Dennis O’Neil (1939 – 2020)
O escritor e editor Dennis “Denny” O’Neil, um dos melhores roteiristas dos quadrinhos da DC Comics em todos os tempos, morreu na quinta (11/6) em sua casa de causas naturais, aos 81 anos. Ele nasceu no mês e no ano em que Batman estreou nos quadrinhos e foi responsável pelas mudanças mais importantes da trajetória do personagem. Mas, curiosamente, sua carreira começou na editora rival, contratado pelo próprio Stan Lee para escrever para a Marvel nos anos 1960. Seu começo foi com histórias do Doutor Estranho e dos X-Men. Mas, para completar sua renda, ainda desenvolvia tramas para a editora Charlton, sob pseudônimo. Só que esse “segredo” foi por terra quando o editor da Charlton, Dick Giordano, foi contratado para comandar a DC em 1968 e decidiu levar consigo seus roteiristas favoritos. Dennis, que na época assinava Denny O’Neil, foi responsável por uma revolução nos quadrinhos da DC. Em suas histórias, tornou-se pioneiro na abordagem de temas sociais em quadrinhos de super-heróis, especialmente na publicação que juntou Lanterna Verde e Arqueiro Verde numa jornada pelos rincões dos EUA. Em vez de supervilões, os personagens se depararam com racismo, miséria e vício em drogas. A história em que o antigo parceiro mirim do Arqueiro, Ricardito (Speedy), revelou-se viciado é considerada até hoje uma das mais impactantes e relevantes do gênero. Estes quadrinhos foram os primeiros a chamar atenção da grande imprensa para o fato de que super-heróis podiam ser mais que diversão infantil. “Eu saí da obscuridade total para ver meu nome em destaque no The New York Times e ser convidado para fazer talk shows”, lembrou O’Neil numa entrevista de 1986. O’Neil também tirou os super-poderes da Mulher-Maravilha, explorando sua identidade de Diana Prince em histórias de espionagem, mudou pela primeira vez a formação da Liga da Justiça, mas nenhuma dos personagens da editora foi tão afetado por seus textos quanto Batman. Na época, ninguém queria escrever Batman. O personagem estava desacreditado na editora, após ser ridicularizado na série de TV, exibida entre 1966 e 1968. Ele recebeu a missão de salvar o herói. E sua ideia foi mergulhar fundo nas trevas. Batman sofreu um reboot completo, sem que O’Neil anunciasse que era isso que estava fazendo. Para começar, tirou Robin de cena – faculdade, briga, rompimento, Titãs, etc – deixando Batman sozinho pela primeira vez em 30 anos. Um por um, ele também foi reintroduzindo os vilões clássicos. O’Neil foi quem explorou a loucura do Coringa, transformando o palhaço do crime num psicopata assassino. Fez o mesmo com o Duas Caras, etc. E ainda criou um dos maiores inimigos do herói, Ra’s Al Ghul, assim como o maior amor – Tália, a filha do vilão. O escritor também criou a personagem coadjuvante Leslie Thompkins. E suas histórias desenhadas por Neal Adams, Jim Aparo e Dick Giordano figuram entre as mais influentes já feitas sobre Batman. Ele também ajudou a ressuscitar O Sombra, personagem da era do rádio e dos pulps, que sob sua direção se transformou em personagem da DC, e ainda assinou a famosa graphic novel da luta entre Superman e Muhammad Ali. Seu sucesso o levou de volta à Marvel, onde assumiu o carro-chefe da editora, o Homem-Aranha, além de Homem de Ferro e Demolidor durante os anos 1980. Neste período, criou a Madame Teia e os vilões Homem Hídrico, Monge de Ferro (Obadiah Stane) e Lady Letal (Yuriko Oyama). Ainda editou a fase de Frank Miller à frente do Demolidor. E, ao supervisionar o lançamento dos quadrinhos dos Transformers, concebeu e nomeou ninguém menos que Optimus Prime. A DC o trouxe de volta em 1986 com uma promoção, tornando-o editor de Batman, papel que ele cumpriu durante toda a era das graphic novels sombrias do personagem, até os anos 2000. Ele lançou a revista “Batman: Lendas do Cavaleiro das Trevas” dedicada a coleções de minisséries adultas de Batman, também se dedicou ao herói Questão, criou Richard Dragon, o personagem Azrael e ainda adaptou os roteiros dos filmes “Batman Begins” (2005) e “O Cavaleiro das Trevas” (2008) em quadrinhos. Sua carreira não se resumiu aos quadrinhos. Ele escreveu livros sobre a arte sequencial e também roteiros de séries, tanto para a versão animada de Batman quanto para a primeira série live-action do Superboy. Mas também trabalhou fora do gênero, roteirizando episódios de “Fuga das Estrelas” (Logan’s Run), a série derivada do filme “Fuga do Século 23” (1976), e da animação “Comandos em Ação” (G.I. Joe). Para completar, foi professor da Escola de Artes Visuais de Manhattan. Jim Lee, atual editor-chefe da DC, chamou Denny O’Neal de “um dos arquitetos visionários da DC Comics”, citando como ele “ajudou a reviver o Batman nos anos 1970” e como continua a ser o seu “escritor favorito do Lanterna Verde até hoje”. Lee resumiu a impacto de suas obras ao lembrar que, “por meio de sua edição e redação, Denny foi um dos primeiros escritores cujo trabalho e foco em questões sociais impulsionaram os quadrinhos” para fora de seu universo infantil.
