Criadora de Insatiable diz que campanha “politicamente correta” contra a série é censura
A série “Insatiable” chegou nesta sexta (10/8) na Netflix envolta em polêmicas, após ser acusada de gordofobia e body shaming (humilhação corporal). Apenas a divulgação de seu trailer foi suficiente para inspirar uma petição online, que já atingiu mais de 230 mil assinaturas, pedindo para a plataforma cancelar a produção. A trama acompanha a vingança de uma ex-gordinha, vivida por Debby Ryan (estrela da série “Jessie”, do Disney Channel). Vítima de bullying no colegial, ela decide mudar de dieta, fica glamourosa e vai à forra, num acerto de contas virulento. Cheia de momentos ultrajantes, acabou desagradando quem não viu e não gostou. E a impressão negativa contagiou a crítica. No dia de sua estreia, a série contava com meros 13% de aprovação no Rotten Tomatoes. Agora, a criadora da atração, Lauren Gussis (roteirista de “Dexter”), resolveu contra-atacar, defendendo “Insatiable” por seu potencial de gerar incômodo e comparando a campanha contra a série à censura. “Eu queria cutucar esses assuntos através da comédia. Mas cada um dessas assuntos que os personagens lidam – de distúrbios alimentares ao transtorno dismórfico corporal, sexualidade, a necessidade de validação, o desejo de ser perfeito, doença mental – eu enfrentei cada uma dessas coisas”, revelou Gussis, em entrevista ao site The Hollywood Reporter. “Acho que estamos diante de um perigo real de censura se decidirmos que só podemos contar histórias de uma certa maneira para que todos se sintam seguros. Por experiência própria, o crescimento vem de desconforto e dor. Se ouvir essas coisas é desconfortável, eu entendo. São temas sensíveis. A ferida é profunda, mas não acho que a solução é me silenciar ou silenciar outras pessoas. Eu acho que a solução é falar, para que possamos discutir a respeito. É representar a realidade, ao invés de outra versão idealizada da verdade que não seja realista, o que nos mantém ainda mais distantes de ter uma conversa honesta e chegar a uma compreensão mais profunda de nós mesmos”, defende a criadora. Em outras palavras, ignorar o problema não faz o problema sumir. A repórter ainda questionou: “Mas como ajuda mostrar pessoas maltratando outras porque são gordas? A mensagem não deveria ser o contrário, que não se deve tratar mal as pessoas?” “Eu acho que essa é a mensagem da série, sim”, diz Gussis. “Quer dizer, veja o que acontece quando você trata alguém tão mal. Ela se transforma em uma pessoa realmente violenta, com raiva, e cada ação tem uma reação igual e oposta”. E então ela aponta o problema da pergunta, que está na raiz do ataque politicamente correto à produção. “Eu também acho que, na arte, ‘deveria’ é uma palavra muito, muito perigosa. Eu acho que se tentarmos dizer às pessoas como elas devem contar suas histórias, se tentarmos silenciá-las, então estamos fazendo o oposto do que a arte precisa fazer, que é estimular discussões. E eu acho que estamos, como sociedade, chegando muito perto desse perigo de censura. Eu acho que se dissermos às pessoas, e aos artistas especificamente, que você só pode contar uma história de uma certa maneira e você só tem permissão para contar uma história de uma forma que me faça sentir confortável, nós abrimos mão da capacidade de discutir e crescer com essas discussões”, concluiu.
Petição junta mais de 100 mil pessoas para que Netflix desista de lançar série
O trailer da série “Insatiable”, disponibilizado na semana passada, não agradou nadinha o público americano. A comédia adolescente foi acusada de gordofobia e “body-shaming” — algo como “humilhação corporal” – , porque mostra a atriz Debby Ryan sofrendo bullying por ser gorda, mas avança no tempo para transformá-la em magra, bela e vingativa. A rejeição fez com que mais de 100 mil pessoas assinassem uma petição on-line para que a Netflix desista de lançar a produção. “Por muito tempo, as narrativas falaram às mulheres e jovens garotas impressionáveis que, para ser popular, ter amigos, para se tornar desejada pelo olhar masculino e, em alguma medida, para ser um ser humano de valor, é preciso ser magra”, escreveu Florence, autora da petição, para justificar sua iniciativa. “Ainda temos tempo para impedir que esta série seja lançada e cause a devastação de insegurança nas mentes de jovens meninas que irão pensar que, para serem felizes e valiosas, precisam perder peso.” Ryan, que interpreta a personagem, defendeu “Insatiable” nas redes sociais, dizendo que “se preocupa profundamente” com o modo como os corpos femininos são “humilhados e policiados na sociedade”. “Nos últimos dias, vi quantas vozes são protetoras e potentes sobre os temas que aparecem na história”, escreveu a atriz no Twitter. “Fui atraída pela proposta dessa série sobre o quão difícil e assustador pode ser existir em um mundo com o seu corpo, seja porque você está sendo elogiada ou criticada por seu tamanho. E também sobre como é rezar para ser ignorada porque isso é mais fácil do que ser vista.” “Espero que os fãs esperam e assistam a série antes de julgar”, acrescentou. Criada por Lauren Gussis (roteirista de “Dexter”), “Insatiable” estava sendo desenvolvida na rede CW, que não aprovou o piloto, antes de chegar na Netflix. A prévia disponibilizada pela plataforma é cheia de momentos ultrajantes, no melhor estilo “Heathers” (o filme cultuado também conhecido como “Atração Mortal” no Brasil), chamando a estreia para 10 de agosto. Apesar dos protestos barulhentos, algumas pessoas têm defendido o uso da comédia para lidar com questões como bullying e a pressão pela magreza. De todo modo, vale observar que esta não é a primeira série de comédia sobre o tema produzida neste ano. Lançada em junho pelo canal pago americano AMC, “Dietland” também acompanha uma gordinha (Joy Nash) vítima de body-shaming, que se junta a feministas radicais numa trama mirabolante de vingança. A diferença é que ela não fica magra da noite para o dia.
