Globo vai agir para evitar “nova Cassia Kis” em novelas
A rede Globo está determinada a não escalar mais nenhum artista extremista para as próximas novelas, de acordo com informações de fontes internas. A ideia é evitar o mesmo erro cometido com a atriz Cassia Kis (de “Travessia”), que tem aproveitado o destaque na TV para chamar atenção para pautas contrárias às iniciativas da emissora. Segundo informações do NaTelinha, a emissora decidiu vetar artistas que estejam comparecendo a manifestações antidemocráticas, questionando os resultados das urnas ou pedindo uma intervenção militar. Até o momento, a cúpula da Globo não tem ideia de como lidar com a situação polêmica envolvendo a interprete de Cidália da novela das nove. O clima de tensão entre o elenco de “Travessia” também está afetando a novela, afirmou uma fonte. Cassia virou musa dos bolsonaristas após fazer declarações homofóbicas numa live com a jornalista Leda Nagle, razão pela qual está sendo processada no Rio de Janeiro, e por participar de manifestações antidemocráticas no Rio de Janeiro contra o resultado da eleição presidencial. Os frequentadores dos atos a veem como um grande exemplo para a “luta”. Além de Cassia, o ator aposentado Victor Fasano e a atriz Andrea Richa (a Muda da primeira versão de “Pantanal”) também foram vistos em atos antidemocráticos durante o feriado de 15 de novembro. Entre os que se manifestaram de foram extremista também se destacam Carlos Vereza e Regina Duarte. Por outro lado, documentos internos de diretores da Globo deixariam claro que a proibição não visa eleitores de Jair Bolsonaro com comportamento moderado. Desta forma, artistas como Humberto Martins (de “Travessia”) e Juliano Cazarré (de “Pantanal”) continuarão tendo espaço na emissora. Para fazer essa diferenciação, até as postagens nas redes sociais seriam analisadas. Gente… Cássia Kis puxando oração em manifestação golspita no Rio de Janeiro 👀pic.twitter.com/c0sCjxljqa — michel (@gramich) November 15, 2022
José de Abreu processa Cassia Kis por LBTQfobia
O ator José Abreu resolveu processar a colega Cassia Kis na Justiça por conta de falas homofóbicas proferidas numa live da jornalista Leda Nagle no final de outubro. Por meio da advogada Luanda Pires, especialista em Direito Antidiscriminatório, ele entrou com uma notícia-crime no Ministério Público Federal e ingressou na Secretária de Justiça de São Paulo, acusando a atriz de cometer o crime de LGBTfobia. Ele também protocolou uma ação cível coletiva, pleiteando uma indenização a ser revertida em favor da comunicade LGBTQIAP+. A ação é movida em conjunto com a psicóloga Paula Dalaio e instituições como Antra (Associação Nacional de Travestis e Transexuais), ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos) e o Grupo de Advogados Pela Diversidade Sexual e de Gênero. “Trabalho em um ambiente onde a grande maioria é gay, lésbica, enfim, LGBT. Aí vem a Cassia Kis com mais de 40 anos de carreira e fala isso! As pessoas ficaram espantadas, porque não esperavam isso de uma colega. A Globo, inclusive, vem trabalhando com inserção contra todos os tipos de preconceito, abrangendo o seu quadro”, desabafou o ator ao site Heloísa Tolipan. Atualmente no ar na novela “Mar do Sertão”, o ator lembra que já trabalhou com Cassia em diversas ocasiões. “No ‘Porto dos Milagres’ a relação foi muito difícil, não só comigo, mas com todo mundo. A impressão que a gente tinha é que ela criava um ambiente de ódio contra ela, que era a maneira dela aparecer”, lembra. José de Abreu tem uma filha transexual, Bia. As falas de Cassia Kis já renderam vários outros processos, abertos pelo deputado estadual de São Paulo Agripino Magalhães, o produtor cultural Heitor Werneck, a advogada Márcia Verçosa de Sá Mercury (filha da cantora Daniela Mercury e da empresária Malu Verçosa) e o Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, liderado por Claudio Nascimento. Os processos são motivados por falas que atacam as relações homossexuais e a “ideologia de gênero” (definição bolsonarista para a sexualidade humana) por destruírem as famílias e a “vida humana”. “Não existe mais o homem e a mulher, mas a mulher com mulher e homem com homem, essa ideologia de gênero que já está nas escolas”, disse a atriz. “Eu recebo as imagens de crianças de 6, 7 anos se beijando, duas meninas se beijando, onde há um espaço chamado beijódromo”, ela disse na live de Leda Nagle, no melhor estilo “kit gay” (famosa fake news bolsonarista da eleição presidencial passada). Segundo Cássia, quando há uma relação entre duas pessoas de sexo igual há uma “destruição à vida humana”. “O que está por trás disso? Destruir a família. Destruir a vida humana, na verdade, porque onde eu saiba homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho. Como a gente vai fazer?”, questionou. Ela também criticou a adoção de crianças por casais homossexuais, porque elas são geradas apenas pelo “útero de uma mulher”.
