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    Festival de Berlim inicia com forte seleção internacional

    15 de fevereiro de 2024 /

    Evento cinematográfico começa nesta quinta destacando diretores aclamados e a estreia mundial do filme brasileiro "Cidade; Campo", de Juliana Rojas.

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    Festival de Berlim revela programação com diretores renomados

    22 de janeiro de 2024 /

    O Festival de Cinema de Berlim revelou uma seleção promissora para sua próxima edição, com títulos de diretores renomados, como Claire Burger, Olivier Assayas, Hong Sangsoo, Bruno Dumont, Abderrahmane Sissako e Mati Diop na mostra competitiva. A programação também inclui o novo longa da brasileira Juliana Rojas na seção Berlinale Enconters, dedicada a filme mais ousados e inovadores. A produção irlandesa “Small Things Like These”, de Tim Mielants, vai abrir a competição e a mostra cinematográfica, destacando o ator Cillian Murphy que vive uma consagração na temporada de prêmios por “Oppenheimer”. O filme se passa em 1985 e conta a história de um vendedor de carvão, interpretado por Murphy, que descobre sobre as lavanderias de Madalena para “jovens caídas” da cidade. As lavanderias, que também foram retratadas no premiado filme “Em Nome de Deus” (2002), eram administradas por freiras católicas e recebiam solteiras grávidas e filhas rejeitadas. Elas foram acusadas de aprisionar 10 mil mulheres e meninas – algumas com apenas 9 anos – que eram tratadas como escravas, impondo um regime de medo e devoção que resultou na morte de uma a cada dez internas, entre 1922 e 1996. Outros destaques da programação incluem “La Cocina”, filme do mexicano Alonso Ruizpalacios, estrelado por Rooney Mara, que acompanha a correria da hora do almoço em uma cozinha de Nova York; “Another End”, ficção científica do italiano Piero Messina com Gael García Bernal, focada em relacionamentos de pessoas que encontram conforto em substitutos para os mortos; “Langue Etrangere”, terceira obra da francesa Claire Burger, vencedora da Câmera de Ouro em Cannes; “Suspended Time” do francês Olivier Assayas, uma comédia sobre dois casais durante o confinamento; “A Traveler’s Needs”, descrito como uma comédia leve do sul-coreano Hong Sangsoo, em nova parceria com a atriz Isabelle Huppert após “A Visitante Francesa” (2012); “The Empire”, uma comédia pós-apocalíptica do francês Bruno Dumont; “Sons”, um thriller psicológico do sueco Gustav Moller; “Pepe”, a história de um hipopótamo de Pablo Escobar, narrada pelo próprio animal e dirigida pelo dominicano Nelson Carlos de los Santos Arias; “Dahomey”, um documentário de Mati Diop que explora a questão da colonização através da história de obras de arte restituídas ao Benin em novembro de 2021, após terem sido roubadas por colonizadores franceses em 1892; e o primeiro filme do Nepal na competição, “Shambhala”, de Min Bahadur Bham. Para completar, os títulos alemães incluem “Dying” de Matthias Glasner e “From Hilde With Love” de Andreas Dresen. Seis dos filmes da mostra principal são dirigidos ou co-dirigidos por mulheres, mantendo o mesmo número do ano passado, e dois são longas de estreia. Apenas um filme selecionado já foi exibido previamente: “A Different Man”, do diretor americano Aaron Schimberg, que chega a Berlim após première bem-sucedida no Festival de Sundance. Carlo Chatrian, diretor artístico, e Mariëtte Rissenbeek, diretora executiva, destacaram a importância política dos filmes selecionados. “Festivais oferecem um espaço para expressão artística e diálogo pacífico. Acreditamos que, por meio do poder dos filmes e discussões abertas, podemos ajudar a promover empatia, consciência e compreensão, especialmente em tempos dolorosos como estes”, declarou Chatrian, enquanto Rissenbeek anunciou iniciativas durante o festival para promover um diálogo aberto sobre a crise no Oriente Médio. Outros títulos Além dos filmes na disputa pelo Urso de Ouro, a Berlinale Encounters apresenta uma seleção de cineastas de vanguarda, destacando “Cidade; Campo”, de Juliana Rojas, filme estrelado por Fernanda Vianna, Mirella Façanha e Bruna Linzmeyer sobre a migração entre o meio urbano e o rural – ou São Paulo e o Mato Grosso do Sul. Ela vai competir numa seção repleta de cineasta femininas, como a alemã Nele Wohlatz, a portuguesa Margarida Gil, a francesa Christine Angot, a austríaca Ruth Beckermann e a alemã Eva Trobisch. A programação também agendou várias premières fora de competição. Adam Sandler, Carey Mulligan e Paul Dano são esperados no tapete vermelho para a estreia mundial de “Spaceman” da Netflix. Kristen Stewart retorna com o thriller “Love Lies Bleeding”, que deu muito o que falar em Sundance. Hunter Schafer estará presente para a estreia mundial do filme de terror “Cuckoo” do diretor germano-americano Tilman Singer. Amanda Seyfried vem para “Seven Veils” de Atom Egoyan. E Julia von Heinz lançará “Treasure” com Lena Dunham e Stephen Fry. Sem esquecer que o festival também exibirá a série “Supersex” da Netflix. Lupita Nyong’o presidirá o júri da mostra principal do evento, que ocorrerá de 15 a 24 de fevereiro na capital da Alemanha. Confira a programação oficial Competição Internacional “Small Things Like These”, de Tim Mielants “Another End”, de Piero Messina “Architecton”, de Victor Kossakovsky “Black Tea”, de Abderrahmane Sissako “La Cocina”, de Alonso Ruizpalacios “Dahomey”, de Mati Diop “A Different Man”, de Aaron Schimberg “L’Empire”, de Bruno Dumont “Gloria!”, de Margherita Vicario “Hors du Temps”, de Olivier Assayas “In Liebe, Eure Hilde”, de Andreas Dresen “Keyke Mahboobe Man”, de Behtash Sanaeeha e Maryam Moghaddam “Langue Etrangere”, de Claire Burger “Me el Ain”, de Meryam Joobeur “Pepe”, de Nelson Carlos De Los Santos Arias “Shambhala”, de Min Bahadur Bham “Sterben”, de Matthias Glasner “Des Teufels Bad”, de Severin Fiala e Veronika Franz “Vogter”, de Gustav Moller “Yeohaengjaui Pilyo”, de Hong Sang-soo Berlinale Encounters “Arcadia”, de Yorgos Zois “Cidade; Campo”, de Juliana Rojas “Demba”, de Mamadou Dia “Direct Action”, de Guillaume Cailleau e Ben Russell “Dormir de Olhos Abertos”, de Nele Wohlatz “The Fable”, de Raam Reddy “Une Famille”, de Christine Angot “Favoriten”, de Ruth Beckermann “Ivo”, de Eva Trobisch “Khamyazeye Bozorg”, de Aliyar Rasti “Kong Fang Jian li de nv Ren”, de Qiu Yang “Mãos no Fogo”, de Margarida Gil “Matt and Mara”, de Kazik Radwanski “Through the Graves the Wind Is Blowing”, de Travis Wilkerson “Tu me Abrasas”, de Matias Pineiro

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    Atriz famosa acusa cinema francês de acobertar agressores sexuais

