Souleymane Cissé, pioneiro do cinema africano, morre aos 84 anos
Cineasta malinês foi o primeiro diretor negro do continente a vencer um prêmio em Cannes
Estreias | “Coringa: Delírio a Dois” chega aos cinemas
Lançamento da continuação de "Coringa" monopoliza as telas e diminui as opções alternativas nesta semana
Netflix lança concurso para descobrir “novos talentos” africanos
A Netflix se juntou à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) para lançar um concurso de curtas-metragens que busca descobrir “novos talentos” entre jovens diretores da África subsaariana. O projeto é para jovens, mas não para amadores. Os participantes do concurso devem ter entre 18 e 35 anos, viver e serem originários de um país da África subsaariana e ter pelo menos dois anos de experiência profissional na indústria audiovisual. Isto porque eles receberão um orçamento de US$ 75 mil para criar, filmar e produzir seus curtas-metragens. “A ideia da iniciativa é encontrar grandes talentos, grandes histórias populares que são parte importante da nossa história e herança na África”, explicou o diretor de conteúdo original e aquisições da Netflix na África, o nigeriano Ben Amadasun. Com inscrições abertas até 14 de novembro, o concurso premiará seis vencedores com US$ 25 mil e treinamento com profissionais da indústria, e os melhores serão disponibilizados pela Netflix em 2022. A plataforma já emplacou um sucesso do continente, a série sul-africana “Sangue e Água”, mas seu filme mais bem cotado, o senegalês “Atlantique”, não foi concebido para o streaming, e sim adquirido após vencer o Grande Prêmio do Júri do Festival de Cannes em 2019.
A Vida Gira: Drama sul-africano da Netflix ganha trailer legendado
A Netflix divulgou o trailer de “A Vida Gira” (Riding with Sugar), drama sul-africano que acompanha um jovem em busca de seu sonho, contra várias dificuldades que surgem em sua vida. O filme é escrito e dirigido por Sunu Gonera, que, após vencer prêmios de publicidade em Cannes e comandar séries americanas como “Madam Secretary”, “Snowfall” e “13 Reasons Why”, estreia em longa-metragem à frente da adaptação do curta homônimo que ele concebeu em 2005 – e que tinha John Boyega (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”) no elenco. No longa, o papel principal é vivido por Charles Mnene (da série “O Jovem Wallander”). Ele interpreta Joshua, que tem o grande desejo de ser um profissional de BMX (bicicross) e treina incansavelmente com sua bicicleta para atingir seu objetivo. Entretanto, ele não consegue se desviar dos obstáculos do destino, que surgem primeiro na forma de um um acidente que estilhaça seu joelho. Ele recebe abrigo e um emprego de Mambo, responsável por um abrigo para adolescentes refugiados de toda a África, e conhece Olivia, uma jovem dançarina talentosa de uma família abastada, que lhe apresenta um mundo que ele nunca conheceu antes, mas também lança uma sombra sobre os planos de Mambo. O elenco também conta com Hakeem Kae-Kazim (“Black Sails”) como Mambo e Simona Brown (“Kiss Me First”) como Olivia. A estreia está marcada para 27 de novembro. Veja abaixo também os pôsteres criadas pela equipe de produção.
