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    Guardiões da Galáxia Vol. 2 lidera bilheterias brasileiras pela segunda semana

    8 de maio de 2017 /

    “Guardiões da Galáxia Vol. 2” foi o filme mais assistido no Brasil pelo segundo fim de semana consecutivo. A nova produção de super-heróis da Marvel levou 672 mil pessoas aos cinemas brasileiros entre a última quinta-feira (4/5) e o domingo (7/5), arrecadando R$ 12 milhões. Já são 2,6 milhões de ingressos vendidos no país, totalizando R$ 45,3 milhões. A arrecadação nacional acompanha o sucesso mundial do filme, que soma US$ 427 milhões em todos os mercados, apesar de ter estreado nos EUA e na China apenas na sexta (5/5) – obviamente, em 1º lugar. “Velozes e Furiosos 8” também segue na 2ª colocação, visto por 425 mil espectadores e faturando R$ 7,2 milhões no último fim de semana. Apesar da queda, o oitavo capítulo da franquia de carros movidos a Vin Diesel é uma das maiores bilheteria de 2017, com 7,3 milhões de ingressos vendidos e R$ 118 milhões faturados. Até o 3º lugar permanece igual, mantendo a fantasia religiosa “A Cabana” entre os longas mais vistos da semana, com R$ 5,5 milhões. Malhado pela crítica por seu conteúdo apelativo e exibido sem maiores consequências nos EUA, o filme virou um fenômeno no Brasil, visto por quase 4 milhões de pessoas, com uma bilheteria acumulada de R$ 53 milhões. As estreias da semana ficaram entre o 5º e o 8º lugares, com o terror “A Autópsia” melhor colocado, seguido pelo besteirol nacional “Ninguém Entra, Ninguém Sai”. Filme com maior distribuição do fim de semana (400 salas), a comédia brasileira levou 78 mil pessoas aos cinemas e rendeu R$ 1,6 milhão.

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    Além da Ilusão traz Natalie Portman em premissa intrigante, mas mal explorada

    5 de maio de 2017 /

    Há bons motivos para se ver “Além da Ilusão”. O primeiro deles está no fato de a diretora Rebecca Zlotowski ser roteirista do excepcional “Apesar da Noite”, de Philippe Grandrieux. O segundo está na presença de Natalie Portman como protagonista. E há também a jovem filha de Johnny Depp, Lily-Rose, na história de duas irmãs que têm o dom de se comunicar com os mortos e que atraem a atenção de um produtor de cinema francês que deseja registrar com câmeras o fenômeno. De fato, o espectador é fisgado no início com uma história intrigante, com as duas irmãs se apresentando em um teatro de vaudeville para um número considerável de pessoas. O espetáculo mostra a comunicação com uma pessoa falecida. Igualmente curioso é o convite que recebem para mostrar seus dons no cinema, já que, mesmo àquela altura, havia efeitos especiais que poderiam enganar as plateias facilmente, seja por meio de truques de edição, seja mexendo no próprio negativo, como quer fazer um dos amigos do produtor, vivido por Emmanuel Salinger, que resolve acolher as duas irmãs americanas em sua casa. O tal produtor é um homem que vive recluso. Não é casado e diz que quer se comunicar com o irmão falecido. Acontece que a presença que aparece na sessão mediúnica não é do irmão, mas de outra pessoa desconhecida. Mas ainda assim a sessão mediúnica se torna muito interessante para o homem, pois o conduz a uma sensação de prazer erótico totalmente inesperada. A fotografia e outros aspectos técnicos são agradáveis de ver. E mesmo com tudo isso a seu favor, a diretora Rebecca Zlotowski, em seu terceiro trabalho na direção, após “Grand Central” (2016) e “Belle Épine” (2010) com Léa Seydoux, perde-se na condução da trama. Tudo surge em cena muito solto e vago, mal explorado. Por mais que haja algo de intrigante nas personagens femininas e em sua relação com o produtor de cinema, as motivações ficam no ar. “Além da Ilusão” carece de uma atmosfera de sonho ou de maior intriga diante do que se propõe. De todo modo, há algo de charmoso neste filme torto de Rebecca Zlotowski.

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    Semana sem blockbusters infla besteirol nacional e oferece melhores opções alternativas

