Gal Gadot lança plataforma para localizar desaparecidos e sequestrados pelo Hamas em Israel
A atriz Gal Gadot lançou uma plataforma digital na sexta-feira (13/10) visando reunir informações sobre cidadãos israelenses desaparecidos após os recentes ataques do grupo Hamas no sábado passado (7/10). Ela utilizou seu perfil oficial no Twitter para compartilhar um formulário online, no qual familiares podem registrar dados dos desaparecidos, como nome, status (sequestrado ou desaparecido), fotografias e contatos telefônicos. A intérprete da “Mulher-Maravilha” expressou em sua publicação: “Neste momento, há centenas de israelenses inocentes sequestrados ou desaparecidos. Estou usando minha plataforma para compartilhar seus nomes, rostos e informações. Ajude-nos a gritar para o mundo, Hamas, traga eles de volta! Se você tiver alguma informação ou se seu ente querido estiver desaparecido, entre em contato conosco”. Como todas as mulheres israelenses, Gadot cumpriu o serviço militar obrigatório em Israel ao atingir a maioridade. Seu gesto digital reafirma o compromisso contínuo da atriz com a segurança e o bem-estar de seus compatriotas, buscando facilitar o processo de localização dos desaparecidos por seus parentes. Apoio internacional Outras figuras do entretenimento global, como Madonna, Natalie Portman e Kris Jenner, manifestaram apoio a Israel anteriormente. Uma carta aberta, assinada por mais de 700 personalidades da indústria do entretenimento, condenou as ações do Hamas e clamou pelo retorno seguro dos reféns detidos em Gaza. at this moment there hundreds of kidnapped or missing innocent Israelis.I am using my platform to share their names. their faces, their information.please share their photos, share the stories. And help us scream to the world, Hamas #BringThemBack! if you have any… pic.twitter.com/C55eGsFi1P — Gal Gadot (@GalGadot) October 13, 2023
“Trem-Bala” com Brad Pitt é principal estreia nos cinemas
Com lançamento em mil salas, “Trem-Bala” é a principal estreia nos cinemas desta quinta-feira (4/8). A produção indicada para fãs de ação e Brad Pitt traz o ator lutando sem parar – e sem muita história – em sequências tão intensas que chegam a ser cansativas. A crítica americana enjoou da pancadaria, deixando o longa com apenas 57% de aprovação, segundo levantamento do agregador Rotten Tomatoes. O segundo maior lançamento é a a comédia nacional “O Palestrante”, que ocupa 580 salas. Uma curiosidade é que o filme estrelado por Fábio Porchat e Dani Calabresa tem o mesmo tema de uma estreia francesa, “Tralala”: identidades trocadas. São 9 novidades ao todo, incluindo o primeiro longa animado pernambucano, mas a maioria chega em circuito bastante limitado. Confira os trailers e os detalhes abaixo. | TREM-BALA | O novo filme de Brad Pitt é um besteirol de ação, que apresenta uma luta atrás da outra, do começo ao fim da projeção. A trama é isso: o vencedor do Oscar por “Era uma Vez em… Hollywood” troca socos, pontapés, facadas e tiros com oponentes variados pela posse de uma maleta misteriosa. Ele vive um assassino de aluguel azarado, que embarca em um trem-bala no Japão com uma missão simples. Mas logo descobre que não é o único assassino com o mesmo objetivo, o que leva a um conflito generalizado durante a viagem. Com um elenco estrelado, a produção reúne Joey King (“A Cabine do Beijo”), Aaron Taylor Johnson (“Godzilla”), Brian Tyree Henry (“Brinquedo Assassino”), Zazie Beetz (“Deadpool 2”), Michael Shannon (“A Forma da Água”), Masi Oka (“Heroes”), Logan Lerman (dos filmes de “Percy Jackson”), Andrew Koji (“Warrior”), Hiroyuki Sanada (“Westworld”), Karen Fukuhara (“The Boys”) e o cantor Bad Bunny (“Narcos: Mexico”), além de Sandra Bullock (“Gravidade”) em participação especial. Cartunesco a ponto de parecer um desenho animado violento, o thriller é baseado num best-seller de Kôtarô Isaka (“Um Pierrô”), que foi adaptado pelo roteirista Zak Olkewicz (“Rua do Medo: 1978”) e contou com um especialista