Katrina Law voltará a viver Nyssa al Ghul em luta contra a irmã Talia em Arrow
A atriz Katrina Law vai voltar à série “Arrow” para retomar seu papel de Nyssa al Ghul. E os fãs podem comemorar, pois não será apenas num episódio, mas num arco que irá culminar numa luta muito esperada. O produtor Marc Guggenheim aproveitou a disponibilidade da atriz, diante do provável cancelamento de “Training Day”, para escalá-la num arco que culminará numa batalha épica entre as irmãs Nyssa e Talia al Ghul (Lexa Doig) no final da 5ª temporada. Law apareceu pela primeira vez na 2ª temporada como o grande amor de Sara Lance (Caity Lotz), o que a tornou, desde o primeiro instante, numa aliada relutante da equipe do Arqueiro Verde, mesmo diante da lealdade que jurou à Liga dos Assassinos, chefiada por seu pai. A princípio, os fãs estranharam a introdução da filha mais nova de Ra’s Al Ghul (Matt Nable) em vez da herdeira mais conhecida dos quadrinhos, Talia, que só surgiu na atual temporada. Na trama em exibição, os espectadores descobriram que Talia ajudou a treinar Oliver Queen (Stephen Amell) na Rússia, mas ela também treinou seu inimigo Prometheus (Josh Segarra) depois de descobrir que o Arqueiro Verde matou seu pai. Mesmo tendo deixado a Liga há muito tempo para criar seu próprio culto de guerreiros, ela não perdoou o antigo pupilo pelo assassinato. Já Nyssa apoiou a decisão de Oliver de matar seu pai e ainda o ajudou a enfrentar Malcolm Merlyn, pois assim virou líder da Liga dos Assassinos, saindo de cena ao final da 4ª temporada. Para quem não lembra, ela foi obrigada a casar com Oliver por decisão do pai. “Elas são tão próximas e tão diferentes que adoraria fazer uma história com Nyssa e Talia”, disse o produtor executivo Marc Guggenheim à Entertainment Weekly, quando introduziu a personagem vivida por Lexa Doig na série. Agora, as duas vão se enfrentar numa batalha épica altamente antecipada pelos fãs.
Arrow: Atriz de Continuum entra na série como Talia al Ghul
Conhecida por estrelar séries de ficção científica, a atriz Lexa Doig (“Andromeda”, “The 4400”, “Stargate SG-1”, “V” e “Continuum”) entrou no elenco de “Arrow” num papel recorrente e bem importante. Ela interpretará Talia al Ghul num longo arco da 5ª temporada. Criada pelo roteirista Dennis O’Neil em 1971, Talia é filha de Ra’s al Ghul e mãe do filho de Batman, Damian Wayne (o quinto Robin). Seu pai já teve um arco importante na série, vivido por Matt Nable, assim como sua meia-irmã Nyssa (Katrina Law), que, apesar estar desaparecida na atual temporada, é uma das personagens favoritas do público. Vale lembrar que Nyssa se casou com Oliver Queen no final da 3ª temporada, o que torna Talia cunhada do Arqueiro Verde. Talia é descrita pela sinopse do CW como experiente e culta, uma guerreira de elite que não escolhe lados, mas sim seu próprio caminho. Sua estreia vai acontecer no décimo episódio da temporada, previsto apenas para janeiro, que marcará o retorno da série após uma pausa de fim de ano.


