Bilheterias: Capitão América vira o maior lançamento de 2016 nos EUA
Após quatro fins de semana em cartaz, “Capitão América: Guerra Civil” atingiu a maior arrecadação de um lançamento de 2016 nos cinemas norte-americanos. Com os US$ 15 milhões faturados nos últimos três dias, a produção da Marvel chegou ao total de US$ 372,6 milhões, abrindo US$ 10 milhões à frente do 2º lugar, outro filme de super-heróis, “Deadpool”. O terceiro “Capitão América” estreou em 6 de maio nos EUA, ocasião em que faturou impressionantes US$ 179,1 milhões, a maior abertura do ano. No mundo inteiro, “Capitão América: Guerra Civil” já soma US$ 1,1 bilhão e ocupa a 16ª posição entre as maiores bilheterias de todos os tempos. Como ainda continua faturando alto – está atualmente em 4º lugar nos EUA – , deve escalar novas posições e chegar entre as 10 principais arrecadações da História nos próximos dias. Para isso, porém, Capitão América terá que lutar novamente contra seu grande rival, já que o 10º lugar pertence a “Homem de Ferro 3” (2013).
Animação dos Angry Birds estreia em 1º lugar nos EUA sem empolgar a crítica
A animação “Angry Birds – O Filme” estreou em 1º lugar nas bilheterias norte-americanas, com US$ 39 milhões de arrecadação. O resultado tirou “Capitão América: Guerra Civil” do topo do ranking, mas não pode ser considerado um desempenho de blockbuster. O filme custou US$ 73 milhões para ser produzido e ainda contou com um grande investimento em sua divulgação, a ponto de render a maior campanha de marketing já feita pela Sony. Mas apesar da publicidade e da popularidade dos games em que se baseia, abriu abaixo de “Hotel Transilvânia” (US$ 48,5 milhões) e “Hotel Transilvânia 2” (US$ 42,5 milhões), que também foram produzidos pela Sony Animation. O sucesso foi maior no mercado internacional, onde o lançamento ocorreu com uma semana de antecedência e já chega a US$ 112 milhões. A soma da bilheteria mundial está em US$ 151 milhões. Em seu terceiro fim de semana em cartaz, “Capitão América: Guerra Civil” fez mais US$ 33,1 milhões nos EUA e atingiu US$ 347,3 milhões no mercado doméstico, o segundo melhor desempenho do ano. Seu faturamento só é menor que o de “Deadpool” (US$ 362,7 milhões), que deve ser superado até o próximo fim de semana. Na sexta-feira (20/5), o filme da Marvel ainda se tornou o primeiro lançamento do ano a ultrapassar US$ 1 bilhão de bilheteria mundial, consagrando-se como o maior sucesso global de 2016. Duas novas comédias preenchem as posições seguintes do ranking. A continuação “Os Vizinhos 2” abriu com US$ 21,1 milhões e “Dois Caras Legais” fez US$ 11,2 milhões em sua estreia. Por curiosidade, a opinião dos críticos americanos sobre os lançamentos mostrou-se inversamente proporcional às arrecadações de cada um. Dirigido por Shane Black (“Homem de Ferro 3”), “Dois Caras Legais” obteve 90% de aprovação no site Rotten Tomatoes, uma raridade para uma comédia