Claudia Cardinale, símbolo do cinema italiano, morre aos 87 anos.
Atriz de “O Leopardo”, “8 1/2” e “Era uma Vez no Oeste” marcou época com sua presença em grandes clássicos do cinema europeu
David McCallum, astro de “O Agente da UNCLE” e “NCIS”, morre aos 90 anos
O ator escocês David McCallum, que marcou época na TV ao interpretar o agente secreto Illya Kuryakin na série clássica “O Agente da U.N.C.L.E.” e o médico legista Donald “Ducky” Mallard na atual “NCIS”, faleceu nesta segunda-feira (25/9) aos 90 anos. O ator morreu de causas naturais no Hospital NewYork-Presbyterian, cercado por sua família, conforme anunciado por um porta-voz da rede CBS. Nascido em Glasgow em 19 de setembro de 1933, McCallum era filho de uma violoncelista, e de um violinista e líder de orquestra. A família mudou-se para a Inglaterra em 1936, quando seu pai foi contratado para conduzir a London Philharmonic. Embora seus pais desejassem que ele seguisse uma carreira na música, McCallum decidiu se tornar ator. Início da carreira no cinema Ele fez sua estreia no cinema britânico no final dos anos 1950 e se casou com a atriz Jill Ireland em 1957, após se conhecerem nas filmagens de “Na Rota do Inferno” no mesmo ano. O casamento durou uma década, até que Ireland o deixou pelo ator Charles Bronson. McCallum foi para Hollywood no começo dos anos 1960 e acabou escalado em filmes de sucesso, como “Freud – Além da Alma” (1963), de John Huston, e principalmente “Fugindo do Inferno” (1963), estrelado por Steve McQueen. A trama envolvia a fuga de um campo de concentração nazista e ator britânico acabou ganhando destaque na trama, como líder de uma das equipes encarregada de executar o plano ousado. Em seguida, ele entrou no épico sobre Jesus Cristo, “A Maior História de Todos os Tempos” (1964), de George Stevens, no qual interpretou Judas, aumentando ainda mais seu reconhecimento. O fenômeno de “O Agente da U.N.C.L.E.” Em ascensão em Hollywood, ele mudou completamente o rumo de sua carreira ao decidir assumir o papel do espião russo-americano Illya Kuryakin em “O Agente da U.N.C.L.E.” (The Man From U.N.C.L.E.), que foi ao ar de 1964 a 1968. O programa foi muito mais que um sucesso instantâneo. Verdadeiro fenômeno cultural, a série inspirada nos filmes de 007 transformou McCallum numa celebridade internacional. Mas seu êxito não foi casual. O próprio criador do agente 007, Ian Fleming, contribuiu para a criação do “O Agente da U.N.C.L.E.” – antes de ganhar o título pelo qual ficou conhecida, a produção tinha como nome provisório “Ian Fleming’s Solo”, além de girar em torno de um personagem introduzido em “007 Contra Goldfinger” (1964), Napoleon Solo. Robert Vaughn (1932–2016) viveu Solo, um agente secreto americano, que realizava missões ao lado de um aliado russo, Illya Kuryakin (McCallum), o que era completamente inusitado na época da Guerra Fria. Assim como nos filmes de 007, a série era repleta de supervilões e mulheres lindas de minissaia. E fez tanto sucesso que virou franquia, rendendo livros, quadrinhos, brinquedos, telefilmes e um spin-off, a série “A Garota da UNCLE”, estrelada por Stefanie Powers (“Casal 20″), cuja personagem também foi criada por Ian Fleming. O padrão de qualidade da produção era tão elevado que os produtores resolveram realizar episódios especiais de duas horas, como filmes. Exibidos em duas partes na TV americana, esses episódios foram realmente transformados em filmes para o mercado internacional. Para ampliar o apelo, ainda ganhavam cenas inéditas e picantes. Um desses telefilmes de cinema, por exemplo, incluiu participação exclusiva para a tela grande da belíssima Yvonne Craig, um ano antes de a atriz virar a Batgirl na série “Batman”, como uma atendente desinibida de missões da UNCLE, em aparições completamente nua. Além disso, Vaughan e McCallum ainda viveram Solo e Kuryakin em outras produções, como a comédia “A Espiã de Calcinhas de Renda” (1966), estrelada por Doris Day, e a sitcom “Please Don’t Eat the Daisies” (1965-1967). E voltaram a se reencontrar num telefilme de 1983, “A Volta do Agente da U.N.C.L.E.”. No auge de sua fama na década de 1960, McCallum ainda aproveitou para gravar quatro álbuns para a Capitol Records. Mas não como cantor. Em vez disso, o músico de formação clássica apresentava interpretações instrumentais de sucessos da época. Ele só veio a cantar num disco de 1996, intitulado “Open Channel D”, em referência a um bordão de “O Agente da U.N.C.L.E.”