Cassia Kis volta a participar de manifestações antidemocráticas
A atriz Cassia Kis voltou a participar de manifestações antidemocráticas contra o resultado da eleição presidencial. Na tarde desta terça (15/11), a intérprete de Cidália em “Travessia” esteve em uma manifestação no Rio de Janeiro que pedia para as Forças Armadas tomarem o poder no Brasil. Vídeos postados nas redes sociais mostram Cassia comandando uma oração junto dos manifestantes na avenida Presidente Vargas, no centro da capital fluminense. Ela usava o sobretudo que a tem acompanhado em suas participações nos protestos de caráter golpista. Em meio ao público, um policial militar do Rio de Janeiro cumprimentou a artista e a parabenizou. Cassia virou musa dos bolsonaristas após fazer declarações homofóbicas numa live, razão pela qual está sendo processada no Rio de Janeiro. Os participantes dos atos antidemocráticos a veem como um grande exemplo para a “luta”. Além dela, o ator aposentado Victor Fasano também apareceu no ato antidemocrático e foi tietado por uma multidão trajada com camisas piratas da seleção brasileira de futebol. Atriz Cássia Kis chegando no centro do Rio e sendo: Cumprimentado por um PM.Saudada pelo Povo.🇧🇷#Brasil pic.twitter.com/yBvgTzO735 — Gustavo Reis 🇧🇷 (@Gusttra) November 15, 2022 Gente… Cássia Kis puxando oração em manifestação golspita no Rio de Janeiro 👀pic.twitter.com/c0sCjxljqa — Michel (@gramich) November 15, 2022 A Cássia kis tá lá debaixo da chuva rezando há mais de quatro horas junto com um monte de idoso pic.twitter.com/y4Mq4NlRqB — Jose Luiz Rocha (@JoseLuizRocha22) November 15, 2022
Cassia Kis denuncia atores de “Travessia” por assédio moral
Acusada de cometer assédio moral contra colegas, Cassia Kis também resolver denunciar integrantes do elenco de “Travessia” com as mesmas queixas junto ao departamento de compliance da Globo. A denúncia da atriz foi feita no final da semana passada, aproveitando o gancho de um texto que ela foi convidada a publicar no jornal Folha de S. Paulo. Segundo informações do Na Telinha, Cássia citou nomes e situações que a fizeram sentir-se discriminada, como colegas que saem do camarim cada vez que ela entra para trabalhar e dificuldades para ensaiar com o elenco. Os atores estariam se recusando a passar o texto com a intérprete de Cidália, alegando constrangimento pelas atitudes dela. Eles a denunciaram há duas semanas por intolerância política, religiosa e homofobia. A atriz ainda teria afirmado que sofre zombarias por defender Jair Bolsonaro. Entre outros apelidos, ela se tornou conhecida como Perpétua nos bastidores da Globo, numa referência à personagem de Joana Fomm, em Tieta (1989). Na novela clássica, a vilã era uma beata reacionária que defendia valores ultrapassados, embora ela própria não se comportasse assim. A Globo não parece interessada em tomar nenhuma posição nessa confusão, apesar de Cassia Kis ter sido denunciada mais de uma vez ao compliance e por membros de diferentes núcleos criativos, seja por atores, funcionários dos bastidores e até por jornalistas da empresa. Ela pediu boicote nas redes sociais à profissionais da imprensa da Globo, como Natuza Nery, Andréia Sadi, Flavia Oliveira e até mesmo William Bonner. A percepção da Globo, aparentemente, é que a atriz radicaliza de caso pensado para conseguir uma demissão e se dizer perseguida e injustiçada, mirando um processo milionário na Justiça. Com isso, a tendência é que ela fique até o fim da novela e nunca mais seja contratada na empresa. A atitude da atriz, por sinal, está sendo decisiva na ideia da emissora de encurtar a duração de “Travessia”, que está longe de ser um sucesso de audiência.