americana, “Os Vizinhos 2” ficou com 62% e “Angry Birds” amargou a cotação de 43%, igualmente rara em seu gênero, tendo em vista a quantidade de animações bem recebidas pela imprensa. BILHETERIAS: TOP 10 EUA 1. Angry Birds – O Filme Fim de semana: US$ 39 milhões Total EUA: US$ 39 milhões Total Mundo: US$ 151 milhões 2. Capitão América: Guerra Civil Fim de semana: US$ 33,1 milhões Total EUA: US$ 347,3 milhões Total Mundo: US$ 1 bilhão 3. Os Vizinhos 2 Fim de semana: US$ 21,1 milhões Total EUA: US$ 21,1 milhões Total Mundo: US$ 51,7 milhões 4. Dois Caras Legais Fim de semana: US$ 11,2 milhões Total EUA: US$ 11,2 milhões Total Mundo: US$ 11,2 milhões 5. Mogli, o Menino Lobo Fim de semana: US$ 11 milhões Total EUA: US$ 327,4 milhões Total Mundo: US$ 857,6 milhões 6. O Jogo do Dinheiro Fim de semana: US$ 7 milhões Total EUA: US$ 27,1 milhões Total Mundo: US$ 36,3 milhões 7. The Darkness Fim de semana: US$ 2,3 milhões Total EUA: US$ 8,4 milhões Total Mundo: US$ 8,4 milhões 8. Zootopia Fim de semana: US$ 1,7 milhão Total EUA: US$ 334,4 milhões Total Mundo: US$ 981,8 milhões 9. O Caçador e a Rainha do Gelo Fim de semana: US$ 1,19 milhão Total EUA: US$ 46,6 milhões Total Mundo: US$ 157,9 milhões 10. O Maior Amor do Mundo Fim de semana: US$ 1,11 milhão Total EUA: US$ 31,2 milhões Total Mundo: US$ 31,2 milhões
Capitão América: Guerra Civil atinge US$ 1 bilhão de bilheteria mundial
“Capitão América: Guerra Civil” tornou-se o primeiro filme do ano a atingir a marca de US$ 1 bilhão de arrecadação em bilheteria mundial, tornando-se o 25º longa-metragem a integrar o clube dos bilionários do cinema, sem considerar a inflação. A marca, superada na sexta-feira (20/5), após 24 dias de exibição, ainda ajudou o Marvel Studios a cruzar a barreira dos US$ 10 bilhões de bilheteria desde o lançamento de seu primeiro filme, “Homem de Ferro” (2008), há oito anos. É difícil imaginar agora, mas quando a Disney comprou a Marvel por US$ 4 bilhões, em 2009, analistas de mercado chegaram a dizer que o estúdio estava jogando dinheiro fora, pois nenhuma editora de quadrinhos poderia valer tanto. A Disney, claro, não comprou uma editora de quadrinhos. Comprou uma indústria de franquias, que rendem filmes, séries, brinquedos e diversos produtos derivados, movimentando bilhões anuais. Mais que pago, o negócio se provou extremamente lucrativo. Mas o estúdio também vem se dando bem com aquilo que sempre soube fazer de melhor, animações e produções infantis. “Zootopia” pode se juntar em breve ao clube dos bilionários, já que soma atualmente US$ 972,1 milhões, e “Mogli, o Menino Lobo” continua sua ascensão com US$ 836,1 milhão. Com o impulso dos três filmes citados, mais o sucesso de “Star Wars: O Despertar da Força”, a Disney se tornou o primeiro estúdio do ano a atingir US$ 1 bilhão de arrecadação no mercado doméstico (apenas as bilheterias dos EUA). A marca foi conquistada em tempo recorde, em 128 dias.