    9 de maio de 2023 /

    A atriz francesa Adèle Haenel, vencedora do César (o Oscar francês) pelo longa “Amor à Primeira Briga” (2015) e indicada pelo aclamado “Retrato de Uma Jovem em Chamas” (2019), publicou uma carta aberta explicando porque anunciou sua aposentadoria aos 33 anos no ano passado. Veiculada pela revista francesa Télérama nesta terça (9/5), a carta de Haenel acusou a indústria cinematográfica do país de acobertar agressores sexuais. A atriz se ausentou do mundo do cinema após a cerimônia do Prêmio César de 2020. Naquele ano, Roman Polanski (“O Oficial e o Espião”) ganhou o prêmio de Melhor Diretor. No ano de 1977, o diretor foi preso nos Estados Unidos por estuprar a escritora Samantha Geimer, que tinha 13 anos na época. Embora a vítima tenha declarado não haver remorsos contra o diretor, ele ainda é impedido de retornar aos EUA até hoje. Na premiação de 2020, Adèle Haenel estava na plateia, concorrendo por “Retrato de Uma Jovem em Chamas”, e saiu da cerimônia indignada após ouvir o nome de Polanski. “Bravo pedofilia!”, gritou em ironia. Meses antes do evento, Haenel havia acusado o diretor francês Christophe Ruggia (“Les Diables”) de tê-la assediado sexualmente durante anos – uma denúncia que alimentou o movimento #MeToo na França. Desde então, Haenel se desligou do cinema para se dedicar ao ativismo político, além de teatro e dança com a artista Gisèle Vienne. Sua aparição mais recente foi na TV francesa, para apoiar a greve e protestar contra a impopular reforma previdenciária do país. A atriz chegou a ser incluída na produção do longa “L’Empire”, do diretor Bruno Dumont, mas logo em seguida saiu do projeto – que agora é estrelado por Lily Rose-Depp (“The Idol”). Em sua carta, a atriz mantém sua aposentadoria e declara que a sua saída da indústria cinematográfica foi um ato político para denunciar a complacência generalizada em relação a agressores sexuais. Ainda na publicação, ela referenciou a recente investigação conduzida pelo site francês Mediapart sobre o ator Gerard Depardieu (“Maigret”), que continuou recebendo papéis apesar de ser acusado de violência sexual por 13 mulheres. Haenel também menciona Dominique Boutonnat, o presidente do Centro Nacional de Cinema que, apesar de ter sido indiciado por agressão sexual, foi reconduzido para um segundo mandato à frente da maior instituição cinematográfica da França em julho do ano passado. Ela aponta que a indústria prefere que as vítimas continuem a “desaparecer e morrer em silêncio”. “Eles estão prontos para fazer qualquer coisa para defender seus chefes estupradores, aqueles que são tão ricos que acreditam pertencer a uma espécie superior, aqueles que fazem uma demonstração dessa superioridade… objetificando mulheres e subordinados”, declarou. “Por que o mundo do cinema – reunido colegialmente no César para promover seus filmes – está obsessivamente ansioso para ficar ‘alegre’? Para garantir que eles falem sobre ‘nada'”, questionou. Ela disse que querem que o cinema francês seja “apolítico”, enquanto o mundo enfrenta grandes tragédias. Haenel citou a biodiversidade desmoronando, a crescente militarização no Europa e a fome e a miséria que continuam aumentando. A atriz também criticou que grande parte da indústria cinematográfica está mais preocupada em desculpar acusados como Depardieu, Polanski e Boutonnat, do que em suas vítimas. Ela finalizou a carta declarando que não possui outra arma além de seu corpo e da sua integridade, por isso permanecerá afastada do cinema. “Não tenho outra arma além do meu corpo e da minha integridade. A cultura do cancelamento no sentido mais primário: Vocês tem o dinheiro, a força e o dinheiro, vocês se deleitam com isso, mas não me terão como sua espectadora. Eu os cancelo do meu mundo. Parto, faço greve, junto-me aos meus camaradas, cuja busca de sentido e dignidade prevalece sobre o dinheiro e o poder”, concluiu.

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    Festival de Cannes celebra volta ao cinema

    6 de julho de 2021 /

    O Festival de Cannes começa sua edição de 2021 nesta terça (6/7), estendendo seu tapete vermelho inaugural para a projeção de “Annette”. A ópera rock de Leos Carax, estrelada por Adam Driver, Marion Cotillard e com trilha da banda Sparks, abre a programação do evento, que seguirá com muitas exibições até o dia 17 de julho. Após o cancelamento do ano passado, devido à pandemia de covid-19, o clima deste ano é de celebração. Cannes quer aproveitar a participação presencial do público, astros e cineastas para comemorar a reabertura dos cinemas e a volta do público às sessões. Mas é bastante simbólico que esta festa esteja acontecendo sem a presença da Netflix ou de longas brasileiros em seu Palácio. Em plena pandemia, o festival francês manteve seu veto aos filmes de streaming, embora toda a indústria cinematográfica, incluindo o Oscar e festivais rivais de igual prestígio, tenham aberto suas portas às formas alternativas de exibição cinematográfica. A situação levou o chefe do festival, Thierry Fremaux, a ter que se justificar, citando “regras” da competição – mas até o Oscar mudou suas regras durante a pandemia. Ele também reiterou convite para a Netflix apresentar seus filmes fora de competição no festival, uma condição que a plataforma já recusou anteriormente, por considerar desrespeitoso com os cineastas de suas produções. Premiado na última competição presencial do festival com “Bacurau”, o Brasil, por sua vez, está representado na disputa da Palma de Ouro de 2021 somente pela participação nos bastidores de um dos diretores daquele filme, Kleber Mendonça Filho, convidado a integrar o júri presidido por Spike Lee. Mendonça é um dos artistas que escolherão os melhores trabalhos do evento. A ausência de longas brasileiros na competição do Palácio dos Festivais já é reflexo do desastre cultural do governo Bolsonaro, que implodiu o cinema nacional com o fim de patrocínios e financiamentos, retendo até o dinheiro arrecadado do próprio mercado, cerca de R$ 2 bilhões em taxas cobradas via Condecine e Fistel que deveriam alimentar o inativo Fundo Setorial do Audiovisual. Mesmo assim, dois curtas brasileiros foram selecionados para a disputa da Palma de Ouro de sua categoria: “Sideral”, de Carlos Segundo, e “Céu de Agosto”, de Jasmin Tenucci. Produção do Rio Grande do Norte, “Sideral” contou com ajuda financeira da Lei Aldir Blanc, solução encontrada pelo Congresso para apoiar parcialmente projetos paralisados pela inoperância da Ancine sob o governo Bolsonaro, enquanto “Céu de Agosto” teve première no Festival de Tiradentes deste ano. Já a programação de longas da competição destaca “A Crônica Francesa” (The French Dispatch), de Wes Anderson, que segue a linha de “O Grande Hotel Budapeste” e reúne um grande elenco para viver repórteres de um jornal francês de expatriados, e “Benedetta”, drama erótico do veterano diretor holandês Paul Verhoeven (de “Instinto Selvagem”) sobre uma freira do século 17 que sofre com visões místicas e tentação sexual. Ambos deveriam ter integrado a edição do ano passado, que não aconteceu devido à pandemia. Além desses, outros títulos com première mundial em Cannes incluem os novos trabalhos do americano Sean Penn (“Na Natureza Selvagem”), do italiano Nanni Moretti (“O Quarto do Filho”), do iraniano Asghar Farhadi (“A Separação”), do russo Kirill Serebrennikov (“O Estudante”), do dinamarquês Joachim Trier (“Mais Forte que Bombas”), do tailandês Apichatpong Weerasethakul (“Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas”), do australiano Justin Kurzel (“Macbeth: Ambição e Guerra”) e dos franceses François Ozon (“Frantz”), Jacques Audiard (“Ferrugem e Osso”), Bruno Dumont (“Camille Claudel 1915”), Mia Hansen-Love (“Eden”) e Leos Carax (“Holy Motors”). E vale observar que a nova obra de Hansen-Love, “Bergman Island”, apesar de ter equipe totalmente europeia, foi feita com investimento da produtora paulista RT Features. Entre os destaques das premières fora da competição, Oliver Stone traz à Croisette uma versão retrabalhada de “JFK – A Pergunta que Não Quer Calar”, de 1991, com cenas inéditas, o cineasta Todd Haynes (“Carol”) apresenta seu documentário sobre a banda The Velvet Underground e a atriz Charlotte Gainsbourg (“Ninfomaníaca”) estreia na direção com um documentário sobre sua mãe, a icônica estrela de cinema Jane Birkin (“A Bela Intrigante”). São nas sessões especiais e paralelas que se encontram os únicos longas de diretores brasileiros de toda a programação. Com exibição fora de competição, “O Marinheiro das Montanhas” resgata a história de amor dos pais do diretor Karim Ainouz (“A Vida Invisível”), enquanto “Medusa”, segundo longa de Anita Rocha da Silveira (“Mate-me Por Favor”), foi incluído na Quinzena dos Realizadores – é a única produção 100% brasileira, da Bananeira Filmes, com incentivos que antecedem o advento de Bolsonaro. Também na Quinzena, “Murina”, da croata Antoneta Alamat Kusijanovic, e “O Empregado e o Patrão”, do uruguaio Manuel Nieto Zas (Manolo Nieto), são outras coproduções brasileiras no festival, assim como “Noche de Fuego”, da salvadorenha/mexicana Tatiana Huezo, selecionado na mostra Um Certo Olhar e coproduzido pelo cineasta brasileiro Gabriel Mascaro. Foram as últimas obras realizadas antes que sumissem os editais e linhas de financiamento que permitiam aos produtores brasileiros injetar recursos em produções estrangeiras. Além de projetar filmes inéditos, o evento francês ainda prestará homenagens à atriz e diretora americana Jodie Foster (“O Silêncio dos Inocentes”) e ao cineasta italiano Marco Bellocchio (“Em Nome do Pai”) com Palmas de Ouro honorárias pelas realizações de suas carreiras. Entretanto, quem parece ser o grande homenageado do 74º festival é Spike Lee. O rosto do diretor nova-iorquino, extraído de uma campanha da Nike com o personagem de seu primeiro longa, “Ela Quer Tudo” (1986), ocupa cartazes, a marquise do Palácio, a decoração da sala de imprensa e toda a divulgação do evento. Só que ele não vai ganhar uma Palma honorária nem lançar um novo filme. Spike Lee vai entregar a Palma de Ouro oficial ao melhor filme, como presidente do júri. Ele é o primeiro artista preto a ocupar a presidência do festival francês e terá a difícil tarefa de suceder o diretor mexicano Alejandro González Iñárritu (“O Regresso”), que presidiu a premiação com louvor em 2019, apresentando ao mundo “Parasita”, do sul-coreano Bong Joon Ho, vencedor da Palma de Ouro em 2019 e, posteriormente, do Oscar em 2020.