Festival online: Cinema africano ganha mostra digital gratuita
Refletindo os tempos modernos, a nova edição da Cine África, uma mostra do cinema africano, começou online e totalmente gratuita. As exibições acontecem na plataforma Sesc Digital. A seleção oferece filmes de Burkina Faso, Camarões, Egito, Etiópia, Nigéria, Quênia, Senegal e Sudão, com sessões sempre às quintas-feiras. Apesar de se estender até o dia 26 de novembro, cada filme ficará disponível apesar por uma semana na plataforma. Além dos filmes, a programação também apresenta entrevistas exclusivas com os diretor de cada obra. A curadoria da mostra é de Ana Camila Esteves e privilegia filmes africanos contemporâneos, que já tiveram suas trajetórias em festivais internacionais encerradas, “mas que permanecem relevantes e, em sua maioria, não exibidos no Brasil”. O primeiro título em cartaz é o drama “Fronteiras” (2017), da diretora Apolline Traoré, que retrata uma viagem de quatro mulheres do Senegal à Nigéria. Entre os destaques das próximas semanas estão ainda a comédia “aKasha” (2018), primeiro longa de ficção do documentarista e ativista sudanês Hajooj Kuka e principalmente o drama queniano “Supa Modo” (2018), de Likarion Wainaina, sobre uma menina com uma doença terminal que sonha ser uma super-heroína. Este filme é um colecionador de prêmios mundiais, dos festival de Berlim a Zanzibar. Além dos filmes, também haverá um curso sobre o cinema africano, bate-papos temáticos e o lançamento de um e-book. A programação e mais informações sobre o Cine África podem ser consultadas no endereço digital https://sesc.digital/colecao/53135/cine-africa.
Sarah Maldoror (1939 – 2020)
A cineasta Sarah Maldoror, pioneira do cinema angolano, morreu na segunda-feira (13/4), vítima da pandemia do novo coronavírus, em Paris. Nascida no sul da França, filha de mãe francesa e pai guadalupense, ela foi casada com o poeta e político angolano Mário Pinto de Andrade, fundador do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA), partido que governa o país africano desde sua independência de Portugal, em 1975. Por isso, Sarah também se tornou conhecida por seu ativismo anticolonialista. Ela estudou cinema em Moscou, onde conheceu o senegalês Ousmane Sembène, conhecido como pai do cinema africano, e começou a carreira como assistente de direção no clássico “A Batalha de Argel” (1966), de Gillo Pontecorvo, filmado na capital argelina. Vencedor do Leão de Ouro, prêmio principal do Festival de Veneza, o longa retratava uma revolução popular e teve sua exibição proibida no Brasil durante a ditadura militar. Seu primeiro trabalho como diretora foi realizado dois anos depois: o curta “Monangambé”, inspirado em romance do escritor angolano José Luandino Vieira, que na época do lançamento, em 1968, encontrava-se preso em um campo de concentração no Cabo Verde. Mais dois anos e veio o primeiro longa, “Des Fusils pour Banta” (1970). A obra de Luandino voltou a inspirar a diretora em seu segundo longa, “Sambizanga”, que contou com roteiro de Mário Pinto de Andrade. Premiado nos festivais de Berlim e Cartago em 1972, o filme se passava durante a revolução de 1961 e acompanha Maria, moradora de um bairro precário de Luanda, que dá nome ao filme, em busca do marido pelas cadeias da cidade. Militante político, ele tinha sido preso, torturado e morto. Com esses trabalhos, Maldoror se tornou uma das primeiras mulheres a dirigir longa-metragens na África. Após a independência angolana, seu marido entrou em atrito com o colega de partido Agostinho Neto, que se tornou o primeiro presidente do novo país, e o casal entrou em exílio. Em Paris, a cineasta fez documentários sobre artistas, como a escultora colombiana Ana Mercedes Hoyos e a cantora haitiana Toto Bissainthe. Ao todo, Sarah Maldoror realizou mais de 40 filmes, entre curtas e longas. Seu último trabalho, “Eia pour Césaire”, um documentário sobre outro parceiro importante de sua carreira, o poeta da Martinica Aimé Césaire, foi lançado em 2009. Ela deixa duas filhas de seu relacionamento com Mário (morto em 1990), Annouchka e Henda.