. Outras séries clássicas Após o fim da atração de espionagem, McCallum continuou a estrelar séries de sucesso. Uma das mais lembradas é “Colditz” (1972-1974), drama da BBC sobre prisioneiros de guerra, originalmente concebida como minissérie e que foi estendido em duas temporadas. Na trama, ele basicamente reviveu seu papel em “Fugindo do Inferno”, organizando uma grande fuga de campo de concentração. O ator também foi “O Homem Invisível” (The Invisible Man), numa série de 1975, e escrelou “Sapphire & Steel” (1979-1982), uma série britânica de ficção científica, ao lado de Joanna Lumley (“Absolutely Fabulous”). Depois disso, voltou a se encontrar com Robert Vaughn ao fazer uma participação especial em “Esquadrão Classe A”, que foi ao ar em 1986. Ele também apareceu em “Assassinato por Escrito, “SeaQuest 2032”, “Babylon 5”, “Law & Order” e até em “Sex and the City”, além de estrelar o thriller cibernético “VR.5”, primeira série sobre realidade virtual, de 1995 a 1997. O fenômeno de NCIS Em 2003, ele entrou em “NCIS”, onde deu vida a Ducky em todas as 20 temporadas da série, o equivalente a mais de 450 episódios, além de aparecer em derivados como “NCIS: Los Angeles” e videogames. Para viver o especialista em autópsias com um diploma em psicologia da Universidade de Edimburgo, McCallum aprendeu a realizar autópsias reais e frequentou convenções para médicos legistas. Os produtores executivos de “NCIS”, Steven D. Binder e David North, declararam: “Por mais de 20 anos, David McCallum conquistou o público ao redor do mundo interpretando o sábio, peculiar e, às vezes, enigmático Dr. Donald ‘Ducky’ Mallard. Ele era um estudioso e um cavalheiro, sempre cortês, um profissional consumado e nunca deixava passar a chance de uma piada.” Ele foi casado duas vezes. Depois de se separar de Jim Ireland, casou-se com a modelo Katherine Eaton Carpenter em 1967, com que viveu até seus últimos dias. Teve quatro filhos e oito netos.
Linda Cristal (1931 – 2020)
A atriz Linda Cristal, que estrelou a série clássica “Chaparral”, morreu em sua casa em Beverly Hills, Los Angeles, na noite de sábado (27/6), enquanto dormia. Ela tinha 89 anos. Nascida em Buenos Aires, na Argentina, com o nome de Marta Victoria Moya Peggo Burges, ela ficou órfã aos 13 anos após o suicídio dos pais e só virou atriz por acaso, ao ser descoberta por um produtor enquanto passava as férias com o irmão no México. Ela virou Linda Cristal aos 21 anos, ao começar a carreira em pequenos papéis (metade não creditada) em seis filmes locais. Capaz de falar quatro línguas (espanhol, italiano, francês e inglês), chamou atenção de Hollywood e foi fazer sua estreia nos EUA no western “Comanche” (1956), como interesse romântico do protagonista Dana Andrews. Ela se especializou no papel de latina sedutora de westerns, aparecendo ainda em “Cavalgada para o Inferno” (1958), com Jock Mahoney, “O Terror do Oeste” (1958), com Hugh O’Brian, “O Álamo” (1960), com John Wayne, e “Terra Bruta” (1961), com James Stewart (dirigido pelo mestre do gênero, John Ford). Mas foi uma comédia que lhe deu reconhecimento. Linda foi indicada ao Globo de Ouro como coadjuvante em “De Folga para Amar” (1958), de Blake Edwards, vivendo uma estrela de cinema que aceita passar um fim de semana em Paris com um soldado sorteado (Tony Curtis) numa loteria para levantar a moral das tropas. Após as filmagens, ela ficou pela Europa e foi alçada a protagonista em produções italianas. Fez três filmes na Itália, chegando a encarnar duas rainhas do Egito: ninguém menos que Cleópatra em “As Legiões de César” (1959) e a ambiciosa Akis em “A Mulher do Faraó” (1960). O terceiro longa foi a aventura de piratas sarracenos “As Verdes Bandeiras de Allah” (1963). Ao voltar aos EUA, começou a fazer séries, como “Viagem ao Fundo do Mar” e “Cavalo de Ferro”, até ser escalada para seu papel mais lembrado em 1967, como Victoria Cannon, a latina rebelde que se torna dona do rancho Chaparral ao se casar com Big John Cannon (Leif Erickson), um ruralista disposto a prosperar com criação de gado em terras indígenas – o que rende muitos conflitos. Rendeu também a consagração para a atriz, indicada a dois Emmys e vencedora do Globo de Ouro pelo papel em 1970. A série durou quatro temporadas, até 1971, mas teve uma longa sobrevida em reprises. Seus créditos subsequentes incluem o thriller de ação “Desafiando o Assassino” (1974), com Charles Bronson, e aparições nas séries “Bonanza”, “Os Novos Centuriões”, “Barnaby Jones”, “O Barco do Amor” e “A Ilha da Fantasia”, além de um longa participação na novela “Hospital General” em 1988, seu último trabalho. Graças a bons investimentos imobiliários, ela teve uma vida próspera após se aposentar das telas.