Cassia Kis dizia que pedir golpe era “estupidez”. Saiba porque ela mudou de ideia
Bolsonarista convicta, a atriz Cassia Kis tem frequentado manifestações antidemocráticas no Rio de Janeiro a favor da intervenção do Exército Brasileiro contra a democracia, além de puxar correntes de orações em defesa de um golpe militar no país. Mas há cinco anos chamava os que tinham esse comportamento de estúpidos. Foi na época da novela “Os Dias Eram Assim” (2017), da Globo, na qual viveu a bibliotecária Vera. Passada na época da ditadura brasileira (1964-1985), a novela mostrava a censura, perseguição e repressão sofrida pelos que defendiam a liberdade no país. Na trama, Renato Góes vivia o filho da atriz, que foi obrigado a fugir para não ser morto pelos militares. A personagem de Cassia escondeu o paradeiro do filho e por isso teve a biblioteca incendiada. Durante entrevistas da época, a atriz afirmou que os temas da novela ainda eram relevantes e a faziam se revoltar contra quem pedia a intervenção militar no Brasil atual. “É um absurdo pensar que tem gente que desconhece esse período e tudo o que a ditadura representou para o nosso país. Daí, vem o questionamento de para onde caminha o nosso ensino, que está esquecendo de uma memória tão recente”, disse ela em entrevista à Globo. “Como alguém não sabe o que é AI-5 e o que tudo aquilo significou? Isso resulta em pessoas falando que querem a ditadura de volta hoje em dia. Se alguém souber de fato o que foi esse período, nunca vai pensar em uma estupidez dessa”, acrescentou. Na mesma live de outubro, em que fez comentários homofóbicos polêmicos, Cassia revelou o que a fez ter uma guinada tão grande de opinião e comportamento. Falando com a jornalista Leda Nagle, ela disse que a “pandemia foi maravilhosa” por tê-la ajudada a se descobrir conservadora. “Eu estou com a vida cheia de Deus muito recente. Essa pandemia foi maravilhosa pra mim, ela me trouxe a verdade. Primeiro, através de um sacerdote incrível, e eu conheci o Brasil Paralelo. Eu fiquei assustada porque eram de direita e não que eu fosse de esquerda, porque eu já tinha me divorciado da esquerda lá atrás, em 2014. Mas ouvi falar do Olavo de Carvalho e sai fora do negócio. Mas uma coisa vai levando à outra, evidente. Eu comecei a ouvir o padre Paulo Ricardo, que é esse sacerdote que fica em Cuiabá… quando eu vi, eu tava descobrindo a direita”, contou. O padre Paulo Ricardo é um seguidor ultraconservador de Olavo de Carvalho e apoiador de Jair Bolsonaro, que espalha conspirações da extrema direita, como “marxismo cultural” e “ideologia de gênero”. Em 2019, ele foi desmentido pela Embaixada da Suécia por divulgar fake news sobre a educação escolar do país, com o objetivo de reforçar teses mentirosas da tal “ideologia de gênero”. Brasil Paralelo é uma empresa que produz vídeos sobre política e história com visão extremista, também difusora de teses de Olavo de Carvalho e de diversas teorias de conspirações. Em março de 2019, a empresa alemã de notícias Deutsche Welle classificou a Brasil Paralelo como negacionista (significa negar fatos e a realidade) num artigo intitulado “O negacionismo histórico como arma política”. “Em seus vídeos, o grupo Brasil Paralelo alega querer apresentar uma História ‘livre de narrativas ideológicas’, porém, segundo historiadores ouvidos pela DW Brasil, faz justamente o contrário”, dizia o texto. O negacionismo da empresa também se estendeu à saúde, com o lançamento do documentário “7 Denúncias: As Consequências do Caso Covid-19”, que direcionou críticas às medidas de distanciamento físico no combate à pandemia, acusando governadores de serem ditadores por seguirem as orientações da Organização Mundial da Saúde. O vídeo mais recente publicado no Youtube da Brasil Paralelo se chama “Por que os últimos filmes da Marvel foram um fracasso?”, em que comentaristas culpam supostas baixas bilheterias pelo que chamam de “lacração” (outro termo bolsonarista) do estúdio, que inclui a representação de heroínas feministas, heróis negros e personagens LGBTQIAP+. Detalhe: os três últimos filmes da Marvel são os maiores sucessos do cinema em 2022. Lançado neste fim de semana, “Pantera Negra: Wakanda para Sempre” se tornou a maior bilheteria de estreia do mês de novembro em todos os tempos nos EUA e Canadá – com heróis negros e feministas.