John Boyega vai produzir filmes africanos para a Netflix
O ator inglês John Boyega, astro da nova trilogia “Star Wars”, firmou uma parceria com a Netflix para desenvolver filmes de língua não-inglesa realizados na África. Pelo contrato, a produtora UpperRoom Productions, fundada por Boyega em 2016, fará projetos de filmes baseados em histórias, literatura, mitologia, personagens e outros elementos de países africanos. Os primeiros três filmes da parceria incluem duas produções da Nigéria e uma do Egito. “A África é rica em histórias e, para a Netflix, essa parceria com John e UpperRoom apresenta uma oportunidade para aumentar nosso investimento no continente, trazendo histórias africanas únicas para nossos membros na África e no mundo”, disse David Kosse, vice-presidente de filmes internacionais da Netflix, em comunicado. Filho de nigerianos, Boyega já produziu um filme no continente, o sul-africano “God Is Good”, realizado por sua produtora UpperRoom, que ainda não chegou aos cinemas, nem tem previsão de estreia. Já a Netflix lançou sua primeira série africada em fevereiro passado, “Queen Sono”, produção de espionagem e ação da África do Sul, que foi bastante elogiada pela crítica internacional – tem 90% de aprovação no Rotten Tomatoes.
Descubra três dramas que disputam indicações ao Oscar de Melhor Filme Internacional
Três filmes de passagem recente e meteórica pelo circuito comercial brasileiro representam indicações de seus países ao Oscar. Surpreendentemente, seguem em exibição, mas num só cinema ou num só horário. E são bons filmes, que mereceriam ser conhecidos. “Retablo” O filme é de 2017, foi exibido na Mostra de São Paulo do ano passado, mas é a indicação do Peru para o Oscar 2020, na categoria de Melhor filme internacional. Dirigido pelo cineasta e psicólogo Álvaro Delgado-Aparício, em seu primeiro longa, é um filme que lida com tradições, folclore, e um ambiente conservador, que torna tudo mais complicado e dramático. A trama aborda a tradição artística dos retablos – caixas artesanais portáteis, de madeira, com porta, que contém figuras de massa pintadas, que representam cenas religiosas ou cotidianas de famílias abastadas da elite local, como, por exemplo, dos políticos. É um belo trabalho que o reconhecido artesão Noé desenvolve e capacita seu filho adolescente de 14 anos, Segundo, para sucedê-lo. A narrativa se baseia na visão do adolescente. E foca na relação pai e filho. Essa bela arte tradicional será posta em xeque quando uma cena homoerótica é flagrada e não consegue ser assimilada pela sociedade conservadora e religiosa da localidade. Mais do que isso: é fortemente rejeitada e perseguida, sem abrir nenhuma possibilidade de assimilação. Como Segundo vai lidar com isso? Que caminho vai tomar? É por aí que o filme se coloca, questionando a visão conservadora, e explorando as manifestações artísticas e folclóricas que merecem ser preservadas. 101 min. “A Camareira” O drama de Lila Avilés, de 2018, é a indicação mexicana para concorrer ao Oscar de Filme Internacional. Sua narrativa concentra-se na vida penosa e frustrante de Eve, uma jovem mãe solteira que trabalha como camareira num hotel de luxo, na cidade do México, sem tempo para nada, nem mesmo para ver com regularidade seu bebê, cuidado por outra pessoa. Acompanhamos sua rotina e, como espectadores, vamos percebendo pouco a pouco o que a move, que expectativas tem, por onde passa seu desejo, que planos alimenta para o futuro e que ações toma, com base nisso. Vemos que o trabalho pesado e cansativo até promete, mas não cumpre. O que resulta disso é angustiante, especialmente quando uma esperança que parecia tão concreta não se realiza. Aí é que o filme