Insatiable: Debby Ryan vive ex-gordinha com planos de vingança no trailer da nova série teen da Netflix
A Netflix divulgou o pôster, 32 fotos, um teaser e o trailer legendado da série “Insatiable”, que acompanha a vingança de uma ex-gordinha. Vítima de bullying no colegial, ela decidiu mudar de dieta, ficou glamourosa e buscar um treinador de concursos de beleza para virar miss e ir à forra. A prévia é cheia de momentos ultrajantes, no melhor estilo “Heathers” (o filme, não a série aparentemente cancelada). O projeto estava sendo desenvolvido na rede CW, que não aprovou o piloto. Era aparentemente muito controvertido, pelo que o trailer demonstra. E já causa polêmica antes da estreia, acusado de body shaming nas redes sociais. Criada por Lauren Gussis (roteirista de “Dexter”), “Insatiable” destaca a atriz Debby Ryan (estrela da série “Jessie”, do Disney Channel) no papel principal, Alyssa Milano (de “Charmed” e “Mistresses”) como sua mãe e Dallas Roberts (“The Walking Dead”) como o treinador, além de Christopher Gorham (“Covert Affairs”), Erinn Westbrook (“Awkward.”), Michael Provost (“Em Defesa de Cristo”), Sarah Colonna (“Chelsea Lately”), Kimmy Shields (“Big Little Lies”), Irene Choi (“As Calouras”), Arden Myrin (“Shameless”), James Lastovic (novela “Days of Our Lives”) e Beverly D’Angelo (do cássico “Férias Frustradas”). A 1ª temporada conta com 12 episódios e chega ao streaming em 10 de agosto. Além de “Insatiable”, a Netflix também resgatou o piloto de “Mixtape”, recusado pela Fox.
My Friend Dahmer: Trailer mostra juventude de um dos mais famosos serial killers americanos
A Film Rise divulgou o pôster e o segundo trailer de “My Friend Dahmer”, que traz o ídolo adolescente Ross Lynch (do telefilme “Teen Beach Movie” e da série “Austin & Ally”, do Disney Channel) como o famoso serial killer Jeffrey Dahmer. A prévia mostra Dahmer em seus dias de colegial, durante os anos 1970. O filme indie é uma adaptação da graphic novel de mesmo nome, do cartunista Derf Backderf, com roteiro e direção de Marc Meyers (“How He Fell In Love”), e mostra o futuro canibal lutando com as dificuldades da adolescência, sua família problemática e seu desejo de matar. O elenco também inclui Anne Heche (série “Aftermath”) e Dallas Roberts (série “The Walking Dead”) como os pais de Dhamer, além de Vincent Kartheiser (série “Mad Men”), Alex Wolff (“O Dia do Atentado”) e Miles Robbins (“Em Busca de Uma Nova Chance”). Conhecido por estuprar, matar, desmembrar e comer 17 homens e meninos entre o final dos anos 1970 e o começo dos 1990, Dahmer foi diagnosticado como psicopata e acabou assassinado na prisão por outro presidiário em 1994. O serial killer já foi retratado no drama “Dahmer” (2002), obra responsável por impulsionar a carreira do ator Jeremy Renner (“Os Vingadores”), que recebeu o troféu Indie Spirit Award pelo papel.
My Friend Dahmer: Trailer mostra juventude de um dos mais famosos serial killers americanos
A Film Rise divulgou o primeiro trailer de “My Friend Dahmer”, que traz o ídolo adolescente Ross Lynch (do telefilme “Teen Beach Movie” e da série “Austin & Ally”, do Disney Channel) como o famoso serial killer Jeffrey Dahmer. A prévia mostra Dahmer em seus dias de colegial, durante os anos 1970. O filme indie é uma adaptação da graphic novel de mesmo nome, do cartunista Derf Backderf, com roteiro e direção de Marc Meyers (“How He Fell In Love”), e mostra o futuro canibal lutando com as dificuldades da adolescência, sua família problemática e seu desejo de matar. O elenco também inclui Anne Heche (série “Aftermath”) e Dallas Roberts (série “The Walking Dead”) como os pais de Dhamer, além de Vincent Kartheiser (série “Mad Men”), Alex Wolff (“O Dia do Atentado”) e Miles Robbins (“Em Busca de Uma Nova Chance”). Conhecido por estuprar, matar, desmembrar e comer 17 homens e meninos entre o final dos anos 1970 e o começo dos 1990, Dahmer foi diagnosticado como psicopata e acabou assassinado na prisão por outro presidiário em 1994. O serial killer já foi retratado no drama “Dahmer” (2002), obra responsável por impulsionar a carreira do ator Jeremy Renner (“Os Vingadores”), que recebeu o troféu Indie Spirit Award pelo papel.