    4 de maio de 2017 /

    A primeira semana de maio é a última do ano sem lançamento de blockbuster americano. Por isso, as estreias mais amplas são um besteirol nacional, “Ninguém Entra Ninguém Sai”, e uma animação derivativa da China, “Rock Dog – No Faro do Sucesso”. Com maior distribuição, a comédia brasileira leva a 400 salas a premissa de “Vendo ou Alugo” (2013), trocando a casa à beira do morro carioca por um motel – ainda que supostamente seja baseada numa crônica de Luis Fernando Veríssimo. Já a animação, apesar de ser chinesa, tem direção do americano Ash Brannon (“Toy Story 2”) e elementos de “Kung Fu Panda” (2008) e “Sing” (2016), mas nenhuma das virtudes do roteiro ou da técnica de suas inspirações. Ironicamente, tanto a animação quanto a comédia de motel são infantis. Por sinal, “Ninguém Entra Ninguém Sai” deve ser a comédia de motel mais pudica já feita na história do cinema mundial. Quem busca uma sessão mais adulta pode se surpreender com o terror “A Autópsia”, premiado em vários festivais, inclusive no prestigioso Sitges e na mostra Midnight Madness do Festival de Toronto. A trama gira em torno da autópsia de uma mulher desconhecida, realizada por pai e filho legistas, durante a noite num necrotério. Ela foi encontrada no porão de uma casa onde aconteceu um massacre e quanto mais os dois descobrem sobre a causa de sua morte, mais o necrotério se torna sombrio como um local mal-assombrado, com direito a tempestade e eventos sobrenaturais. Apesar de falada em inglês, a direção é do norueguês André Øvredal, do cultuado “O Caçador de Troll” (2010). O resto da programação é restrita ao circuito limitado, mas as opções alternativas são um verdadeiro festival de cinema, com títulos que podem ser considerados obrigatórios para os cinéfilos que gostam de preencher listas de melhores do ano. A melhor sugestão americana vai para o drama “Melhores Amigos”, que só entrou em cartaz em 12 salas. Para se ter ideia, o longa tem 98% de aprovação no Rotten Tomatoes, foi premiado em festivais, apareceu entre os filmes favoritos da crítica americana em 2016, figurou em troféus indies e muitos questionaram sua ausência no Oscar, especialmente na categoria de Melhor Roteiro, onde se destaca um brasileiro, Mauricio Zacharias. Ele é parceiro do diretor Ira Sachs neste e em outros dramas premiados, como “O Amor é Estranho” (2014) e “Deixe a Luz Acesa” (2012), além de ter escrito no Brasil o excelente “O Céu de Suely” (2006). Em “Melhores Amigos”, Zacharias e Sachs contam a história de dois adolescentes cuja amizade precisa enfrentar disputas financeiras entre suas famílias, num retrato sensível sobre como as dificuldades econômicas deixam marcas. Melhor que este, só “Clash”, uma alternativa que parece arriscada, já que se trata de uma produção egípcia distribuída também em apenas 12 salas, mas não lhe faltam a tensão e a ousadia que o cinema americano há muito perdeu. Com impressionantes 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, é um suspense dramático passado durante a Primavera Árabe no Egito. Claustrofóbico, acompanha um grupo confundido com integrantes da Irmandade Islâmica, trancafiado pela polícia num caminhão de oito metros com fanáticos reais. Neste espaço exíguo, o que menos importa é provar sua identidade, já que o conflito acontece a seu redor, nas ruas e ao lado, entre os prisioneiros. A direção é de Mohamed Diab, que antes fez o igualmente impactante “Cairo 678” (2010), sobre mulheres em busca de justiça contra o assédio sexual na sociedade muçulmana. Com todos os elementos que rendem filmes cults, abriu a mostra Um Certo Olhar, do Festival de Cannes do ano passado, e foi premiado em diversos festivais. Outro drama indie bem cotado, “Norman – Confie em Mim” traz uma performance arrebatadora do veterano Richard Gere (“O Exótico Hotel Marigold 2”), obcecado em seu objetivo de conhecer pessoas importantes e conectá-las visando aumentar seu networking, até que, por acaso, finalmente tem a sorte de criar laços com o futuro Primeiro Ministro de Israel. O filme, que tem 89% de aprovação no Rotten Tomatoes, marca a estreia em Hollywood de Joseph Cedar, aclamado por seu filme anterior, “Nota de Rodapé” (2011). Apesar de ter feito carreira em Israel, ele nasceu em Nova York. “A Filha” é uma adaptação australiana e contemporânea de “O Pato Selvagem”, peça do final do século 19 do norueguês Henrik Ibsen. A conhecida fábula moral mostra que a mentira pode ter mais valor que a verdade, diante de uma revelação com capacidade de destruir uma família e conduzir ao suicídio. O diretor e roteirista estreante Simon Stone ganhou vários prêmios em seu país pela obra, que tem 76% de aprovação no Rotten Tomatoes. “Sobre Viagens e Amores” marca a volta de Gabriele Muccino ao cinema italiano, mas sem sair dos EUA. Especialista em dramas lacrimosos, ele caiu nas graças de Hollywood com “À Procura da Felicidade” (2006), estrelado por Will Smith e seu filho Jaden, mas seus filmes seguintes foram fraquinhos, fraquinhos. Desta vez, conta a história de um casal de estudantes italianos que viajam para San Francisco, nos EUA, onde vão passar uma temporada na casa de um casal gay. O problema é que a menina é católica e homofóbica e não sabia deste detalhe da hospedagem. “A Mulher que se Foi” é um longa típico do filipino Lav Dias, com as características que marcam sua filmografia peculiar. Ou seja, trata-se de um drama filmado em preto e branco, com takes demorados, longuíssima duração (em torno de 4 horas) e consagrado em festivais de prestígio. A história contemplativa acompanha uma mulher que, após passar 30 anos presa, resolve se vingar do antigo amante. Venceu simplesmente o Leão de Ouro do Festival de Veneza do ano passado. Dois filmes brasileiros que também marcaram grandes mostras internacionais completam a programação. “Beduíno”, do eterno marginal Júlio Bressane, tem uma das piores distribuições da semana. Traz Fernando Eiras e Alessandra Negrini encenando fantasias num apartamento, numa metáfora sobre a vida e a arte, de proposta similar ao experimentalismo de Jacques Rivette (1928-2016) nos anos 1960. Foi selecionado para os festivais de Locarno e Roterdã. Por fim, com exibição num único horário de uma única sala do Grupo Estação, no Rio, o provocante “Éden” finalmente faz sua estreia. O longa que consagrou Leandra Leal como Melhor Atriz nos festivais do Rio de 2012 e Gramado de 2013, e também passou no Festival de Roterdã, demorou cinco anos para chegar aos cinemas. E chega assim, escondidinho, no momento em que seu diretor, Bruno Safadi, vem recebendo elogios por sua trabalho numa novela, “Novo Mundo”. “Éden” foi rodado com baixíssimo orçamento e em tempo exíguo, mas chama atenção pela proposta ousada. Tão ousada que seu drama psicológico, que critica a exploração e o fanatismo evangélico, foi evitado pelas distribuidoras de cinema. Felizmente, o longa também está ganhando distribuição por streaming, pelo Telecine Play. Clique nos títulos dos lançamentos para ver os trailers de todas as estreias da semana.