Lewis John Carlino (1932 – 2020)
O cineasta Lewis John Carlino, que escreveu e dirigiu “O Grande Santini – O Dom da Fúria” (1979), morreu na quarta-feira passada (17/6) aos 88 anos em sua casa, na ilha de Whidbey, no estado de Washington (EUA), com síndrome mielodisplásica, uma doença no sangue. Filho de um alfaiate imigrante siciliano e uma dona de casa, ele nasceu no Queens, em Nova York, no dia de ano novo de 1932, e mudou-se com a família para a Califórnia quando ainda era adolescente. Ele serviu na Força Aérea por quatro anos durante a Guerra da Coréia e, ao retornar, formou-se em teatro na USC (Universidade do Sul da Califórnia). Uma das peças que escreveu na USC tornou-se a primeira apresentação da “CBS Television Workshop”, uma série de antologia de histórias curtas e completas, exibida na TV americana em 1960. Dois outros textos de Carlino chegaram no circuito off-Broadway em 1963, como parte de um programa duplo intitulada “Cages”, estrelado por Shelley Winters e Jack Warden. Vieram outros sucessos fora da Broadway, que lhe renderam o convite para escrever seu primeiro roteiro de cinema em 1966. O sinistro thriller sci-fi “O Segundo Rosto” foi dirigido por John Frankenheimer e selecionado para première mundial na competição do Festival de Cannes. A trama marcou época, influenciando inúmeras produções que se seguiram. Na história, um banqueiro infeliz de meia-idade (John Randolph) se inscrevia no procedimento de uma corporação clandestina para virar uma pessoa nova e bonita (Rock Hudson). O impacto da obra o fez trocar o teatro pelo cinema. Ele escreveu os dramas “Apenas uma Mulher” (1967), de Mark Rydell, indicado ao Globo de Ouro de Melhor Roteiro, e “Sangue de Irmãos” (1968), de Martin Ritt, quando começou a demonstrar fascínio pelo crime – e seus efeitos. O reconhecimento, com uma indicação ao prêmio do WGA (Sindicato dos Roteiristas dos EUA), apontou o caminho. Sua obra criminal mais famosa foi “Assassino a Preço Fixo” (1972), um clássico de ação do diretor Michael Winner, em que Charles Bronson vivia um assassino experiente caçado por seu aprendiz. O filme ganhou remake em 2011, com Jason Statham no papel principal. Ele ainda escreveu o filme de mafioso “Crazy Joe” (1974), produzido na Itália, e o drama “Nunca Te Prometi um Jardim de Rosas” (1977), em que Kathleen Quinlan era internada numa instituição psiquiátrica após uma tentativa de suicídio. Este filme lhe rendeu nova indicação ao troféu do WGA e também ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado. A esta altura, Carlino resolveu se lançar como diretor. Ele adaptou o livro de Yukio Mishima no intenso “O Marinheiro que Caiu em Desgraça com o Mar” (1976) para começar a nova carreira. E chamou atenção ao ganhar sua terceira indicação ao troféu do WGA com “O Grande Santini – O Dom da Fúria” (1979), adaptação do romance autobiográfico de Pat Conroy, em que Robert Duvall viveu um militar valentão que ignorava os sentimentos do filho. Foi o ponto alto de sua carreira, um sucesso de público e crítica, considerado um dos dramas mais devastadores já feitos. Apesar disso, Carlino demorou quatro anos para dirigir seu filme seguinte. Um dos motivos foi sua dedicação ao roteiro de “Ressurreição” (1980). Dirigido por Daniel Petrie, o filme trazia Ellen Burstyn como uma mulher dada como morta após um acidente de carro, que retornava à vida com poderes sobrenaturais. A atriz foi indicada ao Oscar pelo