ensaia caminhos e possibilidades, mas acaba não encontrando propriamente um rumo para a personagem. Ou prefere deixar em aberto, só sugerindo, esse rumo. As soluções individuais são mesmo muito complicadas, ou virtualmente inexistentes, quando um sistema explorador não oferece saídas reais, apenas doura a pílula, sendo até acolhedor ou afetivo sob alguns aspectos, mas sem resolver o cerne da questão. É como aquela história do gerente do banco que não resolve o que você precisa, mas o trata bem, oferece cafezinho e tal. De que adianta? “A Camareira” é um filme de clima, que nos põe no centro da vida de uma trabalhadora modesta, sem preparo, mas dedicada à função que ocupa, e que ousa ter esperança. Em certos contextos, no entanto, até sonhar é difícil. “Adam” Produção do Marrocos de 2018, dirigida por Maryam Touzani e indicada para concorrer pelo país ao Oscar de Filme Internacional, é um filme sobre mulheres desamparadas, cada qual à sua maneira. Põe em contato duas mulheres, uma, viúva com uma filha ainda pequena, que tenta sobreviver de forma estoica e a muito custo. Que se enrijece, endurece, mas não verga. É sua defesa, indispensável. Pelo menos até que encontra e acolhe uma jovem grávida, fora do casamento, o que é um problema moral no Marrocos, vagando pelas ruas sem casa ou trabalho. Do encontro das duas, vêm novas perspectivas. Uma modificará a outra, abrindo espaços para novas possibilidades e esperanças, num contexto muito difícil para ambas. Na verdade, para o trio, já que a menina que vive na casa, onde elas acabarão convivendo, servirá de elemento catalizador da relação, com a indispensável perspectiva do futuro que as crianças trazem. A maternidade está no centro dessa trama, em que as relações ocupam o lugar principal. A sempre possível perspectiva de mudança e o encontro consigo mesmo servem de elementos para uma história contada com sensibilidade e respeito pelos sentimentos, desejos e idiossincrasias de cada uma.
Atlantique: Aposta internacional da Netflix para o Oscar 2020 ganha trailer legendado
A Netflix divulgou o pôster e o trailer legendado de “Atlantique”, sua aposta para o Oscar de Melhor Filme Internacional. O drama senegalês tem direção de Mati Diop, primeira mulher negra a competir em Cannes, e acabou vencendo o Grande Prêmio do Júri do festival francês, considerado o 3ª lugar da premiação. O filme tem temática imigratória, mas também adentra uma abordagem sobrenatural do romance de seus protagonistas. A história acompanha um casal de namorados do Senegal, Ada (Mame Bineta Sane) e Souleiman (Traore), que se separam depois que o rapaz tenta a sorte em uma travessia a barco para a Europa. Misteriosamente, ele começa a ser visto na cidade após sumir no mar e é até acusado de ter causado um grande incêndio, justamente na véspera de casamento de Ada com um homem mais velho. Mas quando ela finalmente começa a vê-lo, a aparição do jovem pode ser sinal de algo muito diferente. A franco-senegalesa Mati Diop é sobrinha de um dos diretores mais importantes do continente africano, Djibril Diop Mambéty (do clássico “Touki Bouki”, de 1973, e “Hienas”, que participou do Festival de Cannes de 1992). Curiosamente, seu filme não foi produzido pela Netflix. Proibida de disputar a competição francesa com os filmes que produz, a empresa de streaming simplesmente esperou para comprar os destaques do festival, minutos após o encerramento oficial da competição. Independente da vontade dos organizadores do evento, vai agora lançar em sua plataforma um dos filmes premiados pelo júri. “Atlantique” vai ganhar lançamento limitado nos cinemas em 21 de novembro e chegará ao streaming uma semana depois, no dia 29 de novembro.