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    Guardiões da Galáxia Vol. 2 estreia em 1º lugar no Brasil

    2 de maio de 2017 /

    “Guardiões da Galáxia Vol. 2”, novo filme da Marvel, deixou “Velozes e Furiosos 8” para trás em sua estreia no Brasil. Confirmando informações do mercado internacional, a produção levou mais de 1,2 milhão de pessoas aos cinemas do país, arrecadando R$ 21,7 milhões. Ainda inédito nos Estados Unidos e na China, “Guardiões da Galáxia Vol. 2” já arrecadou US$ 106 milhões mundialmente. Com o sucesso do filme de super-heróis, o oitavo “Velozes e Furiosos” caiu para a 2ª colocação, com 684 mil espectadores e faturamento de R$ 11,4 milhões. O pódio se completa com a fantasia religiosa “A Cabana”, visto por 396 mil espectadores. Os dados se referem ao fim de semana estendido, que vai da última quinta-feira (27/4) ao feriado desta segunda (1/5).

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    Documentário sobre Cidades Fantasmas vence o festival É Tudo Verdade

    1 de maio de 2017 /

    O festival de documentários É Tudo Verdade consagrou “Cidades Fantasmas”, o polonês “Comunhão” e o chileno “Los Ninos” em sua premiação de 2017. As três produções venceram, respectivamente, nas categorias de Melhor Documentário Brasileiro, Documentário Internacional e Documentário Latino. Com direção de Tyrell Spencer, “Cidades Fantasmas” aborda a história de quatro cidades latino-americanas que foram prósperas e hoje estão abandonadas e consumidas pelo tempo. Catástrofes naturais, motivações econômicas, embates políticos e guerras, são algumas das condições que levaram esses lugares ao total despovoamento. O filme vai ganhar o formato de série no Canal Brasil, incluindo outras cidades em condições semelhantes. Já os dois longas estrangeiros premiados abordam doenças. “Comunhão”, de Anna Zamecka, retrata a difícil rotina de uma família polonesa com um filho autista e um pai alcoólatra, e “Los Ninos”, de Maite Alberdi, sobre adultos com a síndrome de Down. Entre os curtas, “Boca de Fogo”, de Luciano Pérez Fernández, e “O Cuidador”, de Joost Van Der Wiel, ganharam, respectivamente, como melhor curta nacional e internacional. Os dois estão automaticamente qualificados para exame pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, visando uma vaga na disputa do Oscar 2018 de Melhor Curta de Documentário. O júri internacional foi formado pelo cineasta Alexandre O. Philippe, a cineasta francesa Anne Georget e a produtora chilena Jennifer Walton. O júri brasileiro contou com a produtora Daniela Capelato, o diretor de fotografia Jacques Cheuiche e o cineasta Joel Zito Araújo

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    Netflix revela planos de lançar seus filmes no cinema

    30 de abril de 2017 /

    Após a polêmica causada pela inclusão de dois filmes da Netflix no Festival de Cannes, a plataforma de streaming deixou claro que está revendo seus planos de lançamento, buscando uma alternativa cinematográfica. Mas para isso precisará superar um grande entrave para a exibição de suas produções nos cinemas do país: a janela de exibição. Na França, um filme só pode ser exibido em um serviço de streaming 36 meses após sua saída dos cinemas. “Estamos certos de que os amantes franceses de cinema não vão querer ver esses filmes três anos depois do resto do mundo”, disse a Netflix em um comunicado. “Com isso dito, nós estamos explorando a distribuição teatral destes dois filmes na França, para uma estreia limitada, na mesma data da disponibilização na Netflix. Estamos entusiasmados por explorar todas e quaisquer opções que deem a esses filmes a oportunidade de serem vistos por um público tão amplo quanto possível, em uma variedade de telas, porque, como os exibidores franceses, também queremos continuar a contribuir para o desenvolvimento e financiamento de filmes”. Os filmes da Netflix selecionados para o festival francês são “Okja”, de Bong Joon-ho, e “The Meyerowitz Stories, de Noah Baumbach. Mas os planos da empresa não se resumem apenas a estes dois lançamentos e exclusivamente à França. A diretoria da Netflix enviou um comunicado aos seus acionistas mencionando estar aberta a negociar com redes exibidoras em todo o mundo para levar suas produções aos cinemas em grande escala. “Como nossos assinantes financiam estes filmes, eles deveriam ser os primeiros a assisti-los”, diz o texto. “Mas nós também estamos abertos para apoiar grandes redes de cinemas dos Estados Unidos, como AMC e Regal, se elas quiserem oferecer nossos filmes, como ‘Bright’, com Will Smith”. A Netflix conta, especialmente nos EUA, com o interesse dos grandes estúdios de Hollywood para conseguir avanços sobre a barreira da janela de exibição. Os estúdios também estão interessados em disponibilizar seus filmes em serviços de streaming como a Netflix, mas para isso não querem esperar os 90 dias obrigatórios que um longa-metragem precisa aguardar após sua saída de cartaz no país para reaparecer em outro meio. Disponibilizar os filmes mais rapidamente para consumo online seria uma forma dos estúdios competirem não apenas com a Netflix, mas também com a pirataria, além de lhes dar uma nova fonte de renda. Por outro lado, os exibidores temem que isso prejudique o hábito de assistir filmes no cinema. A pressão de Hollywood deve resultar numa diminuição da janela de exibição, fazendo com que os grandes sucessos do cinema possam ser disponibilizados mais rapidamente para consumo doméstico. Seria uma grande reviravolta, já que a Netflix sofreu boicote das redes americanas ao buscar um meio termo em seu primeiro filme. O plano original da empresa para “Beasts of No Nation” em 2015 era exibir a produção em alguns cinemas selecionados dos Estados Unidos, mas as redes de exibidores proibiram que seu circuito fosse utilizado e o filme só entrou em 31 salas independentes. Por conta disso, o serviço de streaming acabou desistindo dos cinemas, lançando seus filmes posteriores diretamente na plataforma.