papel, após a trama dar muito o que falar – e também se tornar influente. Santini retornou à direção com a comédia sexual “Uma Questão de Classe” em 1983. Foi uma encomenda de estúdio, que ele não escreveu. E acabou com sua carreira. O longa em que Jacqueline Bisset era disputada por Rob Lowe e Andrew McCarthy foi considerado o pior trabalho de sua filmografia. Este fracasso foi o que bastou para que nunca mais trabalhasse como diretor. Para piorar, em seguida ele escreveu “Primeiro Verão de Amor” (1988), romance com Laura Dern, que também implodiu. Foi seu último roteiro inédito. Suas histórias, porém, continuaram a ser recicladas por Hollywood, na produção de um remake televisivo de “Ressurreição” em 1999 e no novo “Assassino a Preço Fixo” de 2011, que ainda ganhou continuação em 2016 – com um nome sugestivo, que juntava dois sucessos do autor – , “Assassino a Preço Fixo 2: A Ressurreição”. Ao se mudar para Whidbey Island com a esposa Jilly em 1996, Carlino voltou às suas raízes teatrais e foi fundamental para o lançamento do Centro de Artes da ilha. Ele dirigiu várias produções originais e seu roteiro mais recente, a peça “Visible Grace”, estava em desenvolvimento para estrear no palco local.
Jan-Michael Vincent (1945 – 2019)
O ator Jan-Michael Vincent, galã de cinema dos anos 1970 e astro da série “Águia de Fogo” (1984-1986), morreu em 10 de fevereiro, de uma parada cardíaca num hospital na Carolina do Norte. A informação só se tornou pública após quase um mês de sua morte, coincidindo com o fato de Vincent ter se tornado esquecido pela mídia, décadas após ser celebrado como um dos astros mais quentes de Hollywood. Ele tinha 73 anos de idade. Jan-Michael Vincent nasceu em Adams, Colorado, em 15 de julho de 1945, filho de um piloto de bombardeiro da 2ª Guerra Mundial, e se mudou na juventude para a Califórnia, para ir à faculdade e surfar. Numa dessas saídas descamisadas da praia, o jovem loiro de olhos azuis chamou atenção do caçador de talentos Dick Clayton, o agente que descobriu James Dean. Clayton colocou Vincent num programa de treinamentos da Universal para virar ator, e em pouco tempo deslanchou sua carreira. Sua estreia aconteceu em 1967, com 22 anos, num filme derivado da série dos Hardy Boys. No mesmo ano, apareceu no western “Os Bandidos”, escrito, dirigido e estrelado por Robert Conrad (o “James West”), e ainda participou de três episódios de “Lassie” e dois de “Bonanza”. Assim, chamou atenção da Hanna-Barbera para inaugurar a primeira incursão do estúdio de animação numa série com atores reais: “A Ilha do Perigo”, seriado de aventura inserido entre os segmentos animados do programa “Banana Splits”, em 1968. Os papéis e as produções foram melhorando rapidamente. No western “Jamais Foram Vencidos” (1969), fez parte de um elenco encabeçado por John Wayne e Rock Hudson. Ao mesmo tempo, entrou na série de curta duração “The Survivors”, como o filho de Lana Turner. E mudou de patamar ao virar protagonista de um telefilme premiado com o Emmy, “O Soldado que Declarou a Paz” (1970). Ele tinha o papel-título, um hippie recrutado para lutar no Vietnã, que se recusava a seguir o treinamento militar. A consagração do telefilme lhe rendeu convites para papéis de destaque no cinema, como em “A Mancha do Passado” (1971), em que viveu o filho de Robert Mitchum, e especialmente “Assassino a Preço Fixo” (1972), como o aprendiz do matador profissional interpretado por