), em que atuou com outras atrizes de descendência italiana, como Linda Cardellini e Lorraine Bracco.
Richard Gilliland (1950 – 2021)
O ator Richard Gilliland, que teve muitos papéis recorrentes em séries de TV, inclusive na sitcom “Designing Women”, onde conheceu sua esposa, a premiada Jean Smart (de “Watchmen”), morreu há um semana após uma breve doença, anunciou seu agente nesta quinta (25/3). Ele tinha 71 anos. Gilliland fez teatro em Los Angeles, Chicago e Nova York antes de tentar a carreira em Hollywood na metade dos anos 1970. Depois de aparecer nos filmes “Praga Infernal” (1975) e “O Guarda-Costas” (1976), emplacou seu primeiro papel recorrente na TV, como o sargento Steve DiMaggio na série policial “Casal McMillan” (também conhecida como “Os Detetives” na Globo). Ele apareceu em seis episódios da 6ª e última temporada da atração estrelada pelo astro Rock Hudson, que foi ao ar em 1977. Cinco meses após o final daquela série, passou a aparecer como o Tenente Nick Holden na 1ª temporada da série “O Caso das Anáguas” (Operation Petticoat), baseada na comédia naval “Anáguas a Bordo” (1959). Também protagonizou um episódio duplo de “Os Waltons” (em 1981), figurou na comédia “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu 2” (1982) e estrelou as séries “Just Our Luck” (1983) e “Heartland” (1989), que não passaram da 1ª temporada. Em 1986, Gilliland entrou na 1ª temporada de “Designing Women” como JD Shackelford, o namorado da personagem de Annie Potts (“Caça-Fantasmas”). Mas acabou se envolvendo, atrás das câmeras, com outra atriz, Jean Smart. “Eu o conheci quando ele estava beijando outra pessoa”, revelou Smart rindo, durante uma entrevista de 2017. A atriz, que interpretava Charlene Frazier Stillfield na série, disse que “atraiu” Gilliland para seu camarim sob o pretexto de precisar de ajuda com palavras cruzadas. Eles se casaram em junho de 1987 no jardim de rosas que servia de cenário para “Designing Women”. O ator trabalhou em 17 episódios da série, aparecendo esporadicamente ao longo de cinco temporadas até 1991. Depois disso, também teve papéis recorrentes em “Thirtysomething”, “Matlock” e “O Quinteto” (Party of Five), nos anos 1990, além de aparecer, mais recentemente, em breves participações em “Desperate Housewives”, “Criminal Minds”, “Dexter”, “Scandal”, “O Deafio” (The Practice) e “Crossing Jordan”, entre muitas outras séries. Em 2006, contracenou pela última vez com a esposa, num episódio da 5ª temporada de “24 Horas”, em que Jean Smart interpretou a Primeira Dama dos EUA. Seu último trabalho televisivo foi em “Imposters”, que durou duas temporadas no canal pago americano Bravo!, entre 2017 e 2018. Ele estava escalado para voltar trabalhar com sua esposa em “Breaking News in Yuba County”, um filme dirigido por Tate Taylor (“Histórias Cruzadas”), que deveria começar sua produção no próximo verão norte-americano (nosso inverno).
Sam Lloyd (1963 – 2020)
O ator Sam Lloyd, conhecido pela série de comédia médica “Scrubs”, morreu na noite de quinta-feira (30/4) em Los Angeles, aos 56 anos, de câncer. O ator ficou famoso como Ted Buckland, o advogado do hospital em que se passava “Scrubs”, coestrelando 95 episódios da série entre 2001 e 2009. O papel marcou tanto que ele o repetiu em mais três episódios de “Cougar Town”, de 2011 e 2012. Ajudou o fato de ambas as séries terem o mesmo roteirista-produtor, Bill Lawrence. Sua carreira, porém, começou uma década antes, em programas clássicos como “Night Court”, “Matlock”, “Mad About You” (Louco por Você, na TV aberta) e até “Seinfeld”. Ele também teve um papel recorrente em “Desperate Housewives” e, no cinema, participou das comédias “Flubber: Uma Invenção Desmiolada” (1997), com Robin Williams, e “Heróis Fora de Órbita” (1999), produção cultuadíssima que reuniu ainda Tim Allen, Sigourney Weaver e Alan Rickman. Entre seus últimos trabalhos estão episódios das séries “Modern Family” (Família Moderna) e “American Housewife” (Bela, Recatada e do Lar) exibidos no ano passado, um pouco antes do ator ser diagnosticado com câncer no pulmão e um tumor cerebral inoperável. O astro de “Scrubs”, Zach Braff, descreveu Lloyd como “um dos atores mais engraçados com quem já tive a alegria de contracenar” em seu Twitter. “Sam Lloyd me fez rir e sair do personagem toda vez que fizemos uma cena juntos. Ele não poderia ter sido um homem mais gentil. Vou sempre amar o tempo que tive com você, Sammy”, completou.