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    Pitanga celebra um dos maiores astros negros do cinema brasileiro

    27 de abril de 2017 /

    Uma pena quando um grande cineasta demora a lançar um novo filme. Beto Brant, que às vezes assina a direção com Renato Ciasca, é um desses diretores que conquistaram o seu espaço entre os maiores do Brasil (e do mundo, por que não?) já a partir de seu longa de estreia, “Matadores” (1997). Sua carreira tem sido marcada por obras de narrativa impactante como “O Invasor” (2001) e “Cão sem Dono” (2007) e outras de maior risco e experimentação, casos de “Crime Delicado” (2005) e “O Amor Segundo B. Schianberg” (2010). Seu último filme na direção havia sido no longínquo 2011, com o apaixonante “Eu Receberia as Piores Notícias de seus Lindos Lábios”, estrelado por Camila Pitanga. Pois é novamente com Camila, desta vez coassinando a direção, que Brant retorna em “Pitanga” (2017), para contar a trajetória de vida do pai da atriz, Antonio Pitanga, um dos maiores atores brasileiros de todos os tempos, protagonista num país que tem por hábito colocar os negros em segundo plano. Considerando que se trata de um filme comandado por Camila, até que ela aparece bem pouco em cena. Em compensação, seu pai domina o filme, que parece correr solto a partir da alegria contagiante e da autoconfiança de Pitanga. Em alguns momentos, chega a ser até incômoda a rasgação de seda contínua em torno do ator, que, naturalmente, se sente muito feliz em tomar para si a fama de grande conquistador, de homem de grande magnetismo. Mas nos dois primeiros terços do filme é quase difícil não sorrir junto com esse homem que viveu a vida de maneira intensa e que conquistou o coração de muitas mulheres, sendo que várias delas aparecem em cena, em reencontros emocionados: Maria Bethânia, Zezé Motta, Selma Egrei, Ítala Nandi, Elisa Lucinda… Paradoxalmente, isto realça a ausência da mãe de Camila, Vera Manhães, ainda viva, que nas fotos mostradas no filme revela-se belíssima. Não é à toa que a filha veio ao mundo tão bela e especial. Segundo relatos de alguns depoimentos ao longo do filme, o casal representava uma espécie de sensualidade, sexualidade e beleza singulares na época da sua juventude. O fato de o filme ser contado pelo próprio Pitanga, a partir de encontros com várias pessoas (famosas), velhos conhecidos, que passaram por sua vida de forma marcante, e que relembram com ele memórias saudosas do passado, diferencia o longa de outros documentários sobre personalidades. Aqui, o ator cheio de energia e muita prosa parece ser o dono do filme, com a bênção de Brant. O tom, entretanto, muda em seu terço final, quando Antonio Pitanga fala de assuntos mais sérios, sobre a chegada dos negros em território brasileiro nos navios negreiros. A obra assume o elogio à resistência, a destacar a importância do cinema mais político produzido no Brasil, especialmente nas décadas de 1960 e 70, e revela o engajamento cultural de um baiano bastante envolvido com a religião e a cultura afro-brasileira. De uma forma ou de outra, difícil negar o destaque do documentário neste momento de opressão e, ao mesmo tempo, de resistência das minorias, atestando o valor do negro em nossa sociedade e em nossa cultura, a partir de um registro vívido, original e pulsante. Além do mais, a vantagem dessa abordagem particular escolhida por Brant e Camila é que muita coisa é revelada nas entrelinhas: nos gestos, nas falas e nas emoções dos vários personagens que aparecem em cena. Sem esquecer que o filme ainda traz ótimas cenas de filmes estrelados por Antonio Pitanga – clássicos como “A Grande Feira” (1961), “Barravento” (1962), “O Pagador de Promessas” (1962), “Ganga Zumba” (1963), “Os Pastores da Noite” (1976), “A Idade da Terra” (1980), “Quilombo” (1984), “Chico Rei” (1985) e tantos outros.

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    Guardiões da Galáxia Vol. 2 estreia em mais de mil salas de cinema