Cassia Kis se diz vítima de “assédio moral” por falas preconceituosas
A atriz Cassia Kis, alvo de processo por declarações homofóbicas e de críticas por seu envolvimento com manifestações antidemocráticas, decidiu se defender num texto enviado ao jornal Folha de S. Paulo contra o que chama de “assédio moral”. Dizendo que não é homofóbica, ela acusa detratores de espalhar mentiras e reclama de estar sendo hostilizada por colegas de trabalho. “Nos últimos dias, muito se tem falado a meu respeito. Falado mal, diga-se. Inclusive entre colegas de ofício, a quem sempre respeitei como criaturas humanas e profissionais, a boataria tem sido grande”, reclamou a atriz no texto. “Embora eu não deseje o mal de ninguém, nem por isso aceito as pechas equivocadas que alguns têm lançado sobre mim. E por quê? Porque aprendi o valor de uma boa reputação, construída com trabalho e amor ao longo de muitos anos. E também porque aprendi que com a verdade não se brinca“”, prosseguiu a intérprete de Cidália em “Travessia”. “Dizem que, por assumir uma posição política conservadora, eu estaria ‘envergonhando’ a classe artística. Se fosse apenas isso, tudo bem. Mas o zum-zum-zum chegou além, pois me atribuem intenções que não tenho, palavras que não disse e crises que não criei. “A pressão sobre mim – verdadeiro assédio moral – ganhou contornos policiais, pois me chega a notícia de que estou sendo formalmente acusada de ‘homofobia’ por um grupo de ativistas do Rio de Janeiro”, continuou. “Não, meus caros, não sou nem nunca fui homofóbica; sou no máximo mentirofóbica e idiotofóbica”, defendeu-se. Cassia Kis está sendo processada pelo Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT, por meio de uma Ação Civil Pública, pelo crime de homofobia. O grupo também registrou uma queixa crime contra a atriz pelo mesmo motivo. O processo foi motivado por palavras que Cassia Kis disse factualmente numa live com jornalista Leda Nagle, quando acusou as relações homossexuais e a “ideologia de gênero” (definição bolsonarista para a sexualidade humana) de destruir as famílias e a “vida humana”. “Não existe mais o homem e a mulher, mas a mulher com mulher e homem com homem, essa ideologia de gênero que já está nas escolas”, disse a atriz. “Eu recebo as imagens de crianças de 6, 7 anos se beijando, duas meninas se beijando, onde há um espaço chamado beijódromo”, prosseguiu, no melhor estilo “kit gay” (famosa fake news bolsonarista da eleição presidencial passada). Segundo Cássia, quando há uma relação entre duas pessoas de sexo igual há uma “destruição à vida humana”. “O que está por trás disso? Destruir a família. Destruir a vida humana, na verdade, porque onde eu saiba homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho. Como a gente vai fazer?”, questionou. Ela também criticou a adoção de crianças por casais homossexuais, porque elas são geradas apenas pelo “útero de uma mulher”. Em sua petição, o Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT cita que as falas da atriz “claramente carregam teor discriminatório e preconceituoso aos casais homoafetivos e a comunidade LGBTQIAP+ ao questionar a validade da sua existência”. O movimento pede reparação coletiva pelos