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    Seleção do Festival de Cannes barra Netflix em plena pandemia

    3 de junho de 2021 /

    A organização do Festival de Cannes anunciou nesta quarta (3/5) os 24 filmes que vão disputar a Palma de Ouro em 2021. E a lista chama atenção por expressar a continuidade do boicote do evento à Netflix. Em plena pandemia, o festival francês manteve seu veto aos filmes de streaming, embora toda a indústria cinematográfica, incluindo o Oscar, e festivais rivais de igual prestígio tenham aberto suas portas às formas alternativas de exibições cinematográficas. Embora seja resultado de pressão dos exibidores franceses, a postura está sendo chamada abertamente de “elitista” por seu preciosismo, que contrasta com a realidade do coronavírus. A situação levou o chefe do festival, Thierry Fremaux, a ter que se justificar, citando “regras” da competição – de novo, até o Oscar mudou suas regras durante a pandemia. Ele também reiterou convite para a Netflix apresentar seus filmes fora de competição no festival, uma condição que a plataforma já recusou anteriormente, por considerar desrespeitoso com os cineastas de seus filmes. “O festival tem uma regra que estabelece que os filmes em competição devem ter um lançamento cinematográfico local”, disse Fremaux, citando o impasse. “A Netflix deseja ter seus filmes em competição e em sua plataforma.” Por conta disso, o próprio diretor do festival revelou que “havia dois filmes potenciais” de sua seleção que agora “podem ir para outros festivais”. “Lamentamos não ter sido possível negociar sua presença fora da competição”, acrescentou. Ao vetar a Netflix, Cannes deixou de fora os novos filmes da neozelandesa Jane Campion (“O Piano”) e do italiano Paolo Sorrentino (“A Grande Beleza”). No caso de Campion, a perda é especialmente sentida porque a competição deste ano tem menos cineastas femininas (apenas 4, contra 20 homens) que outros festivais. Já os filmes selecionados destacam “A Crônica Francesa” (The French Dispatch), de Wes Anderson, que segue a linha de “O Grande Hotel Budapeste” e reúne um grande elenco para viver repórteres de um jornal francês de expatriados, e “Benedetta”, drama erótico do veterano diretor holandês Paul Verhoeven (de “Instinto Selvagem”) sobre uma freira do século 17 que sofre com visões místicas e tentação sexual. Ambos deveriam integrar a edição do ano passado, que acabou cancelada devido à pandemia. Além deles, outros títulos com première mundial em Cannes incluem os novos trabalhos do americano Sean Penn (“Na Natureza Selvagem”), do italiano Nanni Moretti (“O Quarto do Filho”), do iraniano Asghar Farhadi (“A Separação”), do russo Kirill Serebrennikov (“O Estudante”), do dinamarquês Joachim Trier (“Mais Forte que Bombas”), do tailandês Apichatpong Weerasethakul (“Tio Boonmee, Que Pode Recordar Suas Vidas Passadas”), do australiano Justin Kurzel (“Macbeth: Ambição e Guerra”) e dos franceses François Ozon (“Frantz”), Jacques Audiard (“Ferrugem e Osso”), Bruno Dumont (“Camille Claudel 1915”), Mia Hansen-Love (“Eden”) e Leos Carax (“Holy Motors”). O evento será aberto com a projeção de “Annette”, um musical de Carax, estrelado por Adam Driver, Marion Cotillard e com trilha da banda de rock Sparks. Entre os títulos previstos para exibição fora da competição, Oliver Stone traz à Croisette uma versão retrabalhada de “JFK – A Pergunta que Não Quer Calar”, de 1991, com cenas inéditas, o cineasta Todd Haynes (“Carol”) apresenta seu documentário sobre a banda The Velvet Underground e a atriz Charlotte Gainsbourg (“Ninfomaníaca”) estreia na direção com um documentário sobre sua mãe, a icônica estrela de cinema Jane Birkin (“A Bela Intrigante”). Também nas sessões especiais haverá a projeção do único filme dirigido por brasileiro na programação, “O Marinheiro das Montanhas”, de Karim Ainouz (“A Vida Invisível”). O evento francês vai acontecer neste ano de 6 a 17 de julho, dois meses mais tarde que sua data tradicional, e também prestará uma homenagem à atriz e diretora Jodie Foster (“O Silêncio dos Inocentes”) com uma Palma de Ouro honorária pelas realizações de sua carreira. Confira abaixo a lista dos filmes que disputarão a Palma de Ouro oficial diante do júri presidido pelo cineasta Spike Lee (“Infiltrado na Klan”), as obras da principal mostra paralela e as sessões especiais, fora da competição de Cannes. COMPETIÇÃO “Annette”, de Leos Carax “Flag Day”, de Sean Penn “Tout S’est Bien Passé”, de François Ozon “A Hero”, de Asghar Farhadi “Tre Piani”, de Nanni Moretti “Titane”, de Julia Ducournau “A Crônica Francesa”, de Wes Anderson “Red Rocket”, de Sean Baker “Petrov’s Flu”, de Kirill Serebrennikov “France”, de Bruno Dumont “Nitram”, de Justin Kurzel “Memoria”, de Apichatpong Weerasethakul “Les Olympiades”, de Jacques Audiard “Benedetta”, de Paul Verhoeven “La Fracture”, de Catherine Corsini “The Restless”, de Joachim Lafosse “Lingui”, de Mahamat-Saleh Haroun “The Worst Person In The World”, de Joachim Trier “Bergman Island”, de Mia Hansen-Love “Drive My Car”, de Ryusuke Hamaguchi “Ahed’s Knee”, de Nadav Lapid “Casablanca Beats”, de Nabil Ayouch “Compartment No. 6”, de Juho Kuosmanen “The Story Of My Wife”, de Ildiko Enyedi FORA DE COMPETIÇÃO “De Son Vivant”, de Emmanuelle Bercot “Stillwater”, de Tom McCarthy “The Velvet Underground”, de Todd Haynes “Bac Nord”, de Cédric Jiminez “Aline”, de Valérie Lemercier “Emergency Declaration”, de Han Jae-Rim SESSÃO DA MEIA-NOITE “Bloody Oranges”, de Jean-Christophe Meurisse CANNES PREMIERES “Evolution”, de Kornel Mundruczo “Cow”, de Andrea Arnold “Mothering Sunday”, de Eva Husson “Love Songs For Tough Guys”, de Samuel Benchetrit “In Front Of Your Face”, de Hong Sang-soo “Hold Me Tight”, de Mathieu Amalric “Deception”, de Arnaud Desplechin “Val”, dirs: Ting Poo”, Leo Scott “JFK Revisited: Through The Looking Glass”, de Oliver Stone *”Jane By Charlotte”, de Charlotte Gainsbourg SESSÕES ESPECIAIS *”H6″, de Yi Yi “Black Notebooks”, de Shlomi Elkabetz “O Marinheiro das Montanhas”, de Karim Ainouz “Babi Yar. Context”, de Sergei Loznitsa “The Year Of The Everlasting Storm”, de Jafar Panahi, Anthony Chen, Malik Vitthal, Laura Poitras, Dominga Sotomayor, David Lowery, Apichatpong Weerasethakul MOSTRA UM CERTO OLHAR (UN CERTAIN REGARD) “The Innocents”, de Eskil Vogt “After Yang”, de Kogonada “Delo”, de Alexey German Jr “Bonne Mere”, de Hafsia Herzi “Noche De Fuego”, de Tatiana Huezo *”Lamb”, de Vladimar Johansson *”Un Monde”, de Laura Wandel *”Freda”, de Gessica Généus *”Moneyboys”, de CB Yi “Blue Bayou”, de Justin Chon “Commitment Hasan”, de Hasan Semih Kaplanoglu “Rehana Maryam Noor”, de Abdullah Mohammad Saad “Let There Be Morning”, de Eran Kolirin “Unclenching The Fists”, de Kira Kovalenko *”La Civil”, de Ana Mihai “Women Do Cry”, de Mina Mileva”, Vesela Kazakova Os filmes identificados com * são de diretores estreantes e por isso concorrem ao prêmio especial Câmera de Ouro (Camera d’Or) do festival.