    27 de abril de 2017 /

    “Guardiões da Galáxia Vol. 2” é o blockbuster da semana, com lançamento em 1.118 salas de cinema. Quando a franquia era praticamente desconhecida, vendeu quase 3 milhões de ingressos no Brasil. Agora, a expectativa é por um caminhão maior de dinheiro. Por isso, há mais efeitos, mais personagens, mais uma galáxia a ser salva. E também mais humor. O novo filme da Marvel é o mais divertido do ano até aqui, uma adaptação de quadrinhos que cumpre seu objetivo de entreter. A crítica norte-americana aprovou com 87% de satisfação no Rotten Tomatoes, mas a percentagem deve mudar até a estreia, que só vai acontecer nos Estados Unidos na próxima semana. Com “Velozes e Furiosos 8” ocupando mais da metade dos cinemas que sobraram, todos os demais lançamentos da semana são limitados. E até o circuito de arte encontra dificuldades para agendar as projeções, que somam seis estreias. Cinebiografia da escritora Emily Dickinson (1830-1886), a produção britânica de época “Além das Palavras” tem 91% de aprovação no Rotten Tomatoes e prêmios em festivais internacionais. Dirigida pelo veterano Terence Davis (“Amor Profundo”), apresenta o cotidiano opressor da poeta, que se rebelava contra a cultura machista e só foi publicada após sua morte. Outro drama de época, o francês “Além da ilusão” reúne Natalie Portman (“Jackie”) e Lily-Rose Depp (a filha de 17 anos de Johnny Depp) como irmãs. A trama acompanha as duas se mudando para Paris na véspera da 2ª Guerra Mundial, onde pretendem explorar seus dons para contatar os espíritos em shows de performance sobrenatural e acabam chamando atenção de um produtor de cinema, que resolve transformá-las numa sensação da indústria do entretenimento. O problema é o ciúmes que o relacionamento desperta e a época perigosa em que a trama acontece. Terceiro filme da jovem diretora Rebecca Zlotowski (“Grand Central”), com roteiro escrito em parceria com Robin Campillo (“Entre os Muros da Escola”), foi indicado ao César de Melhor Desenho de Produção por sua bela cenografia. O documentário francês “O Grande Dia” completa a programação internacional, mostrando quatro crianças, de diferentes lugares do mundo, que precisam vencer obstáculos importantes no começo de suas vidas. As estreias ainda incluem três produções nacionais. Com maior alcance, o drama “Elon Não Acredita na Morte” chega a 34 salas. Na trama, Rômulo Braga, vencedor do troféu de Melhor Ator no Festival de Brasília, entra em desespero quando sua mulher desaparece e embarca numa jornada pelo lado mais sinistro da cidade em busca de seu paradeiro. Primeiro longa de ficção de Ricardo Alves Jr. (documentário “Permanências”), teve projeção nos festivais de Cartagena, na Colômbia, e Roterdã, na Holanda. Mistura de ficção e falso documentário, “Vermelho Russo” recria a viagem de duas atrizes brasileiras para Moscou, onde vão estudar teatro e acabam se envolvendo num triângulo amoroso, precisando superar suas diferenças para sobreviver num país diferente. A direção é de Charly Braun, que já havia feito outro ótimo filme de turistas, “Além da Estrada” (2011). Ele também assina a história junto com Martha Nowill, uma das atrizes-personagens, premiada como Melhor Roteiro no último Festival do Rio. Por fim, “Mais do que Eu Possa Me Reconhecer” chega em distribuição invisível – em cartaz numa sala, em apenas um horário, no Rio. A obra de Allan Ribeiro (“Esse Amor Que Nos Consome”) filma o artista plástico Darel Valença Lins, enquanto ele grava o próprio filme com uma câmera de vídeo. O caráter experimental rendeu prêmios em festivais de pouca repercussão popular, como os de Tiradentes, Triunfo e Vitória. Clique nos títulos em destaque para ver os trailers de todas as estreias da semana.

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    Jonathan Demme (1944 – 2017)

    26 de abril de 2017 /

    Morreu o diretor Jonathan Demme, vencedor do Oscar por “O Silêncio dos Inocentes” (1991). Ele faleceu nesta quarta (26/4) em Nova York, aos 73 anos, vítima de um câncer no esôfago e de complicações cardíacas. O cineasta foi diagnosticado com a doença em 2010, quando passou por um tratamento bem sucedido. Infelizmente, o câncer retornou em 2015 e sua saúde se deteriorou, até seu estado se tornar grave nas últimas semanas. Com mais de 40 anos de carreira, Demme integrava a brilhante geração de cineastas que deu seus primeiros passos sob a tutela do produtor Roger Corman nos anos 1970, da qual também fazem parte Francis Ford Coppola, Martin Scorsese, James Cameron, Ron Howard e Curtis Hanson. Seu primeiro trabalho foi como roteirista do filme B de motoqueiros “Angels Hard as They Come”, produzido por Corman em 1971. A estreia como diretor aconteceu logo em seguida, com “Celas em Chamas (1974), que explorava a vertente sensacionalista dos filmes de presídios femininos, exemplar típico das produções de Corman. A partir daí, alternou thrillers, comédias e documentários, uma rotina que o acompanhou por toda a carreira. Não demorou a chamar atenção, eletrizando com o suspense “O Abraço da Morte” (1979) e encantando com a comédia “Melvin e Howard” (1980), sobre um suposto herdeiro da fortuna de Howard Hughes. Mas o trabalho que lhe trouxe mais atenção foi um documentário musical, que registrava a banda Talking Heads ao vivo. Com trechos transformados em clipes, “Stop Making Sense” (1984) acabou espalhando o nome de Demme. E ele passou a fazer clipes, assinando vídeos de The Pretenders, UB40, New Order e Bruce Springsteen, entre outros. Um dos trabalhos mais importantes desta fase foi o vídeo de protesto “Sun City” (1985), que reuniu uma multidão de artistas contra o Apartheid da África do Sul. Toda essa experiência foi vertida na confecção de seu filme-síntese, “Totalmente Selvagem” (1986), em que uma mulher fatal “rapta” um yuppie para um fim de semana de loucuras. Estrelado por Melanie Griffith, Jeff Daniels e o praticamente estreante Ray Liotta, o filme começava como comédia e terminava como suspense, e pelo meio do caminho enveredava por cenas musicais. Cultuadíssimo, foi escolhido para lançar a revista Set, de cinema, no Brasil. Demme retomou a alternância de seus três gêneros prediletos com o documentário “Declarações de Spalding Gray” (1987), a comédia “De Caso com a Máfia” (1988) e, claro, o suspense “O Silêncio dos Inocentes” (1991). O filme que introduziu o serial killer Hannibal Lecter no imaginário popular tornou-se icônico, com cenas referenciadas até hoje. Mas tão fantástica quanta a interpretação de Anthony Hopkins, vencedor do Oscar pelo papel do psicopata canibal, foi a direção de Demme, criando tensão absurda em simples diálogos e estabelecendo um vocabulário cinematográfico que se tornaria muito imitado. “O Silêncio dos Inocentes” venceu merecidos cinco Oscars: Melhor Filme, Direção, Roteiro, Ator e Atriz (Jodie Foster). Mas não foi a obra mais relevante do diretor. O maior legado de Demme, em termos de impacto cultural e social, veio logo a seguir. A consagração da Academia o inspirou a enveredar pela primeira vez pelo drama adulto. E seu filme seguinte, “Filadélfia” (1993), tornou-se pioneiro no registro da luta contra o preconceito sexual e o estigma da Aids. O Oscar vencido por Tom Hanks, pelo papel do aidético que processa a empresa que o demitiu, ajudou a mudar a visão do mundo sobre a Aids. Assim como a escalação de Denzel Washington, como o advogado homofóbico que defende sua causa, humanizou o questionamento de intransigências antiquadas. Os dois sucessos consecutivos de público e crítica renderam a Demme o status de cineasta de grandes produções. Mas nenhum de seus filmes seguintes teve a mesma repercussão. De fato, foram decepcionantes, como a adaptação do best-seller “Bem-Amada” (1998), com Oprah Winfred, e os remakes “O Segredo de Charlie” (2002), nova versão da trama de “Charada” (1963) com Mark Wahlberg, e “Sob o Domínio do Mal” (2004), com Denzel Washington. Frustrado, Demme voltou aos documentários. Filmou, entre outros, três longas sobre o cantor Neil Young e um registro do trabalho social do ex-presidente Jimmy Carter. E ao recarregar as baterias, mostrou que ainda sabia ousar, voltando à ficção com um drama de estrutura indie. “O Casamento de Rachel” (2008) combinou sua experiência em documentários com uma narrativa esparsa, num registro quase improvisado. O fio narrativo era a desconexão sentida pela personagem de Anne Hathaway, uma ex-viciada que sai de uma clínica para comparecer ao casamento da irmã. Estranho de assistir, o filme se provou hipnótico, rendendo a primeira indicação ao Oscar da atriz, ex-estrela da Disney. Apesar dos elogios da crítica, “O Casamento de Rachel” (2008) fracassou nas bilheterias (fez apenas US$ 16 milhões em todo o mundo) e distanciou ainda mais o diretor da ficção cinematográfica. Ele seguiu fazendo documentários e enveredou pela TV, usando seu nome para lançar “A Gifted Man” (em 2011), série espírita estrelada por Patrick Wilson, que teve apenas a 1ª temporada produzida. Também assinou o piloto de “Line of Sight” (2014), que não foi aprovado, e dois episódios de “The Killing” em 2013 e 2014. No cinema, sua adaptação da peça de Ibsen “A Master Builder” (2013) passou em branco, graças ao elenco de atores pouco conhecidos, a maioria vindo do teatro. A crítica adorou, mas ninguém viu. O filme fez apenas US$ 46 mil nas bilheterias dos EUA e não teve lançamento internacional fora do circuito dos festivais. Por conta disso, Demme fez exatamente o contrário com sua obra seguinte, a comédia “Ricki and the Flash – De Volta pra Casa” (2015), chamando a atriz mais famosa de Hollywood, Meryl Streep, para viver a protagonista, uma roqueira veterana que reencontra a família após vários anos, para ajudar sua filha depressiva. Foi também uma forma de voltar a trabalhar com música no cinema. Um fecho sonoro para sua filmografia. Demme ainda dirigiu o documentário musical “Justin Timberlake + the Tennessee Kids” (2016) e um episódio da série “Shots Fired” (2017). Como lembrou seu colega Edgar Wright no Twitter, “ele podia fazer qualquer coisa” que tivesse imagens em movimento. E sempre com qualidade, mesmo que o público não visse.

