Tom Hanks diz que Clint Eastwood “trata atores como cavalos”
Ator de filmes clássicos e diretor bem-sucedido, premiado com dois Oscars por “Os Imperdoáveis” (1992) e “Menina de Ouro” (2004), Clint Eastwood pode ser muito admirado em Hollywood, mas, trabalhar com ele não é fácil, garantiu Tom Hanks. Protagonista de “Sully – O Herói do Rio Hudson”, o ator admitiu, durante o programa de entrevistas de Graham Norton, que ficava nervoso com a forma que o cineasta tratava os atores. Mesmo com tom de brincadeira, Hanks afirmou que o jeito duro e incisivo de Eastwood assustou a ele e aos colegas de elenco. “Você não ia gostar de receber um dos intimidadores olhares de Eastwood. Ele trata os atores como cavalos. Pois nos anos 1960, quando ele fez a série western ‘Couro Cru’ (Rawhide), o diretor gritava ‘ação’ e os animais disparavam. Então, quando ele dirige um filme, ele fala bem baixinho ‘vai, pode começar’, e em vez de gritar ‘corta’, ele diz ‘chega disso’. É muito intimidante”, declarou. Com estreia marcada no Brasil para a quinta (1/12), “Sully – O Herói do Rio Hudson” liderou as bilheterias dos EUA por duas semanas consecutivas em setembro passado. No filme, Hanks aparece com cabelos brancos e aparência envelhecida para viver o Capitão Chesley “Sully” Sullenberger, que dá título à produção. Baseado numa história real, o filme destrincha a repercussão de seu feito, ao conseguir pousar um avião com problemas, lotado de passageiros, no Rio Hudson, em Nova York, sem deixar feridos em janeiro de 2009. Considerado herói pela mídia, mas questionado pela perícia, ele precisa defender suas ações, que o levaram a tomar a decisão de pousar no rio ao constatar falha nos motores logo após a decolagem. O roteiro foi adaptado por Todd Komarnicki (“A Estranha Perfeita”) e o elenco também inclui Anna Gunn (série “Breaking Bad”), Laura Linney (série “The Big C”), Aaron Eckhart (“Batman – O Cavaleiro das Trevas”), Sam Huntington (série “Being Human”) e Autumn Reeser (série “Hawaii Five-0”).
Clint Eastwood negocia dirigir resgate heróico de ativista humanitária
Aos 86 anos, Clint Eastwood não quer saber de descansar. Enquanto seu novo filme, “Sully – O Herói do Rio Hudson”, impressiona nas bilheterias norte-americanas, o cineasta já está em negociações com a Warner Bros para comandar seu próximo longa-metragem. Segundo o site da revista Variety, será “Impossible Odds”, novamente baseado numa história verídica como “Sully” e “Sniper Americano” (2014), seus dois últimos e consecutivos sucessos. “Impossible Odds” contará a história real da ativista humanitária americana Jessica Buchanan e do dinamarquês Poul Hagen Thisted, que foram sequestrados em 2012 por piratas somalis enquanto trabalhavam num projeto de desarmamento de campos minados na África. Exigindo um resgate milionário, os piratas os mantiveram presos por 93 dias, até que um ataque preciso de um time SEAL, a tropa de elite da Marinha americana, exterminou os sequestradores e os resgatou. Detalhe: a unidade que realizou a operação foi a famosa SEAL Team Six, a mesma que matou Osama Bin Laden no Paquistão, façanha que rendeu o filme premiado “A Hora Mais Escura” (2012) O roteiro está sendo escrito por Brian Helgeland (“Robin Hoood”) e ainda não há previsão para o começo das filmagens. Enquanto isso, “Sully”, que chegou a liderar as bilheterias norte-americanas por duas semanas, tem previsão de chegar ao Brasil apenas em 1 de dezembro.
