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    Trailer de fábula de terror da Estônia traz imagens belíssimas, bizarras e premiadas

    4 de fevereiro de 2018 /

    A Oscilloscope divulgou o trailer e dois pôsteres de “November”, fábula de terror estoniana, filmada em belíssimo preto e branco, em meio a florestas negras, criaturas bizarras e muita gente estranha. A trama combina o folclore do século 19 do leste europeu e as mitologias pagãs para contar um conto de fadas ao estilo dos irmãos Grimm, sobre os perigos do amor não correspondido e as conseqüências desastrosas da magia negra. Numa aldeia assustada por ameaças de espíritos, pragas e criaturas da floresta, uma jovem camponesa anseia o amor não correspondido de um jovem, que prefere uma baronesa alemã de passagem pela região. Ela resolve, então, apelar para o sobrenatural. “November” é o quarto filme de Rainer Sarnet – todos inéditos no Brasil – , que também assina o roteiro, baseado no romance “Rehepapp” (2000), do escritor Andrus Kivirahk, um dos maiores best-sellers da Estônia das últimas décadas. A produção venceu alguns festivais e foi premiada por sua fotografia deslumbrante no Festival de Tribeca 2017. A estreia norte-americana está marcada para 23 de fevereiro, em circuito limitado, e não há previsão para o lançamento no Brasil.

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    Na Ventania denuncia a limpeza étnica de Stalin em quadros vivos de opressão

    23 de junho de 2016 /

    Não é todo dia que se vê, no círculo comercial dos nossos cinemas, um filme da Estônia. Em “Na Ventania”, é abordada uma história gravíssima, ocorrida durante a 2ª Guerra Mundial. Em 14 de junho de 1941, Stalin deflagrou uma operação secreta de limpeza étnica dos povos nativos nos países bálticos: Estônia, Letônia e Lituânia. Famílias inteiras foram deportadas de seus territórios locais e enviadas a prisões, ou gulags, e campos de trabalho forçado na Sibéria, separando homens e mulheres. Uma dessas mulheres da Estônia, Erna Tamn, separada de seu marido, Heldur, escreve a ele cartas da Sibéria, em busca de reencontrá-lo algum dia, enquanto procurava sobreviver com apenas um pedaço de pão diário. São essas cartas, que conheceremos em off pela voz da atriz Laura Peterson (série “Babylon 5”), que servirão de narrativa ao filme, cobrindo um período de muitos anos, que passa pela morte de Stalin e chega às mudanças políticas que se sucederam. O trabalho do diretor Martti Helde, estreante em longas, é bastante original, ao optar, na maior parte do tempo, por compor tableaux vivants com os atores e atrizes. A câmera se move, explora a cena, altera os enquadramentos, se aproxima com o zoom, mas os atores não se movem. Somente um piscar de olhos ou a presença do vento se nota. Em outros momentos, há movimentos, compondo uma atuação minimalista. Não há diálogos, só os textos das cartas. A exceção é uma notícia que se ouve por meio do rádio. A fotografia, em preto e branco, é belíssima. Os ambientes naturais, muito bem escolhidos, favorecendo a exploração da luz e dos espaços pela filmagem. As encenações, com os atores e atrizes compostos como estátuas, são extremamente detalhadas, produzindo enquadramentos magníficos, que se transformam com o movimento da câmera, mantendo a condição de belos quadros o tempo todo. Essa técnica acaba tendo o efeito de potencializar o sentido da opressão. Não há o golpe, a agressão, o sangue não corre, mas o próprio fato de as figuras não se mexerem sugere, por si só, a impossibilidade de reagir ou resistir. A tragédia surda dos sem vez ou voz soa mais intensa e forte. O encontro humano depende da poesia, do vento oeste que se cruza com o vento leste e realiza, simbolicamente, o que foi negado às pessoas.

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