Charles Bronson. Este filme fez grande sucesso e projetou sua carreira – até ganhou remake em 2011, estrelado por Jason Statham e com Ben Foster reprisando o papel de Vincent. A partir daí, Vincent passou a protagonizar seus próprios longas. A princípio, Hollywood quis explorar sua aparência de galã juvenil. Em “O Maior Atleta do Mundo’ (1973), virou um Tarzan colegial e descamisado da Disney. Mas foi com o desempenho dramático de “Buster e Billie” (1974) que estabeleceu suas credenciais de astro. O romance entre o rapaz tímido e a garota fácil da escola (Joan Goodfellow) marcou época pelo desfecho brutal, de arrebentar os corações mais duros. O filme lhe deu tanto destaque que a Universal o escolheu para estrelar seu maior lançamento de 1975. Nada menos que “Tubarão”. Mas o diretor Steven Spielberg não estava tão convencido quanto o estúdio, e, em vez do galã, achou que o papel de Matt Hooper funcionava melhor com um nerd de óculos – Richard Dreyfuss. Talvez querendo provar seu valor, Vincent cometeu o equívoco de se achar versátil o suficiente para estrelar filmes muito diferentes uns dos outros, do bom policial “Inferno no Asfalto” (1975) à sci-fi trash “Herança Nuclear” (1977), passando por romances, comédias e até terror. A carreira de protagonista já começava a apontar para produções de baixo orçamento quando ele estrelou “Amargo Reencontro” (1978), de John Millius, na qual viveu um surfista autodestrutivo, ecoando sua própria vida num desempenho digno. Ganhou novo destaque em “Hooper, o Homem das Mil Façanhas” (1978), como o dublê jovem que rivalizava com o veterano vivido por Burt Reynolds. E ainda namorou Kim Basinger em “Terra Indomável” (1981), último trabalho relevante de sua filmografia. Ele se voltou para a TV como forma de revitalizar a carreira e se deu muito bem ao estrelar a minissérie “The Winds of War” (1983), novamente no papel de filho de Robert Mitchum. A participação lhe rendeu indicação ao Globo de Ouro de Melhor Ator Coadjuvante em Telefilme ou Minissérie. No ano seguinte, virou um dos atores mais bem pagos da TV para estrelar a série “Águia de Fogo”, produção pela qual é mais lembrado. A versão original da atração durou três temporadas, acompanhando as aventuras do piloto renegado Stringfellow Hawke a bordo de um helicóptero ultramoderno de guerra. Vincent ainda apareceu como Hawke em episódios do reboot da série, lançado em 1987, um ano após o cancelamento do programa original. O sucesso de “Águia de Fogo” lhe deu popularidade, mas também acabou com sua trajetória no cinema. Marcado como “ator de TV”, Vincent passou a receber oportunidades apenas em produções baratas, que começavam a alimentar o recém-criado mercado de home vídeo. Os rumos de sua vida ganharam contornos trágicos. Enquanto travava uma batalha muito pública contra o abuso de drogas e álcool, ele sofreu um grave acidente de carro em 1996, ao dirigir bêbado. Ele quase morreu ao quebrar o pescoço, mas danificou as cordas vocais, prejudicando sua voz. Apesar disso, conseguiu aparecer no cultuado “Buffalo 66” (1998), de Vincent Gallo. Fez apenas mais quatro filmes depois disso, todos para DVD e o último em 2002. Logo em seguida, sofreu outro acidente de carro, que o levou a amputar partes da perna direita. Ele passou seus últimos anos afastado das telas e vivendo com sua terceira esposa, Patricia, na Carolina do Norte. Relembre abaixo a abertura da série clássica “Águia de Fogo”.
