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    Cineastas afegãs relatam fim do cinema e das artes no país

    4 de setembro de 2021 /

    O Festival de Veneza dedicou espaço em sua programação neste sábado (4/9) para duas jovens cineastas afegãs se manifestarem sobre a situação do país, que perdeu não só a capacidade de fazer cinema, mas de se expressar por meio das artes com a tomada do poder pelo Talibã, grupo radical religioso que não admite músicas nem fotografias. Num depoimento emocionado, Sahraa Karimi, a primeira mulher a chefiar a Organização de Cinema do Afeganistão, e Sahra Mani, diretora do documentário “A Thousand Girls Like Me” (2018), sobre uma mulher violentada pelo pai durante anos, clamaram por solidariedade da comunidade internacional. “Em apenas duas semanas, as figuras mais brilhantes do país partiram”, disse Karimi. “Imagine, um país sem artistas!”, lamentou a cineasta diante de um grupo de jornalistas e cineastas convidados, entre eles o diretor do festival, Alberto Barbera. A cineasta descreveu um quadro sombrio no país. “Tudo parou no espaço de algumas horas. Os arquivos estão sob o controle do Talibã. O trabalho dos diretores desapareceu”, relatou ela. “Pela primeira vez na história do cinema afegão, um filme foi convidado para o festival francês de Cannes… Estávamos preparando a segunda edição do prêmio nacional de cinema”, ela enumerou, sobre os esforços perdidos. “Os talibãs estão destruindo os instrumentos de música, os estudantes se escondem”, acrescentou Mani, fazendo um apelo: “Por favor, sejam nossas vozes e falem da nossa situação”. “Não temos mais casa, não temos país (…) a Arte é proibida. Minha geração não quer isso”, retomou Karimi, reforçando um pedido de ajuda para os artistas afegãos à comunidade internacional.

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    13 filmes para entender o Talibã