ataques feitos por Cássia da ordem de R$ 250 mil, “para fins de promoção de políticas e programas direcionados ao enfrentamento da discriminação e LGBTfobia no contexto artístico”. Há também um pedido de retratação pública e de investigação criminal. Além disso, um grupo de funcionários da Globo formalizou uma reclamação no Departamento de Compliance da emissora contra a atriz, denunciando que ela grita e destrata colegas, inclusive com comentários preconceituosos. Mais de 10 funcionários assinaram as denúncias. Em comunicado à imprensa, o canal afirmou que não comenta questões de compliance, mas apontou: “A Globo tem um Código de Ética, que deve ser seguido por todos os colaboradores e igualmente por todas as áreas da empresa – e em nenhuma delas é tolerada qualquer forma de discriminação. Da mesma forma, tem uma Ouvidoria pronta para receber quaisquer relatos de violação, que são apurados criteriosamente.” Em meio a essas polêmicas, a atriz de 64 anos ainda participou de manifestação em frente ao Comando Militar do Rio, onde foi aclamada, entre faixas pedindo um golpe militar. Um vídeo em que ela aparece rezando ajoelhada ganhou comparações nas redes sociais com cenas idênticas da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em apoio ao golpe militar de 1964. Alinhada ao extremismo de direita, a artista tem proferido discursos fundamentalistas e messiânicos, e antes das eleições chegou a profetizar que o Brasil ia “derramar sangue” se Lula vencesse.
Jornalistas da Globo abrem queixa formal contra Cassia Kis na emissora
A atriz Cassia Kis foi denunciada por jornalistas da Globo após ataques no WhatsApp. Depois de 15 artistas, entre atores, atrizes e produtores, cerca de cinco jornalistas registraram reclamações formais contra a artista. Os jornalistas trabalham na redação do Jornal Nacional e na GloboNews. Um deles teria sido alvo de uma mensagem compartilhada por Cassia Kis, que pedia boicote a nomes da imprensa da Globo, como Natuza Nery, Andréia Sadi, Flavia Oliveira e até mesmo William Bonner. A maior indignação dos denunciantes nem é tanto pelo radicalismo, mas sim contra a omissão da Globo, que tomou nenhuma atitude diante dos ataques contra minorias e profissionais da própria empresa por parte de Cassia Kis. Além disso, ela tem usado sua visibilidade na novela “Travessia” para atrair atenção e frequentar atos golpistas. Com as denúncias dos jornalistas, já somam-se pelo menos 20 acusações formalizadas ao compliance contra a atriz de 64 anos, desde que ela manifestou homofobia numa live com Leda Nagle no YouTube. Depois disso, atores, atrizes, diretores, roteiristas e produtores que trabalham na Globo se juntaram para levar relatos ao departamento competente. Entre as denúncias, estão situações de homofobia dentro e fora do ambiente de trabalho, além de comportamento inadequado nos bastidores de “Travessia” e da série “Desalma”, do Globoplay. A Globo chegou a criar, recentemente, um setor de Diversidade, que a presença de Cassia Kis na emissora ridiculariza. Em comunicados sobre a atriz, a empresa diz que não tolera discriminação, mas na prática tem tolerado muito, a ponto de seus profissionais reclamarem formalmente.