Primeiro filme do Quênia selecionado pelo Festival de Cannes é proibido em seu país
As autoridades do Quênia proibiram a exibição de “Rafiki” no país. O longa, que se tornou a primeira produção queniana selecionada pelo Festival de Cannes, conta uma história de amor entre duas mulheres. Alegando que a obra incentiva o lesbianismo, o governo decidiu, em vez de celebrar seu feito, banir o filme da diretora Wanuri Kahiu. O Conselho de Classificação Cinematográfica do Quênia anunciou o veto nesta sexta-feira (27/4) e disse em um tuíte: “Qualquer um que seja encontrado com sua posse estará violando a lei”, numa referência a uma lei dos tempos coloniais ainda em vigor, segundo a qual o sexo homossexual é punível com até 14 anos de prisão. A porta-voz do conselho, Nelly Muluka, tuitou: “Nossa cultura e leis reconhecem a família como a unidade básica da sociedade. O (conselho) não pode, portanto, permitir que conteúdo lésbico seja acessado por crianças no Quênia”. “Estou realmente decepcionada, porque os quenianos já têm acesso a filmes com conteúdo LGBT na Netflix e em filmes internacionais exibidos no Quênia e permitidos pelo próprio conselho de classificação”, disse a diretora Wanuri Kahiu, em entrevista à agência Reuters. “Então, proibir só um filme queniano porque ele lida com algo que já acontece na sociedade parece simplesmente uma contradição”, completou. A proibição representa uma reversão de posição do conselho, cujo presidente, Ezekiel Mutua, havia elogiado o filme no início deste mês. “É uma história sobre as realidades de nosso tempo e os desafios que nossas crianças estão enfrentando, especialmente com sua sexualidade”, disse ele à rádio comercial HOT 96 FM, antes do conselho proibir a exibição. “Rafiki”, cujo título é a palavra swahili para “amigo”, é uma adaptação do conto premiado “Jambula Tree”, da escritora ugandense Monica Arac Nyeko. O filme terá sua première mundial em maio na mostra Um Certo Olhar, durante o Festival de Cannes.
Filme africano de diretor brasileiro vence Festival de Cartago e vai buscar vaga no Oscar
A 28ª edição do Festival de Cartago, um dos mais importantes eventos do cinema africano e árabe, premiou no sábado (11/11) em Túnis, na Tunísia, o filme “Comboio de Sal e Açúcar”, dirigido pelo brasileiro Licínio Azevedo. Coprodução de cinco países, inclusive Brasil, o filme é na verdade de 2016 e já tinha rendido a Azevedo o prêmio de Melhor Direção no Festival de Cairo, no Egito, no ano passado. Além disso, entrou para a história do cinema ao se tornar o primeiro longa selecionado por Moçambique para tentar uma vaga no Oscar de Melhor Filme de Língua Estrangeira. Licínio Azevedo mora em Moçambique desde 1975 e é um dos fundadores da empresa moçambicana de produção de cinema Ébano Multimédia, principal produtora do filme – e de vários outros longas-metragens e documentários premiados em todo o mundo. “Comboio de Sal e Açúcar” é seu quinto longa de ficção. Entre os anteriores, estão “Desobediência” (2003), premiado no Festival de Biarritz, e “Virgem Margarida” (2012), premiado em Amiens. Descrito como um “western africano”, o filme que venceu o troféu Tanit de Ouro mostra a perigosa viagem de um grupo, a bordo de um trem que tenta trocar sal por açúcar, atravessando zonas rebeldes de Moçambique em 1989, durante a guerra civil que varreu o país africano. Veja abaixo o trailer, repleto de cenas de ação, cuja narrativa envolvente destaca a divisão entre militares e civis no trem (comboio) que batiza a produção. “Comboio de Sal e Açúcar” chegou a ser exibido no Festival do Rio, mas, apesar de falado em português, não tem previsão de lançamento comercial no Brasil.
Martin Scorsese anuncia projeto para preservar e restaurar clássicos do cinema africano
O cineasta Martin Scorsese (“O Silêncio”) anunciou uma nova iniciativa de seu instituto, The Film Foundation, para encontrar, restaurar e preservar clássicos do cinema africano. Intitulada The African Film Heritage Project (AFHP), a iniciativa será levada adiante em parceria com a Federação de Cineastas Africanos e a Unesco. A proposta é que 50 filmes com importância histórica, artística e cultural sejam beneficiados. “A África precisa das suas próprias imagens, seu próprio olhar testemunhando em seu favor, sem o prisma distorcido de outros, do olhar estrangeiro selado por preconceito e agendas”, afirmou o secretário geral da associação de diretores do continente, Oumar Sissoko (“Gênesis”), em comunicado, saudando o projeto. Veja abaixo o vídeo gravado por Scorsese para anunciar o projeto, no qual ele demonstra sua paixão e conhecimentos cinematográficos.