Sully: Tom Hanks evita um desastre no trailer legendado do novo filme de Clint Eastwood
A Warner Bros. divulgou um novo pôster e o trailer legendado de “Sully: O Herói do Rio Hudson”, drama baseado em fatos reais estrelado por Tom Hanks (“Ponte de Espiões”) e dirigido por Clint Eastwood (“Sniper Americano”). A prévia traz Hanks com cabelos brancos e aparência envelhecida para viver o Capitão Chesley “Sully” Sullenberger, que dá título à produção. Baseado numa história real, o filme destrincha a repercussão de seu feito, ao conseguir pousar um avião com problemas, lotado de passageiros, no Rio Hudson, em Nova York, sem deixar feridos. Considerado herói pela mídia, mas questionado pela perícia, ele precisa defender suas ações, que o levaram a tomar a decisão de pousar no rio ao constatar falha nos motores logo após a decolagem. O elenco também inclui Anna Gunn (série “Breaking Bad”), Laura Linney (série “The Big C”), Aaron Eckhart (“Batman – O Cavaleiro das Trevas”), Sam Huntington (série “Being Human”) e Autumn Reeser (série “Hawaii Five-0”). O roteiro foi adaptado por Todd Komarnicki (“A Estranha Perfeita”) e a estreia está marcada para 9 de setembro nos EUA, três meses antes do lançamento no Brasil, previsto apenas para 1 de dezembro.
Tom Hanks surpreende ao usar entrevista de seu novo filme para elogiar La La Land
O ator Tom Hanks fugiu totalmente do roteiro da entrevista coletiva de “Sully – O Herói do Rio Hudson”, seu novo filme, dirigido por Clint Eastwood. Durante a première do drama no Festival de Telluride, nos EUA, ele aproveitou para falar de outro filme da programação do evento: “La La Land”. E não poupou elogios. “Quem viu ‘La La Land’, ontem?”, ele perguntou aos jornalistas presentes para entrevistá-lo. “Quando você assiste algo novo, que nunca imaginou, você pensa ‘meu Deus, obrigado por isso’. Porque acho que um filme como ‘La La Land’ é algo cada vez mais raro hoje em dia. Acho que também será um teste para o público americano, porque não é uma obra que possui elementos desejados por nenhum dos grandes estúdios. O que os executivos de Hollywood desejam é previsibilidade, acertar o que o público quer. Por isso, temos cada vez mais do mesmo, um monte de remakes. ‘La La Land’ não é uma sequência, ninguém sabe quem são os personagens. É um musical, mas ninguém conhece suas músicas. Também não é um filme que cai em algum tipo de tendência em voga. Agora, se o público não quiser abraçar algo maravilhoso como este filme, então estamos ferrados”, disse o astro. Hanks completou com um comentário irônico, brincando que a Warner deve ter ficado muito feliz por ele ter usado o tempo da sua entrevista para elogiar uma produção de outro estúdio. Dirigido por Damien Chazelle (“Whiplash – Em Busca da Perfeição”), “La La Land” foi aplaudido de pé na abertura do Festival de Veneza. Sua trama gira em torno do romance de um pianista de jazz (Ryan Gosling) com uma jovem aspirante a atriz (Emma Stone). Os dois se apaixonam, porém, à medida que vão ficando famosos, o romance entra em crise. A estreia no Brasil está marcada o dia 12 de janeiro. Veja o trailer aqui. Já “Sully” é baseado numa história real e traz Tom Hanks de cabelos brancos, no papel do Capitão Chesley “Sully” Sullenberger, que foi considerado um herói, ao conseguir pousar um avião com problemas, lotado de passageiros, no Rio Hudson, em Nova York, sem deixar feridos. O filme também foi bastante elogiado pela crítica americana e estreia em 1 de dezembro no Brasil. Veja o trailer aqui.