    22 de agosto de 2021 /

    O Taliban odeia o cinema. Mas há filmes que ajudam a explicar o terror que seu fanatismo religioso representa. Selecionamos 13 documentários, dramas, animações e até uma comédia que ajudam a entender como o Talibã chegou ao poder no Afeganistão, a opressão que ele exerce sobre a população e o que pensam realmente os afegãos comuns sobre a situação. Para dar dimensão da complexidade do tema, um partido político nanico do Brasil chegou a comemorar a retomada do Afeganistão pelos talibãs como uma vitória contra o imperialismo ianque. Estrelado por Tom Hanks, “Jogos do Poder” lembra que foi o tal “imperialismo ianque” que armou os fanáticos contra os comunistas soviéticos nos anos 1980. Muitos devem lembrar que até Rambo lutou ao lado dos mujahidins (combatentes) do Afeganistão em “Rambo III”, seis anos antes de iniciaram sua ofensiva em 1994 para instalar o Emirado Islâmico no país com armas e financiamento americanos. Quem pinta o Talibã como o pior regime do mundo não é Hollywood. São cineastas afegãos e muçulmanos de outros países, em sua maioria. O documentário “The Forbidden Reel” lembra que os talibans não só proibiram o cinema, como mandaram queimar todos os arquivos de filmes existentes no país, destruindo a memória cinematográfica afegã. “Frame by Frame” reforça que nem fotografia era permitida. E “Midnight Traveler” (exibido nos cinemas brasileiros como “O Viajante da Meia-Noite”) registra a jornada de um cineasta em fuga com sua família do próprio país para não ser executado. Os noticiários dos últimos dias mostraram como a população afegã se desesperou como a volta do Talibã e se amontoou no aeroporto de Kabul, gerando imagens chocantes. O filme “Neste Mundo” já acompanhava, em 2002, a história de fuga de um adolescente afegão em meio ao cerco dos radicais. Dirigido pelo inglês Michael Winterbottom, era uma obra de ficção, mas seu intérprete, o jovem Jamal Udin Torabi, realmente percorreu a odisseia descrita na tela em sua vida real. O terror é muito real. A ativista Malala Yousafzai, pessoa mais jovem a ser laureada com um prêmio Nobel, tornou-se mundialmente conhecida por desafiar o fanatismo talibã no Paquistão, segundo país com a maior quantidade de seguidores dessa vertente radical. Tudo o que ele fez foi ir a escola. Bastou para enfurecer os intolerantes que organizaram um atentado à sua vida num ônibus escolar. Sob o Talibã, mulheres não podem estudar nem trabalhar. Muito menos mostrar os rostos, os pés, as mãos, qualquer parte do corpo. Precisam usar burcas de cor uniforme, porque qualquer diferença sinalizaria vaidade, o que é pecado mortal. Filmes como “Osama” e “Às Cinco da Tarde” mostram protagonistas femininas durante e depois do primeiro domínio talibã no Afeganistão. Para até crianças compreenderem o tamanho da intolerância, as animações “A Ganha-Pão” e “Os Olhos de Cabul” mostram de forma clara o impacto do fanatismo sobre as famílias afegãs. Quando decide abordar a situação, Hollywood prefere ressaltar o heroísmo americano com filmes de guerra. A maioria exagera, como é típico do cinema americano, mas vale destacar “Posto de Combate” por dar uma dimensão mais realista ao conflito – e como a propalada vitória nunca aconteceu realmente, ajudando a explicar a facilidade com que o Talibã recuperou terreno no país. Veja abaixo sugestões com trailers destes e outros filmes. São 13 no total, um número que muitos associam ao horror. Todos os títulos estão disponíveis em plataformas devidamente identificadas abaixo de cada citação. Títulos em inglês significam que as buscas nos serviços devem ser feitas com o nome original da produção. Vale observar que o MUBI tem disponibilidade rotativa – apesar do grande acervo, só abre acesso a um punhado de destaques por vez.     A Caminho de Kandahar | Irã, França | 2001 (Claro Vídeo, MUBI)     In This World (Neste Mundo) | Reino Unido | 2002 (MUBI)     Osama | Afeganistão | 2003 (MUBI)     At Five in the Afternoon (Às Cinco da Tarde) | Irã | 2003 (MUBI)     O Caçador de Pipas | EUA | 2007 (Google Play, Sky Play, YouTube Filmes)     Jogos do Poder | EUA | 2007 (Apple TV, Claro Vídeo, MUBI, Oi Play)     Frame by Frame | Afeganistão | 2015 (MUBI)     Malala | EUA, Emirados Árabes | 2015 (Netflix)     A Ganha-Pão | Irlanda, Canadá | 2017 (Netflix)     Os Olhos de Cabul | França | 2019 (Apple TV, MUBI, SKY Play, Telecine, Vivo Play)     Posto de Combate | EUA | 2019 (Apple TV, Google Play, Looke, NOW, Paramount+, SKY Play, YouTube Filmes)     Midnight Traveler (O Viajante da Meia-Noite) | Afeganistão | 2019 (MUBI)     The Forbidden Reel | Afeganistão | 2020 (MUBI)

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    Cineasta faz posts desesperados no Afeganistão: “Estão vindo nos matar”

    17 de agosto de 2021 /

    A cineasta afegã Sahraa Karimi, primeira mulher a ter um doutorado em Cinema em seu país, vem publicando posts desesperados nas redes sociais. Num deles, ela conclama o mundo a “acordar para o impacto da rápida tomada do Afeganistão pelo Talibã”. Karimi, que abordou a situação das mulheres afegãs em seu filme mais recente, “Hava, Maryam, Ayesha”, exibido no Festival de Veneza, manifestou-se angustiada pelo abandono internacional a seu país, em meio a retirada total das tropas dos EUA, que permitiram o avanço dos extremistas religiosos. A carta foi enviada a organizações de mídia internacionais e postada em diferentes redes sociais. “Se o Talibã assumir o controle, eles vão banir toda a arte. Eu e outros cineastas podemos ser os próximos em sua lista de alvos. Eles vão tirar os direitos das mulheres: seremos empurradas para as sombras de nossas casas e de nossas vozes, e nossa expressão será abafada no silêncio”, ela escreveu. “Quando o Talibã esteve antes no poder, nenhuma menina frequentava escolas. Desde que o grupo deixou o controle do país, mais de 9 milhões de meninas afegãs se matricularam na escola. Isso é incrível. Herat, a terceira maior cidade que acabou de ser dominada pelo Talibã, tinha quase 50% de mulheres em sua universidade. São ganhos incríveis que o mundo mal conhece. Nessas poucas semanas, porém, o Talibã destruiu muitas escolas e 2 milhões de meninas foram forçadas a deixar a escola novamente”, acrescentou a cineasta, que tem publicado vídeos expondo a gravidade da situação no país. Num dos vídeos (veja abaixo), ela conta que foi ao banco tirar dinheiro e o local estava fechado e vazio. “Não consigo acreditar que isso aconteceu. Peço outra vez que rezem por nós. Pessoas do mundo, por favor, não fiquem em silêncio. Eles estão vindo nos matar”. “Não entendo este mundo. Não entendo o silêncio (do mundo). Vou ficar e lutar pelo meu país, mas não posso fazer isso sozinha. Preciso de aliados como você. Ajude-nos a fazer com que o mundo se preocupe com o que está acontecendo conosco”, conclamou. “É uma crise humanitária, mas o mundo está em silêncio. Acostumamo-nos a este silêncio, mas sabemos que não é justo”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Sahraa Karimi صحرا كريمي (@sahraakarimi) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Sahraa Karimi صحرا كريمي (@sahraakarimi) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Sahraa Karimi صحرا كريمي (@sahraakarimi) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Sahraa Karimi صحرا كريمي (@sahraakarimi)