Cassia Kis e Regina Duarte radicalizam em protestos contra a democracia
As bolsonaristas Cassia Kis e Regina Duarte prestigiaram novas manifestações antidemocráticas neste fim de semana, entre faixas e palavras de ordem pedindo um golpe militar e a volta da ditadura no Brasil. Embora a Globo já tenha se livrado de um problema graças a Bolsonaro, que convenceu Regina Duarte a rescindir seu longo contrato televisivo para encerrar a carreira num mandato de três meses à frente da Secretaria de Cultura, a emissora ainda responde pela atitude desafiadora de Cassia Kis, que está sendo processada na Justiça por falas homofóbicas e denunciada por funcionários da própria empresa por suposta prática de assédio moral nos bastidores de “Travessia” e “Desalma”. Em sua segunda ida a uma manifestação contra a democracia, Cassia Kis se juntou aos apoiadores do candidato derrotado neste domingo (6/11), na praça Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, para puxar correntes de orações em defesa da intervenção militar no país. Ela apareceu com uma camisa branca com os dizeres “aborto, não” e carregando uma imagem de Nossa Senhora Aparecida. Já Regina Duarte usou uma bandeira brasileira como capa para participar de manifestações em São Paulo, diante de um quartel do Exército na região do Ibirapuera. Ela usou as redes sociais para registrar imagens de faixas a favor de um golpe e dizer que ia “mostrar para eles que o país tem dono” e que a “Justiça Divina virá salvar os brasileiros das artimanhas Comunistas”. As imagens de Regina também comprovam que os protestos têm organização central, com a distribuição de cartazes padronizados, que foram pagos por pessoas desconhecidas. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Regina (@reginaduarte) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Regina (@reginaduarte) A atriz Cássia Kis esteve presente na récita do Santo Rosário em frente ao Comando Militar do Leste, no Centro do Rio, neste domingo, 06 de novembro de 2022. pic.twitter.com/fbE5smCVFa — Sarita Coelho (@saritacoelho) November 6, 2022
Cassia Kis é alvo de denúncias na Globo e na Justiça
O comportamento extremista de Cássia Kis se tornou alvo de denúncias na Globo e já está rendendo processos na Justiça. Um grupo de funcionários da emissora teria se reunido para formalizar uma reclamação no Departamento de Compliance contra a atriz não só nos bastidores da novela “Travessia”, mas também na série “Desalma”. Os funcionários denunciaram que Cássia grita e destrata colegas, inclusive com comentários preconceituosos. Mais de 10 funcionários assinaram as denúncias. Além disso, dois grupos da comunidade LGBTQIAP+ manifestaram repúdio à fala homofóbica da atriz, na entrevista recente em que declarou que casais homoafetivos “não dão filho”, e que pretendem “destruir a família” e “destruir a vida humana”. O Aliança Nacional LGBT+ anunciou medidas judiciais contra a atriz após os comentários, encaminhando um ofício diretamente à Globo, enquanto o Grupo Arco-Íris de Cidadania LGBT acionou o TJ do Rio por meio de uma Ação Civil Pública contra Cássia pelo crime de homofobia. Na petição, o Arco-Íris cita que as falas da atriz “claramente carregam teor discriminatório e preconceituoso aos casais homoafetivos e a comunidade LGBTQIAP+ ao questionar a validade da sua existência”. O movimento pede reparação coletiva pelos ataques feitos por Cássia da ordem de R$ 250 mil, “para fins de promoção de políticas e programas direcionados ao enfrentamento da discriminação e LGBTfobia no contexto artístico”. Há também um pedido de retratação pública. O Arco-Íris também entregou a Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância do Rio uma notícia-crime relatando os mesmos fatos. O pedido é para que seja apurada a ocorrência de crime por parte de Cássia, com a possível abertura de ação penal. Equiparado ao crime de racismo pelo STF, a homofobia pode render pena de reclusão de um a três anos, além de multa. Mas se a situação da atriz já era crítica por conta dos comentários homofóbicos e postura confrontadora na empresa, piorou muito após circularem vídeos de sua participação nos movimentos golpistas que reúnem os bolsonaristas contra a democracia brasileira. Segundo apuração do colunista Lucas Pasin, a Globo vem realizando uma série de reuniões com diretores para definir o futuro da veterana. Por comunicado, a empresa reforçou que não comenta questões de compliance, mas apontou: “A Globo tem um Código de Ética, que deve ser seguido por todos os colaboradores e igualmente por todas as áreas da empresa – e em nenhuma delas é tolerada qualquer forma de discriminação. Da mesma forma, tem uma Ouvidoria pronta para receber quaisquer relatos de violação, que são apurados criteriosamente.”