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    Velozes e Furiosos 8 lidera bilheterias com público de 5 milhões de pessoas no Brasil

    24 de abril de 2017 /

    Assim como nos EUA, “Velozes e Furiosos 8” não teve dificuldades para se manter no topo das bilheterias de cinema no Brasil. Em seu segundo fim de semana de exibição, o longa protagonizado por Vin Diesel e Dwayne Johnson vendeu 1,6 milhão de ingressos e rendeu R$ 27,8 milhões. Os números são impressionantes, porque, em apenas 11 dias, o longa ultrapassou a marca de 5 milhões de ingressos vendidos e faturou R$ 82,7 milhões nas bilheterias brasileiras. A diferença entre a venda de ingressos do oitavo filme da franquia de carros e os demais lançamentos é simplesmente brutal. Segundo o levantamento da consultoria Comscore, “Velozes e Furiosos 8” responde sozinho por metade da bilheteria do Top 10 do último fim de semana. Os dez filmes de maior sucesso renderam juntos R$ 54,5 milhões e venderam 3,2 milhões de ingressos. Ou seja, “Velozes e Furiosos 8” rendeu praticamente o mesmo que a soma total dos outros filmes. Antes da estreia do longa, o top 10 brasileiro vinha se mantendo no patamar de cerca de R$ 40 milhões de renda e 2,5 milhões de ingressos. Na semana em que “Velozes e Furiosos 8” chegou aos cinemas, os números subiram para R$ 62,6 milhões e 3,7 milhões de ingressos. Isto porque o filme teve a maior estreia do ano no país. Apesar da diferença abissal, o blockbuster da Universal não foi o único filme a repetir seu desempenho da semana passada. O resto do Top 3 também se manteve inalterado, com a fantasia religiosa “A Cabana” na 2ª colocação, com R$ 9,5 milhões e 582,3 mil ingressos, e a animação “O Poderoso Chefinho” em 3º lugar, com R$ 5,5 milhões e 356,3 mil ingressos. Já as estreias da semana não empolgaram. “Vida”, “Gostosas, Lindas e Sexies” e “Paixão Obsessiva” levaram, respectivamente, 660 mil, 494 mil e 386 mil espectadores aos cinemas. Mas este “fracasso” era esperado. O maior lançamento da quinta-feira (20/4), a sci-fi “Vida”, abriu em apenas 220 salas. Em comparação, “Velozes e Furiosos 8” foi lançado, uma semana antes, em cerca de 1,4 mil salas, o que é quase metade de todos os cinemas disponíveis no país (são pouco mais de 3 mil, ao todo). Nesta quinta, outro blockbuster vai enfrentar a correria de Diesel e Johnson nos cinemas: “Guardiões da Galáxia Vol. 2”.