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    Primeira mulher a dirigir filmes no Afeganistão é baleada em atentado

    27 de agosto de 2020 /

    A atriz e cineasta Saba Sahar, primeira mulher a dirigir filmes no Afeganistão, foi baleada em Cabul, capital do país, num ataque planejado para matá-la. De acordo com a BBC, Sahar estava viajando a trabalho na terça (25/8), quando três homens armados abriram fogo contra o seu carro. Ela foi levada a um hospital e passou por uma cirurgia. A gravidade dos ferimentos, porém, ainda não foi informada. Além de Sahar, haviam outras pessoas no carro: dois seguranças, o motorista e uma criança. Os seguranças também foram atingidos, mas o motorista e a criança foram poupados. “Cheguei ao local e encontrei todos eles feridos”, disse Emal Zaki, marido de Sahar, à BBC. “Ela recebeu os primeiros socorros e nós a transferimos para o hospital de emergência e depois para o hospital da polícia”, acrescentou. Até o momento, nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque, mas Sahar enfrentava ameaças de fundamentalistas talibãs, que proíbem mulheres de estudar e trabalhar, ao se tornar uma importante ativista dos direitos femininos no país. Ela fez a transição de estrela do cinema afegão da era pré-talibã para cineasta em 2004 com “The Law”, filme sobre justiça e corrupção na instável democracia afegã, estabelecida após a derrota dos talibãs pelas forças dos EUA, e também assinou o documentário “Traumfabrik Kabul” (2011), sobre a importância de divulgar a luta feminina no país. Na ocasião, ela deu uma impactante entrevista ao jornal britânico The Guardian. “Quero mostrar que as mulheres afegãs são capazes de fazer qualquer coisa que os homens fazem. Quero mostrar aos conservadores que trancam suas filhas e esposas em casa que devem deixá-las sair para estudar, ganhar algum dinheiro e ajudar a reconstruir o Afeganistão”, declarou, contando que, por causa disso, tinha sido marcada para morrer. . Sahar revelou que recebia várias ameaças de morte por meio de ligações anônimas. “Eles me dizem para dizer adeus aos meus entes queridos, porque eu logo estarei morta.” A diretora não se intimidou e denunciou as ligações às autoridades. O resultado? “Eles me ligaram novamente e perguntaram por que eu fui às autoridades”, disse ao Guardian. “Eles falaram que, mesmo que todo o governo esteja me apoiando, ainda iam me matar. ‘Vamos matá-la na rua, em público’.” “Fazer filmes é minha paixão”, ela continuou. “Eu amo meu país. Quero mostrar às pessoas que há mais no Afeganistão do que guerra, drogas e terrorismo. Se eu morrer por exigir meus direitos e inspirar outras mulheres a lutar pelos delas, então estou pronta para perder minha vida. ” Após o atentado, a Anistia Internacional afirmou que tem ocorrido um aumento “extremamente preocupante” de atos contra personalidades culturais e ativistas no Afeganistão, após a decisão de Donald Trump de promover um “acordo de paz” com os guerrilheiros fundamentalistas, inimigos declarados dos direitos humanos.

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