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  • Série

    Criadora de “Orange Is the New Black” fará série inspirada no clássico “Decamerão”

    19 de agosto de 2022 /

    A roteirista e produtora Jenji Kohan, criadora de “Orange Is the New Black”, está desenvolvendo uma nova série para a Netflix. Trata-se de “The Decameron”, produção de época criada por Kathleen Jordan (“Caçadoras de Recompensas”). A trama se passa no ano de 1348, quando a pandemia da Peste Negra atingiu a cidade de Florença e acompanha um grupo de nobres e seus servos que são convidados para um retiro luxuoso numa grande vila no interior da Itália, enquanto esperam a peste passar. Mas o que começa como uma brincadeira sexual banhada à vinho se transforma numa luta por sobrevivência. A série é vagamente inspirada no clássico “Decamerão”, escrito por Giovanni Boccaccio no século XIV. Considerada uma obra-prima da prosa italiana clássica, a obra de Boccaccio é uma coletânea com 100 contos contados por um grupo de personagens que se abriga em um castelo próximo de Florença para fugir da Peste Negra. Jordan se inspirou no período e no cenário de “Decamerão” para compor a sua obra, mas sua história se difere do livro clássico. A série vai se propor a examinar temáticas envolvendo sistemas de classes, lutas pelo poder e sobrevivência em tempos de pandemia, mas com um toque de leveza, numa visão romanceada ao estilo de “Bridgerton”, outro sucesso da Netflix. “Mal posso esperar para que as pessoas conheçam esse grupo ridículo de personagens. Tenho certeza de que Giovanni Boccaccio ficaria… confuso?”, brincou Jordan, em comunicado oficial. Jenji Kohan vai produzir “The Decameron” ao lado de Kathleen Jordan, que também atuará como showrunner da atração. As duas já trabalharam juntas em “Caçadoras de Recompensas”, também da Netflix. A direção vai ficar por conta de Mike Uppendahl (“Fargo”). A 1ª temporada de “The Decameron” terá oito episódios, com locações na Itália. Ainda não há previsão de estreia. Vale lembrar que a obra de Boccaccio já rendeu muitas adaptações no cinema, com destaque para o clássico “Decamerão” de Pier Paolo Pasolini, lançado em 1971, e “Maravilhoso Boccaccio”, último filme dos Irmãos Taviani, que chegou aos cinemas em 2015, três anos antes da morte de Vittorio. Confira abaixo o trailer legendado do filme mais recente.

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  • Filme

    Maravilhoso Boccaccio questiona a moral com uma beleza ímpar

    5 de maio de 2016 /

    Giovanni Boccaccio (1313-1375) e seu “Decamerão”, com 100 histórias escritas entre 1348 e 1353, marcam uma ruptura com a moral medieval e introduzem um realismo humanista, em que a sexualidade e a perversidade ocupam papel de relevo. Atraente e polêmico material, marco da literatura, um dos responsáveis pela fixação do idioma italiano, foi objeto da atenção dos melhores cineastas da Itália. Em 1962, o filme “Boccaccio 70”, com quatro episódios, reuniu Federico Fellini, Luchino Visconti, Vittorio De Sica e Mario Monicelli numa comédia antológica. Em 1971, foi a vez de Pier Paolo Pasolini filmar “Decameron”, com absoluto destaque para o erotismo. Outro grande trabalho cinematográfico. Agora é a vez dos irmãos Taviani, dupla brilhante de cineastas, contarem histórias livremente inspiradas no “Decamerão” de Boccaccio. A primeira coisa a apontar sobre esse filme dos irmãos Taviani é que ele é de uma beleza ímpar. Filmado na Toscana e Lazio, em lugares encantadores e envolvendo antiquíssimos castelos de até mil anos de idade, nos leva diretamente à cena medieval. A variação das cores e tonalidades se alterna para melhor expressar as diferentes situações contadas pelos narradores. Um elenco jovem, de belas moças e rapazes, contribui para a estética da obra, de maneira relevante. Assim, podemos dizer que “Maravilhoso Boccaccio” é em tudo e por tudo um filme sedutor. As histórias escolhidas e o tom com que são mostradas enfatizam o amor em seus múltiplos ângulos: do grotesco ao dramático e ao erótico, como antídoto para a morte, às vezes cruel e opressor, às vezes ingênuo e equivocado. A criação artística, a literatura, mostra os caminhos da imaginação, absolutamente essencial e necessária para enfrentar o mal, a tragédia, no caso, aqui, a peste negra, que devastava as cidades da Toscana na época em que Boccaccio escreveu. Um grupo de homens e mulheres jovens se refugia numa vila remota, nas colinas que cercam Florença, para escapar da peste e viver em comunidade com absoluta simplicidade, contando histórias uns para os outros. A imaginação é a seiva da vida desses jovens, em especial das mulheres, que tomam a dianteira da ação, a começar por decidir deixar a cidade, talvez numa proposta de vida imoral. Mas o que é a moral, diante da grandeza do amor e da própria sobrevivência?

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