Cassia Kis participa de manifestação golpista no Rio
Imagens da atriz Cássia Kis aplaudindo uma manifestação golpista contra a democracia no Rio de Janeiro e orando com militantes antidemocráticos viralizaram nas redes sociais nesta quarta-feira (2/11). Depois de criar polêmica com declarações homofóbicas, a bolsonarista de 64 anos participou de manifestação em frente ao Comando Militar do Rio, onde foi aclamada, entre faixas pedindo um golpe militar. Os protestos que estão bloqueando rodovias por todo o país atacam a democracia por não aceitarem o resultado legítimo das eleições do último domingo (30/11), que definiu Luiz Inácio Lula da Silva como novo presidente do Brasil. O vídeo em que ela aparece rezando ajoelhada, atrapalhando a via pública, ganhou comparações nas redes sociais com cenas idênticas da Marcha da Família com Deus pela Liberdade, em apoio ao golpe militar de 1964. Alinhada ao extremismo de direita, a artista tem proferido discursos fundamentalistas e messiânicos, repletos de fake news e ataques contra os direitos LGBTQIAP+. Antes das eleições, ela chegou a profetizar que o Brasil ia “derramar sangue” se Lula vencesse. No ar na novela “Travessia”, a atriz não teria mais clima para conviver com os colegas nos bastidores e, segundo diversas fontes, estaria vetada em programas de entrevistas e variedades da Globo, numa operação para evitar novas declarações polêmicas. Seu encontro com golpistas mostra que ela não busca reconciliação e sim o embate. Por conta disso, haveria um movimento para que sua personagem fosse suprimida da novela de Gloria Perez, que amarga baixa audiência no horário nobre da emissora. Uma decisão neste sentido, inclusive, já pode ter sido tomada nos bastidores. A própria atriz sugeriu que algo aconteceu, ao dizer ao programa “Fofocalizando”, do SBT, na segunda (31/10), que “na próxima semana, certamente você saberá, e não será por mim”. É absurdo que a Globo tenha uma atriz na novela das 9 que vai a uma passeata pedindo golpe após o pleito eleitoral. pic.twitter.com/seN0fzZkfg — Tauat Resende (@heytauat) November 2, 2022 🚨BRASIL: Cássia Kis, atriz da TV Globo, em manifestações antidemocráticas de apoiadores de Jair Bolsonaro. pic.twitter.com/y79Cdz7SnY — CHOQUEI (@choquei) November 2, 2022 A Cássia Kis ajoelhada com o rosário lembra essa mulher da "Marcha da Família, com Deus, pela Liberdade" em apoio ao golpe de 1964 pic.twitter.com/jiiWxi1bvm — Carlos Fico (@CarlosFico1) November 2, 2022
Cássia Kis rebate Globo por falas homofóbicas: “Problema meu”
A atriz Cassia Kis decidiu se manifestar sobre as acusações de homofobia que vem recebendo por falas preconceituosas numa live com Leda Nagle. A intérprete de Cidália em “Travessia” escalou a tensão ao rebater a nota de repúdio da Globo sobre o caso. “Problema meu”, disse a atriz. “Não sou homofóbica e não fiz uma declaração homofóbica. Não há mentira no que disse”, afirmou Cassia em mensagem enviada ao programa “Fofocalizando”, do SBT, nesta segunda (31/10). Segundo a jornalista Gaby Cabrini, Cassia não tinha visto a nota de repúdio da Globo sobre o caso ao fazer esta afirmação. Mas ela enviou o posicionamento e, em seguida, a atriz respondeu ao posicionamento da emissora: “Esse é um problema meu e da TV Globo. Na próxima semana, certamente você saberá, e não será por mim”. Cassia Kis causou controvérsia nacional ao dizer que as relações homossexuais e a “ideologia de gênero” (definição bolsonarista para a sexualidade humana) estão destruindo as famílias. “Não existe mais o homem e a mulher, mas a mulher com mulher e homem com homem, essa ideologia de gênero que já está nas escolas”, disse a atriz. “Eu recebo as imagens de crianças de 6, 7 anos se beijando, duas meninas se beijando, onde há um espaço chamado beijódromo”, prosseguiu, no melhor estilo “kit gay” (famosa fake news bolsonarista da eleição presidencial passada). Segundo Cássia, quando há uma relação entre duas pessoas de sexo igual há uma “destruição à vida humana”. “O que está por trás disso? Destruir a família. Destruir a vida humana, na verdade, porque onde eu saiba homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho. Como a gente vai fazer?”, questionou. Ainda na conversa, a atriz também destacou que a “pandemia foi maravilhosa” por tê-la ajudada a se descobrir conservadora. As falas repercutiram negativamente nas redes sociais. Em comunicado à imprensa, a Globo afirmou que “tem um firme compromisso com a diversidade e a inclusão e repudia qualquer forma de discriminação”. A atriz declarou seu voto em Jair Bolsonaro e teria sido alvo de reclamação de colegas nos bastidores das gravações de “Travessia” por suposta militância extremista fora das gravações.
