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    Woody Allen cogita aposentadoria diante de obstáculos no mercado

    4 de setembro de 2023 /

    O veterano cineasta Woody Allen revelou nesta segunda (4/9), durante o Festival de Veneza, que pode encerrar sua carreira na indústria do cinema. Em entrevista à revista Variety, Allen discutiu a complexidade crescente na obtenção de financiamento para suas produções cinematográficas. “Tenho tantas ideias para filmes que ficaria tentado a fazer, se fosse fácil de financiar”, declarou. “Mas não sei se tenho a mesma disposição para sair e gastar muito tempo arrecadando dinheiro”, completou. O diretor esclarece que, embora o processo criativo ainda o atraia, as dificuldades para arrecadar fundos se tornaram um grande fator desmotivador: “Fazer o filme é uma coisa, mas arrecadar dinheiro para isso, você sabe, é tedioso e nada glamoroso.” Allen ainda abordou o impacto dos novos modelos de distribuição de filmes, que migraram para plataformas de streaming. “Não gosto da ideia de fazer um filme e depois de duas semanas ele estar na televisão ou no streaming”, lamentou o cineasta. Essa mudança no cenário de exibição de obras é, segundo ele, outro elemento que o faz reconsiderar a continuidade de sua trajetória no cinema. A questão do cancelamento Um dos motivos que dificultam suas capacidade de arrecadação é a cultura do cancelamento. O cineasta sofre uma campanha contínua de ódio após o reforço de acusações de abuso sexual feitas por sua filha, Dylan Farrow, que teriam acontecido quando ela era um bebê. “Minha reação sempre foi a mesma. A situação foi investigada por dois grandes órgãos de investigação. E, ambos, após longas investigações detalhadas, concluíram que não havia mérito nessas acusações”, afirmou Allen. Ele negou ainda qualquer encontro com sua filha desde o ocorrido e disse que apoia o movimento #MeToo, mas não “cultura do cancelamento”. “Acho que qualquer movimento onde haja benefícios reais, onde faça algo positivo, no caso para as mulheres, é uma coisa boa”, falou. “Eu disse anos atrás que deveria ter sido um garoto-propaganda [do movimento #MeToo] e todos ficaram agitados com isso. Mas a verdade é a verdade. Já fiz 50 filmes. Sempre dei papéis muito bons para mulheres, sempre tive mulheres na equipe, sempre paguei a elas exatamente a mesma quantia que pagávamos aos homens, trabalhei com centenas de atrizes e nunca, jamais tive uma única reclamação de nenhuma delas em nenhum momento. Nenhuma delas jamais disse: ‘Ele foi mau ou assediador’. Isso simplesmente nunca foi um problema. Meus editores são mulheres. Eu não tenho nenhum problema com isso. Isso nunca esteve em minha mente de forma alguma. Eu contrato quem eu acho que é bom para a função. Como eu disse, já trabalhei com centenas de atrizes, atrizes desconhecidas, estrelas, atrizes de nível médio. Ninguém nunca reclamou e não há o que reclamar”. O 50º filme Woody Allen está no Festival de Cinema de Veneza com seu 50º filme, “Coup de Chance”. A obra, feita em francês, aborda temas frequentes na filmografia do diretor, como amor e adultério. Allen destacou que a mudança para o idioma francês foi influenciada por sua admiração por cineastas europeus. “Conforme crescia, todos os filmes que me entusiasmavam eram de Itália, França ou Suécia. E sempre desejei ter nascido em França ou poder ser um cineasta francês. Eu era um grande fã de Truffaut e Godard, claro. E tive a oportunidade de conhecer essas pessoas e até trabalhar com Godard. Ele fez um filme no qual me convidou para participar. E eu não queria, mas nunca diria não a ele porque ele foi uma grande influência no cinema. E todos esses (diretores) franceses, você sabe, Chabrol e Renais e Renoir, todas essas pessoas por quem eu era louco. Então, sempre quis ser um cineasta francês. E como este é o meu 50º filme, pensei em me dar um presente e me dar ao luxo [de fazer um filme francês]”, explicou.

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    Festival de Veneza aposta em polêmicas com filmes de Polanski e Woody Allen