Capitão América: Guerra Civil já é a segunda maior bilheteria mundial do ano
“Capitão América: Guerra Civil” não teve dificuldade em manter o domínio das bilheterias nos cinemas americanos pela segunda semana, com uma arrecadação de US$ 72,6 milhões. O desempenho é o oitavo melhor segundo fim de semana da história, demonstrando o fôlego da produção. O longa de super-heróis já encostou nos US$ 300 milhões em arrecadação doméstica, marca que apenas seis filmes superaram no ano passado (e só três no ano retrasado). Além disso, atingiu US$ 940,8 milhões de faturamento mundial, consagrando-se como a segunda maior bilheteria do ano, somente atrás de “Zootopia”, que tem US$ 969,8 milhões. Ambas são produções da Disney, que também comemora o sucesso internacional de “Mogli, o Menino Lobo”. Com US$ 828 milhões, a fábula dos animais falantes avança como a quarta maior bilheteria do ano, fungando atrás de “Batman vs. Superman” (US$ $868,8 milhões). “Mogli, o Menino Lobo” repete a boa colocação no ranking do fim de semana, segurando seu 2º lugar diante das estreias. O período teve apenas dois lançamentos amplos. O thriller “Jogo do Dinheiro”, com George Clooney e Julia Roberts, fez respeitáveis US$ 15 milhões, aparecendo em 3º lugar, à frente do terror de baixo orçamento “The Darkness”, com Kevin Bacon, que gerou US$ 10 milhões à menos, em 4º. É notável como as produções da Bloomhouse Productions, que faturou horrores com a febre do “found footage”, vêm atraindo cada vez menos público, a cada novo lançamento. BILHETERIAS: TOP 10 EUA 1. Capitão América: Guerra Civil Fim de semana: US$ 72,5 milhões Total EUA: US$ 295,8 milhões Total Mundo: US$ 940,8 milhões 2. Mogli, o Menino Lobo Fim de semana: US$ 17,7 milhões Total EUA: US$ 311,7 milhões Total Mundo: US$ 828 milhões 3. O Jogo do Dinheiro Fim de semana: US$ 15 milhões Total EUA: US$ 15 milhões Total Mundo: US$ 19,7 milhões 4. The Darkness Fim de semana: US$ 5,1 milhões Total EUA: US$ 5,1 milhões Total Mundo: US$ 5,1 milhões 5. O Maior Amor do Mundo Fim de semana: US$ 3,2 milhões Total EUA: US$ 28,7 milhões Total Mundo: US$ 28,7 milhões 6. Zootopia Fim de semana: US$ 2,8 milhões Total EUA: US$ 331,8 milhões Total Mundo: US$ 969,8 milhões 7. O Caçador e a Rainha do Gelo Fim de semana: US$ 2,5 milhões Total EUA: US$ 44,5 milhões Total Mundo: US$ 153,9 milhões 8. Keanu Fim de semana: US$ 1,9 milhão Total EUA: US$ 18,6 milhões Total Mundo: US$ 18,6 milhões 9. Um Salão do Barulho 3 Fim de semana: US$ 1,6 milhão Total EUA: US$ 51,3 milhão Total Mundo: US$ 51,3 milhão 10. A Chefa Fim de semana: US$ 1,1 milhão Total EUA: US$ 61,1 milhões Total Mundo: US$ 73 milhões
Capitão América: Guerra Civil tomou 76% de toda a bilheteria do fim de semana no Brasil
Se havia necessidade de demonstrar melhor o que significa deixar metade dos cinemas brasileiros com um único filme, o desempenho de “Capitão América: Guerra Civil” tornou-se autoexplicativo. Depois de bater recorde em sua estreia no Brasil, o filme rendeu, em seu segundo fim de semana em cartaz, mais R$ 27,4 milhões, com público de 1,6 milhão de espectadores. O levantamento foi feito pela empresa de monitoramento ComScore. A diferença de rendimentos para o 2º colocado do ranking de faturamento, “Mogli, O Menino Lobo”, é brutal. A fábula da Disney não passou dos R$ 2,7 milhões e 179,6 mil espectadores. Para se ter ideia, a arrecadação de “Capitão América” chega a representar 76% do total de ingressos vendidos no período em todo o país. Sem regulação da Ancine, o mercado vai enfrentar um quebra-cabeça e tanto para encaixar “Angry Birds – O Filme” nos cinemas, a partir de quinta (12/5). Vai faltar sala até para os lançamentos limitados.