Jon Polito (1950 – 2016)
Morreu o ator Jon Polito, que se destacou em diversos filmes dos irmãos Coen e estrelou a premiada série “Homicide”. Ele linha 65 anos e seu falecimento aconteceu na sexta-feira (2/9), em decorrência de um câncer diagnosticado em 2010. Nascido na Filadélfia, em 29 de dezembro de 1950, Polito começou a carreira na Broadway e só começou a aparecer nas telas aos 31 anos de idade, numa galeria de mais de uma centena de papéis memoráveis, ainda que pequenos, a maioria das vezes explorando sua ascendência italiana para viver personagens mafiosos, sempre com um toque extravagante e bem-humorado. Não por acaso, estreou como mafioso em “Guerra Entre Gangsters” (1981), minissérie que também virou filme, como direção de Richard C. Sarafian. Ainda dos anos 1980, foi o poderoso chefão da série “Crime Story” e participou até de “O Homem da Máfia”. O início de sua extensa colaboração com os Coen também foi num filme de gângsteres, “Ajuste Final” (1990). Mas Joel e Ethan Coen encontraram outros papéis para o ator em suas parcerias seguintes, que incluíram “Barton Fink – Delírios de Hollywood” (1991), “Na Roda da Fortuna” (1994), “O Grande Lebowski” (1998) e “O Homem que Não Estava Lá” (2001). Ironicamente, o segundo papel mais interpretado por Polito foi o de policial. Ele começou a usar distintivo na fantasia clássica “Highlander – O Guerreiro Imortal” (1986) e acabou estrelando a premiada série policial “Homicide – Life on the Street” em 1993, como o detetive Steve Crosetti. Foi nessa produção, por sinal, que sofreu a maior injustiça e preconceito de sua carreira. Em troca da liberdade criativa, os produtores cederam à pressão da rede CBS para dispensar o ator menos fotogênico do elenco, levando Polito a ser demitido na 3ª temporada. Seu personagem, porém, foi resgatado para o telefilme que encerrou a série, “Homicide: The Movie”, em 2000. Ele também foi juiz em duas séries, “Raising the Bar” (2008) e “Murder in the First” (2014). E quando não esteve às voltas com lei, seja para quebrá-la ou reforçá-la, apareceu em dezenas de atrações que marcaram o humor televisivo americano, de “Seinfeld” a “Modern Family”. Nos últimos anos, ainda se destacou em alguns filmes de grande orçamento, como “A Conquista da Honra” (2006), “O Gângster” (2007), “Caça aos Gângsteres” (2013) e “Grandes Olhos” (2014), nos quais trabalhou com cineastas do porte de, entre outros, Clint Eastwood, Ridley Scott e Tim Burton. Apesar da pose de machão em seus filmes, Polito era gay e viveu os últimos e mais difíceis anos de sua vida casado com o também ator Darryl Armbruster (“Dias Incríveis”).
Lady Gaga vai estrear no cinema no remake de Nasce uma Estrela
A cantora Lady Gaga vai virar atriz de cinema. Depois de vencer o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Minissérie por seu papel em “American Horror Story”, ela vinha se dedicando a conquistar o papel principal no remake de “Nasce Uma Estrela”, e agora o site Deadline confirma sua escalação no longa da Warner, que será estrelado e dirigido por Bradley Cooper. O contrato teria sido fechado pelo próprio presidente de produção e desenvolvimento criativo do estúdio, Greg Silverman, que adorou as cenas de teste gravadas por Gaga e Cooper. “Para aqueles de nós que tivemos a sorte de vê-lo trabalhar de perto como ator e produtor, estava claro que Bradley fazeria essa transição como diretor”, disse Silverman. “Estamos honrados que ele esteja fazendo isso aqui, em sua casa, a Warner Bros., e com Lady Gaga como colaboradora e co-estrela”, completou. Além de atuar, Gaga vai cantar no longa-metragem, e as músicas serão composições originais, que a Warner também pretende explorar com o lançamento do disco da trilha sonora. Originalmente, Beyoncé foi a primeira cotada para o papel há quatro anos, mas desistiu devido à sua gravidez. Na época, a direção estava por conta de Clint Eastwood, que, ao perder sua protagonista favorita, acabou optando por filmar “Sniper Americano” (2014). Pois agora, numa dessas reviravoltas típicas de Hollywood, o astro de “Sniper Americano”, Bradley Cooper, assumiu o remake, que ele pretende transformar em sua estreia na direção. Eastwood, entretanto, continua ligado ao projeto, na condição de produtor executivo – e possivelmente guia de Cooper na direção. A primeira iniciativa do novo diretor foi justamente encontrar a intérprete do papel principal. Lady Gaga reprisará o papel que já foi interpretado nos cinemas por Janet Gaynor (1937), Judy Garland (1954) e Barbra Streisand (1976): uma cantora em início de carreira que se apaixona por um astro decadente, que será interpretado pelo próprio Cooper. A quarta versão do melodrama musical foi escrita por Will Fetters, que já adaptou dois melodramas românticos de Nicholas Sparks, “Um Homem de Sorte” (2012) e “O Melhor de Mim” (2014). “A Star Is Born” (título original) deve começar a ser filmado em fevereiro, mas ainda não tem data de estreia definida.
