Academia vai manter empresa responsável por confusão no Oscar 2017
O conselho da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos decidiu manter os serviços da empresa de contabilidade e auditoria PwC (PricewaterhouseCoopers), que foi responsável pela maior gafe da história do Oscar: a troca de envelopes que resultou no anúncio do vencedor errado como Melhor Filme na cerimônia de 2017. Segundo o site da revista The Hollywood Reporter, o conselho se reuniu na noite de terça-feira (28/3), em Beverly Hills, por seis horas para tomar sua decisão. Na ocasião, o presidente da divisão americana da PwC, Tim Ryan, se desculpou novamente pela confusão, em nome dos consultores Brian Cullinan e Martha Ruiz, que estavam no palco da festa e foram os responsáveis diretos pelo erro. Em um email enviado aos membros da Academia nesta quarta-feira, a presidente Cheryl Boone Isaacs lembrou que a empresa está a 83 anos a serviço do Oscar e que apresentou propostas de melhoria na segurança e nos protocolos da operação para as próximas cerimônias. “Por isso, o conselho decidiu continuar o trabalho com a PwC.” A decisão não agradou a todos os membros. A diretora executiva da Academia, Dawn Hudson, afirmou que descobriu que Cullinan havia usado seu celular ao trabalhar em cerimônias de anos anteriores e o orientou a não fazer a mesma coisa neste ano. Ele a desobedeceu e publicou várias fotos da festa de 2017, uma delas, inclusive, de Emma Stone, poucos minutos antes de entregar o envelope errado aos apresentadores. Brian Cullinan e Martha Ruiz não voltarão ao Oscar. Entre as novas medidas de segurança prometidas pela PwC, estão a volta de Rick Rosas para a entrega dos envelopes – ele teve essa função entre 2002 e 2013 – e o próprio presidente Tim Ryan servirá como supervisor de todo o trabalho. Além disso, um terceiro consultor da empresa vai ficar na sala de controle da cerimônia para garantir que, caso haja algum erro nas festas futuras, ele seja corrigido mais rapidamente.
Contadores que entregaram envelope errado são banidos do Oscar
A presidente da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, Cheryl Boone Isaacs, anunciou que os dois contadores envolvidos na maior gafe já cometida pelo Oscar, que levou “La La Land” a ser anunciado por engano como Melhor Filme em vez de “Moonlight” no Oscar 2017, não irão trabalhar no evento novamente. Cheryl Boone Isaacs quebrou o silêncio dois dias após a confusão e apontou a dupla responsável pela segurança dos envelopes, Brian Cullinan e Martha Ruiz, como os verdadeiros culpados pela atrapalhada histórica. Mas, segundo a agência Associated Press, evitou fazer críticas a PricewaterhouseCoopers (PwC), empresa que há oito décadas é encarregada da auditoria do prêmio. Por sua vez, a PwC assumiu a culpa pelo erro e divulgou dois pedidos de desculpas pelo ocorrido, citando nominalmente Cullinan no segundo. Ele havia publicado uma foto da atriz Emma Stone no Twitter antes de entregar o envelope errado na premiação do Melhor Filme e tuitou bastante durante toda a noite, o que pode ter contribuído para sua desatenção. A PwC também apontou responsabilidade de Ruiz por não ter agido imediatamente quando percebeu o erro. Apesar disso, os dois não perderão seus empregos. Apenas deixarão de fazer parte da equipe que a companhia destina ao Oscar, de acordo com o jornal Los Angeles Times.
Responsável por entregar o envelope errado estava tuitando durante o Oscar 2017
Momentos antes da confusão do Oscar 2017, Brian Cullinan, o responsável por entregar o envelope errado para Warren Beatty, estava tuitando diretamente das coxias do Dolby Theatre. Ele tinha acabado de postar uma foto de Emma Stone com o Oscar de Melhor Atriz e esta distração pode ter sido responsável pela gafe. Após o nome do filme errado ter sido anunciado como vencedor e todo o caos se estabelecer, Cullinan apagou seus tuítes, mas não sem que prints começassem a ser circular na internet e voltassem ao Twitter como críticas, como na imagem abaixo. Em comunicado oficial, a empresa PricewaterhouseCoopers (PwC), que supervisiona a votação do Oscar há 83 anos, citou nominalmente Cullinan na explicação do que tinha acontecido. A PwC também lamentou que outra profissional da empresa, presente no evento, não tenha interferido a tempo e pediu desculpas pelo erro.
