Joey Morgan (1993–2021)
O ator Joey Morgan, que ficou conhecido por seu papel no terrir adolescente “Como Sobreviver a um Ataque Zumbi”, morreu no domingo (21/11) aos 28 anos de idade, de causa não divulgada. “Isso foi um choque que deixou todos que o amavam devastados, e nós sentiremos muito a falta de Joey. Esperamos que todos entendam que este é um momento doloroso para seus entes queridos, e respeitem as barreiras da privacidade”, disseram seus representantes em comunicado à imprensa. Sua estreia na atuação aconteceu em 2015, no citado “Como Sobreviver a um Ataque Zumbi”, em que deu vida a um dos três escoteiros que enfrentam o apocalipse. Em sua homenagem, o diretor do longa, Christopher Landon, o descreveu no Twitter como um jovem “quieto, engraçado, inteligente e pensativo”, mas que se tornava “magnético” quando as câmeras rolavam. Depois do filme de estreia, Morgan ainda apareceu em “Compadres” (2016), “Flor da Juventude” (2017), “O Acampamento de Férias” (2018) e no sucesso romântico da Netflix “Sierra Burgess é uma Loser” (2018). Seus últimos trabalhos foram o protagonismo da série “Critters: A New Binge” (2019), baseada na clássica franquia trash “Criaturas” no canal pago americano Shudder, e o filme “Max Reload and the Nether Blasters” (2020), um novo terrir em que precisou impedir novamente o apocalipse. Joey Morgan came into my life nearly 9 years ago when I made Scouts. He was quiet, funny, intelligent and thoughtful. And when the cameras rolled he was magnetic. He passed today and the news is heartbreaking. I am honored to have known him. 💔 pic.twitter.com/53GQ0r0YYB — christopher landon (@creetureshow) November 21, 2021
Como Sobreviver a um Ataque Zumbi é o American Pie dos filmes de zumbis
Com a moda de filmes, séries, games, quadrinhos e até passeatas de zumbis, é inevitável surgir cada vez mais lançamentos na linha de “Como Sobreviver a um Ataque Zumbi”. Só neste ano, ainda foram lançados “Cooties: A Epidemia” e “Freaks of Nature”, a ponto de as comédias de zumbis deixarem de representar qualquer novidade. Na trama da vez, três amigos que se conhecem desde a infância, frequentando o mesmo grupo de escoteiros, envolvem-se numa situação inusitada. Quando dois deles têm crise de identidade – por não serem levados muito a sério pelas meninas da sua idade – e decidem abandonar o acampamento para ir a uma festa secreta do pessoal da escola, eles descobrem que sua cidade está tomada por zumbis. O detalhe é que, no apocalipse que se segue, sua experiência como escoteiros finalmente fará a diferença. Pode não ser hilário como o clássico “A Volta dos Mortos-Vivos” (1985), que deu origem a todo besteirol zumbi, ou mesmo manter o nível dos mais recentes “Todo Mundo Quase Morto” (2004) e “Zumbilândia” (2009), mas “Como Sobreviver a um Ataque Zumbi” cumpre bem a sua função e também rende momentos memoráveis, ao acrescentar elementos de comédia sexual adolescente, ao estilo de “Porky’s” (1981), “A Vingança dos Nerds” (1984) e “American Pie” (1999). Afinal, o que os rapazes querem mesmo é perder a virgindade e serem mais respeitados pela turma descolada da escola. Pelo menos dois deles, inclusive, já acham que está mais do que na hora de abandonar seu estilo “loser” de vida. O empecilho era o terceiro da turma, o gordinho (sempre tinha um gordinho nos filmes de adolescentes dos anos 1980, não é?), que está prestes a receber uma medalha. A combinação de “American Pie” com “Zumbilândia” não deixa de representar uma novidade nesse filão tão devorado por produtores zumbis. Nisto, merece algum mérito o diretor e roteirista Christopher Landon (“Atividade Paranormal – Marcados para o Mal”). Assim como fez com a história de “Paranóia” (2007), ele não busca reinventar a roda, optando por criar a versão adolescente de uma trama conhecida, com personagens carismáticos (o jovem Tye Sheridan, de “Amor Bandido”, ainda deve se tornar um grande astro), piadas escatológicas e muito gore para compor seu quadro de horrores. Na lista de referências de comédias teen, não falta sequer a gostosa que é muita areia para um nerdzinho. Além de bela, a personagem de Sarah Dumont trabalha em uma boate de strip-tease – claro ! – e vai despertar o desejo dos rapazes, que não são de ferro. Rola até uma cena de beijo. Mas o filme não será lembrado por seu romantismo. Seu humor degenerado rende cenas bem grosseiras, envolvendo órgãos genitais, sexo oral, defecação, peitos enormes e coisas do tipo, apelando para os hormônios do público jovem, enquanto o sangue esguicha e os monstros disparam a adrenalina. Química básica, com zumbis.