Colin Farrell vai estrelar primeiro western de Sofia Coppola
O ator Colin Farrell (“O Vingador do Futuro”) vai estrelar o remake do “O Estranho que Nós Amamos” (The Beguiled), que será o primeiro western dirigido por Sofia Coppola (“Bling Ring”). Segundo o site da revista Variety, a cineasta também assina o roteiro e contará no elenco com as atrizes Nicole Kidman (“Olhos da Justiça”), Kirsten Dunst (“Melancolia”) e Elle Fanning (“Cinderela”). O original foi filmado por Don Siegel e estrelado por Clint Eastwood em 1971, mesmo ano em que a dupla eternizou Dirty Harry em “Perseguidor Implacável”. Exemplar marcante do western revisionista, “O Estranho que Nós Amamos” conta a história de um soldado da União (Clint Eastwood) gravemente ferido durante a Guerra Civil, que é socorrido por alunas de um internato para moças sulistas, em pleno território Confederado. As professoras e as estudantes têm medo de manter aquele estranho morando com elas, mas, à medida que o rapaz se recupera, desperta paixões e intrigas entre as mulheres. O elenco feminino original tinha Geraldine Page (“O Regresso para Bountiful”), Elizabeth Hartman (“Agora Você É Um Homem”) e duas atrizes de “Piranha” (1978), Darleen Carr e Melody Thomas. O remake marcará a segunda parceria da diretora com Elle Fanning (as duas trabalharam juntas em “Um Lugar Qualquer”) e a terceira com Kirsten Dunst (após “As Virgens Suicidas” e “Maria Antonieta”). O novo “The Beguiled” ainda não tem previsão de lançamento.
Michael Cimino (1939 – 2016)
Morreu o diretor Michael Cimino, que venceu o Oscar com o poderoso drama de guerra “O Franco Atirador” (1978) e logo em seguida quebrou um dos estúdios mais tradicionais de Hollywood. Ele morreu no sábado, aos 77 anos, em Los Angeles. Cimino nasceu e cresceu em Nova York, cidade em que também iniciou sua carreira como diretor de comerciais de TV. Em 1971, ele decidir ir para Los Angeles tentar fazer filmes, e impressionou Hollywood com seu primeiro trabalho como roteirista: a sci-fi ecológica “Corrida Silenciosa” (1972), um clássico estrelado por Bruce Dern (“Os Oito Odiados”), que ele co-escreveu com Deric Washburn (“Fronteiras da Violência”) e Steven Bochco (criador da série “Murder in the First”). Dirigido por Douglas Trumbull, mago dos efeitos especiais que trabalhou em “2001: Uma Odisseia no Espaço” (1968), “Corrida Silenciosa” acabou se tornando uma das influências de “Star Wars” (1977). Em seguida, trabalhou com John Milius (“Apocalipse Now”) no roteiro do segundo filme de Dirty Harry, “Magnum 44” (1973), estrelado por Clint Eastwood (“Gran Torino”). O sucesso desse lançamento rendeu nova parceria com Eastwood, “O Último Golpe”, que marcou a estreia de Cimino na direção. Também escrita pelo cineasta, a trama girava em torno de uma gangue de ladrões, liderada por Eastwood e seu parceiro irreverente, vivido pelo jovem Jeff Bridges (“O Doador de Memórias”), envolvidos num golpe mirabolante. Após esse começo convincente, Cimino recebeu várias ofertas de trabalho, mas deixou claro que só queria dirigir filmes que ele próprio escrevesse. Por isso, dispensou propostas comerciais para se dedicar à história de três amigos operários do interior dos EUA, que vão lutar na Guerra do Vietnã. Aprisionados pelos vietcongs, eles são submetidos a torturas físicas e psicológicas que os tornam marcados pelo resto da vida. Entre as cenas, a roleta russa entre os prisioneiros assombrou o público e a crítica, numa época em que as revelações do terror da guerra ainda eram