    25 de julho de 2023 /

    O 80º Festival de Veneza, que ocorrerá de 30 de agosto a 9 de setembro, anunciou uma seleção de filmes que promete atrair a atenção internacional, mas também gerar controvérsias. Entre os filmes selecionados estão obras de diretores que foram recentemente “cancelados” por denúncias de abusos sexuais: Roman Polanski, Woody Allen e Luc Besson.   Diretores polêmicos Polanski, que fugiu dos EUA em 1978 após ser condenado por agressão sexual a uma adolescente, apresentará seu novo filme, “The Palace”, fora da competição. Woody Allen traz “Coup de Chance”, e Luc Besson estreará “DogMan” na competição. Todos os três cineastas foram alvo de alegações de abuso e, no contexto do movimento #MeToo, de campanhas de cancelamento online. No entanto, apenas Polanski foi acusado formalmente de um crime. Woody Allen foi considerado inocente das alegações de abuso de sua filha adotiva nos anos 1990 e os tribunais franceses rejeitaram repetidamente as acusações contra Besson, inclusive recentemente descartando um caso envolvendo uma suposta agressão a uma atriz belga. Alberto Barbera, diretor do festival, defendeu a escolha de incluir Polanski na programação oficial. “O caso Polanski [tem sido] debatido há 50 anos. Não entendo por que não se pode distinguir entre as responsabilidades do homem e as do artista”, disse ele. “Polanski tem 90 anos, é um dos poucos mestres em atividade, fez um filme extraordinário… Pode ser o último filme de sua carreira, embora eu espero que ele faça como [Joaquim] de Oliveira, que fez filmes até os 105 anos. Eu me posiciono firmemente entre aqueles que no debate distinguem [entre] a responsabilidade do homem e a do artista.”   Filmes descancelados “The Palace”, de Polanski, é descrito como uma comédia negra ambientada em um luxuoso hotel suíço na véspera de Ano Novo em 1999. O elenco inclui John Cleese, Luca Barbareschi, Oliver Masucci, Fanny Ardant e Mickey Rourke. Já “Coup de Chance”, de Allen, é o primeiro filme do diretor em francês. Nos últimos anos, Allen encontrou dificuldades para garantir financiamento nos EUA para seus filmes, após as alegações de abuso de sua filha adotiva, Dylan Farrow, ressurgirem na era pós-#MeToo. No entanto, distribuidores europeus continuaram a apoiá-lo. O novo filme, que será lançado na França em 27 de setembro, inclui um elenco de estrelas francesas, incluindo Lou de Laage, Valerie Lemercier, Melvil Poupaud e Niels Schneider. “DogMan”, de Besson, marca o retorno do diretor ao cinema, após se afastar por quatro anos para lidar com acusações de assédio e estupro. O drama, que traz Caleb Landry Jones como um jovem marcado pela vida, que encontra sua salvação através do amor por seus cães, foi um sucesso de pré-vendas para a Kinology no European Film Market em Berlim em fevereiro, vendendo seus direitos de exibição para quase todo o mundo.   Cinema brasileiro A programação do Festival de Veneza também exibe o longa-metragem brasileiro “Sem Coração”, que fará sua estreia mundial na mostra paralela Horizonte. O filme é uma coprodução oficial entre Brasil, França e Itália, dirigido e escrito por Nara Normande e Tião, e produzido por Emilie Lesclaux, Kleber Mendonça Filho (Cinemascópio), Justin Pechberty, Damien Megherbi (Les Valseurs), Nadia Trevisan, Alberto Fasulo (Itália) e pela Vitrine Filmes. “Sem Coração” se passa no verão de 1996, no litoral de Alagoas, e acompanha Tamara, que está aproveitando suas últimas semanas na vila pesqueira onde mora antes de partir para estudar em Brasília. Ela ouve falar de uma adolescente apelidada de “Sem Coração” por causa de uma cicatriz que tem no peito. Ao longo do verão, Tamara sente uma atração crescente por essa menina misteriosa. O filme foi rodado em locações no litoral de Alagoas, entre setembro e outubro de 2022.   Presença de grandes cineastas Outros destaques do festival são “The Killer”, de David Fincher, que traz Michael Fassbender como um assassino frio que começa a desenvolver uma consciência, e “Maestro”, de Bradley Cooper, um drama sobre o grande maestro Leonard Bernstein. Ambos são lançamentos da Netflix, que também está competindo pelo Leão do Ouro com “El Conde”, do chileno Pablo Larrain, que retrata o ditador Augusto Pinochet como um vampiro. A lista de cineastas americanos ainda inclui Ava DuVernay, que traz “Origin”, sobre o sistema de hierarquia que moldou os EUA, Sofia Coppola, que apresenta a cinebiografia “Priscilla”, cinebiografia de Priscilla Presley, e Michael Mann, que entra na disputa com o drama de corrida “Ferrari”, com Adam Driver no papel de Enzo Ferrari, o fundador da famosa marca de carros. O festival também mostrará a estreia do diretor mexicano Michel Franco em inglês, com “Memory”, um filme ambientado em Nova York e estrelado por Jessica Chastain e Peter Sarsgaard, além de novos filmes do diretor japonês de “Drive My Car”, Ryûsuke Hamaguchi, chamado “Evil Does Not Exist”, e do grego Yorgos Lanthimos, a ficção científica surrealista “Poor Things”, estrelado por Emma Stone.   Seleção europeia A Itália também marca forte presença com seis títulos na competição, liderados pelo filme de abertura “Comandante”, um épico anti-guerra ambicioso estrelado pelo ator italiano Pierfrancesco Favino. Outros destaques italianos incluem “Io Capitano”, de Matteo Garrone, sobre a jornada homérica de dois jovens africanos que deixam Dakar para chegar à Europa, e “Finalmente L’alba”, de Saverio Costanzo, ambientado na Cinecittà durante os anos 1950, quando as famosas instalações de cinema eram conhecidas como a “Hollywood no Tibre”. Da França, vem o já mencionado “Dogman”, de Luc Besson, e “The Beast”, uma sci-fi de Bertrand Bonello que traz Léa Seydoux como uma jovem atormentada que decide purificar seu DNA em uma máquina, que a levará em uma jornada por uma série de vidas passadas. Outros filmes notáveis incluem os poloneses “The Green Border”, de Agnieszka Holland, sobre a crise humanitária desencadeada pelo presidente bielorrusso Lukaschenko, que em 2021 abriu a fronteira da Bielorrússia com a Polônia para migrantes, e “Kobieta Z”, da dupla de diretores Małgorzata Szumowska e Michał Englert. O Festival de Veneza de 2023 acontecerá de 30 de agosto a 9 de setembro.

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