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    Elle vence o César 2017 e é o Melhor Filme francês do ano

    24 de fevereiro de 2017 /

    O suspense “Elle” foi o grande vencedor do César 2017, a principal premiação do cinema francês, equivalente ao Oscar americano. Além de vencer como Melhor Filme do ano, o longa do holandês Paul Verhoeven rendeu o César de Melhor Atriz para sua estrela, Isabelle Huppert, em cerimônia realizada na noite desta sexta-feira (24), em Paris. Verhoeven, porém, não levou o troféu de Melhor Diretor. Ele foi superado pelo jovem canadense Xavier Dolan, que venceu por “É Apenas o Fim do Mundo”, drama que divide opiniões da crítica. O cineasta, por sinal, venceu dois César. O segundo foi pela edição do filme. “É Apenas o Fim do Mundo” também premiou o desempenho Gaspard Ulliel com o César de Melhor Ator. Outro filme que também recebeu três troféus foi “Divines”, distribuído pela Netflix: venceu na categoria de Melhor Atriz Coadjuvante (Deborah Lukumuena), Revelação Feminina (Oulaya Amamra) e Melhor Filme de Estreia para a diretora Houda Benyamina, que já tinha sido premiada com a Câmera de Ouro (Melhor Filme de Estreia) no Festival de Cannes. Também repetindo Cannes, o Vencedor da Palma de Ouro, o britânico “Eu, Daniel Blake”, de Ken Loach, ficou com a estatueta de Melhor Filme Estrangeiro, superando o brasileiro “Aquarius”. Favorito na premiação, o drama “Frantz”, de François Ozon, acabou decepcionando. Indicado a 11 troféus, o longa só venceu um: de Melhor Fotografia. Perdeu até como Roteiro Adaptado, categoria que foi vencida, de forma surpreendente, por “Minha Vida de Abobrinha”, premiada também como Melhor Animação. Confira abaixo a lista completa dos premiados. Vencedores do César 2017 Melhor Filme “Elle” Melhor Direção Xavier Dolan (“É Apenas o Fim do Mundo”) Melhor Atriz Isabelle Huppert (“Elle”) Melhor Ator Gaspard Ulliel (“É Apenas o Fim do Mundo”) Melhor Atriz Coadjuvante Déborah Lukumuena (“Divines”) Melhor Ator Coadjuvante James Thierrée “Chocolate” Melhor Revelação Feminina Oulaya Amamra (“Divines”) Melhor Revelação Masculina Niels Schneider (“Diamant Noir”) Melhor Roteiro Original Raoul Ruiz (“O Efeito Aquático”) Melhor Roteiro Adaptado Céline Sciamma (“Minha Vida de Abobrinha”) Melhor Filme Estrangeiro “Eu, Daniel Blake” (Reino Unido) Melhor Filme de Estreia “Divines” Melhor Animação “Minha Vida de Abobrinha” Melhor Trilha Sonora Ibrahim Maalouf (“Dans les Forêts de Sibérie”) Melhor Fotografia Pascal Marti (“Frantz”) Melhor Edição Xavier Dolan (“É Apenas o Fim do Mundo”) Melhor Figurino Anaïs Romand (“La Danseuse”) Melhor Cenografia Jérémie D. Lignol (“Chocolate”) Melhor Som Marc Engels, Fred Demolder, Sylvain Réty, Jean-Paul Hurier (“L’odyssée”) Melhor Documentário “Merci Patron”

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    Mistério na Costa Chanel cria humor surreal com personagens bizarros

    29 de janeiro de 2017 /

    Uma comédia surrealista é o que o diretor Bruno Dumont oferece com seu novo filme “Mistério na Costa Chanel”. Um elenco estelar, de grandes atores e atrizes, constrói personagens insanos, estranhos, exagerados, ambíguos ou que se inspiram em clichês e tipos familiares à história do cinema. Ma Loute (Brandon Lavieville), que dá o nome original ao filme, é uma figura bizarra. Ele transporta pessoas de um lado ao outro da água, carregando-as nos braços, mas também levando-as, junto com o pai, por meio de um barco, para mais longe. As pessoas que vão podem não voltar mais e esse é o mistério que se passa, no começo do século 20, numa pequena cidade costeira do litoral norte da França. Há muitos desaparecidos por lá, mas uma dupla de detetives desastrada, inspirada em o Gordo e o Magro do cinema, não percebe nada. Nem mesmo a existência de uma família de canibais da qual Ma Loute faz parte. O Gordo (Didier Despres) rola morro abaixo, enquanto a família Van Peteghem: André (Fabrice Luchini), Isabelle (Valeria Bruni Tedeschi) e dois filhos utilizam uma enorme e confortável casa com uma vista privilegiada do local. Receberão a visita de Aude (Juliette Binoche) e sua filha/filho Billie (Ralph). A ambiguidade de gênero do personagem Billie percorre todo o filme: será uma menina que gosta de se vestir de menino ou um menino feminino? Androginia, transexualidade, travestismo ou caso de intersexo? Também não importa muito. Quem disse que os mistérios existem para serem solucionados? Ali ninguém se entende ou se comunica para alcançar algo, muito menos qualquer tipo de racionalidade. Reações histéricas para fatos corriqueiros convivem com uma placidez diante de coisas muito graves que acontecem. As reações não combinam com os fatos. E, naturalmente, o amor que se estabelece entre Ma Loute e Billie pode ser um problema. Há um contexto de luta de classes implícito na trama que contrapõe a alta burguesia esnobe da família Van Peteghem aos pescadores pobres que com eles convivem. Mas ninguém se salva no exagero da caricatura e da farsa. Não há bem e mal, embora estejam caracterizadas diferenças sociais extremas. A maldade e a loucura dominam a cena e detonam tudo. É preciso, evidentemente, entrar na onda do filme, surfar no non sense e rir do besteirol criado por Dumont, que também assina o roteiro e a montagem. Mas não é uma bobagem qualquer. Trata-se de um diretor talentoso, responsável por filmes como “Camille Claudel 1915” (2013), “Fora de Satã” (2011) e “O Pecado de Hadewijch” (2009), capaz de criar sequências muito bem feitas, com um elenco magnífico que atrai todo o interesse. As locações são muito bonitas, mas não é só na Costa Chanel, na França, em 1910, que reside a insanidade. O mundo é uma loucura só. E sempre foi, parece nos dizer Bruno Dumont.

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    Aquarius é indicado a Melhor Filme Estrangeiro no César, o Oscar francês