incipientes em Hollywood – “Apocalypse Now”, por exemplo, só seria lançado no ano seguinte. “O Franco Atirador” capturou a imaginação dos EUA. Pessoas tinham crises de choro durante as sessões, veteranos do Vietnã faziam fila para assistir e o filme acabou indicado a nove Oscars, inclusive Melhor Roteiro para Cimino, Ator para Robert De Niro (“Joy”) e ainda rendeu a primeira nomeação da carreira de Meryl Streep (“Álbum de Família”), como Melhor Atriz Coadjuvante. Na cerimônia de premiação, levou cinco estatuetas, entre elas a de Melhor Ator Coadjuvante para Christopher Walken (“Jersey Boys”), Melhor Diretor para Cimino e Melhor Filme do ano. Coberto de glórias, Cimino embarcou em seu projeto mais ambicioso, “O Portal do Paraíso” (1980), western estrelado por Kris Kristofferson (“O Comboio”) no papel de um xerife, que tenta proteger fazendeiros pobres dos interesses de ricos criadores de gado. O resultado desse confronto é uma guerra civil, que aconteceu em 1890 no Wyoming. Conhecido por filmar em locações reais, que ele acreditava ajudar os atores a entrarem em seus papeis, Cimino decidiu construir uma cidade cenográfica no interior dos EUA. Preocupado com o realismo da produção, ele chegou a mandar demolir a rua principal inteira no primeiro dia de filmagem, porque “não parecia correta”, atrasando o cronograma logo de cara e deixando ocioso seu numeroso elenco, que incluía Christopher Walken, Jeff Bridges, John Hurt (“Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal”), Joseph Cotten (“O 3º Homem”), Sam Waterston (série “Law and Order”), até a francesa Isabelle Huppert (“Amor”) e Willem Dafoe (“Anticristo”) em seu primeiro papel. Ele também mandou construir um sistema de irrigação para manter a relva sempre verdejante, querendo um impacto de cores nas cenas em que o sangue escorresse nas batalhas. Por conta do realismo, também comprou brigas com ONGs que acusaram a produção de crueldade contra os cavalos em cena. A obsessão pelos detalhes ainda o levou a filmar exaustivamente vários ângulos da mesma cena, gastando 220 horas e mais de 1,2 milhões de metros de filme, um recorde no período. “O Portal do Paraíso” rapidamente estourou seu cronograma e orçamento, e seu título virou sinônimo de produção fora de controle. Quando os executivos do estúdio United Artists viram a conta, entraram em desespero. Para completar, Cimino montou uma “cópia de trabalho” de 325 minutos. Pressionado a entregar uma versão “exibível” a tempo de concorrer ao Oscar, montou o filme com 219 minutos (3 horas e 39 minutos), o que exasperou os donos de cinema. A pá de cal foram as críticas negativas. Para tentar se salvar, após a première em Nova York, o estúdio cancelou o lançamento para produzir uma versão reeditada, de 149 minutos, que entretanto não se saiu melhor. O filme que custou US$ 44 milhões faturou apenas US$ 3,5 milhões. Como resultado, a United Artists, fundada em 1919 por D. W. Griffith, Charlie Chaplin, Mary Pickford e Douglas Fairbanks, quebrou. Atolada em dívidas, viu seus investidores tomarem o controle, e foi vendida para a MGM no ano seguinte. O impacto negativo foi tão grande que o gênero western se tornou maldito, afastando os estúdios de produções passadas no Velho Oeste por um longo tempo. A carreira de Cimino nunca se recuperou. Ele só voltou a assinar um novo filme cinco anos depois, o thriller noir “O Ano do Dragão” (1985), estrelado por Mickey Rourke (“O Lutador”). Mas a história de gangues asiáticas em Chinatown voltou a provocar polêmica, ao