Sushant Singh Rajput (1986 – 2020)
O jovem galã indiano Sushant Singh Rajput foi encontrado morto em sua casa no subúrbio de Mumbai. O caso está sendo investigado como suicídio por enforcamento. Ele tinha 34 anos. Rajput era considerado um dos mais atores promissores de Bollywood, a indústria cinematográfica indiana. Ele estreou no cinema em 2013 com o filme “Kai Po Che!”, e em 2017 foi premiado como Melhor Ator no Festival de Cinema Indiano de Melbourne, na Austrália, pelo filme “M.S. Dhoni: The Untold Story”, no qual interpretou a estrela indiana de críquete Mahendra Singh Dhoni. Seu último trabalho foi no filme “Drive”, lançado mundialmente ela Netflix no ano passado, mas tinha mais quatro projetos encaminhados. O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, repercutiu a morte do ator nas redes sociais. “Sushant Singh Rajput … um jovem e brilhante ator que se foi cedo demais. Ele se destacou na TV e nos filmes. Sua ascensão no mundo do entretenimento inspirou muitos e deixa para trás várias performances memoráveis. Chocado com a sua morte. Meus pensamentos estão com a família e fãs”, escreveu o primeiro-ministro.
Rishi Kapoor (1952 – 2020)
O ator indiano Rishi Kapoor, que protagonizou grandes sucessos de Bollywood, morreu nesta quinta-feira (30/4), aos 67 anos, após uma batalha de dois anos contra a leucemia. “Ele permaneceu jovial e determinado a viver ao longo dos dois anos em que se submeteu a tratamentos em dois continentes”, disse a família, em comunicado. O ator se mudou para Nova York para cumprir um tratamento médico logo após a detecção do câncer, em 2018, retornando à sua cidade natal, Mumbai, em setembro de 2019. Kapoor descende de uma família de atores famosos na Índia. Seu avô, Prithviraj Kapoor, seu pai Raj Kapoor, os irmãos Randhir e Rajeev, seu filho, sobrinhas e sobrinhos são reverenciados por fãs por seus papéis em filmes importantes na indústria cinematográfica do país. Ele estreou em Bollywood aos 16 anos, interpretando, justamente, uma versão mais jovem de seu pai no filme de 1970 “Mera Naam Joker”. Mais tarde, fez seu nome como um herói romântico em longas populares. Vários de seus filmes dos anos 1970 e 1980, como “Khel Khel Mein” (1975), “Karz” (1980), “Chandni” (1989), tornaram-se blockbusters na Índia, transformando-o num dos atores mais populares do país. Além de ator, ele era um dançarino habilidoso e alguns de seus filmes renderam músicas muito populares até hoje. Em seus maiores sucesso, Kapoor formou par romântico com a atriz Neetu Singh. E numa das histórias de amor mais duradouras de Bollywood, o casal se perpetuou fora da tela, casando-se em 1980. O filho deles, Ranbir Kapoor, seguiu o legado da família, tornando-se uma estrela de sucesso de Bollywood por seus próprios méritos. A morte de Kapoor causou comoção nacional, e até o primeiro-ministro Narendra Modi disse ter ficado angustiado. “Multifacetado, carinhoso e animado: esse era Rishi Kapoor. Ele era uma potência de talento”, escreveu o líder indiano, no Twitter. Para aumentar a tristeza da Índia, a morte de Kapoor aconteceu logo após o falecimento de outro célebre astro de Bollywood, Irrfan Khan, que se tornou conhecido mundialmente ao participar de filmes como “Quem Quer ser um milionário?” (2008), “As Aventuras de Pi” (2012) e “Jurassic World” (2015), e que também sofria de câncer. A família de Kapoor, que recebeu apenas os amigos mais próximos no velório, pediu aos fãs do ator que seguissem as novas regras de distanciamento social devido à pandemia do novo coronavírus e que não fossem as ruas para lamentar sua morte, como aconteceria em circunstâncias normais no país.