    25 de janeiro de 2017 /

    “Aquarius” não foi selecionado pelo Ministério da Cultura para concorrer a uma vaga no Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, mas acabou indicado no equivalente francês. O filme de Kleber Mendonça Filho vai disputar o César de Melhor Filme Estrangeiro. A lista dos indicados foi divulgada na manhã desta quarta (25/1) pela Academia Francesa de Cinema. E a disputa é dominada por “Elle”, de Paul Verhoeven, e “Frantz”, drama em preto e branco de François Ozon, ainda inédito no Brasil. Ambos foram selecionados em 11 categorias. Logo em seguida, aparece “Mistério na Costa Chanel”, de Bruno Dumont, com nove indicações – e que acaba de ser lançado nos cinemas brasileiros. Além destes, também conquistaram destaque “Victoria”, de Justine Triet, “Mal de Perres”, de Nicole Garcia, “La Danseuse”, de Stéphanie Di Giusto, e, principalmente, “Divines”, primeiro filme da cineasta Houda Benyamina, que venceu a Câmera de Ouro de Melhor Filme de Estreante no Festival de Cannes e foi adquirido pela Netflix para distribuição mundial. O filme pode ser visto na Netflix brasileira e confirma a tendência observada nas indicações do Oscar 2017, rumo ao streaming. Por sinal, Isabelle Huppert vai disputar os dois prêmios de Melhor Atriz, o César na França e o Oscar nos EUA, por “Elle”. A indicação francesa é a 16ª da carreira da estrela, que entretanto só venceu em uma oportunidade: em 1996, por “Mulheres Diabólicas”, de Claude Chabrol. É interessante observar o destaque obtido por filmes exibidos no Festival de Cannes do ano passado. Além do já citado “Divines”, o próprio “Elle” é um exemplo, assim como “Mistério na Costa Chanel”, “Mal de Perres” e “La Danseuse”. E fora justamente “Divines”, foram injustamente ignorados no evento de maio, cujo resultado foi recebido com contestação pela imprensa mundial. Mas é na categoria de Filmes Estrangeiros que o reflexo de Cannes se mostra mais evidente. Seis dos sete indicados foram exibidos no festival francês, inclusive “Aquarius” e o vencedor da Palma de Ouro, “Eu, Daniel Blake”. Assim, esta disputa permite uma espécie de tira-teima, revelando se a Academia francesa concorda que o drama político britânico de Ken Loach é realmente o melhor filme. Vale observar que há uma peculiaridade na disputa desta categoria. Ao contrário do Oscar, a seleção dos filmes estrangeiros do César não tem a palavra “Língua”, o que dá uma grande vantagem a filmes de outros países falados em francês, como o canadense “É Apenas o Fim do Mundo”, de Xavier Dolan, que inclusive é interpretado por astros franceses e concorre a vários outros prêmios da Academia. A cerimônia do César 2017 vai acontecer no dia 24 de fevereiro, dois dias antes do Oscar. E não será mais presidida por Roman Polanksi, que optou por recusar o convite da Academia, após a homenagem virar protesto feminista. Confira abaixo a lista completa dos indicados. Indicados ao César 2017 Melhor Filme “Divines” “Elle” “Frantz” “Agnus Dei” “Mistério na Costa Chanel” “Mal de Pierres” “Victoria” Melhor Direção Houda Benyamina (“Divines”) Xavier Dolan (“É Apenas o Fim do Mundo”) Bruno Dumont (“Mistério na Costa Chanel”) Anne Fontaine (“Agunus Dei”) Nicole Garcia (“Mal de Pierres”) François Ozon (“Frantz”) Paul Verhoeven (“Elle”) Melhor Atriz Judith Chemla (“Une Vie”) Marion Cotillard (“Mal de Pierres”) Virginie Efira (“Victoria”) Marina Fois (“Irrepreensível”) Isabelle Huppert (“Elle”) Sidse Babett Knudsen (“La Fille de Brest”) Soko (“La Danseuse”) Melhor Ator Francois Cluzet (“Médecin de Campagne”) Pierre Deladonchamps (“Le Fils de Jean”) Nicolas Duvauchelle (“Não Sou um Canalha”) Fabrice Luchini (“Mistério na Costa Chanel”) Pierre Niney (“Frantz”) Omar Sy (“Chocolate”) Gaspard Ulliel (“É Apenas o Fim do Mundo”) Melhor Atriz Coadjuvante Nathalie Baye (“É Apenas o Fim do Mundo”) Valeria Bruni Tedeschi (“Mistério na Costa Chanel”) Anne Consigny (“Elle”) Déborah Lukumuena (“Divines”) Mélanie Thierry dans (“La Danseuse”) Melhor Ator Coadjuvante Laurent Lafitte (“Elle”) Vincent Lacoste (“Victoria”) Vincent Cassel (“É Apenas o Fim do Mundo”) Gabriel Arcand (“Le Fils De Jean”) James Thierrée (“Chocolate”) Melhor Revelação Feminina Oulaya Amamra (“Divines”) Paula Beer (“Frantz”) Lily-Rose Depp (“La Danseuse”) Noémie Merlant (“Le Ciel Attendra”) Raph (“Mistério na Costa Chanel”) Melhor Revelação Masculina Damien Bonnard (“Na Vertical”) Corentin Fila (“Quando se Tem 17 anos) Kacey Mottet Klein (“Quando se Tem 17 anos”) Jonas Bloquet (“Elle”) Niels Schneider (“Diamant Noir”) Melhor Roteiro Original Houda Benyamina, Romain Compingt e Malik Rumeau (“Divines”) Raoul Ruiz (“L’Effet Aquatique”) Anne Fontaine, Pascal Bonitzer, Sabrina B. Karine e Alice Vial (“Agnus Dei”) Bruno Dumont (“Mistério na Costa Chanel”) Justine Triet (“Victoria”) Melhor Roteiro Adaptado Céline Sciamma (“Minha Vida de Abobrinha”) David Birke (“Elle”) François Ozon e Philippe Piazzo (“Frantz”) Emmanuelle Bercot e Séverine Bosschem (“La Fille de Brest”) Katell Quillévéré e Gilles Taurand (“Réparer les Vivants”) Nicole Garcia e Jacques Fieschi (“Mal de Pierres”) Melhor Filme Estrangeiro “Graduation” (Romênia) “A Garota Sem Nome” (Bélgica) “É Apenas o Fim do Mundo” (Canadá) “Aquarius” (Brasil) “Manchester à Beira-Mar” (Estados Unidos) “Eu, Daniel Blake” (Reino Unido) “Toni Erdmann” (Alemanha) Melhor Filme de Estreia “Cigarette et Chocolat Chaud” “La Danseuse” “Diamant Noir” “Divines” “Rosalie Blum” Melhor Animação “Minha Vida de Abobrinha” “A Tartaruga Vermelha” “La Jeune Fille Sans Main” Melhor Trilha Sonora Sophie Hunger (“Minha Vida de Abobrinha”) Gabriel Yared (“Chocolate”) Ibrahim Maalouf (“Dans les Forêts de Sibérie”) Anne Dudley (“Elle”) Philippe Rombi (“Frantz”) Melhor Fotografia “Elle” “Frantz” “Agnus Dei” “Mistério na Costa Chanel” “Mal de Pierres” Melhor Edição “Divines” “Elle” “Frantz” “É Apenas o Fim do Mundo” “Mal de Pierres” Melhor Figurino “La Danseuse” “Frantz” “Mistério na Costa Chanel” “Mal de Pierres” “Une Vie” Melhor Cenografia “Chocolate” La Danseuse” “Frantz” “Mistério na Costa Chanel” “Planétarium” Melhor Som “Chocolate” “Elle” “Frantz” “Mal de Pierres” “L’odyssée” Melhor Documentário “Dernières Nouvelles du Cosmos” “Merci Patron” “Fogo no Mar” “Voyage à Travers le Cinéma Français” “Swagger”

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    Assassin’s Creed tenta compensar fiasco nos EUA com maior estreia da semana no Brasil