em pancadaria na direção, David Leitch (“John Wick”, “Deadpool 2” e “Velozes e Furiosos: Hobbs & Shaw”). | O PALESTRANTE | Fábio Porchat vive um contador sem perspectivas, recém demitido e abandonado pela noiva, que num impulso assume outra identidade, ao ver uma placa com um nome aleatório no aeroporto do Rio. Só que ele acaba, sem saber, tomando o lugar de um palestrante motivacional contratado para animar os empregados de uma empresa. Ele tem que colocar todos pra cima no momento em que se encontra mais pra baixo. Dani Calabresa também se destaca no elenco como a funcionária que o recepciona e logo se torna o interesse romântico e verdadeiro incentivo motivacional para o personagem insistir na farsa. A comédia foi escrita pelo próprio Porchat em parceria com Cláudia Jouvin (“L.O.C.A.”) e tem direção de Marcelo Antunez (“Até que a Sorte nos Separe 3”). Antonio Tabet, Miá Mello, Letícia Lima, Otávio Müller, Débora Lamm e Evandro Mesquita completam o elenco central. | TRALALA | A comédia musical francesa acompanha Tralala, um cantor das ruas de Paris que leva a sério a mensagem “Acima de tudo, não seja você mesmo”, deixada por um jovem desconhecida. Quando uma senhora de 60 anos o confunde com seu próprio filho, desaparecido há 20 anos nos Estados Unidos, ele decide assumir o papel. O filme tem direção de Arnaud Larrieu e Jean-Marie Larrieu, e marca a terceira colaboração da dupla com Mathieu Amalric. A anterior tinha sido há nove anos, em “O Amor é um Crime Perfeito”, que também contou com Maïwenn em seu elenco. Além deles, a produção traz Mélanie Thierry (“O Teorema Zero”), Denis Lavant (“Holy Motors”) e Josiane Balasko (“Tá Tudo Incluído!”). | DESAPARECIDOS | Filmado por um francês, estrelado por uma ucraniana e passado na Coreia do Sul, o thriller acompanha uma investigação tensa de tráfico internacional de órgãos. Olga Kurylenko (“007 – Quantum of Solace”) vive uma especialista forense francesa que ajuda um detetive em Seul num caso de assassinato, que logo se revela parte de uma intrincada rede de tráfico para transplantes clandestinos. Escrito e dirigido por Denis Dercourt (“O Pacto”), o longa também destaca em seu elenco Yoo Yeon-Seok (“Oldboy”), Ye Ji-won (“Filha de Ninguém”) e Choi Moo-Seong (“Eu Vi o Diabo”). | CONTÁGIO ZERO | O terror de baixo orçamento acompanha uma mãe e uma filha que lutam para escapar de um relacionamento abusivo. Ambas estão em um hotel que foi infectado por um misterioso vírus transportado pelo ar, matando a todos rapidamente. Nesse espaço isolado e desesperador, o medo se torna viral à medida que as mulheres tentam escapar para salvar suas vidas. Ator figurante em “X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”, Francesco Giannini acabou ganhando um prêmio por essa sua estreia na direção, no festival canadense de terror Blood on Snow. | ALÉM DA LENDA – FILME | A animação é um filme baseado na série animada pernambucana transmitida pela TV Brasil. Criada por Erickson Marinho, Marcos França e Ulisses Brandão, a atração é voltada para crianças de seis a nove anos e tem como premissa reapresentar as principais lendas do folclore nacional, como o Saci, a Cuca, o Curupira e o Boitatá, com uma nova roupagem – e como crianças. A trama do filme explica que um livro sagrado reúne todas essas lendas e é mantido em segredo e escondido na Montanha Coração do Brasil, que só é revelada uma vez por ano, no dia 31 de outubro, dia do Saci. Mas a data está esquecida por muitos brasileiros, que preferem comemorar o Halloween. Aproveitando-se disso, um trio de monstros americanos do Dias das Bruxas resolve vir ao país com a ideia de capturar o secreto livro e assim “dominar” as lendas brasileiras. Só que por descuido o livro acaba caindo nas mãos do garoto Lucas, um fã de super-heróis, quadrinhos e games, que sem saber vira responsável por proteger parte do folclore nacional. Com direção de Marília Mafé e Marcos França, “Além da Lenda” é primeiro longa de animação pernambucano