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    Estreias: Nem feriado de Tiradentes faz Joaquim ter o lançamento que merece

    20 de abril de 2017 /

    Os cinemas demonstram pouco sinal de “Vida” neste feriadão. Com “Velozes e Furiosos 8” ocupando boa parte das telas do país, o maior lançamento desta quinta (20/4), a sci-fi “Vida”, tem que se contentar com 220 salas. Jake Gyllenhaal (“Animais Noturnos”) e Ryan Reynolds (“Deadpool”) são astronautas presos numa trama influenciada por “Alien” (1979), que até agradou a crítica americana (68% de aprovação), mas deu grande prejuízo (custou US$ 58 milhões e só fez US$ 28 milhões nos EUA). Segundo maior lançamento, o suspense “Paixão Obsessiva” leva a 130 salas um trash com cara de telenovela, que foi escondido da imprensa. O filme também estreia nesta semana nos EUA, com Katherine Heigl (série “State of Affairs”) determinada a tornar um inferno a vida de Rosario Dawson (série “Punho de Ferro”), nova mulher de seu ex-marido. Quase com o mesmo circuito, o besteirol nacional “Gostosas, Lindas e Sexies” deve gerar discussões… sobre gramática. A comédia gira em torno das aventuras de quatro gordinhas – Carolinie Figueiredo (novela “Malhação”), Cacau Protasio (“Vai que Cola”), Mariana Xavier (“Minha Mãe é uma Peça 2: O Filme”) e Lyv Ziese (novela “Boogie Oogie”). Enquanto isso, “Joaquim”, drama sobre Tiradentes, lançado no feriado de Tiradentes, fica restrito a 33 salas. Dirigido por Marcelo Gomes (“Cinema, Aspirinas e Urubus”), o filme apresenta um olhar bastante diferenciado sobre o personagem histórico brasileiro e foi selecionado para a mostra competitiva do Festival de Berlim, onde conseguiu repercussão internacional com críticas bastante positivas. O que aparentemente não faz a menor diferença para os exibidores de cinema no Brasil. Outros títulos excelentes também chegam no circuito limitado, após se destacaram em festivais europeus. O americano “Paterson”, de Jim Jarmusch (“Amantes Eternos”), foi um dos dramas mais elogiados de Cannes no ano passado e chegou a figurar em diversas listas de melhores de 2016 nos EUA. Muitos consideram que Adam Driver, no papel do motorista de ônibus que escreve poemas nas horas vagas, deveria ter sido indicado ao Oscar. Chega em 28 salas espraiadas por 13 cidades. Exibido no Festival de Berlim de 2016, o australiano “O Sonho de Greta” é uma comédia juvenil sensível, que mostra o delírio de uma garota no dia de seu aniversário de 15 anos. A projeção chama atenção para o formato inusitado em que foi filmado – numa proporção de imagem de 4:3. Venceu vários prêmios na Austrália. Também voltado ao público jovem, o francês “O Novato” conquistou troféus em festivais menores, como o IndieLisboa e o My French Film Festival. A produção gira em torno do mais novo e menos popular aluno da escola, que resolve dar uma festa para conquistar os colegas. Estreia em seis salas. A programação se encerra com o menor lançamento da semana: o documentário brasileiro “O Profeta das Águas”, sobre Aparecido Galdino Jacintho, mentor de um grupo religioso de camponeses que foi preso como subversivo nos anos 1970. O filme será exibido em apenas uma sala do Cine Araújo Campo Limpo, em São Paulo. Clique nos títulos de cada filme para assistir a todos os trailers das estreias.

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    Estreia de Velozes e Furiosos 8 ocupa quase metade dos cinemas do Brasil