Paul Koslo (1944 – 2019)
O ator Paul Koslo, que foi coadjuvante em diversos clássicos da década de 1970, morreu de câncer na quarta-feira passada (9/1) em sua casa, em Lake Hughes, Califórnia. Ele tinha 74 anos. Nascido Manfred Koslowski na Alemanha em 27 de junho de 1944, seu primeiro papel de destaque no cinema foi como Dutch, um ex-estudante de medicina que é um dos poucos a sobreviver à praga biológica que extermina a civilização na sci-fi “A Última Esperança na Terra” (Omega Man, 1971), estrelada por Charlton Heston. Koslo também viveu um patrulheiro rodoviário em “Corrida Contra o Destino” (Vanishing Point, 1971), ex-militar traumatizado pela Guerra do Vietnã em “A Máquina de Matar” (1971), caçador de recompensas em “Joe Kidd” (1972), gângster em “Cleopatra Jones” (1973), psicopata em “Jogo Sujo” (1973), integrante de uma família sanguinária em “Quando o Ódio Explode” (1973), pistoleiro em “Justiceiro Implacável” (1975), novamente gângster em “A Piscina Mortal” (1975), judeu em fuga dos nazistas em “A Viagem dos Condenados” (1976) e o prefeito do western “Portal do Paraíso” (1980), entre muitos outros personagens. Nestes filmes, contracenou com grandes astros como John Wayne, Katharine Hepburn, Paul Newman, Clint Eastwood, Charles Bronson, Faye Dunaway, Robert Duvall, Rod Steiger, Jeff Bridges, Christopher Walken, John Hurt, Isabelle Huppert, Charlotte Rampling, Joanne Woodward e o já mencionado Charlton Heston, para citar alguns. Chegou a se tornar um dos atores favoritos do diretor Stuart Rosenberg, que o escalou em quatro filmes consecutivos – “Matança em São Francisco” (1973), “A Piscina Mortal” (1975), “A Viagem dos Condenados” (1976) e “Amor e Balas” (1979). E também foi um dos principais antagonistas de Charles Bronson, com quem lutou em três filmes – “Jogo Sujo” (1973), “Desafiando o Assassino” (1974) e “Amor e Balas” (1979). Ele ainda viveu o pai de River Phoenix na comédia juvenil “Uma Noite na Vida de Jimmy Reardon” (1988), enfrentou Gene Hackman e Dan Aykroyd na comédia policial “Um Tiro que Não deu Certo” (1990) e voltou a atuar com Charleton Heston em nova sci-fi, “Solar Crisis” (1990). Mas, apesar desses filmes esporádicos, sua carreira cinematográfica estagnou após o início promissor, o que o levou a privilegiar participações em episódios de séries. Foram dezenas, de “Missão: Impossível” e “O Incrível Hulk” até “Stargate: SG1” em 2000. Seu último papel foi como ele mesmo, na comédia indie “Breaking the Fifth” (2004).
Remake de Desejo de Matar ganha trailer com estética trash dos anos 1970
O remake de “Desejo de Matar”, estrelado por Bruce Willis (“Duro de Matar”) e dirigido por Eli Roth (“O Albergue”), ganhou um novo pôster e um trailer ao estilo dos filmes trash dos anos 1970, com narração dramática e cenas de ultraviolência. A estética retrô inclui imagens escuras e riscadas, como se o filme fosse muito antigo, e lembra a homenagem às sessões duplas de grindhouse de Robert Rodriguez e Quentin Tarantino – que renderam os filmes “Planeta Terror” (2007) e “Machete” (2010), de Rodriguez, e “A Prova de Morte” (2007), de Tarantino. Por coincidência, o diretor Eli Roth participou do projeto Grindhouse da dupla, criando um trailer falso de filme de terror. O primeiro “Duro de Matar” não foi um filme trash, mas uma obra de grande estúdio, comandada por um diretor consagrado (Michael Winner), e justamente porque teve ampla distribuição comercial causou enorme impacto na cultura pop. Estrelado por Charles Bronson, transformou-se no maior representante dos filmes de justiceiros que se popularizaram a partir dos anos 1970, e teve mais quatro sequências, até “Desejo de Matar V”, em 1994. Sua influência persiste até hoje, em filmes como “Valente” (2007) e “Sentença de Morte” (2007) e, sim, nos quadrinhos de “O Justiceiro”, entre outras criações. A refilmagem levou vários anos para sair do papel, e esteve perto de ser rodada pelos diretores Joe Carnahan (“A Perseguição”) e Gerardo Naranjo (“Miss Bala”). Por sinal, o roteiro filmado é de Carnahan. Mas a direção acabou nas mãos de Eli Roth, que assina seu segundo remake consecutivo após “Bata Antes de Entrar” (2015). No remake, Bruce Willis vive Paul Kersey, um homem que busca justiça pela morte de sua esposa e ferimentos da filha. Frustrado pelos responsáveis não serem punidos, ele resolve fazer justiça com as próprias mãos. O elenco ainda inclui Vincent D’Onofrio (série “Demolidor”), Dean Norris (série “Breaking Bad”), Elisabeth Shue (série “CSI”), Jack Kesy (“Baywatch”), Mike Epps (“Se Beber, Não Case”), Beau Knapp (série “Shots Fired”), Kirby Bliss Blanton (“Canibais”) e Kimberly Elise (“Dope – Um Deslize Perigoso”). A estreia está marcada para 2 de março nos Estados Unidos e quase três meses depois no Brasil, em 31 de maio.