Shirley Knight (1936 – 2020)
A atriz americana Shirley Knight, que viveu adolescentes e mulheres rebeldes nos anos 1960 e foi duas vezes indicada ao Oscar, morreu nesta quarta (22/4) aos 83 anos, de causas naturais. Filha de um executivo de empresa de petróleo do Kansas, ela nasceu em Mitchell, uma cidadezinha com 13 casas, uma escola e uma igreja, e ensaiava desde os 11 anos virar uma cantora de ópera. Mas então o diretor Josh Logan escolheu sua pacata vizinhança para filmar “Férias de Amor” (1955). Após sua família e vizinhos participarem como figurantes da produção, ela se encantou com a atuação, assistindo aos atores William Holden e Kim Novak em seu trabalho. Assim que completou a maioridade, Knight foi estudar teatro na Califórnia, o que lhe rendeu sua estreia na TV, um papel de mãe solteira de 15 anos, ao lado de Michael Landon num episódio do programa “Matinee Theatre”, da rede NBC, em 1957. Knight decidiu ficar em Hollywood. Ela se matriculou na UCLA e estudou teatro, tendo como colegas de classe ninguém menos que Jack Nicholson, Robert Blake, Dean Stockwell, Sally Kellerman e Millie Perkins. Durante uma de suas primeiras peças, foi vista por Ethel Winant, a famosa chefe de elenco da CBS, que decidiu colocá-la “em tudo”, como ela própria definiu, anos depois numa entrevista. “Tudo em que ela poderia me colocar na CBS, ela me colocou”. A atriz também assinou um contrato com a mesma agência que cuidava das carreiras de Elizabeth Taylor, Audrey Hepburn, Grace Kelly e Eva Marie Saint. Mas foi mesmo seu talento que lhe deu o empurrão definitivo para o estrelato no cinema. Num de seus primeiros episódios televisivos, no teleteatro ao vivo “Playhouse 90”, da CBS, a jovem atriz foi dirigido pelo cineasta Delbert Mann, que procurava por um novo rosto para viver a filha de Robert Preston no drama “Sombras no Fim da Escada” (1960). E foi com esse papel que ela recebeu a sua primeira indicação ao Oscar, como Melhor Atriz Coadjuvante. Seu próximo filme foi ainda mais marcante, o emocionante “Doce Pássaro da Juventude” (1962), de Richard Brooks, no qual interpretou Heavenly Finley, a filha do chefe corrupto da cidade (Ed Begley, que venceu o Oscar pelo papel) e namorada de infância de uma ator aspirante, vivido por Paul Newman. Baseado em uma peça de Tennessee Williams, o filme foi indicado a três Oscars, um deles para a performance de Shirley Knight, novamente como Melhor Atriz Coadjuvante. Em vez das indicações lhe subirem a cabeça, a experiência em “Doce Pássaro da Juventude” lhe deu maior humildade. “Durante as filmagens, percebi que Geraldine Page, Paul Newman e todo o elenco eram muito experientes”, disse ela em 2014. “Eu senti que havia algo que eles sabiam que eu não sabia.” E ela percebeu que tinham sido aulas no Actors Studio, em Nova York. Após estrelar como protagonista em “Prisão de Mulheres” (1962), Knight