    13 de abril de 2017 /

    A expectativa para o lançamento de “Velozes e Furiosos 8” é tão elevada que poucos se arriscaram a competir com sua estreia nesta quinta-feira (13/4). O filme chega ao circuito nacional em cerca de 1,4 mil salas, o que é quase metade de todos os cinemas disponíveis no país (são pouco mais de 3 mil, ao todo). Com esse domínio completo do mercado, só um desastre muito grande será capaz de impedir sua estreia em 1º lugar no ranking do fim de semana, finalmente tirando “A Bela e a Fera” do topo das bilheterias, após cinco semanas. Apesar do longo reinado, o filme da Disney é mesmo sua maior competição. Como não há outra estreia ampla na semana, os carrões de Vin Diesel e Dwayne Johnson vão disputar o público da Páscoa principalmente com os filmes infantis em cartaz, que ainda incluem “O Poderoso Chefinho” e “Os Smurfs e a Vila Perdida”. Sem a comoção em torno da morte do astro Paul Walker, que serviu de combustível para o filme anterior, o oitavo “Velozes e Furiosos” optou por repetir uma trama de “Velozes e Furiosos 6”, quando Letty (Michelle Rodriguez) se voltou contra a turma. Desta vez, é Dom (Vin Diesel) quem vira o judas, a tempo de pegar o feriadão da Semana Santa. Produções europeias dominam o circuito limitado, que nesta semana é mesmo “de arte”. O lançamento com maior distribuição é também o melhor: o drama britânico “Una”, com Rooney Mara e Ben Mendelsohn. Baseado em um peça de teatro, vem despertando polêmicas e elogios com sua história, sobre o acerto de contas entre uma vítima e um pedófilo. Chega em 25 salas. Isabelle Huppert, que se tornou ubíqua após ser indicada ao Oscar 2016, chega às telas brasileiras em mais um filme. Ou melhor, um telefilme lançado em DVD na França. Versão contemporânea de “As Falsas Confidências”, de Marivaux (1688–1763), junta a atriz com outro intérprete popular, Louis Garrel, e foi filmado em tempo escasso com o elenco que encenava a peça nos palcos do Théatre de l’Odeon, de Paris, em janeiro do ano passado. “Variações de Casanova” é outra mistura de cinema e teatro, desta vez com ópera. A produção europeia traz John Malkovitch como o célebre sedutor em duas histórias relacionadas com montagens de óperas de Mozart. Produzido há três anos, passou em festivais, mas não estreou nos EUA. “Apesar da Noite” também é “antigo” e “difícil”. A produção de 2015 segue o padrão experimental do francês Philippe Grandrieux, com três horas de duração. O cineasta já ganhou uma retrospectiva na Mostra Indie em 2009 e desta vez mergulha no sexo, supostamente em busca de amor. Apesar do tema, a filmagem é um desafio à paciência do público, por conta de seu desapego completo às convenções cinematográficas. É o caso raro em que a diminuta distribuição já é ampla o suficiente. Subestimado com um lançamento em apenas oito salas, “Stefan Sweig – Adeus Europa” poderia ter maior apelo no Brasil. A cinebiografia do escritor austríaco, autor do clássico “Carta de uma Desconhecida”, foca sua fuga da Alemanha nazista, que culmina na chegada ao Rio, onde se apaixona pelo país, mas não a ponto de achar que poderia viver num mundo onde existisse alguém como Hitler. Para completar o circuito limitado, há dois filmes nacionais que, após se destacarem no circuito dos festivais, estreiam em pouquíssimas salas. O documentário “Martírio”, de Vincent Carelli, foi um dos longas mais aplaudidos do Festival de Brasília 2016, quando venceu o Prêmio do Público e o Prêmio Especial do Júri. A obra registra as disputas centenárias por terra dos índios guarani e kaiowá, e chega dentro da programação da Sessão Vitrine Petrobras (preços reduzidos e pouca sessões). “A Família Dionti” fez parte da programação de 2015 do Festival de Brasília e também conquistou o Prêmio do Público. A obra do estreante Alan Minas é um conto interiorano sobre o amadurecimento de um garoto, temperado com elementos fantásticos, e fará sua estreia em Minas Gerais, antes de expandir para nove telas no resto do país. Clique nos títulos destacados de cada filme para ver todos os trailers das estreias da semana.

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    Animação dos Smurfs é o principal lançamento da semana

    6 de abril de 2017 /

    A animação infantil “Os Smurfs e a Vila Perdida” e a fantasia “adulta” “A Cabana” são os lançamentos mais amplos da semana. O primeiro longa animado baseado nos personagens do quadrinista belga Peyo chega a 840 salas, destacando a Smurfette e a descoberta de um segredo da franquia que o marketing da Sony já contou. A crítica americana torceu o nariz – são apenas 34% de aprovação no Rotten Tomatoes, mas a cotação ainda pode sofrer alteração, tendo em que vista que a estreia nos EUA acontece na sexta (7/4). “A Cabana” é outra história em tom de fábula, mas com cunho dramático e religioso. A distribuidora chegou a trazer a atriz Octavia Spencer para a pré-estreia no Brasil, numa tentativa de contornar a rejeição ao longa nos EUA. Ridicularizado com 20% de aprovação no Rotten Tomatoes, o encontro de um homem comum com o divino – o pai, o filho e o espírito santo que no cristianismo formam Deus, além da realmente divina Alice Braga – é baseado num best-seller evangélico e tenta explicar porque Deus não faz nada para impedir a dor e o sofrimento no mundo. Acabou rendendo mais de US$ 50 milhões nos EUA e desembarca aqui em um número expressivo de salas: 671. Os shoppings ainda receberão mais um filme rejeitado pela crítica. Em 110 salas, “Despedida em Grande Estilo” acompanha um trio de aposentados (Morgan Freeman, Alan Arkin e Michael Caine) que decide assaltar o banco que lhes trapaceou com suas pensões. A trama é remake de um filme homônimo de 1979, mas a história também foi vista em várias outras produções. Tão batida que só agradou a 30% no Rotten Tomatoes. O quarto filme americano da semana explode em circuito limitado. Maior bomba da lista, “Cães Selvagens” saiu direto em DVD nos EUA, servindo como exemplo do triste fim das carreiras do ator Nicolas Cage, vencedor do Oscar por “Despedida em Las Vegas” (1995), e do diretor Paul Schrader, que escreveu “Taxi Driver” (1976). Lotado de documentários, o circuito limitado tem como principal destaque um drama brasileiro. “Por Trás do Céu” venceu o Festival de Cinema Latino-Americano de São Paulo e cinco prêmios no festival Cine-PE do ano passado. Terceiro longa de Caio Sóh, traz Emílio Orciollo Neto e Nathalia Dill num sertão com ares de deserto pós-apocalíptico, onde viajantes os levam a sonhar com foguetes espaciais, capazes de levá-los até o litoral. Alegórico e fabuloso, projeta seu sonho em apenas 20 salas. A última ficção é o melodrama “Dolores”, passado na Argentina rural dos anos 1940, onde a personagem do título desembarca para virar cabeças e tomar as rédeas, fugindo da guerra na Europa. Coprodução de Argentina e Brasil, inclui atores nacionais em seu enredo convencional. Quatro documentários completam a programação: “Pitanga”, em que a atriz Camila Pitanga presta tributo à carreira de seu pai, o grande ator Antonio Pitanga, “Todas as Manhãs do Mundo”, em que o brasileiro Lawrence Wahba filma amanheceres ao redor do mundo, “Gaga – O Amor pela Dança”, sobre o bailarino israelense Ohad Naharin, e “Argentina”, um tributo à música e à dança do país, dirigido pelo mestre espanhol Carlos Saura.

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