Leonardo DiCaprio pede apoio à COP-30 e à Amazônia: “Nosso futuro depende disso”
Em publicação nas redes sociais, o ator destacou a importância do encontro em Belém e pediu ação imediata dos líderes mundiais
Leonardo DiCaprio enaltece Lula e critica Bolsonaro sobre Amazônia
Leonardo DiCaprio (“Era uma Vez em… Hollywood”) usou as redes sociais para elogiar o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pela queda do desmatamento na Floresta Amazônica em abril. Em contrapartida, o ator criticou a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que deixou o cargo em janeiro deste ano com recordes de desmatamentos. Divulgada em seu perfil no Instagram, a publicação trouxe uma montagem gráfica de Lula ao lado de uma foto da região amazônica. “Sob Lula, o desmatamento na Amazônia em abril de 2023 foi 68% menor do que em 2022”, diz a imagem. Na legenda, o ator reproduziu um texto de uma organização ambiental que abordava os dados divulgados na última sexta-feira (30/6) pelo INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais). O texto ressalta que a queda ocorreu após dois meses de aumento no desmatamento, registrado em fevereiro e março, porém, considerando a análise anual, o desmatamento ainda apresentou uma redução geral de 40%. Em seguida, a mensagem ainda apontava que Bolsonaro havia flexibilizado as medidas de fiscalização contra o desmatamento na Amazônia. “Muitos estão atribuindo algum mérito ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, pois ele iniciou ações para restabelecer políticas de proteção à Amazônia e aos direitos indígenas após assumir o cargo”, diz a legenda. “O presidente anterior, Jair Bolsonaro, enfraqueceu tais medidas, resultando no nível mais alto de desmatamento em 15 anos durante sua administração”. Vale mencionar que essa não foi a primeira vez que DiCaprio enalteceu o governo Lula sobre Bolsonaro. Em maio, o ator celebrou as políticas voltadas para os povos indígenas propostas pelo atual governo e ainda comparou a gestão com a de Bolsonaro, criticando o ex-presidente por ter, segundo ele, violado os direitos dessas populações. DiCaprio e a Amazônia Leonardo DiCaprio é conhecido não apenas por sua atuação no cinema, mas também por seu engajamento em questões ambientais. Embora mantenha sua vida pessoal privada, o ator é bastante ativo nas redes sociais para utilizar as plataformas em favor das causas que defende. Nos últimos anos, a preservação da Amazônia tem sido um dos temas que mais tem recebido seu apoio. Em janeiro, o ator prometeu arrecadar US$ 100 milhões para o Fundo Amazônia, voltado ao financiamento de ações para preservação da floresta. Sua organização filantrópica foi uma das envolvidas na doação de US$ 200 milhões pelo POP (Protegendo Nosso Planeta) no mês de junho. O valor arrecadado foi direcionado para a proteção da Amazônia e dos povos indígenas da região. DiCaprio também anunciou que fará um documentário sobre a floresta intitulado “We Are Guardians” (em português, “Somos Guardiões”).
DiCaprio, Katy Perry, Joaquin Phoenix e outros artistas pedem para Biden isolar Bolsonaro
Artistas americanos e brasileiros assinaram uma carta nesta terça-feira (20/4), pedindo para que o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, isole e não faça qualquer acordo ambiental com Jair Bolsonaro. Os dois devem se encontrar na Cúpula do Clima, que tem início na quinta-feira (22/4). A iniciativa acontece após a circulação de um vídeo da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB), compartilhado por artistas, que avisa para Biden não confiar nas mentiras de Bolsonaro. Na semana passada, Bolsonaro escreveu ao presidente americano uma carta com várias promessas vazias, incluindo, por exemplo, o que já estava prometido desde Dilma Rousseff na assinatura do Acordo de Paris sobre o clima: acabar com desmatamento até 2030. Entre os artistas que assinaram a carta contra o acordo com Bolsonaro estão Leonardo DiCaprio, Katy Perry, Gilberto Gil, Joaquin Phoenix, Mark Ruffalo, Jane Fonda, Sigourney Weaver, Sonia Braga, Wagner Moura, Caetano Veloso, Fernando Meirelles e Philip Glass. Eles apelam a Biden para ouvir lideranças indígenas e ambientalistas, e dialogar com governos estaduais em vez do presidente, que está sendo investigado na Suíça por genocídio contra indígenas e que incentiva as passadas de boiada de um Ministro do Meio Ambiente acusado no STF (Supremo Tribunal Federal) de defender o desmatamento criminoso. “Nós apelamos ao seu governo para ouvir o pedido deles (indígenas e ambientalistas) e não se comprometer com nenhum acordo com o Brasil a esta altura”, escrevem eles. “Unimo-nos a uma coalizão crescente ao fazer um apelo ao seu governo para rejeitar qualquer acordo com o Brasil até o desmatamento ser reduzido, os direitos humanos serem respeitados e uma participação significativa da sociedade civil ser alcançada”, acrescenta a carta. Em 2020, o desmatamento na parte brasileira da Amazônia atingiu recordes históricos e destruiu uma área com 14 vezes o tamanho da cidade de Nova York, segundo dados do próprio governo brasileiro.