mudou-se para Nova York, matriculou-se no Actors Studio e foi trabalhar na Broadway. Ao interpretar Blanche DuBois em uma montagem de “Uma Rua Chamada Pecado”, o autor Tennessee Williams foi aos bastidores abraçá-la em êxtase. “Finalmente, eu vi a minha Blanche. A minha Blanche perfeita”, teria dito o célebre dramaturgo. Ele então escreveu a peça “Um Domingo Encantador para Creve Coeur” especialmente para ela. Ousada, Knight não atuou apenas em peças de autores consagrados. Ela também estrelou a montagem de “Holandês” (Dutchman), do dramaturgo negro e crítico de jazz Amiri Baraka (na época, ainda conhecido como LeRoi Jones). Não satisfeita, ainda resolveu produzir e estrelar a versão cinematográfica da peça, resultando num de seus papéis mais arriscados. Lançado em 1966, “Holandês” trazia a atriz como uma mulher promíscua que seduz um homem negro (Al Freeman Jr.) e o leva a loucura. Dirigido por Anthony Harvey, o filme rendeu a Knight o troféu de Melhor Atriz no festival de Veneza. Ela também participou de “Petúlia, um Demônio de Mulher” (1968), de Richard Lester, e estrelou “Caminhos Mal Traçados” (1969), num papel escrito por Francis Ford Coppola para ela, como uma dona de casa grávida que se envolve com um ex-jogador de futebol americano. A carreira cinematográfica ainda incluiu um novo filme de Lester, “Juggernaut: Inferno em Alto-Mar” (1974), e o blockbuster romântico “Amor Sem Fim” (1979), de Franco Zeffirelli, mas a partir dos anos 1970, ela se dedicou mais ao teatro, vencendo um Tony pela peça “Kennedy’s Children” (1976). Outros prêmios importantes de sua carreira foram conquistados por trabalhos televisivos, com três Emmys por participações especiais nas séries “Thirtysomething” (em 1988) e “Nova Iorque Contra o Crime” (NYPD Blu, em 1995), além do telefilme “Acusação” (1995). Sua longa filmografia ainda inclui “A Cor da Noite” (1994), com Bruce Willis, “Melhor é Impossível” (1997), com Jack Nicholson, “Olhar de Anjo” (2001) com Jennifer Lopez, “A Sombra de um Homem” (2002), com Val Kilmer, e “Divinos Segredos” (2002), com Sandra Bullock. Entre seus últimos trabalhos estão a série “Desperate Housewives” (2004–2012), na qual viveu a sogra intrometida de Bree Van De Kamp (Marcia Cross), papel que lhe valeu sua última indicação ao Emmy, e a mãe de Kevin James nos dois filmes da franquia de comédia “Segurança de Shopping”, lançados em 2009 e 2015. Em entrevista de 2012, Shirley Knight disse que ser atriz era o que sempre sonhou, e agradecia não ter ficado tão famosa. “Eu sempre digo que a fama não é algo que você deve buscar. As pessoas muito famosas são ridículas, olhe para as Kardashians. Enquanto isso, há pessoas por aí que não sabem quem foram os Beatles. Então, o que eu sempre digo é: ‘Se sua comida é a fama, você vai morrer de fome’. Sua comida precisa ser o trabalho, e fazê-lo cada vez melhor”.