ser acusada de racismo contra os chineses que moravam nos EUA. A pressão foi tanta que levou o estúdio a incluir um aviso no início do filme, salientando que era uma obra de ficção, ao mesmo tempo em que a submissão demonstrava como ninguém defenderia Cimino após o fiasco da United Artists. O filme ainda foi indicado a cinco prêmios Framboesa de Ouro, incluindo Pior Roteiro e Diretor do ano, mas se tornou um dos favoritos de Quentin Tarantino. Cimino nunca mais escreveu seus próprios filmes. Ele ainda dirigiu “O Siciliano” (1987), drama de máfia baseado em livro de Mario Puzo (“O Poderoso Chefão”), e o remake “Horas de Desespero” (1990), com Mickey Rourke reprisando o papel de gângster interpretado por Humphrey Bogart em 1955. O primeiro fez US$ 5 milhões e o segundo US$ 3 milhões nas bilheterias, de modo que seu último longa, “Na Trilha do Sol” (1996), foi lançado direto em vídeo. Depois disso, encerrou a carreira com um curta na antologia “Cada Um com Seu Cinema” (2007), que reuniu três dezenas de mestres do cinema mundial. Em 2005, a MGM resolveu resgatar a produção que lhe deu de bandeja a prestigiosa filmografia da United Artists, relançando a versão de 219 minutos de “O Portal do Paraíso” numa sessão de gala no Museu de Arte de Nova York. E desta vez, 25 anos depois da histeria provocada pelo estouro de seu orçamento, o filme teve uma recepção muito diferente. Uma nova geração de críticos rasgou as opiniões de seus predecessores, passando a considerar o filme como uma obra-prima. O diretor sempre acusou o cronograma pouco realista da United Artists pela culpa do fracasso do filme. Dizia que não teve tempo suficiente para trabalhar na edição do longa. Pois em 2012, a produtora especializada em clássicos Criterion, em acerto com a MGM, deu-lhe todo o tempo que ele queria para produzir uma versão definitiva, com a sua visão, para o lançamento de “O Portal do Paraíso” em Blu-ray. Esta versão, de 216 minutos, foi exibida em primeira mão durante o Festival de Veneza, com a presença do diretor. Ao final da projeção, Cimino foi às lágrimas, ovacionado durante meia hora de palmas ininterruptas. “Sofri rejeição por 33 anos”, o diretor desabafou na ocasião, em entrevista ao jornal The New York Times. “Agora, posso descansar em paz”.
Sully: Tom Hanks aparece de cabelos brancos no trailer do novo filme de Clint Eastwood
A Warner Bros. divulgou o pôster e o primeiro trailer de “Sully”, drama baseado em fatos reais estrelado por Tom Hanks (“Ponte de Espiões”) e dirigido por Clint Eastwood (“Sniper Americano”). A arte e a prévia revelam Hanks com cabelos brancos e aparência envelhecida para viver o Capitão Chesley “Sully” Sullenberger, que dá título à produção. Baseado numa história real, o filme vai destrinchar a repercussão de seu feito, ao conseguir pousar um avião com problemas, lotado de passageiros, no Rio Hudson, em Nova York, sem deixar feridos. Considerado herói pela mídia, mas questionado pela perícia, ele precisa defender suas ações, que o levaram a tomar a decisão de pousar no rio ao constatar falha nos motores logo após a decolagem. O elenco também inclui Anna Gunn (série “Breaking Bad”), Laura Linney (série “The Big C”), Aaron Eckhart (“Batman – O Cavaleiro das Trevas”), Sam Huntington (série “Being Human”) e Autumn Reeser (série “Hawaii Five-0”). O roteiro foi adaptado por Todd Komarnicki (“A Estranha Perfeita”) e a estreia está marcada para 9 de setembro nos EUA, três meses antes do lançamento no Brasil, previsto apenas para 1 de dezembro.