Capitão América: Guerra Civil registra maior estreia do ano nos EUA
“Capitão América: Guerra Civil” não teve dificuldades em estabelecer o recorde de maior estreia de 2016, abrindo em 1º lugar nas bilheterias norte-americanas, com US$ 181,7 milhões em seu primeiro fim de semana. O resultado representa a quinta maior abertura de todos os tempos nos EUA e o maior sucesso de um filme “solo” de herói da Marvel, acima de “Homem de Ferro 3” (US$ 174,1 milhões), mas abaixo dos dois longas dos Vingadores. Detalhe: quatro das cinco maiores aberturas do cinema americano são produções da Disney! O sucesso de arrecadação reforça a avaliação de que “Capitão América: Guerra Civil” está sendo visto como um filme dos Vingadores. Neste sentido, a diferença de seu desempenho em relação ao lançamento dos filmes anteriores da franquia é bastante expressiva: “Capitão América: O Primeiro Vingador” (2011) e “Capitão América: O Soldado Invernal” (2014) abriram com US$ 65 milhões e US$ 95 milhões, respectivamente. No mercado internacional, onde o filme teve seu lançamento antecipado a partir de 28 de abril, o desempenho é ainda mais impressionante, com quase US$ 500 mil arrecadados em 11 dias – dos quais US$ 220 milhões foram faturados neste fim de semana. Somando a receita norte-americana, o filme já está com US$ 678,3 milhões de faturamento mundial. Graças a essa arrancada, a expectativa é que “Capitão América: Guerra Civil” supere facilmente a cobiçada marca de US$ 1 bilhão em ingressos vendidos. A Disney, por sinal, protagoniza uma disputa interna para comemorar qual filme chegará primeiro ao clube do bilhão em 2016. Afinal, “Zootopia” continua vendendo ingressos em todo o mundo e atingiu, nos últimos três dias, o montante de US$ 956,4 milhões. Embora tenha sido lançado há dois meses, o longa animado faturou mais US$ 20 milhões ao longo desta semana e continua em cartaz em muitos países. “Mogli, o Menino Lobo” é outro candidato da Disney ao primeiro bilhão do ano. Após três fins de semana liderando as bilheterias dos EUA, o filme perdeu o trono para “Capitão América”, mas atingiu US$ 776,1 milhões em todo o mundo e já superou “Deadpool” (US$ 762 milhões) no ranking das maiores arrecadações mundiais de 2016. Por enquanto, porém, o segundo maior faturamento mundial do ano pertence a “Batman vs. Superman: A Origem da Justiça”. O longa da Warner está com US$ 865,4 milhões, mas já neste fim de semana despencou para o final do Top 10 dos EUA, demonstrando o final de seu fôlego na competição comercial. Vale lembrar, ainda, que “Batman vs. Superman” abriu com US$ 166 milhões nos EUA e viu seu faturamento despencar em sua segunda semana, graças, em parte, à recepção negativa da crítica (apenas 27% de aprovação na média do site Rotten Tomatoes). Já “Capitão América: Guerra Civil” abriu não apenas com maior dianteira financeira, mas também com a benção da crítica (91% de aprovação no Rotten Tomatoes). BILHETERIAS: TOP 10 EUA 1. Capitão América: Guerra Civil Fim de semana: US$ 181,7 milhões Total EUA: US$ 181,7 milhões Total Mundo: US$ 678,3 milhões 2. Mogli, o Menino Lobo Fim de semana: US$ 21,8 milhões Total EUA: US$ 284,9 milhões Total Mundo: US$ 776,1 milhões 3. O Maior Amor do Mundo Fim de semana: US$ 9 milhões Total EUA: US$ 20,7 milhões Total Mundo: US$ 20,7 milhões 4. O Caçador e a Rainha do Gelo Fim de semana: US$ 3,5 milhões Total EUA: US$ 40,3 milhões Total Mundo: US$ 146,2 milhões 5. Keanu Fim de semana: US$ 3 milhões Total EUA: US$ 15,1 milhões Total Mundo: US$ 15,1 milhões 6. Um Salão do Barulho 3 Fim de semana: US$ 2,7 milhões Total EUA: US$ 48,7 milhões Total Mundo: US$ 48,7 milhões 7. Zootopia Fim de semana: US$ 2,6 milhões Total EUA: US$ 327,6 milhões Total Mundo: US$ 956,4 milhões 8. A Chefa Fim de semana: US$ 1,7 milhão Total EUA: US$ 59,1 milhões Total Mundo: US$ 71 milhões 9. Heróis da Galáxia: Ratchet & Clank Fim de semana: US$ 1,4 milhão Total EUA: US$ 7 milhões Total Mundo: US$ 7 milhões 10. Batman vs. Superman: A Origem da Justiça Fim de semana: US$ 1 milhão Total EUA: US$ 327,2 milhões Total Mundo: US$ 865,4 milhões
Presidente da Marvel se compromete a fazer filme solo da Viúva Negra
Após uma pesquisa indicar que o público quer um filme solo da “Viúva Negra”, Kevin Feige, presidente do Marvel Studios, afirmou estar “comprometido” em produzir o longa-metragem. A revelação veio à tona no meio de uma longa entrevista para o site Deadline. Durante a entrevista, Feige comentou: “Nós já anunciamos os próximos 9 filmes, 10 se contarmos ‘Guerra Civil’, previstos até o final de 2019. Para onde vamos além disso ainda são discussões que vão acontecer, já que estamos focados nos próximos anos, pela quantidade de coisas que precisamos fazer antes disso. Dos personagens que você citou [Falcão, Máquina de Combate, Viúva Negra e Gavião Arqueiro], eu diria, certamente, diria criativamente e emocionalmente, que estamos mais comprometidos em fazer o filme da Viúva Negra”. Para demonstrar seu comprometimento, o produtor ressaltou que a qualidade do trabalho feito pela atriz Scarlett Johansson, atriz que interpreta o personagem nos filmes dos Vingadores, é a maior garantia de uma franquia. “Achamos ela uma personagem incrível. A imagem que a Scarlett Johansson criou dela é incrível. Ela é uma Vingadora e tem histórias incríveis, que achamos que seriam ótimas e divertidas para transformar em uma franquia solo”. Ou seja, há planos para o filme, mas os fãs terão que sentar e esperar muito. Pelo menos, mais quatro anos.
Pesquisa revela que o público quer filme solo da Viúva Negra
E essa agora? O filme mais esperado pelos fãs dos super-heróis da Marvel não faz parte dos planos do estúdio. Uma pesquisa organizada pelo site de venda de ingressos Fandango apontou que o público está ansioso por um longa individual da Viúva Negra. A heroína, vivida por Scarlett Johansson, foi a campeã da enquete que questionava qual o próximo derivado dos Vingadores que os espectadores mais gostariam de ver. O filme solo da personagem teve 48% da preferência do público, praticamente metade das opiniões, com ampla vantagem sobre os demais personagens citados, Visão (15% dos votos), Falcão (12%), Gavião Arqueiro (10%), Máquina de Combate (8%) e Feiticeira Escarlate (7%). A enquete foi feita com os consumidores do site, que compraram ingressos para assistir “Capitão América: Guerra Civil” nos Estados Unidos. Mas se o público está louco pelo filme solo da Viúva Negra, a Marvel não tem planos para tornar esse desejo realidade. O estúdio ainda não produziu nenhum longa estrelada por super-heroína, no que será superado pela rival DC Comics no ano que vem, com o lançamento de “Mulher-Maravilha”. O único projeto solo de super-heroína da Marvel está previsto apenas para 2019 e introduzirá uma nova personagem, a Capitã Marvel. Será que a Marvel é tão bem-sucedida que pode se dar ao luxo de ignorar o desejo dos fãs, que querem pagar para ver um filme de sua personagem favorita?