Escândalo de fraude escolar de Felicity Huffman imita sua personagem em Desperate Housewives
A atriz Felicity Huffman foi uma das 50 pessoas presas e indiciadas no início desta semana, durante a Operação Varsity Blues do FBI, que desbaratou um esquema de pagamentos de propinas para fraudar o sistema de admissão nas principais universidades americanas. Documentos judiciais dizem que a atriz pagou US$ 15 mil em doação de caridade disfarçada para que sua filha pudesse participar do esquema e entrar na faculdade de sua escolha, independente da nota no SAT (o ENEM americano). O site BuzzFeed reparou que já tinha visto esta história antes e com a mesma protagonista. Coincidentemente, a personagem de Huffman na série “Desperate Housewives” fez algo muito semelhante na 1ª temporada da antiga série da rede ABC, encerrada em 2012 depois de oito temporadas. No quinto episódio – exibido em 2004 – , Lynette Scavo (Huffman) e seu marido Tom (Doug Savant) chegam à conclusão de que devem abrir o bolso se quiserem que seus filhos gêmeos sejam aceitos numa prestigiosa escola particular. Ao discutir o que poderia fazer para seus filhos serem aprovados sobre outros candidatos, Lynette conclui que “uma doação generosa garantirá que nossos filhos superem eles”. Tom pergunta quanto dinheiro eles devem doar, o que leva Lynette a sugerir “US$ 15 mil” – a mesma quantia que Huffman supostamente pagou para ajudar sua filha a entrar na faculdade. Huffman foi solta sob fiança, após pagar US$ 250 mil. Além dela, a atriz Lori Loughlin, conhecida por seu papel em “Três É Demais”, também foi presa devido ao esquema. Em seu caso, a fiança foi de US$ 1 milhão, porque ela pagou bem mais (US$ 500 mil) para as filhas entrarem na faculdade.
Atriz de Desperate Housewives terá papel de Joan Collins no remake de Dinastia
Os produtores de “Dynasty” definiram quem viverá a importante personagem Alexis Carrington, cuja introdução marcou uma virada na trama da série original dos anos 1980, graças a um desempenho inesquecível de Joan Collins. A nova versão de Alexis será vivida por Nicollette Sheridan, que ficou conhecida pelo papel da “perua” Eddie Britt na série “Desperate Housewives”. A rede CW, inclusive, divulgou a primeira imagem da atriz no papel. Veja acima. Embora a matriarca malévola só tenha sido introduzida na 2ª temporada da “Dinastia” clássica, ela deve aparecer já nos próximos episódios da temporada inaugural do remake, para complicar o casamento de seu ex-marido Blake com Cristal, se aliar aos filhos rebeldes Fallon e Steven, e ainda lutar pelo que tem direito como uma Carrington. A estratégia de antecipar sua entrada em cena tem a ver com a baixa audiência da série, que corre risco de ser cancelada pela rede CW. Os produtores conseguiram uma sobrevida, com a encomenda de episódios extras, que devem servir para introduzir a personagem. Com isso, o primeiro ano de “Dynasty” terá 22 episódios, o tamanho regular de uma série da TV aberta americana. Contudo, mais importante que a personagem, é a contratação de Nicollette Sheridan, e por um motivo completamente alheio ao destino de “Dynasty”. A atriz estava sumida desde que sua personagem foi morta em “Desperate Housewives”, e este exílio de quase uma década servia para confirmar a existência de uma lista negra da indústria televisiva americana. Nicollette chegou a ir à Justiça contra Marc Cherry, criador de “Desperate Housewives”, alegando ter sido demitida injustamente da série após denunciar o produtor por abuso – ela foi agredida. Cherry chegou a declarar durante o julgamento que estava arrependido pelo modo em que tratou a atriz. Mas, mesmo com a confissão, outras 10 testemunhas trazidas ao julgamento pelo canal ABC corroboraram a tese de que a morte da personagem vivida pela atriz já estava prevista antes dos fatos denunciados, e convenceram a maioria dos jurados a votar a favor do canal. Sheridan interpretou a sensual dona-de-casa Eddie Britt em cinco temporadas da atração televisiva. Mas depois que a atriz reclamou publicamente do produtor, sua personagem foi assassinada na trama. Desde então, ela ficou quase sem trabalhar e nunca mais tinha conseguido um papel com a mesma visibilidade da série das donas de casa. Seu advogado, Neil Meyer, afirmou que se tratava de uma punição corporativa da indústria televisiva, por ela ter denunciado o produtor. Só que as conspirações de bastidores implodiram nos últimos meses, após a união de diversas atrizes contra abusos cometidos por outros produtores, que resultaram numa sucessão de denúncias que abalaram as estruturas da indústria. Diversos artistas e executivos, até então considerados intocáveis, foram demitidos. E listas negras como a que supostamente barrava Nicollette Sheridan por denunciar abusos passaram a ser mal-vistas.