    12 de janeiro de 2017 /

    Um dos piores filmes de ação de 2016 chega aos cinemas brasileiros nesta quinta (12/1) com grande fanfarra, dominando o circuito com lançamento em 815 salas, incluindo 556 em 3D e as 12 salas IMAX do país, em versões dubladas e legendadas. Seguindo a sina das adaptações de videogames, “Assassin’s Creed” foi também um grande fracasso de bilheteria nos EUA, o que explica a necessidade de compensar o fiasco com o mercado internacional. A segunda maior estreia da semana é uma cinebiografia de Youtuber brasileiro (já?). Em 600 salas, o filme de Christian Figueiredo segue um caminho bastante diverso do debut de Kéfera Buchmann. Enquanto “É Fada” (outro dos piores de 2016) optou pela fantasia infantilóide, “Eu Fico Loko” transforma a vida do youtuber numa comédia teen dos anos 1990 – quando ainda não havia muita diversidade na TV. Christian só aparece como “adulto”, enquanto sua versão adolescente, vivendo desventuras no colégio, é interpretada por Filipe Bragança (da novela “Chiquititas”), que também estreia no cinema. O terceiro longa mais bem distribuído não é, oficialmente, uma estreia. Trata-se do que o circuito brasileiro equivocadamente chama de pré-estreia – longe de ser uma avant-première, é realmente uma estreia aberta a todo o público, com venda de ingressos, que será ampliada na semana seguinte. Rufar de tambores para o título: é “La La Land”. O musical que quebrou o recorde de prêmios da história do Globo de Ouro chega em 170 salas antes de entrar “oficialmente” em cartaz na próxima quinta (19/1). Favorito disparado ao Oscar 2017, o filme ganhou um subtítulo no Brasil, que não faz a menor diferença e ninguém precisa decorar. Escrito e dirigido por Damian Chezelle (“Whiplash”), gira em torno de uma atriz aspirante (Emma Stone) que se apaixona por um pianista de bar (Ryan Gosling). Ambos atravessam um momento de adversidades pessoais e se apoiam para conquistar seus sonhos, em meio a números musicais coreografados que homenageiam a era de ouro dos musicais de Hollywood. O circuito limitado reserva outra obra-prima cinematográfica para os cinéfilos. Oposto completo dos mais bem-distribuídos, “A Criada” é sublime e para poucos – 26 salas. O novo filme de Park Chan-wook (“Oldboy”) é uma adaptação do romance lésbico “Na Ponta dos Dedos” da escritora galesa Sarah Waters, mesma autora do livro que inspirou a minissérie britânica “Toque de Veludo” (Tipping the Velvet, 2002) e o filme “Afinidade” (Affinity, 2008), todos de temática lésbica e passados na Inglaterra vitoriana. Park manteve o enredo, mas avançou algumas décadas, mudou a locação e alterou a etnia das personagens. Passada na Coreia nos anos 1930, durante o período de domínio colonial japonês, a trama acompanha Sook-Hee, uma espécie de “Oliver Twist” lésbica, garota órfã de bom coração que mora num cortiço com ladrões e vigaristas, e que se vê envolvida num elaborado golpe do baú planejado por um vigarista profissional. O trapaceiro consegue empregar a jovem órfã como criada na casa de uma família japonesa rica, esperando que ela convença Lady Hideko, herdeira de uma fortuna, a casar-se com ele. Seu plano, porém, não conta com o sentimento que surge entre as duas mulheres. Não por acaso, o título de duplo sentido do romance original alude tanto aos dedos leves dos larápios quanto ao prazer sexual pelo toque de dedos. O aniversário duplo de David Bowie – faria 70 anos se não tivesse morrido há um ano – nesta semana inspira o relançamento da sci-fi clássica “O Homem que Caiu na Terra” (1976), em que o cantor vive um alienígena, fundador recluso de uma empresa tecnológica, cujas invenções visam tornar possível a construção de uma nave que o leve de volta a seu planeta natal. O diretor Nicolas Roeg selecionou Bowie após o cantor ter incorporado um alienígena no palco: Ziggy Stardust, de cabelo incandescente. Mas o visual de Thomas Jerome Newton, o personagem do filme, também foi marcante. Pálido, magro e andrógino, acabou acompanhando Bowie por um bom tempo, durante a fase mais criativa de sua carreira. Não por acaso, imagens do filme ilustraram as capas de dois de seus álbuns da época: “Station to Station” (1976) e “Low” (1977). A conexão com seus discos foi uma forma de compensar o fato de “O Homem que Caiu na Terra” não trazer nenhum música do cantor, devido a questões contratuais. Por curiosidade, a trilha foi composta por John Phillips, da banda The Mamas & the Papas, Mick Taylor, guitarrista dos Rolling Stones, e Stomu Yamashta, percussionista do supergrupo progressista Go (que incluía Steve Winwood, Al Di Meola, Klaus Schulze e Michael Shrieve). E nunca foi lançada em disco. Bowie ainda voltou a fazer referência ao filme em um de seus últimos clipes, “The Stars (Are Out Tonight)”, de 2013. A produção também foi lembrada em seu clipe póstumo, lançado neste domingo (8/1), “No Plan”. O circuito também recebe, sem muito alarde, uma comédia de humor negro do francês Bruno Dumont, “Mistério na Costa Chanel”, que volta a reuni-lo com Juliette Binoche após “Camille Claudel 1915” (2013). Curiosamente, a trama se passa na mesma época do longa anterior, girando em torno do desaparecimento de vários turistas na Costa Channel no verão de 1910. A investigação conduz à uma pequena comunidade de pescadores e à mansão de uma família burguesa, que convivem periodicamente durante uma semana de férias, mas desta vez com consequências românticas e tragicômicas. O filme e a atriz estrante Raph foram premiados no Festival de Sevilla. Completam a programação o documentário português “Volta à Terra”, sobre uma comunidade isolada nas montanhas, e o tunisiano “Assim que Abro Meus Olhos”, sobre os meses que antecederam a Primavera Árabe, que rendeu diversos prêmios internacionais à diretora Leyla Bouzid. Estreiam em meia dúzia de salas. Clique nos títulos dos filmes para ver os trailers de cada lançamento.

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  • I, Daniel Blake
    Filme

    Festival do Rio anuncia programação internacional com vencedores de Cannes e Veneza

    23 de setembro de 2016 /

    O Festival do Rio anunciou na manhã desta sexta-feira (23/9) a sua programação internacional. São cerca de 250 filmes de mais de 60 países, que serão exibidos em diversas mostras entre os dias 6 e 16 de outubro. Entre os destaques estão os vencedores dos festivais de Cannes e Veneza deste ano, respectivamente “Eu, Daniel Blake”, do inglês Ken Loach, que levou a Palma de Ouro, e “A Mulher que se Foi”, do filipino Lav Diaz, detentor do Leão de Ouro. Além destes, a programação inclui três outros filmes premiados em Cannes: “Toni Erdmann”, da alemã Maren Ade, que venceu prêmio da crítica e é um dos mais cotados para o Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira, “É Apenas o Fim do Mundo”, do canadense Xavier Dolan, que levou o Grande Prêmio do Juri, e “Personal Shopper”, estrelado por Kristen Stewart, que rendeu o troféu de Melhor Direção ao francês Olivier Assayas. Já a lista do Festival de Veneza inclui os dois filmes que dividiram o Leão de Prata de Melhor Direção: “La Región Salvaje”, do mexicano Amat Escalante, e “Paradise”, do russo Andrei Konchalovsky. Há ainda novos trabalhos de Terrence Malick (“Voyage of Time”), Wim Wenders (“Os Belos Dias de Aranjuez”), André Téchiné (“Being 17”), Bruno Dumont (“Mistério na Costa Chanel”), Jeff Nichols (“Loving”), Bertrand Bonello (“Sarah Winchester, Ópera Fantasma e Nocturama”), Hong Sang-soo (“Você e os Seus”), Werner Herzog (“Eis os Delírios do Mundo Conectado”), Jim Jarmusch (“Gimme Danger”), Ira Sachs (“Melhores Amigos”), Andrzej Zulawski (“Cosmos”), Sergei Loznitsa (“Austerlitz”), Johnnie To (“Three”), Kelly Reichardt (“Certain Women”), Todd Solondz (“Wiener-Dog”), Terence Davies (“A Canção do Pôr do Sol”) e Kevin Smith (“Yoga Hosers”). Entre os nacionais, a maior curiosidade fica por conta de “Pequeno Segredo”, de David Schurmann, que tentará vaga no Oscar 2017, e “Elis”, de Hugo Prata, ambos exibidos fora de competição. Já a mostra competitiva terá novos filmes de Eliane Caffé, Andrucha Waddington e José Luiz Villamarim. Clique aqui para ver a lista completa dos filmes brasileiros selecionados para o festival.

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    Festival de Cannes tem edição mais competitiva dos últimos anos