Capitão América: Guerra Civil quebra recorde de bilheteria em estreia no Brasil
Saíram os números oficiais da bilheteria nacional. “Capitão América: Guerra Civil” vendeu 2,6 milhões de ingressos e faturou R$ 43,8 milhões em seus primeiros quatro dias de exibição no Brasil, segundo levantamento da empresa de monitoramento comScore. O valor é o maior faturamento de um fim de semana estendido (de quinta a domingo) já registrado no país, superando o antigo recordista, “Batman vs. Superman: A Origem da Justiça” (R$ 39,9 milhões). Vale lembrar que apenas a partir de março de 2014 os filmes passaram a estrear às quintas no Brasil, não mais às sextas, aumentando suas bilheterias de “fim de semana”. O resultado não chega a ser surpresa, tendo em vista que sua distribuição foi uma das maiores de todos os tempos no país, ocupando quase 50% de todas as telas disponíveis no parque exibidor nacional – 1,4 mil salas. Ao todo, “Capitão América: Guerra Civil” foi lançado em 37 países entre quinta e sexta passadas, arrecadando US$ 200,2 milhões no mercado internacional. Com isso, o filme liderou a bilheteria mundial no fim de semana. Na próxima sexta (6/5), a produção chega aos Estados Unidos, onde a Disney espera arrecadar algo em torno de US$ 200 milhões, e também à Rússia e à China, podendo até triplicar sua arrecadação mundial. Com aprovação unânime da crítica – 94% no Rotten Tomatoes – , o filme da Marvel pode se tornar o maior sucesso do cinema em 2016. Leia a crítica aqui.
Capitão América: Guerra Civil já lidera a bilheteria mundial
O lançamento internacional de “Capitão América: Guerra Civil” rendeu US$ 200,2 milhões e já coloca o filme na liderança da bilheteria mundial em seu primeiro fim de semana em cartaz. A arrecadação aconteceu em 37 países – ou 63% do mercado de cinema mundial – e teve direito a alguns recordes, inclusive no Brasil, onde o filme atingiu a maior bilheteria de estreia de todos os tempos, com estimados US$ 12,3 milhões no fim de semana estendido, segundo o site The Hollywood Reporter. Os valores oficiais do desempenho nacional serão conhecidos na segunda (2/5). No próximo final de semana, “Capitão América: Guerra Civil” chega aos Estados Unidos, onde a Disney espera arrecadar algo em torno de US$ 200 milhões, e também à Rússia e à China, podendo até triplicar sua arrecadação mundial. Com aprovação unânime da crítica – 94% no Rotten Tomatoes – o filme da Marvel pode se tornar o maior sucesso de 2016. Leia a crítica aqui.
O universo Marvel atinge o ápice em Capitão América: Guerra Civil
Os irmãos Anthony e Joe Russo revelaram-se a grande arma secreta da Marvel. Saíram do anonimato – na verdade, da série “Community” – para dirigir “Capitão América: O Soldado Invernal” (2014), o filme que impôs mais dramaticidade e seriedade na fórmula do estúdio, até então marcada pelo predomínio do humor em suas aventuras. Agora, com “Capitão América: Guerra Civil”, eles atingem o ápice, ao criar o filme perfeito da Marvel, com o qual todos os demais serão comparados, graças ao equilíbrio de seriedade dramática, ação intensa e diversão bem-humorada em doses harmoniosas. O tom dramático é estabelecido logo no começo, quando uma missão dos Vingadores termina em tragédia, levando o mundo e particularmente o governo dos EUA a exigir controle sobre o grupo. Até porque essa não foi a única intervenção dos heróis com vítimas civis, como mostraram “Os Vingadores” (2012) e “Vingadores: Era de Ultron” (2015). Mas enquanto Tony Stark (Robert Downey Jr.) se mostra pronto para assumir a culpa e se submeter, o Capitão Steve Rogers (Chris Evans) não aceita virar pau mandado, especialmente quando uma das novas missões é capturar seu ex-melhor amigo Bucky/Soldado Invernal (Sebastian Stan). A premissa é de um filme dos Vingadores. Entretanto, o clima solene não inclui as piadinhas trocadas entre os personagens, que marcaram os dois longas de Joss Whedon. Os Russo deixaram o humor por conta da introdução do Homem-Aranha (Tom Holland), que se mostra uma metralhadora de piadas em suas cenas, deixando bem claro sua diferença etária em relação aos demais super-heróis. Se os diretores