Novo trailer do remake de Desejo de Matar traz Bruce Williams como justiceiro
A MGM divulgou o pôster e o novo trailer do remake de “Desejo de Matar” (1974), que traz Bruce Willis (“Duro de Matar”) reprisando o papel mais famoso da carreira de Charles Bronson. Na prévia, ele demonstra total falta de remorosos para matar bandidos, tanto que passa o tempo inteiro com cara de tédio. A refilmagem de “Desejo de Matar” levou vários anos para sair do papel, e esteve perto de ser rodada pelos diretores Joe Carnahan (“A Perseguição”) e Gerardo Naranjo (“Miss Bala”). Por sinal, o roteiro filmado é de Carnahan. Mas a direção acabou nas mãos de Eli Roth, responsável pelo terror “O Albergue” (2005). Por conta disso, a falta de cenas sangrentas chama atenção. A trama traz Bruce Willis como Paul Kersey, um homem que busca vingança pela morte de sua esposa e ferimentos da filha. Frustrado pelos responsáveis não serem punidos, ele resolve fazer justiça com as próprias mãos. O filme original, dirigido por Michael Winner, teve grande impacto na cultura pop, transformando-se no maior representante dos filmes de justiceiros que se popularizaram a partir dos anos 1970. O personagem de Bronson reapareceu em mais quatro longas, até “Desejo de Matar V”, em 1994, mas sua influência persiste até hoje, em filmes como “Valente” (2007) e “Sentença de Morte” (2007) e, sim, nos quadrinhos de “O Justiceiro”, entre outras criações. O elenco também inclui Vincent D’Onofrio (série “Demolidor”), Dean Norris (série “Breaking Bad”), Elisabeth Shue (série “CSI”), Jack Kesy (“Baywatch”), Mike Epps (“Se Beber, Não Case”), Beau Knapp (série “Shots Fired”), Kirby Bliss Blanton (“Canibais”) e Kimberly Elise (“Dope – Um Deslize Perigoso”). A estreia está marcada para 1 de março no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.
Desejo de Matar: Bruce Willis ilustra pôster do remake, que teve estreia adiada
A MGM divulgou o novo pôster do remake de “Desejo de Matar” (1974), que traz Bruce Willis (“Duro de Matar”) reprisando o papel mais famoso da carreira de Charles Bronson. O detalhe é que o cartaz não anuncia a data de estreia. Em seu lugar, está o indefectível “Coming Soon” (em breve). Isto porque, de acordo com a Variety, o lançamento foi adiado. Em vez de estrear agora em novembro, só chegará aos cinemas em março de 2018. No remake, Bruce Willis vive Paul Kersey, um homem que busca justiça pela morte de sua esposa e ferimentos da filha. Frustrado pelos responsáveis não serem punidos, ele resolve fazer justiça com as próprias mãos. Dirigido por Michael Winner, o “Desejo de Matar” original teve grande impacto na cultura pop, transformando-se no maior representante dos filmes de justiceiros que se popularizaram a partir dos anos 1970. O personagem de Bronson reapareceu em mais quatro longas, até “Desejo de Matar V”, em 1994, mas sua influência persiste até hoje, em filmes como “Valente” (2007) e “Sentença de Morte” (2007) e, sim, nos quadrinhos de “O Justiceiro”, entre outras criações. A refilmagem levou vários anos para sair do papel, e esteve perto de ser rodada pelos diretores Joe Carnahan (“A Perseguição”) e Gerardo Naranjo (“Miss Bala”). Por sinal, o roteiro filmado é de Carnahan. Mas a direção acabou nas mãos de Eli Roth, responsável pelo terror “O Albergue” (2005) e, mais recentemente, “Bata Antes de Entrar” (2015). O elenco ainda inclui Vincent D’Onofrio (série “Demolidor”), Dean Norris (série “Breaking Bad”), Elisabeth Shue (série “CSI”), Jack Kesy (“Baywatch”), Mike Epps (“Se Beber, Não Case”), Beau Knapp (série “Shots Fired”), Kirby Bliss Blanton (“Canibais”) e Kimberly Elise (“Dope – Um Deslize Perigoso”).