    11 de maio de 2016 /

    A edição 2016 do Festival de Cannes, que começa nesta quarta (11/5) com a exibição de “Café Society”, novo filme de Woody Allen, será a mais competitiva dos últimos anos. A organização do evento fez uma seleção de cineastas prestigiadíssimos, verdadeiros mestres do cinema, para a disputa da Palma de Ouro, aumentando a responsabilidade do juri presidido por George Miller (foto acima), o diretor de “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015). Para dar uma ideia inicial do que representam os 20 cineastas selecionados, o menos experiente é o brasileiro Kleber Mendonça Filho, que mesmo assim conquistou prêmios internacionais com sua obra de estreia, “O Som ao Redor” (2014). A grande maioria dos selecionados já foi reconhecida por troféus no próprio Festival de Cannes. Quatro deles, por sinal, levaram a Palma de Ouro. Os maiores campeões são os irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne, duas vezes vencedores com “Rosetta” (1999) e “A Crianca” (2005). Eles retornam com o drama “La Fille Inconnue” (ou, no título internacional, “The Unknown Girl”), estrelado por Adèle Haenel, a jovem estrela francesa de “Lírios d’Água” (2007) e “Amor à Primeira Briga” (2014). Dois outros cineastas que já conquistaram a Palma de Ouro também estão de volta à competição. Vencedor pelo impactante “4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias” (2007), o romeno Cristian Mungiu apresenta “Bacalaureat”, enquanto o britânico Ken Loach, laureado por “Ventos da Liberdade” (2006), exibe “I, Daniel Blake”. A lista prestigiosa também tem diversas Palmas de Prata. O dinamarquês Nicolas Winding Refn, premiado no festival pela direção de “Drive” (2011), traz seu terror artístico “Neon Demon”, passado no mundo da moda e estrelado por Elle Fanning (“Malévola”), Bella Heathcote (“Orgulho e Preconceito e Zumbis”), Abbey Lee (“Mad Max: Estrada da Fúria”), Jena Malone (franquia “Jogos Vorazes”), Keanu Reeves (“De Volta ao Jogo”) e Christina Hendricks (série “Mad Men”). O espanhol Pedro Almodóvar, que recebeu de Cannes o troféu de Melhor Roteiro por “Volver” (2006), comparece com “Julieta”, drama sobre perda e abandono que acompanha uma mulher (interpretada em diferentes fases por Emma Suarez e Adriana Ugarte) ao longo de três décadas. O canadense Xavier Dolan, que venceu o Prêmio do Juri por “Mommy” (2014), revela “Juste la Fin du Monde” (título internacional: “It’s Only the End of the World”), seu primeiro longa estrelado por astros franceses. E que astros! O elenco inclui Léa Seydoux (“007 Contra Spectre”), Marion Cotillard (“Macbeth”), Vincent Cassel (“Em Transe”) e Gaspard Ulliel (“Saint Laurent”). O festival, claro, continua a destacar o cinema francês, e este ano selecionou quatro obras da “casa”. Olivier Assayas vai disputar a Palma de Ouro pela quinta vez com “Personal Shopper”, por coincidência outra história sobrenatural passada no mundo da moda (como “Neon Demon”), que volta a reunir o diretor com a atriz Kristen Stewart após o premiado “Acima das Nuvens” (2014). Nicole Garcia (“Um Belo Domingo”), por sua vez, concorre pela terceira vez com “Mal de Pierres” (“From the Land of the Moon”), que junta Marion Cotillard com Louis Garrel (“Dois Amigos”) num romance de época que atravessa gerações. Bruno Dumont, que já levou duas vezes o Grande Prêmio do Júri (por “A Humanidade”, em 1999, e “Flandres”, em 2006), compete com “Ma Loute” (“Slack Bay”), uma combinação de mistério gótico e romance gay juvenil passado no litoral francês em 1910, no qual Juliette Binoche (“Acima das Nuvens”) interpreta a matriarca de uma antiga família decadente. E Alain Guiraudie, vencedor da Mostra um Certo Olhar com “Um Estranho no Lago” (2013), traz “Rester Vertical” (“Staying Vertical”), cuja história está sendo mantida em sigilo. Além da já citada obra de Nicole Garcia, a competição terá mais dois filmes dirigidos por mulheres: o road movie “American Honey”, da inglesa Andrea Arnold, que venceu o Prêmio do Juri com “Aquário” (2009), e “Toni Erdmann”, um drama sobre relacionamento familiar da alemã Maren Ade, anteriormente premiada no Festival de Berlim por “Todos os Outros” (2009). O cinema americano, como sempre, também se destaca na seleção, comparecendo com três representantes. Sean Penn, que já foi premiado em Cannes como ator por “Loucos de Amor” (1997), dirige “The Last Face”, drama humanitário passado na África e estrelado por sua ex-mulher Charlize Theron (“Mad Max: Estrada da Fúria”). Jim Jarmusch, vencedor do Prêmio do Júri por “Flores Partidas” (2005), lança “Paterson”, em que Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) é um motorista de ônibus poeta. E Jeff Nichols, que disputou a Palma de Ouro com “Amor Bandido” (2012), retorna com “Loving”, no qual Joel Edgerton (“Aliança do Crime”) e Ruth Negga (série “Agents of SHIELD”) vivem um casal inter-racial nos anos 1950. Outro cineasta bastante conhecido em Hollywood, o holandês Paul Verhoeven, que disputou a Palma de Ouro por “Instinto Selvagem” (1992), traz seu primeiro filme falado em francês, “Elle”, estrelado pela atriz Isabelle Huppert (“Amor”). Refletindo sua filmografia, o longa deve se tornar um dos mais comentados do festival pelo tema polêmico. Na trama, a personagem de Huppert é estuprada e fica fascinada pelo homem que a atacou, passando a persegui-lo. A seleção também inclui três cineastas asiáticos. O iraniano Asghar Farhadi, vencedor do Oscar por “A Separação” (2011) e premiado em Cannes por “O Passado” (2013), volta a lidar com seus temas favoritos, relacionamentos e separações, em “The Salesman”. O filipino Brillante Mendoza, também já premiado em Cannes pela direção de “Kinatay” (2009), traz o drama “Ma’ Rosa”, sobre uma família que possui uma loja de conveniência numa região pobre de Manilla. Por fim, o sul-coreano Park Chan-wook, que ganhou o Grande Prêmio do Juri por “Oldboy” (2003), conta, em “The Handmaiden”, um romance lésbico ambientado na Inglaterra vitoriana. É esta turma premiadíssima que o brasileiro Kleber Mendonça Filho irá enfrentar, com a exibição de “Aquarius” na mostra competitiva. Rodado em Recife, o filme também marca a volta de Sonia Braga ao cinema nacional, no papel de uma viúva rica em guerra contra uma construtora que quer desaloja-la do apartamento onde vive. O Brasil levou a Palma de Ouro apenas uma vez na história, com “O Pagador de Promessas”, em 1962. E o cinema nacional estava meio esquecido no festival. “Aquarius” interrompe um hiato de oito anos desde que uma produção brasileira competiu pela Palma de Ouro pela última vez – com “Linha de Passe”, de Walter Salles e Daniela Thomas, em 2008. Por sinal, o país também está representado na disputa da Palma de Ouro de curta-metragem, com “A Moça que Dançou com o Diabo”, do diretor João Paulo Miranda Maria, incluído na competição oficial. Além da disputa da Palma de Ouro, o festival terá diversas mostras paralelas, que incluem a exibição do documentário “Cinema Novo”, de Eryk Rocha (“Campo de Jogo”), programado na mostra Cannes Classics, dedicada a filmes clássicos e à preservação da memória e do patrimônio cinematográfico mundial. O filme vai concorrer ao prêmio L’Oeil d’Or (Olho de Ouro), entregue ao melhor documentário do festival, em disputa que se estende a todas as mostras. O júri deste ano conta com a participação do crítico brasileiro Amir Labaki, diretor do Festival É Tudo Verdade. A programação do festival ainda exibirá, fora de competição, a já citada nova comédia de Woody Allen, “Café Society”, a volta de Steven Spielberg (“Ponte dos Espiões”) ao cinema infantil, com “O Bom Gigante Amigo”, adaptado de uma história de Road Dahl (autor de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”), o thriller financeiro “Jogo do Dinheiro”, de Jodie Foster (“Um Novo Despertar”), a comédia “Dois Caras Legais”, de Shane Black (“Homem de Ferro 3”), e o thriller “Herança de Sangue”, do francês Jean-François Richet (“Inimigo Público nº 1”), que marca a volta de Mel Gibson (“Os Mercenários 3”) como protagonista de filmes de ação. Sem mencionar dezenas de outras premières mundiais em seções prestigiadas como Um Certo Olhar, Quinzena dos Diretores, Semana da Crítica e Cine-Fundação.

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    Festival de Cannes terá novos filmes de Almodóvar, irmãos Dardenne, Sean Penn, Xavier Dolan e Paul Verhoeven