conduzem o filme com precisão, o mérito da trama é de outra dupla, os roteiristas Stephen McFeely e Christopher Markus, que estão na franquia desde “Capitão América: O Primeiro Vingador” (2011) e se mostram verdadeiros experts em quadrinhos, enchendo a história de referências, como a nação africana de Wakanda, Sharon Carter, a prisão Balsa, o Barão Zemo, Ossos Cruzados, a joia do infinito etc. Além disso, seu roteiro é cirurgicamente interligado com os filmes dos Vingadores, do Capitão América, do Homem de Ferro e até do Homem-Formiga, como se as produções anteriores tivessem sido feitas para desaguar nele. A principal inspiração dos quadrinhos, por sua vez, vem da minissérie “Guerra Civil”, de Mark Millar (o criador de “Kick-Ass” e “Kingsman”), que marcou os anos 2000 e repercutiu em vários títulos da Marvel. Claro, a guerra civil original envolvia centenas de super-heróis e o filme lida com os limites do universo cinematográfico da Marvel, mas mesmo assim consegue passar a essência do conflito, sem deixar de introduzir novos personagens, como o citado Aranha e o Pantera Negra (Chadwick Boseman). A síntese do embate reúne doze heróis numa luta filmada em IMAX, que dá a dimensão grandiosa do momento (ainda que o 3D convertido dos filmes da Marvel continue fajuto e caça-níquel). Um dos grandes méritos da produção, aliás, é reforçar no público a convicção e força desses heróis, mostrando o que eles são capazes em cenas muito bem coreografadas, de grande intensidade física. No conflito generalizado, até a Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), que tem poderes mais complexos, tem a chande de demonstrar seu potencial ao enfrentar o androide Visão (Paul Bettany). O centro dramático, porém, está na figura do Soldado Invernal. Se o ator Sebastian Stan não tem o mesmo carisma dos demais, seu arco é o mais trágico. Apesar de estar sob controle de inimigos, ele se sente culpado por ter executado tantas vidas inocentes a mando de terroristas. E este dilema o torna o principal eixo da trama, embora isso não tire o protagonismo do Capitão América e do Homem de Ferro, cujos intérpretes estão cada vez mais à vontade em seus papéis. “Capitão América: Guerra Civil” é um filme repleto de momentos memoráveis. Embora resulte consistente, é composto de várias cenas individuais com forte carga emocional. Uma cena em particular, envolvendo o Soldado Invernal, pode levar o espectador às lágrimas. E isso não é pouco em se tratando de um estúdio que, até então, jamais demonstrara pretensões de dar a seus filmes a atmosfera sombria das adaptações da DC Comics. Os irmãos Russo acabaram com o mito que todo o filme da Marvel precisa ser uma comédia, como o caso extremo do “Homem-Formiga” (2015), sem cair na seriedade sem graça das produções baseadas nos quadrinhos da sua rival. “Capitão América: Guerra Civil” mostrou como adaptações de super-heróis podem ser feitas de forma séria sem perder de vista seu potencial para a diversão. E esta é uma lição mais preciosa que uma joia do infinito.
Cena pós-créditos de Capitão América: Guerra Civil foi filmada no Brasil
Um segredo de “Capitão América: Guerra Civil” só foi revelado após a estreia do filme nos cinemas. Uma das cenas pós-créditos do filme foi filmada no Brasil. Ironicamente, as imagens registradas no Brasil são apresentadas como paisagens africanas. Trata-se do registro das Cataratas do Iguaçu, que, no contexto da trama, fazem parte da nação africana do Rei T’Challa, a identidade civil do Pantera Negra. As Cataratas aparecem brevemente na primeira cena extra do longa, que revela o destino do Soldado Invernal, e os créditos do filme chegam a aludir a uma equipe de filmagens no Brasil, repleta de nomes de técnicos brasileiros. É a primeira vez que as Cataratas do Iguaçu vão parar na África, mas elas já apareceram no Rio de Janeiro, em “007 Contra o Foguete da Morte” (1979), e no Amazonas, em “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” (2008). Além desta cena, “Capitão América: Guerra Civil” tem um segundo bônus focado no Homem-Aranha, que serve para chamar o vindouro filme do herói aracnídeo.