Irrfan Khan (1967 – 2020)
Irrfan Khan, o ator veterano de Bollywood que estrelou “Quem Quer Ser um Milionário?”, “A Vida de Pi” e “Jurassic World”, morreu nesta quarta-feira (29/4) em Mumbai, aos 53 anos. Khan foi diagnosticado com um câncer raro, neuroendócrino de alto grau, em março de 2018 e passou um tempo em Londres sendo tratado antes de voltar ao trabalho no ano passado. Ele estava internado num hospital em Mumbai desde o início desta semana devido a uma infecção no cólon. Em sua carreira, que durou mais de 30 anos, o ator viveu muitos vilões, mas se destacou mais por sua versatilidade, além da humanidade e intensidade que trouxe para cada papel. Nascido em Rajasthan, Khan foi inspirado a seguir a carreira de ator por seus heróis Dilip Kumar e Marlon Brando, e começou a trabalhar em produções televisivas antes de fazer sua estréia no cinema em 1988, no aclamado drama “Salaam Bombay”, de Mira Nair, indicado ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. Especializando-se em interpretar vilões, ele recebeu elogios da crítica como o líder de um gangue estudantil no cultuado “Haasil” (2003), de Tigmanshu Dhulia, além de chamar atenção como o ambicioso protagonista de “Favorite” (2003), de Vishal Bhardwaj, uma adaptação de “Macbeth”, de Shakespeare, passada no mundo do crime indiano. Por curiosidade, ele ainda estrelou o “Hamlet” indiano, “Haider”, também dirigido por Bhardwaj. Sua carreira internacional começou em 2001, quando protagonizou o filme de estreia do diretor britânico Asif Kapadia, “Um Guerreiro Solitário”. O drama existencial, ambientado no Rajastão feudal, venceu o BAFTA de Melhor Filme Britânico e apresentou Khan ao público ocidental. Ele voltou a trabalhar com Mira Nair nos EUA, em “Nome de Família” (2006) e num segmento da antologia “Nova York, Eu Te Amo” (2008). Contracenou com Angelina Jolie em “O Preço da Coragem”(2007), de Michael Winterbottom, e participou do filme indiano de Wes Anderson, “Viagem a Darjeeling” (2007). Mas a grande maioria do público ocidental só começou a notá-lo após o fenômeno “Quem Quer Ser um Milionário?” (2008), de Danny Boyle, no qual interpretou o inspetor de polícia que interroga o personagem de Dev Patel. O sucesso da produção britânica lhe credenciou a participar de blockbusters americanos, como “O Espetacular Homem-Aranha” (2012), de Marc Webb, “Jurassic World: O Mundo dos Dinossauros” (2015), de Colin Trevorrow, “Inferno” (2016), de Ron Howard, e principalmente “As Aventuras de Pi” (2012), de Ang Lee, que venceu quatro Oscars. O ator demonstrou sua versatilidade em comédias com grandes sucessos indianos, como “Piku” (2015), de Shoojit Sircar, e “Hindi Medium” (2017), de Saket Chaudhary. Este último bateu o recorde de maior bilheteria de estreia na Índia e ainda registrou a segunda maior abertura de um filme indiano na China. Além de fazer rir, ele também fez chorar, ao apaixonar o público com o popular drama romântico “The Lunchbox” (2013), de Ritesh Batra, premiado nos festivais de Cannes e Toronto. Graças à popularidade de seus filmes, Khan se tornou o ator indiano mais conhecido do público ocidental. Seu último trabalho foi “Angrezi Medium”, uma sequência de “Hindi Medium” lançada em março, que também foi o último filme a ser exibido nos cinemas indianos antes de o país entrar em “lockdown” devido ao surto do novo coronavírus. “O carisma que você trouxe para tudo o que fez foi pura mágica”, tuitou a atriz Priyanka Chopra (“Baywatch”) sobre seu colega. Os dois trabalharam juntos na comédia “7 Khoon Maaf” (2011), do diretor Vishal Bhardwaj. “Você inspirou muitos de nós.” Colin Trevorrow, que dirigiu o astro indiano em “Jurassic World” – Khan viveu o dono do parque – lembrou-o como “um homem pensativo que encontrava beleza no mundo ao seu redor”. E o ator Riz Ahmed (“Venom”) simplesmente declarou que ele era um de seus heróis e “um dos maiores atores de nosso tempo”.