    14 de abril de 2016 /

    A edição 2016 do Festival de Cannes será a mais competitiva dos últimos anos. A organização do evento fez uma seleção de cineastas prestigiadíssimos, verdadeiros mestres do cinema, para a disputa da Palma de Ouro. Para dar uma ideia inicial do que representam os 20 cineastas selecionados, o menos experiente é o brasileiro Kleber Mendonça Filho, que mesmo assim conquistou prêmios internacionais com sua obra de estreia, “O Som ao Redor” (2014). A grande maioria dos selecionados já foi reconhecida por troféus no próprio Festival de Cannes. Quatro deles, por sinal, levaram a Palma de Ouro. Os maiores campeões são os irmãos belgas Jean-Pierre e Luc Dardenne, duas vezes vencedores com “Rosetta” (1999) e “A Crianca” (2005). Eles retornam com o drama “La Fille Inconnue” (ou, no título internacional, “The Unknown Girl”), estrelado por Adèle Haenel, a jovem estrela francesa de “Lírios d’Água” (2007) e “Amor à Primeira Briga” (2014). Dois outros cineastas que já conquistaram a Palma de Ouro também estão de volta à competição. Vencedor pelo impactante “4 Meses, 3 Semanas e 2 Dias” (2007), o romeno Cristian Mungiu apresenta “Bacalaureat”, enquanto o britânico Ken Loach, laureado por “Ventos da Liberdade” (2006), exibe “I, Daniel Blake”. A lista prestigiosa também tem diversas Palmas de Prata. O dinamarquês Nicolas Winding Refn, premiado no festival pela direção de “Drive” (2011), traz seu terror artístico “Neon Demon”, passado no mundo da moda e estrelado por Elle Fanning (“Malévola”), Bella Heathcote (“Orgulho e Preconceito e Zumbis”), Abbey Lee (“Mad Max: Estrada da Fúria”), Jena Malone (franquia “Jogos Vorazes”), Keanu Reeves (“De Volta ao Jogo”) e Christina Hendricks (série “Mad Men”). O espanhol Pedro Almodóvar, que recebeu de Cannes o troféu de Melhor Roteiro por “Volver” (2006), comparece com “Julieta”, drama sobre perda e abandono que acompanha uma mulher (interpretada em diferentes fases por Emma Suarez e Adriana Ugarte) ao longo de três décadas. O canadense Xavier Dolan, que venceu o Prêmio do Juri por “Mommy” (2014), revela “Juste la Fin du Monde” (título internacional: “It’s Only the End of the World”), seu primeiro longa estrelado por astros franceses. E que astros! O elenco inclui Léa Seydoux (“007 Contra Spectre”), Marion Cotillard (“Macbeth”), Vincent Cassel (“Em Transe”) e Gaspard Ulliel (“Saint Laurent”). O festival, claro, continua a destacar o cinema francês, e este ano selecionou quatro obras da “casa”. Olivier Assayas vai disputar a Palma de Ouro pela quinta vez com “Personal Shopper”, por coincidência outra história sobrenatural passada no mundo da moda (como “Neon Demon”), que volta a reunir o diretor com a atriz Kristen Stewart após o premiado “Acima das Nuvens” (2014). Nicole Garcia (“Um Belo Domingo”), por sua vez, concorre pela terceira vez com “Mal de Pierres” (“From the Land of the Moon”), que junta Marion Cotillard com Louis Garrel (“Dois Amigos”) num romance de época que atravessa gerações. Bruno Dumont, que já levou duas vezes o Grande Prêmio do Júri (por “A Humanidade”, em 1999, e “Flandres”, em 2006), compete com “Ma Loute” (“Slack Bay”), uma combinação de mistério gótico e romance gay juvenil passado no litoral francês em 1910, no qual Juliette Binoche (“Acima das Nuvens”) interpreta a matriarca de uma antiga família decadente. E Alain Guiraudie, vencedor da Mostra um Certo Olhar com “Um Estranho no Lago” (2013), traz “Rester Vertical” (“Staying Vertical”), cuja história está sendo mantida em sigilo. Além da já citada obra de Nicole Garcia, a competição terá mais dois filmes dirigidos por mulheres: o road movie “American Honey”, da inglesa Andrea Arnold, que venceu o Prêmio do Juri com “Aquário” (2009), e “Toni Erdmann”, um drama sobre relacionamento familiar da alemã Maren Ade, anteriormente premiada no Festival de Berlim por “Todos os Outros” (2009). O cinema americano, como sempre, também se destaca na seleção, comparecendo com três representantes. Sean Penn, que já foi premiado em Cannes como ator por “Loucos de Amor” (1997), dirige “The Last Face”, drama humanitário passado na África e estrelado por sua ex-mulher Charlize Theron (“Mad Max: Estrada da Fúria”). Jim Jarmusch, vencedor do Prêmio do Júri por “Flores Partidas” (2005), lança “Paterson”, em que Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) é um motorista de ônibus poeta. E Jeff Nichols, que disputou a Palma de Ouro com “Amor Bandido” (2012), retorna com “Loving”, no qual Joel Edgerton (“Aliança do Crime”) e Ruth Negga (série “Agents of SHIELD”) vivem um casal inter-racial nos anos 1950. Outro cineasta bastante conhecido em Hollywood, o holandês Paul Verhoeven, que disputou a Palma de Ouro por “Instinto Selvagem” (1992), traz seu primeiro filme falado em francês, “Elle”, estrelado pela atriz Isabelle Huppert (“Amor”). Refletindo sua filmografia, o longa deve se tornar um dos mais comentados do festival pelo tema polêmico. Na trama, a personagem de Huppert é estuprada e fica fascinada pelo homem que a atacou, passando a persegui-lo. A seleção também inclui dois cineastas asiáticos conhecidos por trabalhos polêmicos. O filipino Brillante Mendoza, já premiado em Cannes pela direção de “Kinatay” (2009), traz o drama “Ma’ Rosa”, sobre uma família que possui uma loja de conveniência numa região pobre de Manilla. Por sua vez, o sul-coreano Park Chan-wook, que ganhou o Grande Prêmio do Juri por “Oldboy” (2003), conta, em “The Handmaiden”, um romance lésbico ambientado na Inglaterra vitoriana. É esta turma premiadíssima que o brasileiro Kleber Mendonça Filho irá enfrentar, com a exibição de “Aquarius” na mostra competitiva. Rodado em Recife, o filme também marca a volta de Sonia Braga ao cinema nacional, no papel de uma viúva rica em guerra contra uma construtora que quer desaloja-la do apartamento onde vive. Além da disputa da Palma de Ouro, o festival anunciou a programação de suas principais mostras paralelas, incluindo as exibições, fora de competição, do novo filme de Steven Spielberg (“Ponte dos Espiões”), a fábula infantil “O Bom Gigante Amigo”, adaptado de uma história de Road Dahl (autor de “A Fantástica Fábrica de Chocolate”), o thriller financeiro “Jogo do Dinheiro”, de Jodie Foster (“Um Novo Despertar”), e a comédia “Dois Caras Legais”, de Shane Black (“Homem de Ferro 3”). O festival começa em 11 de maio, com a première mundial do novo filme de Woody Allen, “Café Society”, mas ainda não anunciou qual filme será exibido em seu encerramento, previsto para o dia 22. Portanto, outros longas podem ser confirmados nos próximos dias. Confira abaixo a lista completa dos filmes anunciados para o Festival de Cannes, identificados por seus títulos internacionais (isto é, em inglês). Festival de Cannes 2016 Competição da Palma de Ouro “Aquarius” (Kleber Mendonça Filho) “American Honey” (Andrea Arnold) “Bacalaureat,” (Cristian Mungiu) “Elle” (Paul Verhoeven) “From the Land of the Moon” (Nicole Garcia) “The Handmaiden” (Park Chan-wook) “I, Daniel Blake” (Ken Loach) “It’s Only the End of the World” (Xavier Dolan) “Julieta” (Pedro Almodovar) “The Last Face” (Sean Penn) “Loving” (Jeff Nichols) “Ma’ Rosa” (Brillante Mendoza) “The Neon Demon” (Nicolas Winding Refn) “Paterson” (Jim Jarmusch) “Personal Shopper” (Olivier Assayas) “Slack Bay” (Bruno Dumont) “Staying Vertical” (Alain Guiraudie) “Toni Erdmann” (Maren Ade) “The Unknown Girl” (Jean-Pierre and Luc Dardenne) Mostra Um Certo Olhar After the Storm” (Hirokazu Kore-eda) “Apprentice” (Boo Junfeng) “Beyond the Mountains and Hills” (Eran Kolirin) “Captain Fantastic” (Matt Ross) “Clash” (Mohmaed Diab) “The Dancer” (Stephanie Di Giusto) “The Disciple” (Kirill Serebrennikov) “Dogs” (Bogdan Mirica) “The Happiest Day in the Life of Olli Maki” (Juho Kuosmanen) “Harmonium” (Fukada Koji) “Inversion” (Behnam Behzadi) “The Long Night of Francisco Sanctis” (Andrea Testa) “Pericle Il Nero” (Stefano Mordini) “Personal Affairs” (Maha Haj) “The Red Turtle” (Michael Dudok de Wit) “The Transfiguration” (Michael O’Shea) “Voir du Pays” (Delphine Coulin, Muriel Coulin) Sessões da meia-noite “Gimme Danger” (Jim Jarmusch) “Train to Busan” (Bu-San-Haeng) Sessões especiais “Le Cancre” (Paul Vecchiali) “Exil” (Rithy Panh) “Hissein Habre” (Mahamat-Saleh Haroun) “The Last Beach” (Thanos Anastopoulos, Davide Del Degan) “Last Days of Louis XIV” (Albert Serra) Fora de competição “O Bom Gigante Amigo” (Steven Spielberg) “Goksung”, (Hong-jin Na) “Jogo do Dinheiro” (Jodie Foster) “Dois Caras Legais” (Shane Black)

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