e conta com dublagens de Gabriel Leone (Lucas) e Hugo Bonemer (Curupira). | DE REPENTE DRAG | A produção independente da cineasta maranhense Rafaela Gonçalves abriu o Rio LGBTQIAP+ Festival de Cinema 2022 e acompanha a história do repórter Julião Siqueira (Ruan do Vale). Cansado de ser a piada na emissora onde trabalha, o jornalista vê na história da drag queen Lohanny (Frimes), envolvida em um caso de tráfico de pessoas, a oportunidade para ser levado a série. O detalhe é que, para fazer a reportagem, ele precisa entrar no universo drag. Com lançamento limitado, o filme entra em cartaz em São Luís, Salvador, São Paulo e Rio de Janeiro. | SAPATO 36 | O documentário de Petrônio Lorena (“O Gigantesco Ímã”) acompanha o cotidiano do futebol de várzea praticado no bairro de Santo Amaro, em Recife. Sonhos, realidades e sentimentos de árbitros, jogadores e jogadoras dividem a bola com as lembranças de famosos nomes que passaram pelo bairro como o tetracampeão mundial Ricardo Rocha. | QUEM TEM MEDO? | Registro dos embates entre a Cultura e a extrema direita brasileira, o filme do trio Dellani Lima (“As Faces do Mao”), Henrique Zanoni (“No Vazio da Noite”) e Ricardo Alves Jr. (“Elon Não Acredita na Morte”) junta protestos fundamentalistas, discurso nazista de secretário da Cultura e o atentado contra o Porta dos Fundos para compor um mosaico da escalada do extremismo no país, em seus ataques contra as artes e a comunidade LGBTQIA+. Em contraponto, também oferece imagens da resistência à intolerância e tentativas de censura do governo Bolsonaro.
Martin Landau (1928 – 2017)
O ator Martin Landau, vencedor do Oscar por “Ed Wood”, faleceu no sábado (15/6) em Los Angeles. Ele estava hospitalizado no hospital da UCLA e morreu após complicações médicas, aos 89 anos. Um dos primeiros astros de Hollywood a alternar com sucesso trabalhos na TV e no cinema, Landau começou a carreira artística como cartunista de jornal nos anos 1940, antes de ser admitido no Actor’s Studio (junto com Steve McQueen) e conseguir papéis de teatro e participações em séries na metade dos anos 1950. Na verdade, o jovem nova-iorquino nem precisou fazer muito esforço para se destacar no cinema, pois, logo de cara, chamou atenção no suspense “Intriga Internacional” (1959), de Alfred Hitchcock, interpretando o capanga de James Mason. O destaque deveria ser ainda maior no épico “Cleopatra” (1963), como General Rufio, braço direito de Marco Antonio (Richard Burton). Mas após passar um ano nas filmagens, ele descobriu que grande parte de seu desempenho tinha sido cortado, devido à longa duração do filme. Conformado, dedicou-se às séries televisivas, onde acumulou uma vasta coleção de participações em clássicos diversificados – de “Além da Imaginação” a “O Agente da UNCLE”. Fez também pequenos papéis no épico bíblico “A Maior História de Todos os Tempos” (1965) e no western “Nas Trilhas da Aventura” (1965), antes de voltar a se destacar como um pistoleiro desalmado em “Nevada Smith” (1966), estrelado pelo antigo colega Steve McQueen. A grande virada em sua carreira aconteceu em 1966, quando precisou optar entre dois convites para integrar o elenco fixo de uma série. Ele recusou o papel de Spock (que voltou para Leonard Nimoy, após ter sido rejeitado no piloto original de “Jornada nas Estrelas”), para viver o mestre dos disfarces Rollin Hand em “Missão: Impossível”, personagem que se tornou um dos favoritos do público. O papel lhe rendeu três indicações ao Emmy. Além de servir para mostrar sua versalidade, ao assumir a identidade dos diferentes vilões da semana, “Missão: Impossível” também lhe permitiu contracenar com sua esposa, Barbara Bain. Os dois trabalharam juntos na série desde o piloto de 1966 até o final da 3ª temporada, em 1969. Ele alegou diferenças criativas para sair da atração, mas os produtores afirmaram que o problema era salarial. Landau queria receber mais por ser o principal destaque do elenco. Por ironia, ao sair da série foi substituído