Sridevi Kapoor (1963 – 2018)
A estrela Sridevi Kapoor, que protagonizou dezenas de filmes na indústria do cinema indiano e se transformou em um mito de Bollywood nas décadas de 1980 e q990, morreu em decorrência de uma parada cardíaca no sábado (24/2) em Dubai, aos 54 anos. Ela estava na cidade para assistir a um casamento de um parente. Conhecida apenas como Sridevi (feito Madonna), ela estreou em 1978 com o filme “Solva Sawan” e liderou o elenco de diversos blockbusters indianos da década seguinte – “Mawaali” (1983), “Tohfa” (1984), “Mr India” (1987) e “Chandni” (1989), entre outros -, tornando-se a primeira estrela feminina numa indústria dominada por homens. Até decidir se aposentar em 1997, após duas décadas de grandes sucessos, por conta de seu casamento com o produtor Boney Kapoor e a gravidez – o casal teve duas filhas. Apesar disso, em 2012, ela voltou ao cinema com o sucesso de bilheteria “English Vinglish”, sobre uma mulher de meia idade que resolve aprender inglês. Além de filmes em hindi, Sridevi protagonizou um grande número de produções em várias línguas regionais, o que lhe deu grande projeção no continente asiático. A morte da atriz inspirou incontáveis expressões de pêsames de companheiros de profissão e líderes políticos nas redes sociais. “Triste pela prematura morte da notória atriz Sridevi. Era uma veterana da indústria cinematográfica, cuja carreira incluiu diversos papéis e atuações memoráveis”, escreveu no Twitter o primeiro-ministro indiano, Narendra Modi. O líder da oposição, Rahul Gandhi, do Partido do Congresso e herdeiro da dinastia Nehru-Gandhi, também lamentou a morte da “atriz favorita da Índia”, a quem descreveu como “incrivelmente talentosa e versátil”.
Om Puri (1950 – 2017)
Morreu o ator indiano Om Puri, que atuou em mais de 300 produções, entre elas o épico “Gandhi” (1982) e o sucesso recente “A 100 Passos de um Sonho” (2014). Ele faleceu nesta sexta-feira (6/12) aos 66 anos, vítima de um ataque cardíaco em sua casa em Mumbai. Om Puri estreou no cinema nos anos 1970 em um filme em idioma marathi, antes de alcançar a fama mundial com grandes sucessos de Bollywood, falados em hindi, a principal língua da Índia. Também participou de alguns filmes paquistaneses que geraram controvérsia em seu país. Mas o público mundial o conhece mais por suas produções ocidentais, incluindo “Gandhi”, o filme biográfico dirigido por Richard Attenborough e protagonizado por Ben Kingsley que venceu oito Oscars em 1983. Ele também atuou em “A Cidade da Esperança” (1992), junto a Patrick Swayze, foi pai da jovem Archie Panjabi na comédia britânica “Tradição É Tradição” (1999) e encarnou o ex-presidente paquistanês Mohammed Zia em “Jogos do Poder” (2007), de Mike Nichols, ao lado de Tom Hanks, Julia Roberts e Philip Seymour Hoffman. Seu último trabalho em Hollywood foi “A 100 Passos de um Sonho” (2014), de Lasse Hallström, como o patriarca de uma família indiana forçada a sair do país por uma tragédia e que, ao atentar se reerguer abrindo seu próprio restaurante, enfrenta o preconceito europeu e Helen Mirren. Ele deixou alguns filmes finalizados, entre eles “Viceroy’s House” (2017), drama histórico sobre o fim do período colonial britânico na Índia, no qual contracenou com Gillian Anderson, Michael Gambon e Hugh Bonneville. As redes sociais homenagearam o ator com muitas declarações de carinho e lembranças de seus êxitos cinematográficos. “Não posso acreditar que um de nossos maiores atores, Om Puri, já não está aqui. Profundamente triste e abalado”, declarou o ator Anupam Kher em um tuíte.
Brahman Naman: Comédia teen indiana que foi destaque no Festival de Sundance ganha primeiro trailer
O serviço de streaming Netflix divulgou o primeiro trailer (sem legendas) de “Brahman Naman”, comédia sexual adolescente passada nos anos 1980, que presta homenagem aos clássicos do gênero do período, mas com um detalhe que a torna diferente das demais: foi filmada na Índia, com um elenco e equipe indianos. A produção foi adquirida no último Festival de Sundance, após elogios da críticas, dentro da estratégia de expansão global do Netflix. Dirigido por Q (abreviação de Quashik Mukherjee), o filme gira em torno de uma equipe campeã de uma competição universitária de conhecimentos gerais. Tão inteligentes quanto tímidos, os jovens nerds vão tentar vencer o campeonato nacional enquanto tentam perder a virgindade. O elenco de jovens praticamente desconhecidos é liderado por Shashank Arora, que estrelou “Titli” (2014), suspense indiano exibido no Festival de Cannes em 2014. A estreia está marcada para 7 de julho.





