Próxima temporada será a última da série The Originals
A 5ª temporada de “The Originals” será a última da produção. A informação foi revelada pela criadora da série Julie Plec no Twitter, na véspera de sua participação na Comic-Con. “Estou fazendo as malas para a San Diego Comic-Con e percebo que já faz um ano que anunciamos o fim de ‘The Vampire Diaries’. É justo que eu use esse aniversário para fazer outra despedida. Esse ano, te convidamos à dizer adeus para ‘The Originals’, que começará suas gravações a partir de segunda (24/7)”, ela escreveu. “É tanto uma dádiva quanto uma maldição controlar o fim de uma série. A maioria dos programas não têm sorte o suficiente de escolher quando acabar. Poder celebrar a conclusão de ‘The Vampire Diaries’ foi uma jornada proveitosa e muito emocional, um presente dado por Mark Pedowitz [presidente da CW] e Peter Roth da Warner Bros TV que, como fãs de TV, sabem o que é quando um fã pode se despedir”, acrescentou. “Terminar uma série é agridoce, mas, para mim, também um benção pode fazer parte desta escolha”, continua, convidando o público a aproveitar o final do jornada. “Celebre conosco, chore conosco, nos visite e nos acompanhe quando voltarmos ao ar na próxima privamera [entre março e junho nos EUA] e saiba que, em um programa sobre uma família imortal que acredita em ‘Para Sempre’, a história nunca acaba de verdade…” A decisão de encerrar a série chega logo após o showrunner Michael Narducci ter revelado que o final da 4ª temporada tinha sido concebido como possível desfecho para a trama, caso a série não fosse renovada pela rede CW. Os novos episódios vão acontecer após um salto temporal e mostrarão Hope, a filha de Klaus (Joseph Morgan) e Hayley (Phoebe Tonkin), em sua adolescência. Boatos sugerem que a série pode ganhar um spin-off centrado em sua personagem, que será vivida por Danielle Rose Russell (que estreou no filme “Caçada Mortal”), de 16 anos de idade. No Brasil, “The Originals” é exibida pelo canal pago MTV. An announcement….. #TheOriginals pic.twitter.com/pizW1LIsdS — Julie Plec (@julieplec) July 20, 2017
Comic-Con 2017 apresenta as novidades da indústria cultural
A Comic-Con original, criada em 1970 no subsolo de um hotel de San Diego, começa sua edição de 2017 nesta quinta (20/7), bem diferente de sua proposta inicial. Fundada por fãs preocupados em validar a cultura dos quadrinhos, hoje o evento é um grande intervalo de Superbowl interativo, em que a indústria cultural anuncia produtos para consumo. Assim como no Superbowl, serão divulgados trailers e vídeos exclusivos. A parte interativa fica por conta de painéis e encontros com as estrelas dos produtos, uma extensão live action dos comerciais. Lotado por pessoas uniformizadas como super-heróis, o evento extrapolou em muito seu objetivo inicial. Quadrinhos deixaram de ser um aspecto marginal da cultura pop para se tornar um negócio multibilionário, a ponto da própria Comic-Con ter virado franquia. Hoje, estende-se até ao Brasil. A ironia é que as próprias editoras e lojas de quadrinhos agora acham que não tem mais espaço na Comic-Con. A Miles High, tradicional participante, decidiu cancelar sua presença nesta e em futuras edições. Isto porque a convenção é hoje dominada por estúdios de TV, cinema e games, que usam os gibis apenas como fonte de referência. O negócio é tão bom que a Disney decidiu criar a sua própria Comic-Con, a feira D23, em vez de pagar para participar da celebração de San Diego. Por isso, não há investimento da dona das marcas Marvel e “Star Wars” na Comic-Con. Ou seja, a Comic-Con já não é mais um multiverso de possibilidades, apenas uma possibilidade de negócios. A presença de heróis da Marvel se deve mais à inciativa de empresas licenciadas, como a Fox, que lança os filmes e séries do universo mutante (“X-Men”, “Deadpool”), e a Netflix, responsável por séries de heróis urbanos (“Os Defensores”). Mas há painéis para discutir efeitos e o fandom da Marvel, com participação do presidente do Marvel Studios, que podem justificar a ausência de videos de super-heróis na recente D23. Em compensação, a Warner investe forte para destacar os filmes e séries de super-heróis de sua empresa de quadrinhos, a DC Comics. São previstas novidades sobre “Liga da Justiça”, “Aquaman” e muito mais. Além de personagens de quadrinhos, Hollywood também usa a sinergia da Comic-Con para impulsionar futuros blockbuster, como “Blade Runner 2049”, “Jogador Número 1” e outros, visando gerar expectativa capaz de garantir bilheterias. O mundo das séries de fantasia, terror e sci-fi também é bem representado por produções como “Game of Thrones”, “The Walking Dead”, “Star Trek: Discovery”, “Doctor Who”, “Supernatural” e “Stranger Things”. De fato, a possibilidade de encontrar artistas das mais variadas produções no mesmo espaço é que impulsiona os fãs a encarar viagens, filas e apertos diversos para incluir uma Comic-Con em suas vidas. Mesmo que isso signifique vibrar de alegria extrema por poder ver um novo comercial (também disponibilizado na internet).