por um novo mestre dos disfarces, Paris, vivido justamente por Leonard Nimoy. Após “Missão: Impossível”, ele tentou retomar a carreira cinematográfica, vivendo o vilão em “Noite Sem Fim” (1970), mas a falta de bons papéis no cinema o fez voltar a se juntar com Bain em outra série, a ficção científica “Espaço 1999”, produção britânica do casal Gerry e Sylvia Anderson (criadores das aventuras de fantoches “Thunderbirds”, “Capitão Escarlate” e “Joe 90”). A trama se passava no futuro, após a Lua sair da órbita da Terra, e acompanhava os sobreviventes da base lunar, enquanto travavam contato com civilizações alienígenas. As histórias eram confusas, mesmo assim a produção durou duas temporadas, entre 1975 e 1977, e perdurou em reprises e no lançamento de telefilmes derivados de seus episódios – o último foi ao ar em 1982. A experiência sci-fi continuou no cinema, com participações no filme de catástrofe apocalíptica “Meteoro” (1979) e nas tramas de contato alienígena “Sem Aviso” (1980) e “O Retorno” (1980). Ele também estrelou o slasher “Noite de Pânico” (1982), como um psicopata foragido de um hospício – junto do veterano Jack Palance – , que abriu uma fase de filmes de terror de baixo orçamento em sua filmografia. O período culminou com o divórcio da esposa e parceira Barbara Bain. Quando experimentava o pior momento da carreira, foi resgatado por Francis Ford Coppola para um dos papéis principais do drama de época “Tucker – Um Homem e Seu Sonho” (1988). A participação lhe rendeu sua primeira indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e voltou a colocá-lo em destaque. Em seguida, juntou-se a outro mestre do cinema, filmando “Crimes e Pecados” (1989), de Woody Allen, como um oftalmologista bem-sucedido, que era assombrado por um segredo mórbido. A homenagem a Fiódor Dostoiévski lhe rendeu sua segunda indicação consecutiva ao prêmio da Academia. Apesar do prestígio conquistado, Landau selecionou mal seu filmes do começo dos anos 1990, participando de “A Amante” (1992), com Robert De Niro, “Sem Refúgio” (1992), com Drew Barrymore, “Invasão de Privacidade” (1993), com Sharon Stone, e “Intersection: Uma Escolha, uma Renúncia” (1994), com Richard Gere. Esta entressafra acabou compensada pelo melhor papel de sua vida. Em 1994, Tim Burton o convidou a encarnar o ator Bela Lugosi na cinebiografia “Ed Wood”. O desempenho foi impressionante, fazendo com que roubasse a cena do astro principal, Johnny Depp. Entrou como franco-favorito na disputa do Oscar e venceu a estatueta de Melhor Ator Coadjuvante com grande aclamação. No resto da década, Landau manteve um fluxo constante de trabalhos de coadjuvante, vivendo Gepetto em “As Aventuras de Pinocchio” (1996) e um dos misteriosos conspiradores de “Arquivo X: O Filme” (1998), além de integrar os elencos de “Cartas na Mesa” (1998), com os jovens Matt Damon e Edward Norton, “EdTV” (1999), com Matthew McConaughey e Woody Harrelson, e “A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça” (1999), que voltou a juntá-lo com Tim Burton. As opções de cinema foram escasseando no século 21, mas em seus lugares surgiram séries, como “Entourage”, na HBO, na qual viveu um produtor de cinema, e “Desaparecidos/Without a Trace” na TV aberta, como o pai do protagonista (Anthony LaPaglia), que sofria de Alzheimer. Os dois papéis recorrentes lhe valeram indicações a prêmios Emmy, entre 2004 e 2007. Ele chegou a repetir o papel do produtor Bob Ryan no filme de “Entourage”, em 2015. E continuava filmando até hoje, tendo protagonizado “The Last Poker Game”, exibido no Festival de Tribeca deste ano, e finalizado as filmagens de “Without Ward”, com lançamento previsto para agosto. Landau teve duas filhas que seguiram sua carreira. Susan Landau Finch virou produtora de cinema, tendo trabalhado com Francis Ford Coppola em “Dracula de Bram Stoker” (1992), e Juliet Landau ficou conhecida como atriz pela série “Buffy – A Caça-Vampíros”, na qual interpretou a vampira Drusilla.