Lady Gaga pode estrelar novo remake de Nasce uma Estrela
A cantora Lady Gaga está cada vez mais perto de virar atriz de cinema. Depois de vencer o Globo de Ouro de Melhor Atriz em Minissérie por seu papel em “American Horror Story”, ela tem se dedicado a conquistar o papel principal no remake de “Nasce Uma Estrela”, que será estrelado e dirigido por Bradley Cooper. A dupla chegou a se encontrar para testes e o site Deadline revela que o estúdio Warner Bros. adorou as cenas ensaiadas em conjunto por Gaga e Cooper. Beyoncé esteve cotada para o papel há quatro anos, mas desistiu devido à sua gravidez. Na época, a direção estava por conta de Clint Eastwood, que, ao perder sua protagonista favorita, acabou optando por filmar “Sniper Americano” (2014). Pois agora, numa dessas reviravoltas típicas de Hollywood, o astro de “Sniper Americano”, Bradley Cooper, assumiu o remake, que ele pretende transformar em sua estreia na direção. Eastwood, entretanto, continua ligado ao projeto, na condição de produtor executivo – e possivelmente guia de Cooper na direção. A primeira iniciativa do novo diretor está sendo justamente encontrar a intérprete do papel principal. Caso Lady Gaga seja escalada, ela reprisará o papel que já foi interpretado nos cinemas por Janet Gaynor (1937), Judy Garland (1954) e Barbra Streisand (1976): uma cantora em início de carreira que se apaixona por um astro decadente. A nova versão foi escrita por Will Fetters, que já adaptou dois melodramas de Nicholas Sparks, “Um Homem de Sorte” (2012) e “O Melhor de Mim” (2014). “A Star Is Born” deve começar a ser filmado em fevereiro, mas ainda não tem data de estreia definida.
O Estranho que Nós Amamos: Sofia Coppola vai dirigir remake de western estrelado por Clint Eastwood
O clássico western “O Estranho que Nós Amamos” (The Beguiled), filmado por Don Siegel e estrelado por Clint Eastwood em 1971, mesmo ano em que a dupla eternizou Dirty Harry em “Perseguidor Implacável”, vai ganhar remake. Segundo o site da revista Variety, a adaptação será escrita e dirigida por Sofia Coppola (“Bling Ring”), que já negocia com Nicole Kidman (“Olhos da Justiça”), Kirsten Dunst (“Melancolia”) e Elle Fanning (“Cinderela”) para estrelarem a produção. Exemplar marcante do revisionismo do gênero western em curso nos anos 1970, “O Estranho que Nós Amamos” trazia a história de um soldado da União (Clint Eastwood) gravemente ferido durante a Guerra Civil, que é socorrido por alunas de um internato para moças sulistas, em pleno território Confederado. As professoras e as estudantes têm medo de manter aquele estranho morando com elas, mas, à medida que o rapaz se recupera, desperta paixões e intrigas entre as mulheres. O elenco feminino original tinha Geraldine Page (“O Regresso para Bountiful”), Elizabeth Hartman (“Agora Você É Um Homem”) e duas atrizes de “Piranha” (1978), Darleen Carr e Melody Thomas. Caso o elenco desejado por Sofia Coppola seja confirmado, o remake marcará a segunda parceria da diretora com Elle Fanning (as duas trabalharam juntas em “Um Lugar Qualquer”) e a terceira com Kirsten Dunst (após “As Virgens Suicidas” e “Maria Antonieta”).
Tom Hanks aparece de cabelos brancos em foto do novo filme de Clint Eastwood
A revista Entertainment Weekly divulgou a primeira foto de bastidores de “Sully”, drama baseado em fatos reais estrelado por Tom Hanks (“Ponte de Espiões”) e dirigido por Clint Eastwood (“Sniper Americano”). Os dois aparecem na imagem, que também revela Hanks com cabelos brancos e aparência envelhecida. O filme é baseado no livro de memórias do Capitão Chesley “Sully” Sullenberger, concentrando-se nos eventos que o transformaram em herói, ao pousar um avião com problemas, lotado de passageiros, no Rio Hudson, em Nova York, sem deixar feridos. O elenco também inclui Laura Linney (série “The Big C”), Aaron Eckhart (“Batman – O Cavaleiro das Trevas”) e Anna Gunn (série “Breaking Bad”). O roteiro foi adaptado por Todd Komarnicki (“A Estranha Perfeita”) e a estreia está marcada para 9 de setembro nos EUA. A Warner Bros. ainda não definiu a data de lançamento no Brasil.