Bruce Willis vira justiceiro no trailer do remake de Desejo de Matar
A MGM divulgou o trailer, o pôster e quatro fotos do remake de “Desejo de Matar” (1974). A prévia traz Bruce Willis (“Duro de Matar”) reprisando o papel mais famoso da carreira de Charles Bronson. Mas o que se vê na tela mais parece um série de justiceiro da Marvel (e da Netflix), em que o anti-herói esconde sua identidade secreta com um capuz, enquanto combate o crime armado. Apesar da direção ser de Eli Roth, responsável pelo terror “O Albergue” (2005), a falta de cenas sangrentas também chama atenção. A refilmagem de “Desejo de Matar” levou vários anos para sair do papel, e esteve perto de ser rodada pelos diretores Joe Carnahan (“A Perseguição”) e Gerardo Naranjo (“Miss Bala”). Por sinal, o roteiro filmado é de Carnahan. A trama traz Bruce Willis como Paul Kersey, um homem que busca justiça pela morte de sua esposa e ferimentos da filha. Frustrado pelos responsáveis não serem punidos, ele resolve fazer justiça com as próprias mãos. Dirigido por Michael Winner, o “Desejo de Matar” original teve grande impacto na cultura pop, transformando-se no maior representante dos filmes de justiceiros que se popularizaram a partir dos anos 1970. O personagem de Bronson reapareceu em mais quatro longas, até “Desejo de Matar V”, em 1994, mas sua influência persiste até hoje, em filmes como “Valente” (2007) e “Sentença de Morte” (2007) e, sim, nos quadrinhos de “O Justiceiro”, entre outras criações. O elenco também inclui Vincent D’Onofrio (série “Demolidor”), Dean Norris (série “Breaking Bad”), Elisabeth Shue (série “CSI”), Jack Kesy (“Baywatch”), Mike Epps (“Se Beber, Não Case”), Beau Knapp (série “Shots Fired”), Kirby Bliss Blanton (“Canibais”) e Kimberly Elise (“Dope – Um Deslize Perigoso”). A estreia está marcada para 30 de novembro no Brasil, uma semana após a estreia nos Estados Unidos.
Vincent D’Onofrio será irmão de Bruce Willis no remake de Desejo de Matar
Os atores Vincent D’Onofrio (série “Demolidor”) e Dean Norris (série “Breaking Bad”) se juntaram a Bruce Willis no remake de “Desejo de Matar”, o clássico filme de vigilante estrelado por Charles Bronson em 1974. Willis tem o papel que originalmente foi de Bronson, Paul Kersey, cuja vida é destruída por um crime violento contra sua mulher e filha. Frustrado que os criminosos não são presos, ele decide fazer justiça por conta própria. D’Onofrio irá interpretar seu irmão na trama e Norris viverá o detetive Rains, responsável pelo caso. A direção está a cargo de Eli Roth (“Bata Antes de Entrar”). O filme começa a ser filmado em 26 de setembro, com locações em Montreal e Chicago, e ainda não há previsão para o lançamento.
Diretor de Albergue vai filmar remake de Desejo de Matar
O remake de “Desejo de Matar” (1974) ganhou novo diretor. Eli Roth, responsável pelo terror “O Albergue” (2005) e o recente “Bata Antes de Entrar” (2015) assumiu o comando produção, em substituição à dupla israelense Aharon Keshales e Navot Papushado (“Os Lobos Maus”), que saiu do projeto alegando diferenças criativas. A refilmagem de “Desejo de Matar” está sendo desenvolvida há vários anos pela Paramount Pictures, estúdio do filme original, e já esteve perto de ser rodada pelos diretores Joe Carnahan (“A Perseguição”) e Gerardo Naranjo (“Miss Bala”). A nova versão será estrelada por Bruce Willis (“Duro de Matar) no papel Paul Kersey, um homem que busca justiça pela morte de sua esposa e filho de arma em punho. Kersey foi o mais famoso personagem vivido por Charles Bronson no cinema, mas a intenção dos produtores é realizar uma adaptação mais próxima do livro de Brian Garfield no qual a franquia é baseada. Na história, Kersey é um arquiteto que tem sua vida destruída após um violento crime cometido contra sua esposa e filha. Frustrado pelos responsáveis não serem punidos, ele resolve fazer justiça com as próprias mãos. A adaptação está a cargo da dupla Scott Alexander e Larry Karaszewski, criadores da série “American Crime Story” e responsáveis pelos roteiros de “Ed Wood” (1994), “1408” (2007), “Grandes Olhos” (2014) e “Goosebumps” (2015). Dirigido por Michael Winner, o “Desejo de Matar” original teve grande impacto na cultura pop, transformando-se no maior representante dos filmes de justiceiros que se popularizaram a partir dos anos 1970. O personagem de Bronson reapareceu em mais quatro longas, até “Desejo de Matar V”, em 1994, mas sua influência persiste até hoje, em filmes como “Valente” (2007) e “Sentença de Morte” (2007) e nos quadrinhos de “O Justiceiro”, entre outras criações. As filmagens do remake devem acontecer no verão americano (entre junho e agosto) e, por enquanto, não há nenhum outro ator confirmado.






