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Um tesouro musical com 66 músicas nunca ouvidas do cantor falecido em 1984 vêm à tona na Bélgica
Roteiro perdido de Stanley Kubrick é encontrado após 60 anos
Um roteiro perdido do cineasta Stanley Kubrick foi encontrado cerca de 60 anos depois de ter sido escrito, informou o jornal inglês The Guardian. O roteiro inédito foi escrito pelo aclamado diretor em parceria com o romancista Calder Willingham em 1956, e era uma adaptação, nunca filmada, do romance “Segredo Ardente”, escrito pelo austríaco Stefan Zweig em 1913. “Segredo Ardente” narra o despertar do ciúme e do conhecimento do que é a atração amorosa num rapaz de 12 anos. Manipulado por um homem que quer fazer dele um meio de se aproximar de sua bela mãe, o jovem sente o entusiasmo da amizade, a desilusão e o ciúme no ambiente de uma estância de veraneio onde quase não conhece mais ninguém. Rumores sobre a existência desse roteiro rondavam a comunidade cinematográfica há décadas, mas somente agora a sua existência foi confirmada. Segundo os relatos do jornal The Guardian, há cerca de 100 páginas de material suficiente para a produção de um filme “É um roteiro completo, então pode ser finalizado por um cineasta atual”, disse Nathan Abrams, um estudioso da filmografia de Kubrick, ao Guardian. De acordo com o jornal, as páginas estão marcadas com o selo do departamento de roteiros da MGM, que pode ter cancelado o projeto quando Kubrick quebrou seu contrato para filmar “Glória Feita de Sangue” (1957) na United Artists. Abrams, no entanto, acredita que o enredo do adultério – que ele descreve como “o inverso da [adaptação de Kubrick de] Lolita” – poderia ter sido muito “arriscado” nos anos 1950, afirmando: “A criança age como um intermediário involuntário entre sua mãe e seu pretenso amante, criando uma história perturbadora a respeito da sexualidade e o abuso infantil sob sua superfície”.
Surgem trechos perdidos da filmagem mítica de Marilyn Monroe em O Pecado Mora ao Lado
Trechos perdidos das filmagens de “O Pecado Mora ao Lado” (1955), que registram a versão original da cena mais famosa da carreira de Marilyn Monroe, foram descobertos depois de mais de 60 anos. Trata-se da mítica cena em que Marilyn tem seu vestido branco erguido pelo vento. O diretor Billy Wilder sempre disse que, embora o estúdio tenha perdido os originais, um dia alguém traria essas imagens à tona, já que inúmeros fotógrafos e cinegrafistas se amontaram para captar o furacão sensual de Marilyn Monroe, na noite de 15 de setembro de 1954 em Nova York. O registro que agora surgiu, revelado pelo jornal The New York Times, foi feito por Jules Schulback, um alemão que tinha como passatempo filmar o cotidiano de sua família com uma câmera Bolex de 16mm. Ele ouviu que Marilyn estaria na cidade para rodar uma cena de sua nova comédia e se juntou ao grande número de curiosos que a produção juntou no local. Nas imagens de Schulback, é possível ver Marilyn Monroe com o sensual vestido branco, erguido no ar em close-up, e também a atriz de roupão, saudando os fãs e a imprensa, antes ou depois das filmagens. Wilder resolveu realizar a cena ao ar livre para causar frisson midiático. E deu certo. “O Pecado Mora ao Lado” se tornou muito falado, meses antes de estrear. O problema é que o público masculino ficou entusiasmadíssimo, gritando para a equipe fazer o vestido subir ainda mais alto. Sem que diretor e estrela soubessem, a multidão também atraiu o jogador de beisebol Joe DiMaggio, então casado com Marilyn, que não gostou nada do que viu. Mais tarde naquela noite, o casal teve uma briga com muita gritaria em seu quarto de hotel e, na manhã seguinte, o maquiador do estúdio foi chamado para cobrir as contusões da estrela. Três semanas depois, ela pediu o divórcio. Pouco se aproveitou das filmagens daquele 15 de setembro. Wilder refilmou a sequência inteira em estúdio, criando um efeito mais controlado do vento sob a saia da atriz, de forma a suavizar a sensualidade da ocasião. Há várias versões para esta decisão. Teria sido um pedido da própria Marilyn, para evitar novas discussões com o marido. Ou as imagens originais mostrariam Marilyn sem calcinha – uma lenda urbana incentivada pela imaginação dos fãs. Ou, ainda, toda a comoção causada pelas filmagens em Nova York não passava mesmo de um golpe publicitário. O alemão adorava contar a história da noite em que viu Marilyn Monroe bem de perto para suas filhas e netas. Mas, durante anos, o filme ficou enterrado sob dezenas de bobinas de imagens da família. Só agora o mundo pôde conhecer o que ele viu na noite em Marilyn Monroe parou Nova York.