Lúcia Veríssimo sofre ataques nas redes sociais por foto de beijo em Cassia Kis
A atriz Lúcia Veríssimo virou alvo de ataques nas redes sociais após publicar uma foto em que aparece aos beijos com Cassia Kis. A foto foi publicada para denunciar a hipocrisia de Cassia, que participou de uma live criticando relações homoafetivas, adoções e aborto. Em sua conta no Instagram, Lúcia compartilhou algumas publicações com recados agressivos que recebeu. “Estou sendo atacada por uma horda de ignorantes no Twitter, que defende o indefensável usando a expressão erro do passado. Pecado e erro do passado é a doença da cabeça de vocês que fizeram e fazem tão mal à humanidade. Amar nunca foi pecado ou erro do passado”, iniciou a atriz. “Vocês estão cometendo um crime. E esse crime se chama homofobia, que é passível de processo. Muito cuidado com o que dizem, seus lobotomizados. Não se pede perdão a Deus por amar. E o que vocês fazem não tem perdão. Vocês incitam o ódio, a intolerância, o desrespeito e o pior, não amam seu semelhante, porque falta de respeito é falta de amor”, continuou. “E essa, sim, é uma regra divina [a do amor]. É um dos mandamentos, inclusive. Sejamos claros. Vocês não têm nenhuma procuração de Deus para criarem regras a partir de seus preconceitos e desejos enrustidos, leis que ele jamais criou. O que Deus criou foi a vida, a verdade e o amor. Seguirei lutando contra a hipocrisia”, completou Lúcia. Cassia Kis também se pronunciou após Lúcia compartilhar a foto em que as duas aparecem aos beijos. Falando à jornalista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo, a veterana disse que a imagem não passa de um “selo idiota”, que, segundo ela, não tem a ver com o que ela acredita atualmente. “De uma pessoa idiota que eu era. E ainda há resquícios dessa ignorância”, disse, acrescentando ter gostado da grande repercussão às suas declarações homofóbicas. “A cruz só está mais pesada. Mas eu continuo amando minha cruz, desta vez, com mais fervor”. A declaração que levou Lucia Veríssimo a resgatar a foto foi um ataque de Cassia Kis às relações homossexuais e à “ideologia de gênero” (definição bolsonarista para a sexualidade humana). “Não existe mais o homem e a mulher, mas a mulher com mulher e homem com homem, essa ideologia de gênero que já está nas escolas”, disse a atriz. “Eu recebo as imagens de crianças de 6, 7 anos se beijando, duas meninas se beijando, onde há um espaço chamado beijódromo”, prosseguiu, no melhor estilo “kit gay” (famosa fake news bolsonarista da eleição presidencial passada). “Eu nem sabia que existia isso”, deixou escapar Leda Nagle, que publicou o bate-papo, diante do sensacionalismo da atriz. Segundo Cássia, quando há uma relação entre duas pessoas de sexo igual há uma “destruição à vida humana”. “O que está por trás disso? Destruir a família. Destruir a vida humana, na verdade, porque onde eu saiba homem com homem não dá filho, mulher com mulher também não dá filho. Como a gente vai fazer?”, questionou. Ainda na conversa, a atriz também destacou que a “pandemia foi maravilhosa” por tê-la ajudada a se descobrir conservadora. Cássia Kis declarou recentemente seu voto em Jair Bolsonaro e teria sido alvo de reclamação de colegas nos bastidores das gravações de “Travessia” por suposta militância extremista fora das gravações. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Lúcia Veríssimo LV 🏹🎥📷🐆🐎🎞🖋🐱🐶 (@lverissimo) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Lúcia Veríssimo LV 🏹🎥📷🐆🐎🎞🖋🐱🐶 (@lverissimo)





